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<p><em>Quando um ser humano enfrenta desafios em uma área, desenvolve forças surpreendentes em outra</em></p>



<p>O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, é um convite para olhar com mais profundidade para aquilo que muitas vezes negligenciamos: a importância da diversidade na nossa vida. Ele nos lembra que toda forma de existir, em cada gesto, maneira de aprender, sentir e viver é parte de um mesmo tecido social, complexo e que está sempre mudando. Quando enxergamos “a diferença” como parte legítima da vida, algo se transforma em nós. A sensibilidade se amplia, o olhar se aprofunda e entendemos que diversidade não é distância, mas encontro.</p>



<p>Durante muito tempo, fomos programados para acreditar que força significava perfeição, que o ideal era o que seguia um padrão. No entanto, a própria história mostra que avançamos justamente porque somos diferentes. Nossa capacidade de adaptação, nossas visões únicas e nossas respostas diversas aos desafios sempre foram motores da evolução humana. Nesse cenário, a deficiência costuma ser interpretada de forma limitada, como se fosse um traço exclusivamente negativo. Na prática, o maior obstáculo não está nas pessoas, mas em ambientes que ainda não foram pensados para acolher toda a diversidade humana. Mesmo assim, milhões de pessoas com deficiência seguem adiante todos os dias, revelando criatividade, resiliência e modos de viver que ampliam o que entendemos como possível. Cabe à sociedade garantir que suas trajetórias não dependam apenas de esforço individual, mas de espaços acessíveis e de um compromisso coletivo com a inclusão.</p>



<p>Na Arcos Dorados, escolhemos olhar a partir desse ponto de partida. Não nos perguntamos como “corrigir” as pessoas, porque ninguém precisa ser corrigido. Questionamos como transformar nossos ambientes para garantir que cada pessoa possa participar plenamente, expressar seu talento e sentir-se valorizada por suas contribuições. Para nós, inclusão não é fazer com que as pessoas se encaixem em um molde; é fazer com que o molde se adapte à diversidade humana.</p>


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<p>A cada ação que pensamos, espaço que adaptamos ou história que reconhecemos nos lembra que a diversidade não é um desafio que nos afasta, mas uma oportunidade que nos convida a crescer juntos. Tivemos o privilégio de demonstrar que a deficiência não é uma barreira para o emprego digno, o desenvolvimento profissional e a construção de uma comunidade. Há mais de três décadas, milhares de pessoas colaboradoras com diferentes deficiências têm encontrado em nosso programa de Emprego Apoiado um espaço para crescer e evoluir. Esses profissionais têm se destacado em nossos restaurantes, fazendo parte da nossa história há anos, enquanto muitos outros deixaram sua marca após longos períodos de trabalho, contribuindo com autonomia, eficiência e um profundo senso de pertencimento. Cada história é prova viva do potencial humano que vai além dos rótulos e é um lembrete de que o valor do indivíduo supera em muito sua formação, experiência ou aparência.</p>



<p>Sabemos que quando um ser humano enfrenta desafios em uma área, desenvolve forças surpreendentes em outra. Há quem, sem poder enxergar, escuta com uma profundidade que muitos desconhecem; quem, após perder a mobilidade, desenvolve outro tipo de habilidade; quem percebe padrões invisíveis ou possui uma sensibilidade que redefine o que significa compreender. Longe de serem exceções, essas experiências nos mostram que a diversidade expande nossa capacidade coletiva e enriquece a maneira como trabalhamos e nos relacionamos.</p>



<p>O Comitê de Diversidade e Inclusão, que tenho a honra de liderar, impulsiona esse caminho, atualizando políticas, ampliando oportunidades e lembrando, sempre, que talento não é definido por habilidades específicas, mas pela paixão com que cada pessoa vive.</p>



<p>*Marlene Fernandez del Granado é Vice-presidente Corporativa de Relações Governamentais e Líder do Comitê de Diversidade e Inclusão da Arcos Dorados, empresa que opera o McDonald&#8217;s em 21 países da América Latina e Caribe.</p>


