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Outro dia me deparei com um artigo sobre o tempo. Tal artigo falava do tempo Cronos e Kairos. Achei muito interessante as colocações do autor e, fiz uma pesquisa mais detalhada sobre o assunto. 
Cronos e Kairos são termos gregos para designar o tempo. Cronos é o tempo medido pelo relógio, calendário, rotina. É o tempo determinado dentro de um limite. Kairos significa o momento certo, oportuno. Refere-se a um aspecto qualitativo do tempo.
Aqui, quero mostrar esses dois tempos enquanto vivência em nosso dia-a-dia profissional. Falamos muito de administração de tempo, que saber administrar o tempo é de suma importância para o sucesso de nossas atividades, que tempo é dinheiro e muitas outras afirmações sobre como fazer o tempo trabalhar a nosso favor.
Nosso dia-a-dia é marcado por esses dois tempos, enquanto cronos quantifica, kairos qualifica. Isso significa que podemos viver o tempo burocrático, medido por cronogramas, horas, prazos determinados, com qualidade, valorizando e qualificando o instante, o momento vivido. Porque cairos é a ação que muda o sentido interior das nossas atividades diárias. Uma vez que não podemos fugir do cronos, podemos dar atenção a pequenos detalhes do nosso dia-a-dia que tornarão nossa vida mais plena e feliz. 
Com certeza, não é fácil fazer esses dois tempos caminharem juntos. Rotinas, organização burocrática, cronogramas a serem cumpridos, horários determinados, reuniões e tantas atividades pelas quais somos cobrados. Mas, essa burocracia é necessária até para que possamos viver o tempo cairos. Imagine a alegria de uma meta cumprida, o trabalho da equipe atingindo seus resultados, isso é qualidade, é momento oportuno. O pagamento do salário, por exemplo, é uma burocracia que permite qualificar a sua vida, fazer o que você acha prazeroso. 
No dia-a-dia, precisamos ter a disponibilidade interior de valorizar as atividades que realizamos e as que outras pessoas realizam por nós. Se o trabalho de um gari, por exemplo, for melhor valorizado, automaticamente ele o fará com mais alegria, cumprirá seus horários e verá grande sentido em suas atividades. Assim acontece com todas as outras formas de trabalho. Isso é viver cronos transformado em cairos. Sentir a vida mesmo nas tensões provocadas por tantos afazeres. Aprender a conviver com os ruídos de uma vida, muitas vezes mecânica, porque quando estamos bem, as coisas vão bem e o tempo, seja medido por um sentimento ou por um minuto é um instante que não volta a se repetir. Como muito bem disse Rubem Alves: “O tempo pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração”. Pensem nisso! Tenha um cronos recheado de cairos.
Edna Rodrigues Ferreira <a href="http://atitudeinterativa.blogspot.com">http://atitudeinterativa.blogspot.com</a>

TEMPO CRONOS E TEMPO KAIROS

Outro dia me deparei com um artigo sobre o tempo. Tal artigo falava do tempo Cronos e Kairos. Achei muito interessante as colocações do autor e, fiz uma pesquisa mais detalhada sobre o assunto. Cronos e Kairos são termos gregos para designar o tempo. Cronos é o tempo medido pelo relógio, calendário, rotina. É o [&hellip;]

