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Trabalho em fundo de investimentos por tempo suficiente para afirmar que há alguns erros recorrentes quando empreendedores nos procuram em busca de dinheiro. Seguindo essas poucas e simples dicas você facilita o trabalho do analista de crédito e aumenta as suas chances de ser bem sucedido na busca por dinheiro.
Erro #1: Muito &#8220;Power Point&#8221; e pouco &#8220;Excel&#8221; Parece que os empreendedores têm uma ânsia de fazer uma apresentação com um visual bem elaborado. Não se discute aqui a importância de preparar uma apresentação de nível profissional, porém, acreditem: a forma é menos importante do que o conteúdo. Financistas se impressionam com números e quanto dinheiro eles ganharão no final do dia. É importante transmitir a informação de forma agradável, porém, a maior parte do tempo da sua apresentação deverá ser sobre dados sobre o seu setor de atuação, o seu negócio, quais os seus resultados passados, como você projetou o seu fluxo de caixa, quais as premissas utilizadas para a sua modelagem financeira, como o futuro esperado se compara com o passado recente (últimos 3 anos), enfim, gaste o seu tempo com números.
Erro #2: Não projetar um fluxo de caixa Há muitas informações importantes em um fluxo de caixa projetado. A principal delas é a capacidade de pagamento do tomador, ou seja, se ele conseguirá me pagar ou não. Parece óbvio mas muitas empresas chegam até nós sem ter projetado um fluxo de caixa. Em outras palavras ela está dizendo: &#8220;Eu preciso do seu dinheiro mas não sei se vou conseguir te pagar. Espero que sim&#8230;&#8221;. Se você se antecipar e apresentar uma boa modelagem financeira do seu negócio, causará uma boa impressão (mostra que você está preocupado com seu credor) e economiza grande parte do meu trabalho (facilite o trabalho do seu credor e terá o seu crédito mais rápido e mais barato).
Erro #3: Não projetar cenários pessimistas Outro erro bastante comum é ignorar que o mundo não é 100% previsível. Quando o empreendedor consegue elaborar uma boa apresentação, com resultados e fluxo de caixa projetado é indispensável que se faça também uma projeção utilizando um cenário de stress, ou seja, com premissas que sejam desfavoráveis ao seu negócio. Se você não fizer este cenário, eu o farei com certeza. Da mesma maneira que elaborar um fluxo de caixa é dizer que você tem condição de pagar o seu credor, fazer um cenário pessimista significa: &#8220;Eu me preocupo com o seu dinheiro e posso provar que mesmo se tudo der errado você ainda o terá de volta&#8221;.
Erro #4: Não saber o que quer Por fim, um último erro bastante comum é o empreendedor não saber exatamente que tipo de operação ele quer. Eles chegam, fazem suas apresentações coloridas e dizem que precisam de um determinado volume de dinheiro. As perguntas óbvias que você deve se fazer (e responder) antes de ir para qualquer fundo de investimento são: (i) PARA QUE eu quero esse dinheiro?; (ii) DE QUE FORMA eu quero esse dinheiro (quero vender uma parte da empresa, quero tomar dívida, quero fazer os dois, etc.); (iii) QUANTO eu posso pagar por ele (juros máximo que não torna o plano inviável); (iv) QUANDO eu posso retornar esse dinheiro para o investidor e/ou credor; e (v) quais GARANTIAS eu posso oferecer ao meu credor.
Siga estas dicas e aumente a sua chance de uma boa captação de dinheiro. Lembre-se que o seu credor, provavelmente, estará analisando muitas operações de crédito e quanto melhor você se apresentar, maiores serão as suas chances de obter um financiamento barato e mais adequado para a sua empresa.

4 Erros comuns de empreendedores que querem tomar dinheiro no mercado

Captar recursos no mercado financeiro pode ser desastroso, porém, se você seguir algumas dicas básicas, além de aumentar as chances de sucesso você provavelmente terá acesso a linhas mais baratas. Neste artigo, quatro erros comuns de empresas que buscam dinheiro no mercado.