Se você só enxerga a deficiência, não está “vendo” tudo: entender isso é o que nos torna humanos

Quando um ser humano enfrenta desafios em uma área, desenvolve forças surpreendentes em outra

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Administradores | Conhecimento para Resultados

<p><em>Cada vez que um de nossos colaboradores decide se mostrar tal qual é, sem se editar, sem pedir permissão, não apenas adota uma posição pessoal, mas faz uma declaração de liberdade</em></p>



<p>Todo 28 de junho marca a memória da Revolta de Stonewall, em 1969 — um grito de basta que mudou para sempre a história da luta LGBTQIA+. Foi dali que nasceu o Mês do Orgulho, não apenas como uma celebração de identidades, mas sim como um lembrete do valor de poder ser quem se é. A cada ano, surge a dúvida: como tornar esse momento relevante de novo? Mas talvez a pergunta deva ser outra. Talvez o mais importante seja lembrar por que essa história importa — não só para a comunidade LGBTQIA+, mas para todos nós.</p>



<p>Nossa empresa não encontrou essa resposta no calendário, nem em uma bandeira. Veio das pessoas e das histórias reais de quem trabalha aqui e chegou aonde está por algo que vai muito além do currículo: cresceram profissionalmente sendo quem são — sem disfarces, sem fórmulas. Com autenticidade, escolheram viver a própria verdade. Elas chegaram longe não por seguirem moldes, pelo contrário, justamente por terem coragem de rompê-los.</p>



<p>Por isso, essa mensagem não é só para a comunidade LGBTQIA+ — é para todo mundo. Em algum momento da vida, todos nós já mostramos versões diferentes de quem somos. Existe o “eu” do trabalho, o “eu” da família, o “eu” que mostramos nas redes sociais, aquele que adaptamos para caber em diferentes contextos. Aprendemos a atuar e, sem perceber, mudamos o tom de voz, o jeito de se vestir, falar e se comportar — tudo para pertencer, agradar e não causar desconforto. Às vezes, isso até ajuda: abre portas, cria conexões, nos faz sentir parte de algo que, naturalmente, não nos pertence. Mas, por dentro, cansa. Nos afasta de quem realmente somos. E, muitas vezes, nem percebemos o personagem que criamos para simplesmente sobreviver.</p>



<p>Nada poderia descrever melhor essa reflexão profunda que nossa empresa fez neste Mês do Orgulho do que a campanha que lançamos com o nome "O valor de ser quem sou", com uma mensagem simples, mas contundente: na Arcos Dorados – McDonald’s para América Latina – todos têm o direito de ser quem são. Somos valorizados pelo nosso aporte no desempenho das nossas funções. Nossas diferenças de origem, gênero, orientação sexual, raça, religião, ou qualquer outra característica que nos torna diferentes, são vistas em nossa empresa como uma contribuição que enriquece nossa cultura corporativa, fortalece nossas equipes e nos impulsiona a ser melhores a cada dia.</p>



<p>Temos exemplos em todos os países onde operamos e em tipos de posições bem variadas dentro da nossa empresa. A liderança do eixo de diversidade sexual dentro do Comitê de Diversidade &amp; Inclusão, que tenho a honra de dirigir, está a cargo de pessoas pertencentes à comunidade LGBTIQ+, que, a partir do seu próprio caminho e testemunho público, foram capazes de se tornar referências para seus colegas e retratar de maneira generosa e valente como puderam viver plenamente sua identidade completa.<br>Entendemos o conceito de diversidade e inclusão não como uma tendência ou uma moda passageira, mas como um valor central; uma convicção que faz com que nossa organização não apenas funcione, mas floresça. Uma espécie de bússola interna que nos indica o que é importante, desejável ou correto em nossas vidas.</p>