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Outro dia escrevi que tempo de eleição serve como reflexão para nos situarmos enquanto cidadãos e agora passada as eleições é tempo de reorganizar a capacidade humana de conviver em harmonia com ideias e posições contrárias, como verdadeiros cidadãos.
A vitória da presidenta Dilma foi legítima, porque vivemos em uma democracia e a maioria absoluta de votos garantiu que após todo o pleito eleitoral foi ela a transmitir maior confiança aos eleitores, mesmo que isso não vá de encontro à opinião de uma parcela da sociedade. Claro que aquele que não se elege fica frustrado, decepcionado, sentimentos próprios da disputa e que a ela deveria ficar limitados. Mas não é o que tem acontecido já há algum tempo em nosso país.
Os ânimos andam exaltados, pessoas que se dizem esclarecidas, bem formadas e de berço perderam a capacidade de raciocínio e se deixam teleguiar pela grande mídia e pelas redes sociais que espalham ódio, preconceito e falta de respeito pela democracia. Confundem liberdade de expressão com discurso de ódio, embora se saiba que o exercício dessa liberdade não deve afrontar o direito alheio, como a honra e a dignidade de uma pessoa.
 Na Copa já se viu uma amostra da capacidade de disseminar sentimentos embasados no vazio que se multiplica em determinadas camadas de nossa sociedade, camadas essas que podem pagar acima de dois mil reais por um ingresso para falar palavras de baixo calão a chefe maior da nação. O vazio e a indigência de tais cidadãos se tornaram gritantes para o mundo diante do silêncio da presidenta.
 Triste ver cidadãos sendo rotulados de bovino, mal informado, por terem opiniões diferentes a respeito do mesmo assunto, triste assistir a deputados recém-eleitos querer separar o estado de São Paulo do resto do país por se achar em um nível superior aos demais, triste vermos políticos e a mídia querendo com uma linha diagonal separar o país em vermelho e azul, mais triste ainda é ver a população desse lindo e diverso Brasil dar retumbante disseminação a tudo isso na sociedade.
 Estarrecedor é ver jogador de vôlei com título de embaixador do esporte brasileiro no exterior, bancado por bolsa do governo federal, usar de baixo nível para se referir á presidente do seu país. Eu aprendi que quando algo não me é agradável, eu tenho a opção de dizer não quero. Por que então o referido jogador assinou contrato para receber a bolsa por mais doze meses? Meramente por causa do dinheiro do povo brasileiro? Alias os jogadores de vôlei que o digam, dinheirinho abençoado esse do povo brasileiro, já que são patrocinados pelo Banco do Brasil, empresa pública.
 Estranho ver cidadãos criticando cotas para estudantes de escolas públicas nas universidades federais, prouni, pronatec, bolsa família, luz para todos, minha casa minha vida, mais médicos, ciências sem fronteiras, entre outros e sendo atendidos por tais programas, pois, se não me engano não é só o nordeste que é beneficiado.
 A julgar pelo que bradam por aí a presidenta foi reeleita pelo nordeste por causa do assistencialismo do bolsa família, então ela seria vitoriosa em São Paulo também, já que o estado está em 2º lugar em recebimento de bolsa família. Estudantes de universidades federais deveriam estar todos com ela, já que estudam com dinheiro público, de impostos pagos por todos os brasileiros, inclusive os mais pobres.
Médicos e estudantes de medicina revoltadinhos por causa do mais médicos, mas, com cada estudante desse curso o governo gasta sete mil reais por mês e ao final do curso não vemos os médicos recém-formados se dispor a trabalhar em prol de comunidades carentes pelo menos por algum período para compensar a oportunidade que tiveram. Claro que todos esses estudantes entram na faculdade por seus méritos, mas são bancados pelos esforços de muitos brasileiros.
 Por isso não acredito nessa divisão política do país que estão querendo implantar na nossa mente. Só para ilustrar vejam de onde vieram os votos da Presidenta Dilma: Dos 54.501.118 votos que ela recebeu 55% vieram das regiões sudeste, sul e centro-oeste e os outros 45% das regiões norte e nordeste. Portanto, não há região no Brasil onde haja unanimidade, os dois candidatos foram votados em todas as regiões, embora, havendo alternância de números em determinadas regiões.
Em um país democrático as opiniões divergem, não existe um lado vermelho e um lado azul, há sim, uma mistura que compõe a democracia. E, ela foi realizada nestas eleições, tanto pelos eleitores da Dilma quanto pelos eleitores do Aécio e também por aqueles que não quiseram votar, cada um exercendo o seu direito.
 Ao aceitarmos tudo que nos é imposto sem nenhuma análise, ao nos colocarmos como inimigos de nossos conterrâneos por causa da região em que vivem, não seremos apenas eleitores que por ventura perdeu uma eleição, mas antes seremos derrotados na vida, mesmo que ainda possuamos recursos financeiros, possamos frequentar as melhores universidades, os melhores restaurantes, tenhamos as melhores roupas, possamos viajar mundo afora, adquirir conhecimentos e nos apropriar das mais diversas culturas, se não reconhecermos nossas raízes e não as respeitarmos não teremos berço, seremos indigentes na pior concepção da palavra.
 Sabemos que em termos de riquezas e recursos as regiões do Brasil não iguais e temos sorte de viver em uma região rica, o sudeste, nem por isso o nosso olhar para as regiões menos favorecidas deve ser de desprezo e ódio. Não se pode fazer política rica para os ricos e pobre para os pobres. É preciso sim de justiça social, é preciso permitir aos mais pobres se humanizar, crescer e desenvolver, pois um país ciente de sua diversidade e com um povo digno se enriquece acolhendo as diferenças.

