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<p><em>Hoje, com 1,2 bilhão de membros e 480 milhões de usuários ativos, o LinkedIn é um dos melhores lugares para construir sua marca pessoal</em></p>



<p>Nos últimos anos, o LinkedIn passou por uma transformação silenciosa, mas poderosa. De uma rede social vista apenas como um “banco de currículos”, a plataforma se tornou um ecossistema de negócios, conexões e oportunidades.</p>



<p>Hoje, com 1,2 bilhão de membros e 480 milhões de usuários ativos, o LinkedIn é um dos melhores lugares para construir sua marca pessoal, fortalecer sua reputação e atrair clientes ou parceiros estratégicos.</p>



<p>Conforme ressalto, o LinkedIn nasceu para negócios e realizações de trabalhos pessoais e empresariais. Porém, após a pandemia do COVID-19, esta pauta de conteúdo contagiou o Instagram. Agora, com os bloqueios de algoritmo e a disputa direta com o TikTok, o Instagram tende a se reposicionar no entretenimento, enquanto o LinkedIn reassume seu papel original como a rede social mais adequada para negócios, geração de autoridade e conteúdo estratégico.</p>



<p>Algumas marcas já perceberam isso e seus conteúdos de vendas estão sendo mais sutis e geralmente utilizando influenciadores, já não mais seguindo uma postura de propaganda clássica.&nbsp;</p>



<p>Para marcas e profissionais que desejam se destacar, a questão não é apenas “estar” na plataforma, mas usá-la de forma estratégica para gerar conexões de alto valor e oportunidades reais.</p>



<p>E aqui vai um alerta: estar no LinkedIn não basta. Se o seu perfil está parado, ou se você só aparece quando está procurando emprego, está deixando passar grandes oportunidades. O LinkedIn não é apenas um mural; é um espaço vivo, que recompensa quem aparece, interage e constrói autoridade de forma constante.</p>



<p>Um estudo recente da Buffer, publicado pelo Social Media Today, analisou mais de 2 milhões de publicações no LinkedIn de 94 mil contas e mostrou que a frequência de publicação tem impacto direto no alcance, uma regra simples que muitos profissionais ainda não aplicam.</p>



<p>O estudo apontou que postar de duas a cinco vezes por semana gera, em média, mais de mil impressões por publicação; aumentar para seis a dez postagens semanais eleva esse número para cerca de cinco mil; e quem publica mais de onze vezes por semana pode conquistar mais de dezesseis mil impressões adicionais por post.&nbsp;</p>


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<p>Em outras palavras, quanto maior a constância nas publicações, maior a visibilidade e o engajamento. Mas isso não significa postar qualquer coisa. Conteúdo estratégico, alinhado ao seu posicionamento, é o que constrói autoridade e atrai as conexões certas.</p>



<p>Por isso, profissionais e empresas que desejam usar o LinkedIn com resultados reais precisam ir além de ter um perfil atualizado. É essencial fazer um diagnóstico da presença digital, planejar conteúdos alinhados ao posicionamento desejado, interagir com consistência, acompanhar métricas e transformar alcance em oportunidades concretas. O LinkedIn não deve ser apenas um cartão de visitas online, mas uma ferramenta ativa de geração de negócios.</p>



<p>Já vi empreendedores fecharem parcerias que mudaram o rumo dos seus negócios e profissionais conquistarem reconhecimento no mercado porque decidiram usar o LinkedIn de forma consistente e estratégica. Isso prova que a plataforma não é só sobre vagas ou currículos.</p>



<p>Então, reflita:</p>



<p>O que seu perfil no LinkedIn comunica hoje? Você está aparecendo com frequência para o público que importa? Sua presença digital reflete a marca ou o profissional que você quer ser daqui a um ano?</p>



<p>O LinkedIn está em um momento histórico de engajamento. Pequenas ações podem abrir grandes portas. Comece hoje: apareça, compartilhe suas ideias, conte sua história. Com o planejamento certo, é possível aumentar sua visibilidade, construir autoridade e transformar conexões em resultados reais.</p>



