Meus cursosPublicar artigos
Seja premium
  • Últimas notícias
    • Carreira e Performance
    • Cotidiano
    • Dinheiro
    • Empreendedorismo
    • Liderança e Inteligência Emocional
    • Negócios e Gestão
    • Web stories
    • Carreira e Performance
    • Dinheiro
    • Empreendedorismo
    • Liderança e Inteligência Emocional
    • Negócios e Gestão
    • Todos os Artigos
  • Podcast
    • Liderança, com Daniel Goleman
    • Negociação e Influência
    • Avançado de Consultoria
    • Gestão de Projetos
    • Expert em Excel
    • Ver todos
    • Administradores Premium
    • Networking
    • Educação Corporativa
  • Comunidade
  • Anuncie
Logo Administradores
Logo Administradores
Seja premium
Meus cursosPublicar artigos
Últimas notícias
Editorias
Artigos
Podcast
Cursos
Para Empresas
ComunidadeAnuncie
  1. Home
  2. Artigos
  3. Negócios e Gestão

Antifragilidade na prática: como lucrar quando o Brasil quebra?

Evandro Canello
Evandro Canello
27 ago 2025 às 16:20
Última atualização: 27 ago 2025
10 min leitura
27 ago 2025 às 16:20
10 min leitura
Última atualização: 27 ago 2025
Antifragilidade na prática: como lucrar quando o Brasil quebra?

Reprodução: Unsplash

Se você quer ser um investidor antifrágil, não fuja da tempestade. Aproveita a força dela. Não abra o guarda-chuva apenas para se proteger, use a água para gerar energia!

Se você vive no Brasil, já tem uma habilidade inata que o mercado financeiro de Wall Street daria um rim para ter no currículo: a capacidade de farejar a crise antes dela acontecer.

E não é por intuição mística. É tão somente resultado de experiência acumulada: 

  • A hiperinflação dos anos 1980; 
  • O confisco da poupança nos anos 1990;
  • Moedas que se sucediam cortando zeros sem resolver o problema; 
  • Juros entre os mais altos do mundo; 
  • E crises políticas em série… 

Décadas desse ciclo afiaram o instinto coletivo e nos mantiveram em alerta permanente. Basta um rumor em Brasília ou uma virada súbita no câmbio para que todo mundo perceba, sem precisar de algoritmos robustos de sistemas de inteligência artificial, que a turbulência já começou.

O curioso é que esse faro raramente é sinônimo de preparo. A gente tem “poderes” mas não sabe como lidar com isso. O maior aprendizado que tivemos foi sermos resilientes: levar o impacto, respirar fundo e tentar voltar ao ponto de partida.

Só que no Brasil esse ponto nunca foi exatamente sólido. Falar em “voltar ao normal” é esquecer que esse “normal” já andava meio torto.

É nesse cenário que a proposta de Nassim Nicholas Taleb ganha força. Ex-trader e estudioso dos efeitos da incerteza, ele apresenta em “Antifrágil: Coisas que se Beneficiam com o Caos” a ideia de sistemas que não apenas resistem ao choque, mas se fortalecem com ele. 

Para Taleb, resistir não basta; o jogo é transformar choque em ganho. O frágil quebra, o resiliente suporta, o antifrágil melhora. E, se existe um país com material de sobra para aplicar essa lógica, é o Brasil.

E este é o ponto fundamental: entender o conceito de antifragilidade no Brasil não é luxo acadêmico, é questão de sobrevivência. 

Quem olha para o caos só como ameaça vive de susto em susto. Mas quem aprende a tratá-lo como matéria-prima anda sempre alguns passos à frente. Não por prever o futuro, mas por estar pronto para transformar qualquer cenário em oportunidade

O teatro da fragilidade brasileira

O mercado brasileiro é movido mais por emoções do que por números; por isso, o investidor médio se comporta como um adolescente dramático dominado pelos hormônios: compra na euforia, vende no pânico e depois culpa o “sistema” pelo desastre.

