leadership

LEADERSHIP

negociacao-2

NEGOCIACAO

gestao-3

GESTAO

consultoria-2

CONSULTORIA

falandobem

FALANDOBEM

financasessenciais

FINANCASESSENCIAIS

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Administradores PREMIUM

Diz pra mim: quantas vezes você já se perguntou pelo sentido das coisas?
Trabalhar tanto, perseguir resultados, manter-se conectado 24 horas por dia, sacrificar outros interesses na luta pela satisfação das necessidades básicas, matar um leão a cada duas horas, isso faz sentido pra você?
Ter filhos num mundo tão caótico, ser honesto na sociedade dos espertos, viver de aparências, ter de vencer sempre, perseguir o sucesso a qualquer preço, querer agradar a todos, expor a vida aos quatro ventos, isso faz sentido pra você?
Permanecer solteiro, casar pela terceira vez, fazer apenas o que gosta, engavetar o diploma, trabalhar por necessidade onde for possível, competir sempre, cooperar, ficar no seu quadrado, contribuir desinteressadamente, pensar ganha/ganha, garantir o seu antes de mais nada, lutar para permanecer magro, comer carne, tornar-se vegano, falar bom dia para o porteiro, segregar os diferentes, impor sua opinião, respeitar as minorias – o que faz sentido pra você?
Questões como estas poderiam encher páginas e páginas de um livro, mas importa focar apenas na pergunta central: faz sentido pra você?
Falando a respeito do sentido da vida em seu livro Como Vejo o Mundo, o genial cientista alemão Albert Einstein, Prêmio Nobel de Física, não se preocupou em responder se a vida tem um sentido ou não, mas afirmou que quem considere a sua própria vida e a dos seus semelhantes como desprovida de sentido, não é somente infeliz, como ainda incapaz de viver.
Precisamos encontrar sentido em nossa vida, em nossa luta, em nossa carreira, em nosso trabalho, naquilo que nos absorve cotidianamente.
Segundo o eminente psiquiatra austríaco Viktor Frankl, fundador da psicoterapia centrada no sentido, que sofreu nas pele os horrores do campo de concentração nazista, a busca do ser humano por um sentido é uma motivação primária em sua vida. E diz mais: o sentido da nossa vida a gente não inventa, a gente descobre.
E como descobri-lo sem exercitar a presença plena, como descobri-lo se passamos pelos dias tão distraídos e desfocados?
Falar em sentido é falar também dos nossos porquês.
O que nos move? Por que investimos tempo e energia a fazer o que fazemos? A que destino nos conduzirá aquilo que fazemos agora? É lá que queremos de fato chegar? Perguntas impossíveis de responder com clareza sem autoconsciência, sem autoconhecimento.
E assim chegamos ao ponto. Estamos exaustivamente conectados com o mundo externo, navegando entre perfis e avatares que muitas vezes não espelham o que realmente somos. Nunca fizemos tantos autorretratos (hoje chamados de selfie), mas talvez nunca tenhamos nos afastado tanto de nossa essência.
É hora de buscar caminhos que ampliem nossa autoconsciência e para isso não podemos mais fugir de nós mesmos. E até mesmo esta busca se fará da forma que fizer sentido para cada um de nós. Não há resposta nem modelo únicos.
Sem este exercício fica praticamente impossível recuperar nosso porquê, descobrir o sentido da nossa vida em cada situação, agir conscientemente, estarmos inteiros e senhores de nossas melhores forças e virtudes, aplicadas pelo bem de nosso próprio desenvolvimento e pelo florescimento das pessoas e instituições de nosso relacionamento.
É nesta direção que caminharemos em nossas publicações.
Faz sentido pra você?
Então seja bem-vindo!

Faz sentido pra você?

Há um sentido para nossas vidas? Há um sentido para o trabalho que faço? Como descobri-lo?