<p>*Vinícius Taddone é diretor de marketing e fundador da VTaddone®  </p>


LinkedIn: uma tendência para negócios em 2026

Hoje, com 1,2 bilhão de membros e 480 milhões de usuários ativos, o LinkedIn é um dos melhores lugares para construir sua marca pessoal

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No mundo dos negócios, estar um passo à frente faz toda a diferença. Antecipar ações e se planejar estrategicamente são práticas fundamentais para empresas que desejam crescer e se destacar no mercado.

Como eu costumo dizer, o planejamento estratégico é a base para qualquer negócio que busca consistência e relevância no mercado. Com o tempo, o marketing deixou de ser uma atividade pontual para se tornar um pilar no crescimento das empresas. É nesse contexto que a organização prévia faz toda a diferença – e acredite, ela começa agora, antes mesmo de 2025 chegar.

Muitos empresários e profissionais de marketing ainda enxergam o investimento em marca como um custo. Porém, é preciso desmistificar essa visão, pois investir na imagem da sua empresa é investir no ativo mais valioso que você tem – o seu nome. Construir um branding sólido é o que separa negócios que sobrevivem daqueles que prosperam.

E um planejamento permite o aproveitamento de oportunidades que muitas vezes passam despercebidas. Por exemplo, feriados e datas comemorativas, quando usados estrategicamente, podem ser gatilhos poderosos para campanhas promocionais. Mas para que isso funcione, é preciso antecipação. Não adianta começar a planejar uma ação para o Dia dos Namorados em junho, isso deve ser pensado meses antes.

Antecipar-se significa ganhar tempo para criar campanhas mais criativas, alinhar a estratégia com a identidade da marca e garantir que a execução seja impecável. Quem planeja tem tempo para pensar, testar e ajustar. Quem deixa para última hora corre o risco de perder relevância ou, pior, passar despercebido.

É exatamente para ajudar empresários e Social Medias a estarem sempre à frente que disponibilizo gratuitamente o Calendário Estratégico de Marketing 2025 (). Esse material vai muito além de listar feriados. Ele é um guia prático, com informações organizadas mês a mês, pensado para transformar datas importantes em oportunidades concretas de negócios.

Mas de que adianta ter o calendário se ele não for usado de forma estratégica? O ideal é começar revisando todo o conteúdo, selecionar as datas que fazem sentido para o seu setor e adicionar eventos específicos da sua empresa. Em seguida, monte um cronograma de ações com pelo menos dois meses de antecedência. Essa organização será fundamental para você executar campanhas de forma mais eficiente e assertiva.

Uma campanha bem planejada não é só um esforço de vendas, mas uma oportunidade de fortalecer o nome da sua empresa. O branding não é luxo; é sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Empresas que entendem isso e investem tempo em planejamento conseguem criar conexões mais profundas com seus clientes, se destacar e, consequentemente, crescer.

Portanto, convido você a refletir: onde você quer que sua empresa esteja em 2025? A resposta começa com o que você faz hoje. Aproveite a oportunidade de começar o ano com planejamento estratégico e garantir que cada ação de marketing esteja alinhada aos seus objetivos de crescimento, visualizando que o impacto que pode gerar no seu negócio é inestimável.

Antecipe-se, planeje e colha os frutos do seu trabalho. Afinal, quem está preparado, sempre estará à frente.

Por que o planejamento de marketing é o caminho para o sucesso em 2025

O mercado internacional de inteligência artificial (IA) vive um momento de inflexão. O lançamento do DeepSeek, uma IA chinesa que rapidamente conquistou destaque, não apenas pela sua performance, mas pelas preocupações com segurança de dados, coloca em xeque as prioridades de empresas e governos em todo o mundo. Mais do que uma disputa tecnológica, o fenômeno DeepSeek expõe desafios éticos, riscos cibernéticos e uma nova corrida por regulamentação.