Exercício de cidadania

Vou perder um tempinho comentando um programa que está longe de ser exemplo para qualquer pessoa, o BBB. Mas então porque assistir? No meu caso, assisto para analisar comportamentos, não diretamente o comportamento dos confinados, mas de quem assiste, como leem as informações que são editadas.
Nessa 14ª edição teve vários comportamentos que foram criticados e punidos pelo público com a eliminação. Teve brother acusado de racismo, de homofobia, os mal informados sobre AIDS e coisas do tipo. Embora, tenha certeza que aqueles que saíram estão bem melhores aqui fora que lá dentro, em uma final de tão baixo nível.
A 14ª edição do BBB despencou de vez a partir da briga envolvendo o participante Marcelo. Ele já mostrava um comportamento possessivo desde o início, se interessou por uma garota, mas ela ficou com outro e ele partiu para a discussão com esse outro, como se fosse o dono da garota. Possessividade por si só já representa perigo, a maioria das mulheres que são espancadas devem isso ao comportamento possessivo de seus companheiros.
Marcelo não conhece a palavra NÃO. Se há um ponto de vista diferente do dele gera confusão, gritos, agressividade, violência. Questiona a todos o tempo todo e aos berros, mas não gosta de ser questionado. Frases que se ouve constantemente da boca dele em seus momentos de fúria: “ Vou te quebrar”, “Se fosse lá fora você ia ver comigo”, “Vontade de explodir isso aqui” e o pior, a maioria de seus comportamentos agressivos sempre foram contra as mulheres da casa.
Voltando à famigerada briga o que me deixou perplexa é como o ser humano está anestesiado para fatos de extrema relevância como a violência contra a mulher. Em plena divulgação da Lei Maria da Penha, discussão de novas leis para complementar, agilizar e facilitar a defesa da mulher, as próprias mulheres não perceberem comportamentos errados desse participante é triste. Acho sim que o Cássio exagerou nas palavras. Mas o que Marcelo fez não deixou de ser abuso, porque a definição de abuso é clara: “Abuso indica um comportamento inadequado e excessivo e aplica-se a qualquer ação humana onde exista uma precondição de desnível de poder, seja ele sobre objetos, seres, legislações, crenças ou valores”. Então não há dúvida, o participante cometeu e continua cometendo vários tipos de abuso dentro da casa. E, o que é pior com o consentimento e os aplausos do canal de TV com maior força e poder de convencimento junto à grande massa, canal este que inocentou o participante antes mesmo de ser julgado pelo público. Alguém viu por acaso Marcelo ser punido pela quebradeira que fez no dia da briga com Cássio? O contrato prevê tais punições. A garota que lavou a cabeça no tanque foi punida. Muita incoerência.
O que diriam esses homens ou mulheres que defendem o Marcelo, caso vissem suas filhas, irmãs, mães terem água, almofadas atiradas de forma grosseiras em seus rostos? Caso vissem homens gritando com elas? Se presenciassem selinhos, que sejam, roubados estando elas totalmente impotentes para reagirem? Não veriam isso como abuso? Não seriam os primeiros a gritar? Diante de tamanha vergonha vem o apresentador destacar as falas erradas da Poly, como se isso fosse o mais importante em um defesa tão indefensável do Marcelo.
Como mulher o seu não precisa ser não e precisa ser respeitado. Não podemos compactuar com fatos tão deprimentes, que jogam por terra toda a luta que vem sendo travada em favor da mulher. É por aplaudir tais comportamentos que agressores continuam ganhando força. Um homem deve fazer com que suas atitudes condigam com suas palavras, pois o honesto, o coerente, o justo, o respeitador não precisa dizer que é, suas atitudes demonstram.
A grande manipulação das massas pela mídia dificulta até mesmo a distinção entre respeito e falta de respeito. Se uma mulher ou um homem disser que não curte relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, está sendo desrespeitoso, homofóbico. Mas, se ao contrário um casal homossexual disser que não curte pessoas do sexo oposto, estará apenas manifestando sua opinião, ninguém vê sinais de heterofobia. Por que essa distinção ou inversão de valores, quando ambos estão apenas manifestando sua opinião ou suas preferências?
Na minha modesta opinião, acredito que se a mídia usasse seu poder para vender as coisas como elas realmente são estaria contribuindo de forma relevante para o bem da sociedade. Mas como estamos falando de vender, o bem não gera lucro financeiro. Então dá-lhe baixaria!