<p>Cada vez que um de nossos colaboradores decide se mostrar tal qual é, sem se editar, sem pedir permissão, não apenas adota uma posição pessoal, mas faz uma declaração de liberdade. Porque quando alguém se atreve a se mostrar tal qual é, não apenas se liberta, mas inspira outros a fazerem o mesmo.</p>



<p>Isso é o que realmente simboliza para nós o Mês do Orgulho. Não uma bandeira, não uma tendência, mas o reconhecimento do direito das pessoas de viver e trabalhar com dignidade e a celebração do orgulho que sentimos por ser uma empresa onde nossa gente nunca será forçada a decidir qual parte de seu “eu” terá que deixar de fora para pertencer. Este não é um assunto de sexualidade, é um assunto de liberdade. E, em tempos em que tudo se polariza e opinar é mais fácil que ouvir, o maior ato de coragem é silencioso: ser você mesmo, mesmo não se encaixando no que é esperado.</p>

O que você deixou de lado para se encaixar?

<p><i>Na Arcos Dorados, entendemos que a igualdade de gênero não pode ser apenas uma aspiração, mas uma prática mensurável, concreta e visível</i></p><p>Ao comemorar o Dia Internacional da Mulher, o mundo tem a oportunidade de refletir sobre os avanços que conseguimos alcançar como sociedade, mas também de reconhecer o quanto ainda falta percorrer. Para a Arcos Dorados, essa é uma ocasião para celebrar a potência e a resiliência das mulheres em nível global, mas, de maneira especial, para valorizar as nossas colaboradoras, que, com seu talento, dedicação e visão, contribuem todos os dias para o fortalecimento e crescimento de nossa organização.</p><p>Na Arcos Dorados, entendemos que a igualdade de gênero não pode ser apenas uma aspiração, mas uma prática mensurável, concreta e visível. Percorremos um caminho com passos firmes rumo à equidade, alcançando uma cultura que não só promove a igualdade de oportunidades, mas que assegura que essas oportunidades sejam acessíveis, reais e livres de barreiras invisíveis.</p><p>Nosso maior desafio não está propriamente na representatividade de gênero, uma vez que já somos uma empresa diversa, sendo a maioria dos colaboradores, mulheres. Representamos 20 países, diversos idiomas e o contexto cultural e social de cada país. Por outro lado, encaramos como desafio identificar e, principalmente, eliminar as barreiras invisíveis que costumam dificultar o crescimento e desenvolvimento das mulheres.</p><p>Há seis anos, fundamos o Comitê de Diversidade e Inclusão e, dentro dele, a Rede de Mulheres, como um espaço fundamental para analisar questões de gênero e impulsionar o desenvolvimento profissional das nossas mulheres em todos os níveis. Os resultados falam por si: a participação das mulheres em funções de liderança dentro da empresa alcançou um crescimento de dois dígitos, desde gerência à direção. Hoje, nossas colaboradoras lideram áreas estratégicas da empresa, desde a operação em diversos mercados da região, até departamentos essenciais como o Digital, Recursos Humanos, Cadeia de Suprimentos, Relações Governamentais, Logística e muitos outros. Cada vez mais, temos mulheres gerenciando restaurantes McDonald's na América Latina.</p><p>Nossa celebração não é apenas pelos números, mas pelo significado que a maior representatividade feminina no mercado de trabalho traz. A inclusão de gênero não beneficia apenas as mulheres e sim a sociedade como um todo. Empresas que promovem a inclusão na prática estão, na realidade, contribuindo para um futuro melhor e mais justo. Quando nós, mulheres, temos as mesmas oportunidades de desenvolvimento, nossas famílias também prosperam, assim como as comunidades em que vivemos e, portanto, a própria economia local. No final, saímos todos ganhando.</p><p>Sabemos que ainda há muito a ser feito. O caminho para a igualdade de gênero continua desafiador e embora existam inúmeros obstáculos, seguimos empenhados, com medidas práticas e estratégicas. Temos um Comitê especializado e que está atento às particularidades de cada região, por isso estabelecemos parcerias e acordos com governos, organizações da sociedade civil e até mesmo organismos internacionais, com o objetivo de garantir a igualdade de gênero em todos os nossos processos. É com muito orgulho que digo que podemos contar com uma equipe diversa e talentosa, tornando-se, a cada dia, um exemplo de que é possível conquistar objetivos incríveis quando somos movidos por um propósito real: o de construir um mundo em que a Diversidade e a Inclusão não representam um ideal distante, mas sim uma realidade concreta e, portanto, muito celebrada!</p>