Faz sentido pra você? | Administradores

Home

Artigos

Informação e Educação para líderes e suas equipes. Notícias, artigos, cursos, palestrantes, mentorias e treinamentos personalizados para profissionais e empresas

Administradores

https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2023/06/06200454/Logo-administradores.png

Administradores | Conhecimento para Resultados

Inspirado nos ensinos de Viktor Frankl e nas pesquisas de Martin Seligman, escrevi a fórmula que consta no título desta postagem - a Fórmula da Desesperança:Sf – St = D², ou seja: Sofrimento “menos” Sentido “é igual a” Desespero e Desamparo, ou, de forma mais simples: sofrimento sem sentido leva ao desespero e ao desamparo.Mas como assim? E por que isso agora? Já não temos notícias ruins demais?Por força do meu trabalho, converso constantemente com jovens de várias idades, alguns se preparando para a faculdade, outros já em pleno processo de graduação e/ou tentando ingressar ou decolar no mercado de trabalho. Alguns já com uma carreira na fase inicial, outros apenas lutando para sobreviver onde houver quem os empregue ou onde consigam empreender.Se esta já é uma fase bastante complicada na vida de cada um, imagine em um cenário que envolve pandemia, retração do mercado, níveis absurdos de desemprego, famílias tendo de apertar os cintos (com sorte...), vacinas que chegarão sabe-se lá quando para pessoas desta faixa etária, perda de entes queridos, previsões nada animadoras para os próximos anos... Como este quadro está impactando a mente, o coração, a alma de nossos jovens? Você tem conversado com seus filhos, enteados, sobrinhos, alunos, amigos, a respeito destas angústias que não cabem mais debaixo do tapete?Eu tenho. E me preocupa notar que alguns vem mergulhando nos mares densos e frios da desesperança, onde desespero e desamparo ameaçam se tornar gatilhos para estados emocionais extremamente negativos e ideias idem.Pelo caminho racional, eu procuro abordar a questão pelo ângulo histórico, conversando sobre a jornada humana, os desafios já vencidos, lutas já travadas e superadas, tentando demonstrar que somos capazes de transcender nossos próprios limites e buscar soluções. Da mesma forma, nos processos de mentoria para o autoconhecimento, trabalhamos as forças pessoais, focando nos pontos fortes, nas inteligências e forças de caráter mais desenvolvidas, valorizando os aspectos singulares de cada qual, como incentivo ao protagonismo consciente e até mesmo estratégico, com vistas ao futuro.Quando se trata de buscar sentido em situações como a que estamos vivendo, procuro trabalhar a seguinte questão: que lição podemos tirar disso tudo?Mas há que se trabalhar também o aspecto intuitivo/emocional, que alcança onde a razão nem sempre chega. Eu posso até falar sobre desamparo de um ponto de vista mais técnico e específico no futuro, mas por ora basta dizer que desamparo é a condição daquele que se convenceu (ou foi convencido) de que nada do que faça mudará a situação dolorosa que está vivendo. Ao enfrentar situações sobre as quais não tem (ou pensa não ter) controle algum, o indivíduo perde a motivação para reagir e passa a acreditar que sucesso e fracasso são independentes das ações e escolhas que venha a fazer.Casos mais graves provavelmente reclamarão um processo terapêutico, mas muitos seriam aliviados por nós mesmos, com mais amor, mais empatia, mais compaixão, mais olhos de ver, mais tempo dedicado ao diálogo, a mais ouvir do que falar, a demonstrar interesse por estes que estão apenas começando sua jornada e descobrem que a vida pode ser extremamente complexa.Nosso dever, em nome do amor e da compaixão, é o de “abrir as janelas” da esperança e ajudá-los a confiar em si mesmos, a identificar aquilo em que podem, sim, atuar, e a sentir que além de complexa, a vida é também uma aventura incrivelmente maravilhosa.É urgente estarmos juntos! Não dá mais para adiar esta conversa.