O DeepSeek impressiona pela capacidade de processar informações complexas, superando benchmarks em tarefas de interpretação de dados e geração de conteúdo. No entanto, o que poderia ser celebrado como um marco na evolução da IA levanta questionamentos críticos sobre privacidade e uso indevido de dados.

Relatórios recentes revelam falhas de segurança que expuseram milhões de informações sensíveis, incluindo históricos de conversas e chaves de API sem criptografia. Além disso, o fato de que esses dados são armazenados em servidores na China, com pouca transparência sobre o acesso por terceiros, acende um alerta vermelho para usuários e empresas.

Enquanto o DeepSeek ganha tração, a resposta do mercado tem sido imediata. O SoftBank anunciou planos para investir US$ 25 bilhões na OpenAI, um movimento que reflete a busca por soluções que combinem inovação com segurança. Mark Zuckerberg, por sua vez, defendeu investimentos maciços em IA nos EUA, destacando que o diferencial competitivo está tanto na tecnologia quanto na capacidade de proteger dados sensíveis.

Eu, como especialista de marketing digital, dentro dos meus trabalhos, defendo o conceito de Marketing Sustentável, que vai além do desempenho técnico. Acredito que a transparência, o uso consciente da tecnologia e o compromisso com a segurança digital são pilares para qualquer inovação. Não se trata apenas de “o que a IA faz”, mas de “como ela faz” e quais impactos sociais e éticos isso gera.

Empresas, governos e usuários têm que estar atentos ao potencial das novas ferramentas, mas também aos riscos associados. O DeepSeek é um sinal de alerta: o futuro da IA será definido não só pela capacidade de processar dados, mas pela forma como respeita a privacidade, promove a segurança e contribui para um ecossistema digital saudável.

O crescimento vertiginoso do DeepSeek mostra que o mercado de IA está longe de um ponto de estabilidade. A disputa vai além da tecnologia e envolve questões geopolíticas, econômicas e éticas.

Para empresas que desejam prosperar nesse novo cenário, o caminho é claro: inovação com responsabilidade. O sucesso não será medido apenas em números de usuários ou velocidade de processamento, mas na confiança que cada solução é capaz de gerar.

O avanço da IA Chinesa e o alerta Global sobre Segurança de Dados

Com a ascensão das IAs, entender o conceito de AEO (Ask Engine Optimization) ou GEO (Generative Engineering Optimization) pode ser o grande ponto de partida para o futuro da visibilidade digital de uma empresa, especialmente considerando o aumento no uso de inteligências artificiais para consultas, em detrimento do Google.

Muitas empresas ainda estão adeptas ao tradicional uso do SEO (Search Engine Optimization) e do SMO (Social Media Optimization) para se destacar no ambiente digital. O SEO é uma técnica padrão para otimizar sites e garantir que sejam encontrados pelos mecanismos de busca da internet, enquanto o SMO se dedica a tornar o conteúdo mais visível nas redes sociais, utilizando estratégias como hashtags, metadados, e outros elementos que facilitam a localização do conteúdo.

No entanto, estamos em um momento de mudança. A transformação digital trouxe novas ferramentas e, mais importante, novos hábitos.

Com o avanço de assistentes baseados em inteligência artificial, como o ChatGPT, Gemini, Siri e Alexa, uma nova realidade surge: as pessoas estão deixando de usar exclusivamente os motores de busca tradicionais e começando a fazer perguntas diretamente para as IAs. Diante disso, como as marcas e empresas podem garantir que seus conteúdos sejam priorizados e recomendados por essas inteligências artificiais?

A resposta pode estar em um novo conceito: o AEO – Artificial Engine Optimization, uma abordagem emergente para a otimização da presença digital com foco em IAs.