Celebrando o avanço rumo à igualdade de gênero: um caminho que fortalece a todos

<p><em>Sociedade dos Poetas Mortos exagera esse cenário ao mostrar um ambiente rígido, competitivo, orientado a resultados e status</em></p>



<p>Existe um momento em Sociedade dos Poetas Mortos que sempre me atravessa. Não é o “carpe diem”. Não é a rebeldia dos alunos. É o instante silencioso em que Todd Anderson percebe que não sabe muito bem quem é, porque sempre falou baixo demais. Não por falta de ideias, mas porque cresceu acreditando que o mundo não estava esperando por elas.</p>



<p>Esse tipo de silêncio não nasce de um dia para o outro. Ele é cultivado. Moldado. Aperfeiçoado. Ora por famílias que projetam futuros, ora por escolas que premiam a obediência, ora por ambientes em que questionar parece inconveniente. De repente, a pessoa aprende a existir sem ocupar espaço. Aprende a fazer o que esperam. Aprende a repetir o que é seguro.</p>



<p>E é nessa repetição que muita gente adulta se perde.</p>



<p>Pensamos que estamos tomando decisões, mas muitas vezes estamos apenas seguindo caminhos já pavimentados por outras expectativas. Chamamos de escolha o que, no fundo, é uma soma de condicionamentos. Chamamos de opinião o que, muitas vezes, é só o reflexo de um algoritmo. Chamamos de propósito o que aprendemos a admirar nos outros, não necessariamente o que acende algo em nós.</p>





<p>Sociedade dos Poetas Mortos exagera esse cenário ao mostrar um ambiente rígido, competitivo, orientado a resultados e status. Mas não estamos tão longe assim. A Welton Academy de 1959 é, em muitos aspectos, o espelho ampliado da vida contemporânea, em que seguimos acumulando metas e rubricas como se isso fosse sinônimo de identidade. Queremos ser excelentes, mas acabamos exaustos. Queremos viver com propósito, mas esquecemos de perguntar o que realmente faz sentido para nós.</p>



<p>Existe um tipo de conformidade que não grita. Ele se instala pela lógica do “é assim mesmo”. É discreto. Educado. Eficiente. Só que discreto demais para quem quer existir inteiro.</p>



<p>É aqui que entra o pensamento crítico, não como habilidade técnica, mas como gesto de autoria. Pensar criticamente não é duvidar de tudo. É se conceder o direito de fazer perguntas antes de concordar. É reconhecer que nenhuma tradição, por mais respeitada que seja, substitui o exercício de se perguntar quem você é dentro dela. É lembrar que viver autenticidade não tem nada a ver com ser radical; tem a ver com ser honesto consigo mesmo.</p>



<p>A literatura e o filme sugerem isso de forma sutil. Quando Keating convida os alunos a olhar para os antigos estudantes nas fotografias, ele não está falando de urgência. Está falando de responsabilidade com o próprio verso. Aquilo que colocamos no mundo sem pedir permissão para existir. Aquilo que só pode vir de alguém que, finalmente, se escuta.</p>



<p>Talvez essa seja a pergunta mais incômoda da obra. Não o que estamos fazendo da nossa vida, mas de quem é a vida que estamos vivendo. De que vozes surgem nossos medos, nossas decisões e nossas ambições. Quanto dessa narrativa é realmente nossa. E quanto está só sendo interpretado no piloto automático.</p>