A FÓRMULA DA DESESPERANÇA: Sf-St=D²

Ando calado e, confesso, sem muita disposição para escrever ou falar. O cenário atual me afeta sobremaneira e me encontro num misto de indignação e espanto, lutando com as armas que tenho para tentar contribuir de alguma forma com a mudança de cenário, quase sempre pelo caminho da educação e da arte, da filosofia e de tantos saberes científicos ligados à área do desenvolvimento do potencial humano, tentando focar no meu círculo de influência (aquilo que está na minha alçada) e não me abater com o que se encontra no círculo de preocupações (aquilo tudo que está além da minha alçada).Mas, eu não poderia passar por esta data sem dizer algumas palavras em homenagem e como forma de reverência às mulheres pelo seu dia.Há muito tempo, e já não me lembro onde, li uma pequena história, uma metáfora, em que um peixinho vivia em seu mundo aquático, considerando ser aquele mundo toda a verdade e toda a realidade existente. Ele nasceu na água, desenvolveu-se na água, nunca foi além da água e, portanto, nem cogitava a existência de um mundo diferente do seu.Um dia, no entanto, brincando com seus amigos peixes, imprimiu tal velocidade a seu nado em direção à porção mais luminosa da água, que acabou saltando para além da superfície e, pela primeira vez, lá de cima, olhando para baixo, viu o seu mundo, a sua realidade, a sua verdade, de um outro ângulo – de fora para dentro. Foi assim que tomou consciência da existência de outros universos, outras verdades e dos limites do seu mundo particular.Pois bem… eu nasci em uma sociedade estruturalmente machista, cresci rodeado por outros que, como eu, nem cogitavam a existência de realidades diferentes daquela. De tal forma que até mesmo muitas mulheres assumiam atitudes machistas. Afinal, aquela era a “verdade” em que estávamos todos mergulhados e que assumíamos como absoluta, consciente ou inconscientemente.Mas, como acontece em todos os processos revolucionários, alguns de nós – movidos pela dor, pela empatia ou pelo idealismo, conseguimos um dia saltar para além de nosso acanhado modelo mental e, olhando de fora, descobrimos que estávamos sendo, coletiva e individualmente, injustos, cruéis e opressores em relação às mulheres.Quando o peixinho da metáfora voltou e foi contar a seus pares o que tinha descoberto, alguns simplesmente se negaram a ouvir, outros ironizaram e outros ainda o agrediram e perseguiram.Ainda hoje as mulheres precisam lutar para exigir respeito, equalidade de direitos, espaço representativo, dignidade e muito mais. Ainda hoje o machismo vige em nossas estruturas e é alimentado por pequenas atitudes, narrativas e crenças que, somadas, compõe este oceano que nos cerca.Minha homenagem às mulheres, portanto, é o humilde reconhecimento de que ainda trago em mim os ecos deste modelo mental ultrapassado e injusto e de que ainda preciso estar atento para também não assumir posturas machistas, assumindo o propósito pessoal de combater em mim e fora de mim todo tipo de machismo ainda existente.Neste dia sempre me lembro delas: minha mãe, irmãs, filha, enteada, sobrinhas, professoras, grandes amigas, grandes mulheres da história (e quantas nem foram citadas pela história escrita pelos homens…) e sinto uma enorme gratidão, um desejo de abraçar e pedir desculpas pelo mundo que ainda é tão injusto e desigual também em relação a elas.Obrigado, mulheres! Perdão pela parte que me cabe. O mundo seria horrível sem vocês.(publicado originalmente em www.cesartucci.com.br/blog)