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A área de recursos humanos e departamento pessoal são vistas muitas vezes como um lugar de rotinas burocráticas e sem eficiência. Mais um centro de custo do que uma fonte de possível retorno. Mas esta realidade está mudando a passos largos tanto no Brasil como no exterior.
Uma série de empresas de tecnologia já lançaram soluções focadas na gestão de pessoas de empresas de todos os portes. Inclusive, uma das empresas tidas como de maior crescimento da história do Vale do Silício oferece serviços para, adivinhe quem? Departamento Pessoal! Isso prova a mudança de paradigma na gestão das empresas que vê o RH cada vez mais estratégico.
No Brasil, não é diferente. Aqui no <a href="http://rh.convenia.com.br?utm_source=administradores">Convenia</a> vemos cada vez mais empresas buscando nossas soluções e preocupadas com ganho de eficiência. Quando antes a entrada do e-social era visto como algo negativo, agora, as empresas já vêem como uma possível oportunidade para transformar de uma vez a gestão de pessoas do Excel para algum sistema que faça mais do que só gestão. Que dê também informação e, com isso, facilite a gestão.
Se você se interessar pelo assunto e quiser também inserir a sua empresa nessa tendência, alguns aplicativos podem facilitar a sua vida (alguns deles gratuitos). Nós já tratamos deste assunto em nosso blog no artigo: "<a href="http://blog.convenia.com.br/5-aplicativos-que-vao-facilitar-sua-vida-no-rh/">5 aplicativos que vão facilitar a sua vida no RH</a>". Porém, mais do que qualquer aplicativo, o que vale mesmo é a mudança de mentalidade. Alguns pontos para você se atentar:
1. Análise de dados
RH só será estratégico se você tiver dados estruturados para analisar. Qual é a área com maior custo de folha (somando encargos e benefícios)? Qual é o turnover da sua empresa? Quais são os colaboradores com menor taxa de promoção ao longo do tempo? Tudo isso é insumo para estratégia.
2. RH deve ser agente de transformação
Gestão de pessoas não deve ser algo reativo. Deve participar das decisões estratégicas da empresa para conseguir ser AGENTE de mudança interna. Ou seja, participar ativamente para aumentar o ROI do negócio e eficiência das áreas.
3. RH não é perfumaria
Já parou para pensar na sua principal linha de custo? Provavelmente é a folha de pagamento. Já pensou no segundo maior item de custo? Provavelmente é benefício corporativo. E como você gerencia isso? Da a mesma atenção para outras gestões, como da área comercial?
4. Novo perfil de profissional
Com todas essas mudanças, no novo profissional de RH deve ter um perfil técnico mais analítico e estratégico. Não é incomum em grandes empresas, diretores de RH chegarem ao cargo de CEO. E na sua empresa? Como é? Os gestores de pessoas são valorizados e inseridos no contexto estratégico da empresa?

Quem disse que não há inovação para a área de Recursos Humanos?

Mesmo quando insatisfeitos com a profissão ou suas funções, <a href="http://www.convenia.com.br/blog/demissao-de-funcionarios?utm_source=administradores&amp;utm_medium=artigo">a demissão ainda segue como um dos maiores temores dos profissionais</a> que compõem a força de trabalho dos dias de hoje e; em função disso, saber como demitir funcionários da maneira correta é algo de extrema importância para quem ocupa cargos de gerência em uma empresa.
Embora a tarefa seja árdua e também represente um temor para quem é encarregado de executá-la, a demissão pode ser feita de uma maneira mais ‘leve’ e tranquila quando alguns passos importantes são seguidos – mantendo tanto a calma do funcionário dispensado como a integridade e a imagem da empresa frente ao profissional. Confira, a seguir, alguns passos importantes para saber como demitir um colaborador de forma mais suave:
<ul><li>Siga as políticas e procedimentos estabelecidos pela empresa. Independentemente do tamanho da empresa, ela deve ter os protocolos de desligamento de funcionários devidamente pré-estabelecidos – dando uma base concreta aos gestores que venham a lidar com esse tipo de situação e, com isso, facilitando o processo como um todo.</li>
</ul> 
<ul><li>A demissão não deve ser uma surpresa completa. Para que um funcionário seja demitido ele deve apresentar problemas relacionados à sua performance; e isso deve ser devidamente informado a ele por meio de feedbacks constantes – evitando que o seu desligamento chegue como uma completa e desagradável surpresa.</li>
</ul> 
<ul><li>Crie um arquivo de informações dos profissionais empregados. Seguindo o que foi exposto no item anterior, é fundamental saber por quais motivos o trabalho do profissional está sendo dispensado da companhia; e os erros e acertos do colaborador devem ser constantemente analisados, dando base para explicações na hora da demissão.</li>
</ul> 
<ul><li>Trate o funcionário da mesma forma que gostaria de ser tratado. O velho clichê é essencial para manter a tranquilidade nesse tipo de situação, e o gestor que comunica o desligamento de um funconário deve ter em mente o quão negativa pode ser esta situação; preparando-se para agir de uma forma amigável e condizente com o que gostaria de receber caso estivesse no lugar do colaborador dispensado. </li>
</ul>