A economia comportamental ajuda a explicar esse padrão:

  • O viés da aversão à perda faz a dor de perder R$ 1.000 ser muito maior que a satisfação de ganhar o mesmo valor.
  • O efeito manada empurra multidões para repetir o comportamento da maioria, mesmo que seja irracional.
  • O viés de confirmação leva as pessoas a enxergar apenas as informações que reforçam suas crenças e a ignorar as que contradizem suas expectativas.

O resultado é sempre o mesmo: fóruns lotados de discursos apocalípticos quando a bolsa cai alguns pontos e, no dia seguinte, euforia coletiva quando o índice recupera. 

Esse “transtorno bipolar” da economia embaralha a cabeça do investidor e o mantém girando em círculos: perde, se frustra, tenta de novo, perde de novo… Parece que nunca aprende.

Agora imagine esse mesmo comportamento em escala macro. Pois é: quando o adolescente inconsequente é o próprio Poder Público.

Exemplo? Há mais de uma década o Brasil enfrenta enchentes no verão e estiagens no inverno, com prejuízos materiais e humanos extremos. É tão previsível quanto calor em dezembro. 

Mesmo assim, a solução é sempre a mesma: esperar o problema estourar para, só então, liberar auxílio emergencial e recursos a toque de caixa. É como jogar um copo de água em um incêndio florestal. 

Pra completar o surrealismo, já teve ministro da Agricultura anunciando oficialmente que a saída era rezar pra chover (ou pra parar de chover). 

Se a resposta oficial chega a esse nível, não surpreende que não exista qualquer planejamento. Esses problemas simplesmente não aparecem nas diretrizes, objetivos e metas que deveriam orientar as leis orçamentárias. 

Resultado: uma estrutura frágil, que insiste em fingir surpresa diante do óbvio.

Na economia não é diferente. Troca governo, troca sigla, mas a lógica continua: medidas paliativas que duram o tempo de um mandato. Quatro anos de band-aid numa fratura exposta. Oito, se houver reeleição.

A verdade é que a fragilidade do Brasil não está no clima, nem na economia. Está em reagir a cada crise como se fosse uma surpresa, mesmo quando ela se repete ano após ano.

Se a cada ciclo trocam-se governos e modelos, não há como ter segurança. O caminho é aprender a se blindar das crises, não acha?

A lógica do caos como oportunidade

Taleb provoca: fomos ensinados a buscar ordem, mas a vida real se organiza no caos. O Brasil é prova viva.

Nos últimos 40 anos, vivemos hiperinflação, confisco de poupança, crises cambiais, impeachment, descondenamento, escândalos, pandemia e juros que já foram os mais altos do planeta. 

E mesmo depois de tudo isso, ainda tem quem diga que é melhor “esperar estabilidade para investir”. Como assim, meu amigo? Estabilidade por aqui é lenda urbana. 

E é justamente aí que entra a virada de chave: para o investidor antifrágil, a certeza da crise não é ameaça, é matéria-prima. Se ela vai acontecer de qualquer jeito, em vez de paralisar, pode ser usada como ferramenta.

  • Quando os preços caem, surgem chances únicas de comprar bons ativos; 
  • Se os juros disparam, a renda fixa vira um porto seguro;
  • Quando o câmbio balança, é um sinal claro para diversificar no exterior.

O erro é gastar energia tentando adivinhar quando a próxima crise vai chegar. No Brasil, quem aposta nisso quase sempre erra. 

Entenda que o jogo certo não é prever o futuro, mas se preparar para tirar proveito de qualquer cenário.

A estratégia Barbell tropicalizada

Investir no Brasil nunca foi tarefa para corações fracos: inflação que insiste em dar as caras, juros que mudam de humor a cada reunião do Banco Central e crises que aparecem com a mesma frequência das estações do ano.

Nesse ambiente, muitos ainda acreditam que o caminho mais sensato é buscar o “meio-termo”: produtos que prometem equilíbrio, risco moderado e retorno estável. 

