Fontes de financiamento de capital de giro de longo prazo

Alcivando José do Nascimento Júnior

artigo de

18/08/2011
6 min leitura

Resumo

FONTES DE FINANCIAMENTO DE CAPITAL

DE GIRO DE LONGO PRAZO

1. Introdução

O desenvolvimento das empresas em qualquer país depende diretamente da existência de mecanismos adequados de financiamento. A inovação do parque tecnológico é uma das atividades das organizações que mais demanda recursos de médio e longo prazo. Com a globalização as empresas perceberam a necessidade de adaptação às novas tendências de ampliação e modernização sem comprometer seu capital de giro. As empresas formalizam estratégias de administração, avaliando os investimentos correntes e buscando contratar passivos menos onerosos e mais adequados, com as menores taxas de juros

Uma empresa tem duas formas de financiar a sua atividade: recorrendo a capitais próprios ou a capitais de terceiros. Tipicamente, os capitais próprios são aqueles que não tem qualquer contrapartida fixa de remuneração ou seja: trata-se de capital que pode ou não ser remunerado de acordo com a rentabilidade gerada pela empresa. Os capitais de terceiros, por seu lado, são aqueles que tem um contra partida uma remuneração mínima fixada, que pode ser taxa fixa ou variável, de acordo com uma taxa de referencia de mercado.

Para suprir suas necessidades recorrentes de financiamentos de bens, as empresas precisão escolher uma das varias alternativas oferecidas pelo mercador financeiro. No entanto, é necessário conhecer detalhadamente as possibilidades de financiamento oferecidas para que se possa decidir corretamente. Fatores, como taxas de juros e risco influenciam diretamente na escolha das fonte de financiamentos que podem levar tanto a lucros como a prejuízos.

Diante do exposto o objetivo deste trabalho é abordar as principais fontes de recursos financeiros e suas características: recursos próprios, arrendamento mercantil e financeiro e o financiamento de longo prazo.

2. Características de Empréstimos a Longo Prazo

Os Financiamentos a Longo Prazo pode ser caracterizado como dívida que tem maturidade superior a um ano. É obtido junto a uma instituição financeira como um empréstimo a prazo ou através da venda de títulos negociáveis, que são vendidos a um número de credores institucionais e individuais. O processo de venda dos títulos, tal como de ações, é geralmente acompanhado por um banco de investimento (uma instituição financeira que auxilia em colocações privadas e assume um papel relevante em ofertas públicas). Empréstimos a longo prazo propiciam alavancagem financeira, sendo um componente desejável na estrutura de capital, desde que atenda a um menor custo de capital médio ponderado.

De modo geral, o financiamento a longo prazo de um negócio possui vencimento entre cinco e vinte anos. Quando o empréstimo a longo prazo estiver a um ano do vencimento, os contadores passarão o empréstimo a longo prazo para o passivo circulante, porque nesse ponto ele se tornou uma obrigação a curto prazo.

Inúmeras cláusulas padronizadas de empréstimos são incluídas nos contratos de empréstimo a longo prazo. Essas cláusulas especificam certos critérios a respeito de registros e relatórios contábeis satisfatórios, do pagamento de impostos e de manutenção geral do negócio por parte da empresa tomadora.

Contrato de empréstimos a longo prazo resultantes quer de um empréstimo negociado a prazo, quer da emissão de títulos negociáveis, normalmente incluem certas cláusulas restritivas, que impõem certas restrições operacionais e financeiras ao tomador. Já que o credor está comprometendo seus fundos por um longo período, obviamente ele procura se proteger. As cláusulas restritivas, juntamente com as cláusulas padronizadas de empréstimos, permitem ao credor monitorar e controlar as atividades do tomador para se proteger do problema criado pelo relacionamento entre proprietários e credores. Sem essas cláusulas, o tomador poderia “levar vantagem” sobre o credor, agindo no sentido de elevar o risco da empresa, talvez pelo investimento de todo o capital da empresa na loteria estadual, por exemplo, sem ser obrigado a pagar ao credor um retorno maior (juros).