O comportamento humano manipulado pela mídia

Liberdade de expressão, igualdade de direitos, requisitos fundamentais para a existência de uma sociedade democrática, direitos estes consolidados pela Constituição Federal de 1988.
 O direito à liberdade de expressão garante a livre manifestação de ideias e opiniões, a busca de informações e o direito de recebê-las. Esse direito só não pode entrar em conflito com os demais direitos humanos.
 Será mesmo que não pode entrar em conflito? Não é o que parece, as tais "marchas da maconha", viraram "marchas em defesa do direito de expressão", com um único intuito, conseguir aprovação da justiça como se legais fossem. Pois, foi esse argumento que convenceu os ministros do Supremo Tribunal Federal a aprovarem, por unanimidade, as manifestações.
 O ministro do STF Celso de Mello disse: "Nada se revela mais nocivo e mais perigoso do que a pretensão do estado de reprimir a liberdade de expressão. O pensamento há de ser livre, sempre livre, permanentemente livre, essencialmente livre".
 Particularmente vejo o Brasil como um dos países onde mais se exerce a liberdade de expressão, o pensamento por aqui é tão livre que todo mundo pode sair por aí gritando suas opiniões. O problema é que os pensamentos livres estão sendo materializados em forma de marchas como a da maconha, a marcha das vagabundas e outras tantas que andam pipocando por aí.
 Todos nós temos o direito de expressar nossas opiniões, de discordar, mas não de ofender. Assim, não vejo como liberdade sair por aí com um raminho de maconha gritando: " Ei! Polícia, maconha é uma delícia!" Portar maconha não é crime? Se maconha é uma droga ilícita, cartazes, gritos de guerra em sua defesa são apologia ao crime sim. Onde está a sutil diferença tão apregoada?
 Ninguém precisa de marchas para mostrar que tem um pensamento livre. Já imaginou se todos resolvessem expressar seus livres pensamentos através de ações? E já que não se pode reprimir nenhuma expressão desses pensamentos, em breve teremos a marcha da cocaína, do crack, do oxi, marginais armados em passeatas atirando, roubando e dizendo que estão exercendo a liberdade de expressão, e nenhum ministro do STF poderá dizer o contrário.
 Liberdade também tem limites e para ser considerada aceitável precisa ter algum parâmetro social, e um bom parâmetro é considerar a liberdade do outro, o que traz benefícios para a maioria.
 É tão deprimente ver tanta questão importante para humanidade precisando ser defendida e as pessoas se mobilizando por maconha. A marcha da maconha já acontece todos os dias nas ruas, nas cracolândias Brasil afora e o resultado que se vê não é nada bonito.
 Uma coisa interessante que surge em meio a tanta exposição desses assuntos na grande mídia é que defender a maconha se tornou uma virtude, defender o heterossexualismo, ou ser contra o homossexualismo, é preconceito é homofobia. Onde está a tão apregoada liberdade de expressão? Afinal, quando alguém se posiciona contra ou a favor está apenas mostrando seu pensamento livre.
 Há que se tomar cuidado com a livre expressão das conveniências, pois elas estão fazendo a sociedade tomar um rumo incerto, na verdade ninguém sabe o que de fato está defendendo. Essa é a realidade.

Marchas do que?

Tonico Novaes, CEO da Campus Party Brasil, revela como experiências negativas moldaram o método que o levou a expandir para 12 estados



Antônio “Tonico” Novaes é fundador e CEO da Next Gen Experience, agência de eventos B2C focada em jovens de 18 a 35 anos, e produtora exclusiva da Campus Party no Brasil. Durante uma década à frente da Campus Party Brasil (2015-2025), ele não apenas expandiu o evento para 12 estados, mas também liderou a edição Global durante a pandemia, organizando a Campus Party Portugal que alcançou a 5ª melhor audiência mundial - mesmo sem nunca ter tido uma edição presencial anterior.