Como demitir um funcionário da maneira certa

Por termos muito contato com gestores de equipe, podemos notar alguns comportamentos comuns. Um deles é deixar a avaliação de desempenho individual sempre para o último momento. Parece que é necessário que a área de recursos humanos estipule uma data limite para que os gestores de equipe façam este trabalho. Apesar de acharem o processo importante para a motivação as pessoas e de serem bem instruídos para realizar uma boa avaliação, por que os gestores normalmente deixam sempre para depois?
Uma das hipóteses seria a falta de conhecimento sobre o processo de avaliar. Porém, é cada vez mais comum que empresas tenham uma política única de avaliação de desempenho com um desenho único entre todas as áreas. Na prática, é seguir um modelo pré-definido. Mesmo que a empresa não defina um padrão, pode-se conseguir bons modelos de graça. Portanto, falta de conhecimento não é um problema.
Outra hipótese que surge é que gestores não dão importância para o processo. Mas isso também não foi observado em nossas conversas com gestores. Aliás, o extremo oposto foi identificado: gestores acreditam que o feedback bem executado é um dos fatores mais importantes de motivação.
Mas então, qual seria o motivo para as avaliações de desempenho ficarem sempre para depois?
Isto ocorre pois o processo de avaliação e feedback de um funcionário exige que se tenha um pensamento estratégico sobre cada pessoa da sua equipe. É o momento do ano que o gestor deve parar e não apenas dar uma nota de 0 a 10 sem critério. É preciso identificar quais características ele valoriza em sua equipe. Quais características são importantes para cumprir as metas estabelecidas. Dentre essas características, quais funcionários precisam desenvolvê-las e quais já atingiram níveis satisfatórios?
Portanto, avaliar é ao mesmo tempo um fator de motivação para o funcionário que entende onde pode melhorar e também um importante passo do planejamento estratégico das empresas e das áreas. Uma boa avaliação exige um bom planejamento prévio. Exige que o gestor pense em sua área e como cada pessoa se insere nela produtivamente. E isso é difícil. Mas não menos recompensador.

Por que os gestores de equipe sempre deixam a avaliação de desempenho para depois?

A chegada da Geração Alfa ao mercado de trabalho não representa um desafio invencível, mas sim uma oportunidade singular para que as empresas inovem



Como especialista dedicado a compreender as dinâmicas entre gerações e as transformações do mundo do trabalho, tenho observado de perto a ascensão de um grupo que, em breve, moldará o cenário profissional de maneiras inéditas: a Geração Alfa. Nascidos a partir de 2010, esses jovens trazem consigo uma bagagem de familiaridade digital que transcende a simples habilidade; é uma verdadeira simbiose com a tecnologia que exigirá uma reconfiguração fundamental nas estratégias empresariais.



A Geração Alfa chegou ao mundo já conectada. Com smartphones, inteligência artificial e conectividade onipresentes, eles são, de fato, nativos digitais. Sua facilidade para aprender e se adaptar a novas ferramentas e plataformas é notável, superando as gerações anteriores. É como se "já nascessem com o HD da tecnologia instalado". A intuição digital e a habilidade multitarefa que possuem representam um valor imenso para as empresas que souberem aproveitar esse potencial.



No entanto, essa mesma imersão digital moldou suas expectativas e valores de maneira distinta. Para a Geração Alfa, a busca por sentido no trabalho se equipara, senão supera, a importância da remuneração. Eles anseiam por se conectar com organizações que compartilhem seus ideais e que demonstrem um compromisso genuíno com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Acredito que essa busca por significado é um dos pilares que guiarão suas escolhas de carreira.



Outro fator crucial é a valorização da flexibilidade e do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Criados em um ambiente de informação instantânea e comunicação fluida, eles naturalmente tendem a ter menor tolerância a modelos de trabalho rígidos e hierárquicos que não reconheçam a importância da harmonia entre as esferas da vida.



Diante desse panorama, a adaptação das empresas não é uma sugestão, mas uma necessidade iminente. Estratégias de recrutamento e retenção precisam ser urgentemente repensadas. A criação de ambientes de trabalho mais dinâmicos e colaborativos, o investimento em tecnologias de ponta que otimizem processos e a implementação de programas de desenvolvimento contínuo que valorizem o aprendizado e a evolução constante são medidas indispensáveis.