<p>No fim das contas, não há fórmulas aqui. Só o convite silencioso para retomar uma autoria que, muitas vezes, esquecemos que tínhamos. Porque viver de maneira autêntica não significa ter coragem todos os dias. Significa não abrir mão de si mesmo, mesmo quando isso exige desaprender velhos papéis.</p>



<p>Essa é a força da história. E talvez seja, também, a pergunta que vale carregar para a vida adulta.</p>



<p>Não o “aproveite o dia”, mas o “qual é o meu verso neste mundo que segue”</p>



<h2 class="wp-block-heading">Leitura recomendada</h2>



<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://cms-prd.administradores.dev/app/uploads/2025/12/IMG_2567.jpeg" alt="" class="wp-image-424187"/></figure>



<p>Para quem deseja revisitar essa reflexão pelo olhar da literatura, Sociedade dos Poetas Mortos está disponível no Brasil pela Editora Excelsior. É uma obra que permanece atual, não por oferecer respostas, mas por provocar as perguntas que evitamos fazer quando estamos distraídos demais para nos escutar.</p>

O que acontece quando deixamos de ser autores da nossa própria vida

<p><em>A escolha de como usar essa tecnologia – e com qual propósito – está nas mãos de cada líder, de cada empresa, de cada profissional</em></p>



<p>Se você pudesse voltar cinco anos no tempo e contar para alguém que hoje a Inteligência Artificial estaria presente em processos de seleção, integração de colaboradores, avaliação de desempenho e até na personalização de treinamentos, provavelmente seria recebido com ceticismo. Mas é exatamente isso que está acontecendo.</p>



<p>A IA deixou de ser aquela tecnologia futurista de filmes de ficção científica para se tornar parte do dia a dia corporativo. E com isso, chegam também os medos, as expectativas exageradas e, principalmente, muita confusão sobre o que é real e o que é fantasia.</p>



<p>A questão toda é: enquanto muitos eventos pelo Brasil e pelo mundo colocam a tecnologia no centro das discussões, quantas empresas realmente entendem o impacto que ela está causando? E mais importante: quantas estão preparadas para essa transformação sem cair em alarmismos ou criar expectativas irreais?</p>



<h2 class="wp-block-heading">Os números que revelam a realidade</h2>



<p>Segundo a pesquisa <i>Hopes and Fears 2024,</i> da PwC, 43% dos profissionais brasileiros acreditam que a IA aumentará sua produtividade. Outros 30% enxergam a criação de novas oportunidades de trabalho.</p>



<p>Ou seja, a maioria dos profissionais não estão com medo de perder o emprego para uma máquina. Na verdade, eles estão tentando entender como trabalhar&nbsp;<i>com</i> essa tecnologia.</p>



<p>Acredito que o debate sobre IA precisa ir além do medo da substituição. As empresas devem preparar pessoas e processos para que a tecnologia se torne aliada na eficiência e no desenvolvimento de talentos, sem perder de vista o papel humano nas decisões estratégicas. Porque, no atual momento, a IA não está substituindo o trabalho humano. Está transformando a forma como ele acontece.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Do recrutamento à integração: a experiência que ninguém esperava</h2>



<p>A aplicação da IA no RH vai muito além da triagem de currículos. Essa é a parte óbvia, a que todo mundo já conhece.</p>



<p>O que está acontecendo de verdade é muito mais interessante. A tecnologia está sendo usada para mapear habilidades que antes passavam despercebidas, personalizar treinamentos de acordo com o perfil de cada pessoa, identificar&nbsp;<i>gaps&nbsp;</i>de performance antes que se tornem problemas e melhorar a experiência do colaborador desde o primeiro dia.</p>





<p>O Relatório Future of Jobs 2025  traz um dado que deveria tirar o sono de qualquer líder: mais de 40% das competências básicas exigidas nos empregos serão transformadas nos próximos anos, segundo o World Economic Forum.</p>