Com passagens por grandes festivais internacionais como Creamfields UK, Pacha Espanha e Big Beach Boutique by Fatboy Slim, Tonico desenvolveu uma expertise única em navegar entre diferentes mercados e stakeholders. Sua formação em Administração com ênfase em Eventos, especialização em Patrocínios para Entretenimento (ESPM) e certificação pela MPI - Meeting Planners International, onde atuou como presidente no Brasil, moldaram sua visão estratégica sobre como transformar experiências negativas em vantagens competitivas duradouras.



<h2 class="wp-block-heading">1. A lição mais valiosa: como sócios desfocados ensinam disciplina estratégica</h2>



Pergunta: A maioria dos empreendedores evita falar sobre parcerias que deram errado. Por que você considera essa experiência fundamental para seu sucesso?



Insight de Tonico: “Quando eu tive um sócio que era muito desfocado, isso me ajudou a valorizar o planejamento. Trabalhar com o governo me fez trabalhar tudo certinho com o plano - 30% do tempo planejando. Então eu preciso seguir isso.”



Essa revelação mostra como Tonico transformou frustração em metodologia. A experiência negativa com sócios sem foco o forçou a desenvolver sistemas de controle e planejamento que se tornaram sua principal vantagem competitiva. Sua certificação em Administração Estratégica pela FGV e formação em Digital Board pela HSM foram aplicadas para criar uma disciplina que garante que 30% do tempo seja dedicado ao planejamento estratégico - uma proporção que poucos executivos conseguem manter, mas que se provou essencial para gerenciar operações em 12 estados simultaneamente.



<h2 class="wp-block-heading">2. Transformando crise em oportunidade: o método da diversificação inteligente</h2>



Pergunta: Quando grandes patrocinadores abandonam o barco, como você consegue não apenas sobreviver, mas expandir nacionalmente?



Insight de Tonico: “Na Campus Party, com a saída de grandes patrocinadores, em 10 anos passei por 12 estados. Fomos atrás da expansão. O patrocínio privado não estava rolando, então achei uma maneira do governo entrar. Foi bom porque os governos acharam interessante, pois incentivava a comunidade. Eu achei um filão único.”



A experiência como membro do Conselho Executivo da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo (2019-2022) deu a Tonico insights únicos sobre como o setor público valoriza iniciativas de inovação. Enquanto a maioria dos executivos vê a perda de patrocinadores como crise, ele identificou uma oportunidade de mercado inexplorada: governos estaduais interessados em fortalecer ecossistemas locais de tecnologia. Essa visão estratégica não apenas compensou perdas, mas criou um modelo de negócio mais resiliente e escalável.



<h2 class="wp-block-heading">3. Eficiência operacional em escala global: lições da pandemia</h2>



Pergunta: Organizar eventos para 35 países durante uma pandemia parece impossível. Como você manteve a qualidade e a eficiência?



Insight de Tonico: “Começamos a usar IA há pouco tempo, temos um comitê de tecnologia e processos digitais. Hoje o olhar é fazer todas as áreas serem mais ágeis - por exemplo, como automatizar os orçamentos, como fazer o início do processo de vendas.”



A experiência de coordenar a Campus Party Global durante a pandemia - incluindo a organização da edição de Portugal que alcançou a 5ª melhor audiência mundial - ensinou a Tonico que eficiência operacional não é luxo, é necessidade. Sua abordagem pragmática para IA foca em otimizações que geram impacto imediato: automatização de orçamentos e qualificação de leads. Isso permite que a equipe se concentre em relacionamentos estratégicos, uma lição crucial aprendida ao gerenciar múltiplos fusos horários e culturas simultaneamente.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



Empresas como Live Nation, Insomniac Events e ID&amp;T não dominaram o mercado global apenas pela produção - elas transformaram experiências negativas em sistemas mais robustos. A Next Gen Experience de Tonico segue o mesmo princípio: cada obstáculo se tornou uma oportunidade de criar processos mais eficientes e resilientes.



A diferença entre quem “aprende com os erros” e quem “transforma erros em vantagens competitivas” está na capacidade de sistematizar essas lições. Tonico não apenas sobreviveu a sócios desfocados e crises de patrocínio - ele usou essas experiências para criar um portfólio diversificado que hoje inclui Campus Party, Pixel Show, Printer Chef, Gamix Brasil e Gov Summit.