A preocupação com a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores também emerge como um ponto central. A Geração Alfa prioriza o equilíbrio emocional, e as empresas que desejam atrair e reter esses talentos precisarão oferecer um suporte abrangente que atenda a essas necessidades.



Acredito que a chegada da Geração Alfa ao mercado de trabalho não representa um desafio invencível, mas sim uma oportunidade singular para que as empresas inovem, se tornem mais ágeis e construam um futuro mais promissor. Aquelas que souberem acolher e integrar as habilidades e expectativas desses jovens talentos estarão não apenas preparadas para o futuro, mas na vanguarda da transformação do mundo profissional. O momento de ajustar as velas e navegar nesta nova corrente é agora.

Mercado de trabalho em transformação: a chegada da Geração Alfa

As grandes inovações da história, da roda à internet, nasceram de mentes que ousaram imaginar o impossível



Todos concordam que, atualmente, está muito difícil se concentrar. O celular não para de avisar a chegada de mensagens, notificações de redes sociais e vídeos novos. Isso atrapalha porque nosso cérebro não consegue fazer várias coisas bem ao mesmo tempo. A Universidade de Stanford mostrou, em estudo de 2024, que pessoas que tentam estudar enquanto checam o celular têm desempenho 25% pior em tarefas que precisam de atenção, como resolver problemas ou escrever. É como se o cérebro ficasse “dividido” entre o aprendizado e as notificações.



Além disso, quando pulamos de uma tarefa para outra, como sair de um projeto ou estudo para ver uma mensagem, uma parte do cérebro fica presa na tarefa anterior. Isso é chamado de resíduo de atenção e dificulta focar no que está fazendo agora. Passar muito tempo em vídeos curtos, como os do TikTok ou Instagram, também treina o cérebro para querer coisas rápidas e novas o tempo todo. Isso faz com que seja mais difícil se concentrar em algo que leva tempo, como ler um livro ou resolver um problema complicado. No Brasil, onde as pessoas gastam, em média, 5 horas por dia no celular, segundo dados de 2024 da DataReportal, esse problema é ainda mais sério, especialmente para jovens.





<h2 class="wp-block-heading">Como treinar o foco</h2>



A boa notícia é que dá para treinar o cérebro para se concentrar melhor, mesmo com tantas distrações. Uma maneira simples é meditar 10 minutos por dia. Não precisa ser nada complicado: é só sentar em um lugar calmo, fechar os olhos e prestar atenção na sua respiração. Se a mente começar a pensar em outras coisas, é só trazê-la de volta para a respiração. A Frontiers in Psychology publicou, em 2023, que quem medita assim melhora a atenção em até 30% em poucas semanas.&nbsp;



No trabalho, algumas empresas estão criando maneiras de ajudar os funcionários a se concentrarem. A Ambev, por exemplo, começou em 2024 a adotar horas sem notificações em seus escritórios no Brasil. Durante esse período, os funcionários desligam e-mails e mensagens para focar em tarefas importantes. Isso aumentou a produtividade em 15%, garante a empresa.&nbsp;



Estar na natureza também faz uma grande diferença. Passar 20 minutos em um parque, olhando para as árvores ou ouvindo o som dos pássaros, ajuda o cérebro a descansar e se concentrar melhor depois.&nbsp;



<h2 class="wp-block-heading">Um convite para redescobrir o potencial</h2>



A pergunta não é se ainda somos criativos, mas se estamos dispostos a criar os espaços certos para que a criatividade volte a respirar. Não se trata de esperar um ambiente ideal, mas de começar, mesmo que aos poucos, a construir um cotidiano que valorize a curiosidade, o erro, o tempo livre para pensar e a coragem de propor algo novo.



Pense na última vez que você se permitiu sonhar sem limites ou se dedicou a aprender algo novo só pelo prazer de descobrir. O que te impede de fazer isso hoje? Pequenas ações como essas podem reacender a faísca que o conecta àquela criança curiosa que já foi. E, mais importante, elas podem inspirar mudanças maiores: em sua casa, em seu trabalho ou até na forma como você enxerga o futuro.