<p>E não estamos falando apenas de habilidades técnicas. Estamos falando de adaptação,&nbsp;<i>upskilling&nbsp;</i>– processo de desenvolver novas habilidades<strong>&nbsp;</strong>–,<strong>&nbsp;</strong>e novas formas de aprendizado. O jogo mudou completamente.</p>



<p>Tecnologias de automação permitem que gestores acompanhem indicadores de produtividade e engajamento em tempo real. Isso muda a forma como líderes desenvolvem e apoiam seus times, de um modelo reativo para um modelo preventivo.</p>



<p>O&nbsp;<i>onboarding&nbsp;</i>é um ótimo exemplo de como a IA pode humanizar processos. Ao usar dados para entender o perfil e as necessidades de cada pessoa, as empresas conseguem oferecer uma integração mais acolhedora e personalizada, em vez de uma ação padronizada.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A ferramenta que retém talentos (quando bem usada)</h2>



<p>A inteligência artificial também virou aliada no desenvolvimento e retenção de talentos. Sistemas de&nbsp;<i>people analytics</i> – plataformas que utilizam dados e IA para analisar comportamentos, desempenho e engajamento – ajudam a prever riscos de desligamento, sugerir planos de carreira mais assertivos e identificar potenciais líderes.</p>



<p>Aqui está o dado que muda tudo: de acordo com o Fórum Econômico Mundial, a automação criará 170 milhões de novas funções até 2030, especialmente em áreas que combinam habilidades técnicas e emocionais.</p>



<p>Leia de novo. Criará, não eliminará.</p>



<p>O futuro do trabalho não será dominado por máquinas. Será dominado por pessoas capazes de colaborar com a tecnologia.</p>



<p>Quanto mais avançada a tecnologia, mais valorizadas se tornam competências humanas como empatia, adaptabilidade e pensamento crítico. A IA não elimina a subjetividade, ela amplia o potencial de decisões mais justas e estratégicas quando usada de forma ética e transparente.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Separando o que é real do que é fantasia</h2>



<p>Com a popularização da IA nas empresas, alguns mitos insistem em circular pelos corredores corporativos. E compreender esses equívocos não é apenas útil, é fundamental para usar a tecnologia de forma estratégica. Veja a seguir:&nbsp;</p>



<p><strong>Mito 1: a IA vai causar desemprego em massa</strong></p>



<p>Esse é o terror que tira o sono de muita gente. Mas vamos aos fatos.&nbsp;</p>



<p>Sim, segundo o Fórum Econômico Mundial, a automação pode eliminar cerca de 92 milhões de funções até 2030. Porém, o saldo será positivo: surgirão muito mais oportunidades do que serão eliminadas, especialmente em áreas que exigem pensamento crítico, criatividade e habilidades digitais.</p>



<p>Ao automatizar tarefas repetitivas, ela libera tempo para que os profissionais se concentrem em atividades que geram valor real.</p>



<p><strong>Mito 2: a tecnologia torna o trabalho mais impessoal</strong></p>



<p>Esse é talvez o equívoco mais comum. A ideia de que quanto mais tecnologia, menos humanidade.</p>



<p>Na prática, é exatamente o oposto. Ferramentas inteligentes ampliam o olhar sobre competências e comportamentos, reduzem vieses inconscientes e oferecem feedbacks mais precisos.</p>



<p>O medo da desumanização é compreensível, mas a tecnologia bem aplicada aproxima gestores e colaboradores. Com dados de desempenho e engajamento, é possível personalizar jornadas e promover um desenvolvimento mais justo e inclusivo.</p>



<p><strong>Mito 3: só quem trabalha com tecnologia precisa entender de IA</strong></p>



<p>Aqui está outro engano perigoso.</p>



<p>Embora especialistas em IA estejam entre os mais demandados atualmente, a transformação digital já impacta todas as áreas – de marketing e vendas a finanças, saúde e educação.</p>