À primeira vista, parece uma escolha prudente. O problema é que, na prática, esses investimentos “moderados” sofrem perdas quando o mercado desaba e, quando a economia se recupera, não conseguem acompanhar toda a alta, já que parte da carteira fica amarrada em ativos de baixo retorno.

No fim, o investidor perde quando tudo cai e não ganha de verdade quando o mercado volta a subir. É aquela velha história, quem fica em cima do muro leva pedrada dos dois lados.

Foi justamente para lidar com esse dilema que Nassim Taleb apresentou, em Antifrágil, a chamada barbell strategy, ou estratégia do haltere. A ideia é mudar o centro de gravidade dos investimentos do meio para as extremidades.

De um lado, ficam os ativos extremamente seguros, como títulos públicos de curtíssimo prazo, que servem para preservar a maior parte do patrimônio mesmo em cenários de estresse. 

Do outro, uma parte pequena é direcionada a apostas altamente especulativas, com potencial de ganho desproporcional. 

A lógica é a seguinte: se der errado, a perda é limitada; se der certo, pode mudar o jogo. 

O que Taleb descarta é justamente o meio-termo, onde o investidor corre riscos suficientes para perder dinheiro em crises, mas sem a chance de ganhos grandes o bastante para compensar nas altas.

No Brasil, alguns economistas e educadores financeiros passaram a usar o termo estratégia barbell tropicalizada para traduzir a lógica de Taleb ao nosso mercado. 

O lado seguro costuma ser exemplificado com Tesouro Selic e CDBs de grandes bancos com liquidez diária (em certas versões, títulos atrelados ao IPCA aparecem como proteção contra a inflação). 

Do outro lado, entram os ativos de alto risco e alto potencial, como small caps, fundos de venture capital e, para alguns, até cripto.

Mas como transformar esse conceito em prática, especialmente em um país onde as crises parecem fazer parte do calendário?

Montando uma carteira antifrágil em tempos de crise 

Construir uma carteira antifrágil no Brasil é menos glamour e mais método. Afinal, aqui não faltam crises, mudanças bruscas de cenário e sustos frequentes. 

O ponto não é prever o próximo choque, mas estruturar-se de forma que qualquer choque jogue a seu favor. O roteiro é direto e objetivo:

Liquidez garantida
Crises não marcam hora. Ter dinheiro disponível evita vender ativos no pior momento e dá poder de compra quando todo mundo está em pânico.

Proteção contra inflação
Ignorar a inflação no Brasil é pedir para repetir a mesma dor de sempre. Títulos atrelados ao IPCA blindam o poder de compra e impedem que o investidor corra para o prejuízo.

Diversificação internacional
Uma fatia em ETFs globais ou dólar reduz a dependência do “risco-Brasil”. Não é fuga, é seguro de vida.

Aposta assimétrica
Uma pequena parte da carteira pode — e deve — buscar ganhos explosivos. Se der errado, o prejuízo é pequeno. Se der certo, pode mudar o jogo.

Rebalanceamento periódico
A cada seis ou doze meses, revisar a carteira, realocar lucros da parte arriscada para a segura, ou aproveitar quedas para comprar barato. É simples, mas quase ninguém faz.

Essa disciplina cria uma blindagem contra a maior inimiga do investidor: a própria emoção. Ela obriga a comprar na baixa, vender na alta e não inverter a ordem, justamente o que 90% fazem errado no calor do momento.

No Brasil, a única certeza é a incerteza. A antifragilidade não vem pra eliminar o caos, mas pra transformar esse caos em combustível.

Se você quer ser um investidor antifrágil, não fuja da tempestade. Aproveita a força dela. Não abra o guarda-chuva apenas para se proteger, use a água para gerar energia!

Esse é o ponto de inflexão. Continuar frágil é viver de susto em susto. Ser resiliente é sobreviver e voltar ao mesmo ponto. Ser antifrágil é crescer justamente por causa do caos. E, no Brasil, caos é o que não falta. Use-o a seu favor.