SOBRE MULHERES E O MACHISMO QUE AINDA HABITA EM MIM

Você sabia que o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde? Sabia que este número é elevado também entre as crianças?Sabia que a cada ano cerca de 800 mil pessoas acabam com suas vidas no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos?Viktor Frankl, o célebre médico psiquiatra austríaco fundador da logoterapia – a terapia centrada no sentido, definia o homem como um ser que sempre aponta para além de si mesmo, em busca permanente de sentido.Em 1930, com apenas 25 anos de idade, criou o Centro de Assistência a Jovens Suicidas. De 1933 a 1937 foi chefe do Pavilhão Feminino de Suicidas, no hospital psiquiátrico de Viena.O que ele chamou de síndrome da falta de sentido, marcada pelo sentimento de angústia e de profundo vazio existencial, inicialmente foi considerada um efeito colateral do pós-guerra. No entanto, tornou-se ainda mais presente e acentuada nos dias atuais, como uma espécie de ferida aberta em nossa “sociedade do espetáculo”, como diria o filósofo Guy Debord, e em tempos de “mundo líquido”, como propunha o sociólogo e também filósofo Zygmunt Bauman.E um de seus mais tristes aspectos é que o suicídio entre jovens vem aumentando de forma impressionante no mundo todo, enquanto cresce também entre as pessoas da terceira idade, inclusive no Brasil.Em linhas gerais, nós nos afastamos da natureza e de seus ciclos reguladores; criamos uma sociedade toda baseada no poder de consumo e no prazer imediato como valores máximos; imprimimos um ritmo insano às nossas atividades; cultivamos relacionamentos fluidos e superficiais; perdemos a conexão com nossos valores e nos prendemos apenas ao que é imediato, visível, concreto, pragmático, de forma utilitarista; afastamo-nos de nossa essência e daquilo que Frankl chama de nossa dimensão noética ou espiritual.Sim, Viktor Frankl, diria que estamos gravitando exclusivamente em nossa dimensão psicobiosocial, lutando para sobreviver, sentir o máximo de prazer, administrar a luta entre a razão e o instinto, obter poder e sucesso como sinônimos de uma felicidade quase sempre ameaçada pelas circunstâncias, aprisionados num ciclo pequeno, muito aquém de nossas reais possibilidades e do florescimento preconizado por Martin Seligman.Como seres humanos, a vontade de prazer e a vontade de poder nos impulsionam para a luta comum, porém, a vontade de sentido impõe-se como a motivação primária em nossa vida. Uma vez negligenciada, pode nos lançar em uma angustiante frustração existencial, capaz de gerar neuroses profundas.As causas do suicídio são múltiplas e complexas. Muitos jovens, por exemplo, acham que dor, sofrimento e frustração não fazem parte do “cardápio” da vida (vale aqui pensar qual tem sido a nossa responsabilidade nisto). Se sofrem, então sua vida não é boa. Comparam-se com o que observam pelas mídias sociais, onde todos parecem mais felizes do que eles.A mídias sociais, a propósito, são um capítulo e um cuidado a parte. Se antes os jovens comparavam sua vida virtual (aquela espécie de vitrine que suas postagens “produzem” no facebook e no instagram), com a vida virtual dos outros, hoje passaram a praticar um nonsense ainda maior: comparam sua vida real com a vida virtual do outro e isso é uma loucura. A vida virtual do outro, fotoshopada, editada e produzida, vai sempre parecer muito melhor que a minha vida real – com suas complexidades, paradoxos e limites.Prevenir o suicídio, portanto, é uma missão com múltiplos caminhos e negar a complexidade do momento atual não deve ser um deles. Estamos sim, atravessando momentos complicados, sujeitos a um modelo de sociedade que já não nos serve, enfrentando problemas de difícil e demorada solução, sentindo dores e angústias para as quais não encontraremos respostas nem capacidade de superação sem os recursos de nossa dimensão noética.É pela nossa dimensão noética que nos tornamos capazes de transcender nossas limitações biológicas, nossos condicionamentos psicológicos e nossos horizontes sociais, dirigindo-nos a razões fora de nós mesmos para encontrar o sentido em tudo o que vivemos, seja qual for a situação, inclusive naquelas em que já não existe a possibilidade de mudar o contexto, restando-nos apenas a liberdade última: a de escolher a forma como nos posicionaremos e como reagiremos ao que nos acontece.Em outras palavras, nesta linha de ação, prevenir o suicídio não é necessariamente evitar que pessoas sofram, mas criar uma cultura de acolhimento. É acionar em nós e ajudar que elas acionem também em si a sua dimensão noética ou espiritual (sem negligenciar as psicoterapias e outros recursos ao nosso alcance), e que sejam capazes de perceber o próprio valor, abraçar a própria história, acolher sua vulnerabilidade e enxergar beleza na vida, com seus ciclos, seus altos e baixos, seus ganhos e perdas.Mas, como?Acolhendo o outro, com extremo respeito à sua singularidade. Ouvindo as pessoas de forma empática e realmente interessada. Promovendo momentos de encontro real, sem outro interesse além da comunhão, em que possamos nos conectar verdadeiramente uns com os outros e onde cada um possa reconectar-se com sua essência, reconciliar-se com a natureza, construir relacionamentos positivos, redescobrir seus valores, cultivar seus talentos e virtudes, engajar-se em causas maiores do que suas próprias causas, perceber a sua conexão com o todo e com algo maior do que nós, o que nos torna solidariamente interconectados.Estando atentos quando períodos de tristeza se prolongarem mais do que o normal naqueles que convivem conosco, por exemplo. Vemos o suicídio como um ato extremo, mas deveríamos pensar nele como um processo que se desenha no transcorrer do tempo, de forma mais ou menos silenciosa, mas quase sempre emitindo alguns sinais.Valorizar a vida e prevenir o suicídio é um projeto de amor que se executa no dia a dia.Estatísticas demonstram que, se realmente existem aqueles casos em que nada poderia ser feito, na grande parte dos casos, o suicídio poderia ter sido evitado, pois estavam associados a patologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis. Mas, para isso, precisamos ter olhos de ver o outro, precisamos exercitar a presença em nossas relações.Em nosso workshop sobre o assunto, fazemos referência à série Thirteen Reasons Why, que ficou famosa por tratar deste tema tão polêmico na NETFLIX. Neste workshop provocamos os participantes a refletirem sobre suas próprias vidas e encontrarem 13 razões para viver e viver em plenitude.Surgem coisas incríveis quando criamos este espaço de reflexão entre os jovens.Amigos, por favor, mais amor, mais interesse legítimo, mais silêncio, mais escuta, mais ritmos naturais, mais comunhão, mais espiritualidade!Ame sua vida!

