Gestor de pessoas diante do processo rescisório. Não existe fórmula mágica, nem manual de instruções. Muitos cursos de formação em gestão de pessoas estão cada vez mais sendo assistidos por pessoas da área, para formar e atualizar profissionais que atuem adequadamente como bons gestores, mas em geral todos falam basicamente na gestão positiva, motivacional e eficiente para com as pessoas, que são parte da sua equipe na empresa, para que assim também possam alcançar os objetivos estabelecidos diante de um planejamento estratégico ou cronograma pré-definido pelos diretores ou empresários. Um dos papéis do gestor de pessoas, além de articular a questão do profissional certo para a vaga certa também deve estar preparado para participar do processo das demissões e recolocações de pessoal dentro da instituição em que está inserido, e assim, com todo o cuidado possível, efetivas o desligamento das pessoas que são demitidas. Muitas pessoas quando são desligadas das empresas passam por certo trauma, em especial aos que estiveram por anos na mesma empresa ou função. Muitos entram em depressão por se sentirem excluídos quando se deparam com a realidade porque não sabem o que será deles depois da demissão diante de um quadro externo que envolve uma séria de coisas como família, dívidas e o próprio sentimento de exclusão, quando na verdade o próprio demitido não soube claramente o motivo de sua saída ou talvez porque não soube aproveitar as oportunidades que lhe foram colocadas, se talvez pudesse ser aproveitado em outra área da empresa antes de chegar ao ponto crítico da demissão. Para alguns gestores, acredito que a parte mais difícil deva ser o desligamento, porque interiorizam as situações geradas ao demitido. O gestor de pessoas vem de encontro a uma série de expectativas da empresa também, já que ele é o responsável por administrar os cargos e seus profissionais a fim de que tudo saia de acordo com as expectativas dos diretores e/ou proprietários das empresas em seu plano estratégico para crescimento e rentabilidade da empresa, e isso sem dúvida depende muito do fator humano que a empresa disponibiliza. Muitos gestores, apesar de não ter formação específica na função são aproveitados pelas empresas por experiência de sucesso em funções de gestão em cargos anteriores e acabam sendo grandes gestores de pessoas, e irão agregar muito no quesito pessoas, visto que a liderança em outros setores trouxe resultados positivos para a empresa e salientou o bom andamento da equipe liderada. De forma geral, a maioria das pessoas que trabalha na gestão de pessoas são formados na área, em função de uma série de requisição e treinamentos específicos para as mais diversas situações dos quais somente uma pessoa formada na área poderia perceber e agir de forma adequada diante da cultura organizacional que está inserido na empresa em que irá desempenhar suas funções. É muito importante que o gestor de pessoas saiba agir adequadamente diante das mais diversas situações, seja para admitir, adequar cada funcionário e função, seja na demissão, visto que qualquer passo mal dado pode trazer consequências graves, tanto para a empresa quanto para o indivíduo. Além de articulador, é imprescindível que o gestor de pessoa tenha a consciência de quão grave será uma decisão mal tomada, por isso, também é indispensável que ele seja observador, para saber se realmente não há mais condições da pessoa permanecer na empresa e então encaminhar para um processo demissional porque só assim, a empresa e o empregado saberão claramente os motivos de seu desligamento.