No dia a dia da nossa Consultoria, conhecemos vários perfis de profissionais, como é de se esperar. Assertivos, servidores, líderes, seguidores, especialistas, generalistas, inovadores, conservadores e por aí vai. Normalmente, nos primeiros 10 minutos de conversa, seja em processo seletivo, coaching ou assessment, já é possível entender se aquele profissional diante de você assume o papel de Espectador, Coadjuvante ou Protagonista da própria carreira. E consequentemente, essa tomada de posição determina o progresso profissional do indivíduo. O Espectador atribui seu caminho profissional às circunstâncias ou às empresas onde trabalhou, principalmente se o caminho trilhado estiver mais para fracasso que para sucesso. Ao ser perguntado sobre a sua trajetória, inicia-se o relato dos “acontecimentos” e não das “escolhas”. Ao escolher ficar refém dos acontecimentos, o profissional abre mão de determinar o seu destino para tornar-se alguém da platéia, assumindo um papel totalmente reativo. E naturalmente, quando as coisas não saem como ele deseja, inicia-se o ciclo das lamúrias, o famoso “coitado de mim”. Nada de assumir responsabilidades. Já o Coadjuvante gosta de pensar que está no leme quando na realidade se coloca como “parceiro recebedor” das empresas na condução da própria carreira. Como exemplo, é aquele que, perguntado porque não estudou Ingles, responde que a empresa não o “ajudou a pagar o curso”. Se a pergunta for sobre a tão sonhada promoção, responde que o Chefe “não gosta dele” ou “não sabe ser político”. Nesse caso, o ciclo que se inicia é o da raiva e as reclamações giram em torno do “nunca ninguém me reconhece, por mais que faça”. Frustrado, afunda cada vez mais. O Protagonista assume a direção e o planejamento de sua carreira, nem que seja para dar cabeçada. Comete erros naturalmente, porém levanta, sacode a poeira e retoma a caminhada. Ele determina para onde vai, como vai e a que ritmo. Entende as circunstâncias e ativamente procura fazer com que elas o favoreçam. Recusa-se a aceitar passivamente as adversidades, enfrentando-as e resolvendo na medida em que abre a sua “caixinha de ferramentas” e as utiliza com sucesso. Aceita riscos e lida com eles com serenidade, pois sabe que a postura ativa é vencedora. E você? Que papel escolheu desempenhar na sua carreira? Celia Spangher é Diretora de Gestão do Talento da Maxim Consultores www.maximconsultores.com.br celia@maximconsultores.com.br