13 razões para viver

Olhando para o futuro, reafirmamos nossa convicção: a Administração continuará sendo não apenas relevante, mas vital para o país



A carreira em Administração, ao longo das últimas seis décadas, consolidou-se como um dos pilares do desenvolvimento brasileiro. A regulamentação da profissão, em 1965, trouxe dignidade, reconhecimento e parâmetros claros para o exercício de uma atividade que influencia diretamente o crescimento econômico, a gestão pública e a eficiência das organizações. Foi um marco civilizatório que garantiu espaço e legitimidade a uma ciência essencial para estruturar empresas, governos e instituições.



No entanto, não podemos ignorar os riscos que persistem. A burocracia, em vez de se tornar aliada, muitas vezes engessa a prática administrativa e afasta o gestor de sua verdadeira vocação: liderar pessoas e transformar organizações. Some-se a isso o fato de que nossos cursos de Administração ainda falham em promover uma mentalidade empreendedora sólida. No imaginário nacional, reforçado por novelas, filmes e narrativas populares, o empresário ou administrador segue sendo representado como vilão, distante do papel fundamental que exerce na geração de empregos, inovação e prosperidade.



Esse quadro revela um desafio urgente: reposicionar a imagem e a prática da Administração no Brasil. O futuro nos mostra que, em um mundo cada vez mais automatizado e orientado por inteligência artificial, a figura do administrador será ainda mais indispensável. Máquinas podem processar dados, mas apenas pessoas são capazes de articular visões, liderar equipes e tomar decisões que equilibram eficiência e humanidade.



O administrador do futuro precisará dominar competências críticas: pensamento estratégico em cenários complexos, inteligência emocional para lidar com equipes diversas, flexibilidade cognitiva para se adaptar a mudanças rápidas e, sobretudo, visão empreendedora para transformar crises em oportunidades. Serão líderes aptos a construir pontes entre tecnologia e pessoas, assegurando que a inovação seja instrumento de progresso coletivo.



Olhando para o futuro, reafirmamos nossa convicção: a Administração continuará sendo não apenas relevante, mas vital para o país. É a ciência que estrutura negócios, organiza o setor público e impulsiona o desenvolvimento. Cabe a nós, enquanto sociedade e comunidade profissional, garantir que essa carreira siga seu caminho de grandeza. O administrador não é o vilão da história brasileira — é o protagonista do futuro que queremos&nbsp;escrever.

Editorial: o caminho é pela Administração

Nem todo “ainda não” significa “nunca”. Nem toda opinião é neutra. Nem todo líder enxerga potencial onde há silêncio. E às vezes, estar pronto é simplesmente se dar permissão para tentar



Já ouviu essa frase: “Você ainda não está pronto para isso”?



Ela costuma vir em momentos cruciais da carreira, especialmente quando decidimos almejar algo maior. Às vezes, essa frase é um alerta justo. Mas, em outros casos, ela pode ser apenas uma projeção uma forma de transferir limites emocionais ou estratégicos de quem a diz para quem a escuta. Enquanto lia “O Príncipe”, de Maquiavel, percebi como o jogo do poder depende, acima de tudo, de percepção. E muitas vezes, o que parece um conselho é, na verdade, uma estratégia de contenção embalada em boas intenções.



Com o tempo, aprendi que crescer profissionalmente nem sempre depende só da performance técnica. Às vezes, depende de percepção. E quem controla essa percepção pode ter seus próprios interesses. O líder que dá o feedback também tem uma agenda às vezes consciente, às vezes não. Pode ser o medo de perder um talento da equipe. Pode ser a dificuldade de lidar com alguém que avança mais rápido do que ele avançou. Pode ser a pressão silenciosa de “controlar” a ambição dos seus subordinados para manter o jogo sob controle. E claro: pode ser também que ele esteja certo, e que de fato haja lacunas de preparo. Livros como “O Animal Social”, de David Brooks, e “Armas da Persuasão”, de Cialdini, me ajudaram a enxergar isso com mais clareza. Neles, percebi como emoções, vieses e agendas ocultas moldam decisões que, na superfície, parecem racionais.



Mas como separar uma crítica técnica de um julgamento emocional? Como saber se você não está pronto mesmo ou se apenas disseram isso porque era conveniente que você acreditasse?