As grandes inovações da história, da roda à internet, nasceram de mentes que ousaram imaginar o impossível. Em um mundo que exige soluções para desafios como mudanças climáticas, desigualdade e avanços tecnológicos, a criatividade não é um luxo, mas uma necessidade. Então, comece hoje. Pegue um lápis, desligue as notificações, e deixe sua mente voar. O que você pode criar? E como isso pode mudar o mundo ao seu redor?&nbsp;



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em educação corporativa e saúde mental

A economia da distração e o preço da improdutividade digital

Se você já tem uma marca no mercado, proteja enquanto ainda há tempo. E se está começando, não espere o problema bater à porta



Na última semana, recebi no escritório uma empresária do ramo de materiais de construção que viveu uma situação comum, mas extremamente desconfortável: ela descobriu que sua marca — nome e logotipo — estava sendo usada, de forma idêntica, por uma empresa de uma cidade vizinha.&nbsp;



A identidade visual era a mesma, as cores, a tipografia, o nome... tudo igual, como se tivessem feito um simples “copia-cola”.



A empresária em questão já atuava há vários anos no segmento de materiais de construção, consolidando sua presença no mercado com duas lojas físicas em cidades distintas. Seu percurso foi marcado por muito esforço, reconhecimento da comunidade local e um posicionamento que se torna cada vez mais expressivo diante dos concorrentes.



O cenário começou a mudar quando, inesperadamente, recebeu a ligação de um parente residente em outra cidade. Curioso, ele perguntou se ela estava expandindo os negócios para novas regiões, ao que prontamente respondeu que não havia planos de abertura de novas unidades.&nbsp;



Foi então que veio a surpresa: o parente relatou ter encontrado uma loja com fachada praticamente idêntica à da empresária — o logotipo, nome da marca e ramo de atuação eram os mesmos. Na prática, tratava-se de uma cópia fiel da identidade visual e do título do estabelecimento, instalada em uma cidade vizinha.



A primeira reação, claro, foi de indignação. Mas, como costumo dizer, em momentos como esse é necessário respirar fundo e agir com estratégia.&nbsp;



O primeiro passo foi verificar a situação jurídica da marca. Infelizmente, ela ainda não tinha o registro no INPI. E isso muda tudo.





Sem o registro, não há exclusividade garantida sobre o uso da marca. Mesmo que ela seja a primeira a usar o nome ou a identidade, a ausência de registro limita — e muito — as possibilidades de defesa imediata.&nbsp;



Felizmente, após uma análise técnica, identificamos que ainda era possível registrar a marca com segurança.&nbsp;



A partir daí, começamos também a mapear os concorrentes que estavam utilizando a marca indevidamente. E a descoberta foi ainda mais surpreendente: outras empresas, em cidades diferentes de outros estados do Brasil, também estavam utilizando o mesmo nome. Isso acendeu um alerta vermelho. O risco de perder o controle da marca era real. Por isso, estruturamos um plano de ação: protocolar o pedido de registro no INPI, elaborar notificações extrajudiciais e acompanhar os movimentos de outras empresas para resguardar a posição da cliente no mercado.



Esse caso me motivou a escrever esta coluna porque é exatamente isso que acontece com centenas de marcas todos os meses no Brasil.&nbsp;



E muitas vezes, a proteção só é procurada quando o problema já está posto. A verdade é que o registro da marca deveria ser um dos primeiros passos da construção de um negócio.&nbsp;



Não importa se você tem um pequeno comércio, uma clínica, uma loja online ou um perfil no Instagram: se você tem uma marca, ela é um ativo valioso. E ativos precisam ser protegidos.



Inspiração ou Cópia?



Aproveito também para fazer um alerta para quem está do outro lado dessa história: pessoas que, ao criar uma marca, saem procurando referências na internet, se “inspiram” demais em marcas já existentes ou que replicam identidades visuais de forma pouco ética.&nbsp;



Isso pode gerar uma série de problemas. A cópia de nome e logotipo pode configurar violação de direitos de marca.&nbsp;



Além do prejuízo jurídico, há também o risco de sua empresa ser obrigada a mudar de nome, perder redes sociais, domínio e credibilidade. Sem contar com a imagem negativa perante o mercado. Por isso, inspiração é uma coisa, cópia é outra completamente diferente.



Registrar a marca é mais do que uma formalidade. É uma estratégia de sobrevivência, de posicionamento e de crescimento. E, principalmente, é uma forma de proteger o que você está construindo com tanto esforço: uma empresa sólida, reconhecida e respeitada.



Se você já tem uma marca no mercado, proteja enquanto ainda há tempo. E se está começando, não espere o problema bater à porta.&nbsp;



Faça da proteção jurídica o primeiro passo, não o último.&nbsp;



Nos vemos na próxima.



Lívia F Silva

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Marcelo Nogueira Furtado

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Marcelo Nogueira Furtado

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