As cláusulas restritivas mantém-se em vigor durante a vida do contrato de financiamento. As mais comuns são:

a) Exige-se do tomador a manutenção de um nível mínimo de capital circulante líquido. Capital circulante líquido abaixo desse mínimo é considerado indicativo de liquidez inadequada, um precursor da falta de pagamento e, em última instância, da falência;

b) Os tomadores são proibidos de vender contas a receber para gerar caixa, pois tal operação poderia causar um problema de caixa a longo prazo, se essas entradas fossem usadas para quitar obrigações a curto prazo;

c) Credores a longo prazo normalmente impõem restrições quanto ao ativo permanente da empresa. Essas restrições para empresa são relativas à liquidação, aquisição e hipoteca dos ativos permanentes, frente ao fato que essas ações podem deteriorar a capacidade da empresa para pagar o seu débito;

d) Muitos contratos de financiamentos inibem empréstimos subseqüentes, pela proibição de empréstimos a longo prazo, ou pela exigência de que a dívida adicional seja subordinada ao empréstimo original. Subordinação significa que todos os credores subseqüentes ou menos importantes concordem em esperar até que todas as reivindicações do atual credor sejam satisfeitas, antes de serem atendidas às suas;

e) Os tomadores podem ser proibidos de efetuar certos tipos contratos de leasing para limitar obrigações adicionais com pagamentos fixos;

f) Ocasionalmente, o credor proíbe combinações, exigindo que o tomador concorde em não consolidar, fundir ou combinar-se com qualquer outra empresa. Tais ações poderiam produzir mudanças e/ou alterações significativas no negócio e no risco financeiro do tomador;

g) A fim de evitar a liquidação de ativos devido ao pagamento de altos salários, o credor pode proibir ou limitar o aumento salarial de determinados funcionários;
h) O credor pode incluir restrições administrativas, exigindo que o tomador mantenha certos funcionários-chaves, sem os quais o futuro da empresa estaria comprometido;

i) Às vezes, o credor inclui uma cláusula limitando as alternativas do tomador quanto aos investimentos em títulos. Esta restrição protege o credor, pelo controle de risco e negociabilidade dos títulos do tomador;

j) Ocasionalmente, uma cláusula específica exige que o tomador aplique os fundos obtidos em itens de comprovada necessidade financeira;

k) Uma cláusula relativamente comum limita a distribuição de dividendos em dinheiro a um máximo de 50 a 70% de seu lucro líquido, ou a um determinado valor.

2.1 Custo do Financiamento a Longo Prazo

O custo do financiamento a longo prazo é, geralmente, maior do que o custo do

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Da crise ao faturamento: como essa empresa de mineração se transformou, com Christian Hluchan

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Sobre o autor

 Alcivando José do Nascimento Júnior

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Um estudante da ciência administrativa e suas tendências, busco no dia-a-dia aprender e apreender sempre mais, procurando agregar valor à minha existência, à minha profissão, fazendo com isso, o que mais gosto - compartilhar, dividir conhecimento e, parafraseando o grande filósofo Goethe  "[ ... ] o que é mais importante, estou persuadido que minha luz se extinguiria, se eu fosse o único a possuí-la".

Espero poder contribuir de alguma forma com o crescimento profissional e engrandecimento pessoal dos que aqui também buscarem informações e, que possam transformá-las em luz , ou seja, conhecimento e, propagá-lo.

Um estudante da ciência administrativa e suas tendências, busco no dia-a-dia aprender e apreender sempre mais, procurando agregar valor à minha existência, à minha profissão, fazendo com isso, o que mais gosto - compartilhar, dividir conhecimento e, parafraseando o grande filósofo Goethe  "[ ... ] o que é mais importante, estou persuadido que minha luz se extinguiria, se eu fosse o único a possuí-la".

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