Uma boa reflexão começa com três perguntas: estou realmente me preparando para o que desejo, ou apenas desejando? O feedback que recebi veio com argumentos claros ou apenas com autoridade? E por fim: estou analisando tudo isso com frieza, ou estou querendo validar minha própria urgência de crescer?



Nem sempre a resposta é simples, e às vezes o nosso próprio ego também atrapalha. É preciso maturidade para entender que algumas críticas doem porque são verdadeiras. Mas também é preciso lucidez para perceber quando o limite que colocaram em você não é sobre você é sobre o outro.



No fim das contas, o maior erro é acreditar que alguém externo vai ser o único sinal verde da sua evolução. Pessoas que crescem são aquelas que se colocam em movimento antes de estarem completamente prontas. Que se arriscam. Que erram. E que aprendem no caminho.



Nem todo “ainda não” significa “nunca”. Nem toda opinião é neutra. Nem todo líder enxerga potencial onde há silêncio. E às vezes, estar pronto é simplesmente se dar permissão para tentar.



Você está esperando alguém te dizer que é hora? Ou está criando as condições para que a hora chegue?

Você não está pronto, será mesmo?

A verdadeira gestão não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pela capacidade de deixar marcas positivas nas pessoas, nas organizações e no mundo



Quando pensamos em Administração, muitas vezes imaginamos gráficos, planilhas e relatórios. Mas administrar é muito mais do que lidar com números: é compreender pessoas, gerir diferenças, construir culturas e tomar decisões que moldam destinos. Nesse sentido, até uma série como Wandinha, com seu universo sombrio e enigmático, pode nos oferecer lições valiosas para o mundo da gestão.



Wandinha é uma jovem que não se deixa guiar pelas expectativas externas. Enquanto todos ao seu redor seguem padrões estabelecidos, ela prefere trilhar um caminho próprio, marcado pela autenticidade e pela coragem de ser quem é. Essa postura nos lembra que, em Administração, um verdadeiro líder não busca agradar a todos, mas sim conduzir com firmeza, mesmo quando isso exige ir contra a corrente. A essência da liderança está justamente em sustentar convicções e inspirar confiança em meio à adversidade.



A escola Nevermore (Nunca Mais), palco principal da história, é um microcosmo de qualquer organização real. Ali convivem personagens com habilidades, histórias e personalidades muito distintas. Essa diversidade, ao mesmo tempo que gera conflitos, também é fonte de inovação e crescimento. E aqui surge uma lição poderosa: administrar não é tentar apagar diferenças, mas aprender a valorizá-las. Uma empresa saudável é aquela que enxerga na pluralidade a sua maior riqueza, transformando contrastes em colaboração e criatividade.



Outro aspecto marcante é a forma como Wandinha lida com crises. Em vários momentos, ela se vê diante do desconhecido, cercada por ameaças e desafios que poderiam paralisar qualquer um. Mas sua resposta é sempre a mesma: determinação, estratégia e resiliência. Ela não foge do problema, não espera soluções prontas. Pelo contrário, cria caminhos, assume riscos e mobiliza quem está ao seu redor para alcançar resultados. Essa é a essência da gestão em tempos de incerteza: ser capaz de se reinventar diante do caos sem perder a clareza de propósito.



No fundo, o que a trajetória de Wandinha nos mostra é que administrar vai além de planejar metas e executar tarefas. É sobre liderar com autenticidade, construir culturas sólidas e enfrentar desafios com a confiança de que cada crise pode se transformar em uma oportunidade.



Assim como Wandinha, que encontra força em sua singularidade para transformar o ambiente ao redor, nós, administradores, também precisamos ter coragem de sermos fiéis à nossa essência. Porque a verdadeira gestão não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pela capacidade de deixar marcas positivas nas pessoas, nas organizações e no mundo. Essa talvez seja a maior lição da série: a verdadeira administração nasce quando unimos estratégia e humanidade, razão e sensibilidade, gestão e inspiração.

Faz sentido pra você?

César Augusto Tulio Tucci

Empreendedorismo: como construir um legado, com Raquel Teixeira e Cleusa Maria | Café com ADM 461

Empreendedorismo: como construir um legado, com Raquel Teixeira e Cleusa Maria | Café com ADM 461

Sobre o autor

César Augusto Tulio Tucci

Comentários

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Mais artigos deCarreira e Performance

Editorial: o caminho é pela Administração

Você não está pronto, será mesmo?

O que Wandinha pode ensinar sobre Administração