Metodologias como OKRs se tornam ainda mais poderosas quando aplicadas a essa realidade: objetivos claros baseados em lições aprendidas, resultados-chave que previnem erros passados e métricas que garantem que experiências negativas se transformem em conhecimento institucional.



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Você está fugindo das experiências negativas do seu negócio, ou transformando elas no seu maior diferencial competitivo?

Por que trabalhar com sócios desfocados foi minha melhor escola?

Marketing precisa de espaço para pensar, errar e construir. Não de reuniões para pedir licença. Porque quem não se impõe dentro, dificilmente será relevante fora



Muita empresa ainda trata o marketing como um apêndice. Um acessório bonito que serve para “fazer campanha”, mas que precisa justificar sua existência a cada reunião. Isso diz muito mais sobre a cultura do que sobre a área.



E, mais grave, revela um problema estrutural: quando o marketing precisa pedir licença pra existir, a empresa já começou perdendo.



Existe uma diferença fundamental entre tratar marketing como custo e enxergá-lo como valor.



Quando é visto como custo, o ponto de partida é corte. Controle. Restrição.



Quando é visto como valor, o ponto de partida é visão. Estratégia. Impacto.



Essa diferença muda o papel da área na empresa. No primeiro caso, ela vira operadora de tarefas. No segundo, vira agente de posicionamento.



E quem está na liderança precisa escolher de que lado quer jogar.





Enquanto o time de marketing tenta olhar pra fora — mercado, concorrência, percepção — boa parte da liderança ainda prende a área em discussões internas. Aquelas em que se precisa defender a verba, explicar a campanha, justificar a existência.



É um jogo de convencimento interno que drena energia e paralisa a estratégia.



O time vira mais advogado do próprio trabalho do que arquiteto da reputação da marca.



Em vez de criar, precisa se justificar.



Em vez de projetar futuro, precisa explicar o presente.



E a conta disso, uma hora, chega.



Toda marca começa como um reflexo da empresa. Da cultura. Das decisões que ninguém vê, mas que sustentam a narrativa que o mercado percebe.



Se internamente o marketing é ignorado, subestimado ou tratado como decoração, não adianta esperar confiança do lado de fora.



Porque reputação não é criada no post patrocinado. Ela nasce da coerência entre o que a empresa fala e o que ela vive.



Quando o marketing é visto apenas como “quem executa”, ele não sustenta influência. Nem dentro. Nem fora.



Autoridade se constrói com postura, não com cargo.



Se a área quer ser respeitada, precisa se comportar como estratégica. Precisa falar de negócio, não só de criação. De valor, não só de verba.



Isso exige mudança de tom. De presença. E, principalmente, de mentalidade.



Se você está num ambiente em que o board ainda não entende o papel estratégico do marketing, alguns passos ajudam:



Troque estética por impacto.



Mostre como cada ação conecta com o negócio. Traduza comunicação em resultado.



Antecipe riscos e oportunidades.



Traga visão. Mostre o que está em jogo ao não investir em marca.



Eduque sem soberba.



Nem todo líder teve proximidade com marketing estratégico. Contextualize, sem tentar ensinar.



Participe da estratégia.



Não espere ser chamado. Se posicione. Traga ideias. Peça lugar na mesa com consistência.



No fim das contas, a marca que o mercado respeita começa com uma empresa que confia no próprio posicionamento.



Marketing precisa de espaço para pensar, errar e construir. Não de reuniões para pedir licença.



Porque quem não se impõe dentro, dificilmente será relevante fora.

Quando o marketing precisa pedir licença pra existir

A identidade de uma organização é articulada por meio de sua missão, visão e valores



No cenário empresarial contemporâneo, a dissociação entre as práticas de gestão de pessoas e a estratégia do negócio é um anacronismo insustentável. Nenhuma função de Recursos Humanos ilustra melhor essa realidade do que a de Treinamento e Desenvolvimento.



Iniciativas de T&amp;D desvinculadas da identidade cultural e dos imperativos estratégicos da organização representam não apenas um desperdício de recursos, mas uma oportunidade perdida de construir as capacidades que efetivamente impulsionarão o sucesso a longo prazo.



O T&amp;D estratégico atua precisamente nessa intersecção, servindo como a ponte que conecta o potencial humano à execução da estratégia, utilizando a cultura organizacional como o terreno sobre o qual essa ponte é construída.