<p>O diferencial não é dominar códigos. É saber usar a tecnologia para melhorar resultados e colaboração. E isso vale para qualquer profissional, em qualquer área.</p>



<p><strong>Mito 4: a IA tornará as habilidades humanas obsoletas</strong></p>



<p>Esse é o mito que mais merece ser desfeito.</p>



<p>Empatia, adaptabilidade, liderança e pensamento crítico continuam sendo diferenciais. E quanto mais a tecnologia avança, mais essas habilidades se tornam valiosas. Quanto mais avançada a tecnologia, mais valorizado é o que é genuinamente humano. A IA amplia nossa capacidade de tomar decisões éticas e estratégicas, não o contrário.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que importa</h2>



<p>A consolidação da IA nas empresas marca uma nova fase do mundo corporativo: menos operacional e mais analítica, menos centrada em tarefas e mais em propósito.</p>



<p>Com base nos dados da PwC e nas tendências globais, fica claro que a transformação não é apenas tecnológica. É cultural. E exige líderes preparados para lidar com dados, pessoas e mudanças simultaneamente.</p>



<p>Deixo, portanto, uma reflexão:&nbsp;<strong>sua empresa está usando a IA para substituir pessoas ou para potencializar o que elas têm de melhor?&nbsp;</strong>A inteligência artificial não é uma ameaça ao trabalho humano, mas um convite à reinvenção.&nbsp;</p>



<p>A escolha de como usar essa tecnologia – e com qual propósito – está nas mãos de cada líder, de cada empresa, de cada profissional. E essa escolha definirá não apenas o futuro do trabalho, mas a qualidade das relações que construímos nele. </p>

O que é mito e o que é verdade sobre a IA no trabalho?

<p>As pessoas não são tão diferentes entre si, apenas algumas conseguem tirar da experiência, uma maior confiança para incorporar segurança na sua própria capacidade de agir. Não se trata de acertar tudo, mas de se expor para poder arrumar os próprios erros, adquirindo e formando trajetórias com doses cada vez mais crescentes de independência, do tipo que incorpora sua visão pessoal em cada coisa que lê, observa e faz.&nbsp;</p><p>Medos, eu tenho, você tem. Muitas vezes ao encarar qualquer coisa nova achamos que o coração não vai agüentar de tanto saltar, mas quando continuamos nos ajustes aqui e ali logo percebemos que os problemas, mesmo se vencidos, não param. A atividade exercida pelos novos obstáculos, enquanto evitar acúmulos manterá seu coração longe da falência, pelo uso e estimulo da determinação diante da necessidade do se manter competente, absorver desafios, novas metas e resultados.&nbsp;</p><p>A crônica das nossas historias, não diferem pelas coisas que falamos, mas pelo entendimento daquilo que suas formas representam. A composição do nosso refinamento está nessas pequenas inclusões dos detalhes, típico daqueles que se preocupam com uma vírgula, ou por um mergulho a mais para formar o real sentido do que se pretende.</p><p>A aplicabilidade de tudo que o mundo nos oferece deve estar incorporada junto com aptidões para que as atividades tenham o tamanho das ambições e uma capacidade reduzida de riscos. Na verdade a pessoas agem pela compreensão do até onde podem ir, limitando-se por ficar sentadas ou a caminhar até o limite das reações legais. Num caso ou no outro, todos gastamos muito tempo, mas sempre tem gente que sabe colocar mais qualidade do que quantidade no que faz.</p><p>Sérgio Dal Sasso é palestrante, consultor estratégico e escritor</p><p>www.sergiodalsasso.com.br</p><p>&nbsp;</p>

Se você só enxerga a deficiência, não está “vendo” tudo: entender isso é o que nos torna humanos

Marlene Fernandez del Granado

IA e Cibersegurança: como a Kaspersky está redefinindo o setor, com Roberto Rebouças

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