Leia mais:

3 hábitos de inteligência emocional para potencializar resultados no trabalho
Liderança transformadora: o papel dos líderes na evolução das empresas
3 estratégias para tornar negócios mais sustentáveis e competitivos
Empreendedorismo global: estratégias para crescimento sustentável
3 técnicas de gestão de emoções para melhorar a performance no trabalho
Inteligência emocional como motor para a inovação nas empresas
Logo café com ADM
Logo café com ADM
Imagem de destaque do podcast
Imagem de destaque do podcast

#468

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

Ver todos os episódios
    Compartilhar

    Sobre o autor

    Evandro Canello

    Evandro Canello

    Educador financeiro, especialista em consórcios e membro da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN).
    Também é Pós-Graduado em Gestão de Investimentos e Educação Financeira e Graduado em Ciências Contábeis.
    CEO-Fundador do Grupo Redesul, que engloba as empresas de crédito Venko Credit e Redesul Consórcios, sendo a corretora que conquistou a melhor reputação do mercado de consórcios, com 15 anos de mercado, mais de 1.530 avaliações de 5 estrelas, somando as plataformas digitais Google Meu Negócio e Facebook. E o mais impressionante: ZERO RECLAMAÇÕES no site Reclame Aqui.
    Já tem mais de 10 mil horas de atendimento, somando 5.500 clientes satisfeitos, e originou mais de R$ 1,8 Bilhão em vendas e investimentos, até 2024.

    Educador financeiro, especialista em consórcios e membro da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN).
    Também é Pós-Graduado em Gestão de Investimentos e Educação Financeira e Graduado em Ciências Contábeis.
    CEO-Fundador do Grupo Redesul, que engloba as empresas de crédito Venko Credit e Redesul Consórcios, sendo a corretora que conquistou a melhor reputação do mercado de consórcios, com 15 anos de mercado, mais de 1.530 avaliações de 5 estrelas, somando as plataformas digitais Google Meu Negócio e Facebook. E o mais impressionante: ZERO RECLAMAÇÕES no site Reclame Aqui.
    Já tem mais de 10 mil horas de atendimento, somando 5.500 clientes satisfeitos, e originou mais de R$ 1,8 Bilhão em vendas e investimentos, até 2024.

    Administradores PREMIUM

    Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

    LEADERSHIP
    NEGOCIACAO
    GESTAO
    CONSULTORIA
    FALANDOBEM
    FINANCASESSENCIAIS
    LEADERSHIP
    NEGOCIACAO
    GESTAO
    CONSULTORIA
    FALANDOBEM
    FINANCASESSENCIAIS
    LEADERSHIP
    NEGOCIACAO
    GESTAO
    CONSULTORIA
    FALANDOBEM
    FINANCASESSENCIAIS
    Assine o premium

    Mais artigos deNegócios e Gestão

    Ver todos
    Negócios e Gestão
    O preço do desempenho constante: por que a falta de sono ameaça a saúde corporativa

    O preço do desempenho constante: por que a falta de sono ameaça a saúde corporativa

    01 nov 2025
    7 min leitura

    Por: Charles Betito

    01 nov 2025
    7 min leitura
    Negócios e Gestão
    Por que seus dados valem mais que sua IA?

    Por que seus dados valem mais que sua IA?

    01 nov 2025
    5 min leitura

    Por: Bruno Perin

    01 nov 2025
    5 min leitura
    Negócios e Gestão
    A importância da matriz de risco na gestão pública e empresarial

    A importância da matriz de risco na gestão pública e empresarial

    31 out 2025
    2 min leitura

    Por: Eliseu Raphael

    31 out 2025
    2 min leitura
    • Podcast
    • Colunistas
    • Livros
    • Frases
    • Artigos Acadêmicos
    • Anuncie
    • Sobre o Portal
    • A Profissão
    • Conselhos
    • Contato
    • FAQ
    • Política De Privacidade
    • Termos De Serviço
    • Newsletter

    Logo Administradores

    Portal Administradores Negócios Digitais Ltda - 08.913.843/0001-90 |

    © 2000 - 2025

    Logo do programa Café com ADM

    #468 Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

    #468 Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

    00.0000.00