A identidade de uma organização é articulada por meio de sua missão, visão e valores. Esses elementos não são meras declarações para decorar murais corporativos; eles formam a "espinha dorsal filosófica" da empresa, guiando a tomada de decisões e o comportamento esperado de seus membros. O papel do T&amp;D é traduzir esses conceitos, muitas vezes abstratos, em competências e comportamentos observáveis e mensuráveis no dia a dia.



Missão (A Razão de Ser): A missão declara o propósito fundamental da organização – por que ela existe. O T&amp;D é a principal ferramenta para garantir que cada colaborador compreenda e se conecte com esse propósito. O programa de integração (onboarding) é o primeiro e mais crítico momento para essa conexão.&nbsp;



Visão (Onde se Quer Chegar): A visão é a declaração ambiciosa do futuro desejado pela organização. Ela é, por natureza, um alvo em movimento que exige novas capacidades para ser alcançado. É aqui que o T&amp;D assume seu papel mais proativo. A área deve trabalhar em conjunto com a alta liderança para realizar um mapeamento das competências futuras (future skills). O T&amp;D, portanto, não apenas suporta a visão, mas constrói ativamente o caminho para que ela seja alcançada.





Valores (As Regras do Jogo): Os valores representam os princípios e crenças inegociáveis que guiam o comportamento de todos na organização. Se a missão é o "quê" e a visão é o "onde", os valores são o "como". O T&amp;D é o mecanismo central para ensinar, reforçar e avaliar a vivência desses valoresConforme define o renomado estudioso da cultura, Edgar Schein (2010), os valores só se tornam parte da cultura quando são consistentemente ensinados e reforçados pelos líderes. O T&amp;D é o principal agente desse reforço deliberado.



<h2 class="wp-block-heading">Diagnóstico da cultura organizacional e seu impacto na aprendizagem</h2>



A cultura organizacional pode ser definida como um conjunto de pressupostos básicos compartilhados que um grupo aprendeu ao resolver seus problemas de adaptação externa e integração interna.&nbsp;



Ignorar a cultura existente ao planejar uma iniciativa de T&amp;D é a receita para o fracasso. A cultura age como um sistema imunológico, podendo rejeitar qualquer iniciativa que não esteja em harmonia com seus pressupostos básicos. Portanto, o diagnóstico cultural é uma etapa prévia indispensável para o T&amp;D estratégico. Um dos modelos mais úteis para esse diagnóstico é o Modelo de Valores Concorrentes (Competing Values Framework) de Cameron e Quinn (2011), que classifica as culturas em quatro tipos principais:



Cultura de Clã (Colaborativa): Focada internamente e flexível. Assemelha-se a uma grande família. Valoriza o trabalho em equipe, o envolvimento e o consenso.&nbsp;



Cultura de Adhocracia (Criativa): Focada externamente e flexível. É um ambiente dinâmico e empreendedor. Valoriza a inovação, a experimentação e a tomada de riscos.&nbsp;



Cultura de Mercado (Competitiva): Focada externamente e controladora. É uma organização orientada para resultados. Valoriza a competitividade, a participação de mercado e o alcance de metas ambiciosas.&nbsp;



Cultura de Hierarquia (Controladora): Focada internamente e controladora. É um local de trabalho formal e estruturado. Valoriza a eficiência, a estabilidade, as regras e os processos.&nbsp;



A cultura também determina o nível de segurança psicológica, um conceito fundamental desenvolvido por Amy Edmondson (1999). A segurança psicológica é a "crença compartilhada pelos membros de uma equipe de que o ambiente é seguro para a tomada de riscos interpessoais". Em uma cultura com alta segurança psicológica, os colaboradores sentem-se à vontade para fazer perguntas, admitir erros e propor novas ideias sem medo de punição ou humilhação. É impossível criar uma organização que aprende sem segurança psicológica. O T&amp;D, portanto, não só precisa adaptar seus métodos à cultura, mas também deve ser um agente ativo na construção de uma cultura de segurança psicológica, principalmente através do desenvolvimento de lideranças que saibam como criar tais ambientes.

TEMPO CRONOS E TEMPO KAIROS

Edna Rodrigues Ferreira

O papel estratégico do ERP na era da IA | Café com ADM 471, com Valmir Hammes, da Senior

O papel estratégico do ERP na era da IA | Café com ADM 471, com Valmir Hammes, da Senior

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