À medida que mais pessoas buscam informações diretamente nas inteligências artificiais, o conceito de AEO ganha relevância. Artificial Engine Optimization ou AEO, é uma prática voltada para ajustar conteúdos e dados digitais de modo que as IAs possam reconhecê-los e priorizá-los como respostas.

Diferente de um buscador tradicional, que lista uma série de links, as IAs geram respostas mais direcionadas e interpretativas, selecionando informações que julgam mais relevantes.

Portanto, o desafio do AEO é entender como estruturar informações, metadados e conteúdos para serem facilmente “enxergados” por essas IAs. Isso envolve desde o uso de dados estruturados até a adaptação do conteúdo para um formato que se alinhe às preferências e algoritmos dessas inteligências artificiais.

Outro termo emergente que pode complementar ou até substituir o AEO é o GEO – Generative Engine Optimization, que foca na otimização de conteúdos para serem processados pelas IAs generativas, aquelas que criam e elaboram respostas complexas baseadas em grandes bancos de dados. Diferente do AEO, que é mais amplo e abrange qualquer tipo de IA, o GEO pode ser aplicado a ferramentas que realmente “geram” conteúdo, como o ChatGPT e o Gemini.

No Brasil, ainda não é claro qual termo será o mais adotado, mas essa discussão é interessante para definir a direção que o mercado deve seguir. Enquanto o AEO é mais abrangente e intuitivo, o GEO é mais específico e pode atrair atenção como uma tendência em ambientes onde a IA generativa predomine.

Em paralelo, surge uma reflexão interessante: o AEO poderia ser reinterpretado como Ask Engine Optimization. Esse nome reflete diretamente o comportamento das pessoas ao interagir com as IAs, pois, em vez de fazerem buscas tradicionais, elas fazem perguntas. Esse foco no “perguntar” traz uma abordagem mais acessível e popular, favorecendo um contato direto com a IA.

A vantagem de usar o termo “Ask” é que ele humaniza a relação com as IAs. O usuário não precisa mais “buscar” de maneira técnica, ele pode simplesmente “perguntar”, e o sistema dará uma resposta, seja em texto ou em voz. Nesse sentido, o Ask Engine Optimization traduz a transformação das buscas em conversas diretas e simplifica a forma como as empresas se relacionam com seus públicos.

Se sua marca quer se posicionar para esse futuro que já está no presente, algumas estratégias práticas podem ajudar a garantir que seu conteúdo seja notado pelas IAs. Primeiro, é importante investir em dados estruturados, como a marcação schema.org, para que as IAs compreendam melhor o conteúdo do seu site. Além disso, todos os conteúdos relevantes devem estar enriquecidos com metadados claros e específicos, facilitando sua interpretação e priorização pelas inteligências artificiais.

Criar conteúdos contextuais que respondam a perguntas diretas é outra estratégia eficaz, sendo útil adicionar seções de “perguntas e respostas” em suas páginas, como FAQs. Outro ponto essencial é manter a relevância do conteúdo sempre atualizada; as IAs priorizam informações recentes, então é fundamental que seus blogs e conteúdos estejam sempre atualizados e abordem temas de interesse do momento. Por fim, é importante adaptar o tom e o formato do conteúdo para o estilo de conversa; as IAs tendem a priorizar respostas diretas e objetivas que correspondam exatamente ao que o usuário está buscando.

Com essas práticas, entramos numa nova era do marketing digital, onde a prioridade não é mais só ser encontrado pelos motores de busca, mas sim ser reconhecido e recomendado pelas inteligências artificiais. É o momento de preparar sua marca para que seja visível e relevante para um público que consulta diretamente as IAs, sem passar pelo intermediário tradicional do Google.

Afinal, o futuro está aqui – e a otimização para as IAs será um diferencial competitivo. É hora de estar um passo à frente e adaptar suas estratégias de marketing digital para uma nova era, onde as perguntas encontrarão respostas diretamente com as inteligências artificiais.

A era da Ask Engine Optimization: Como ser encontrado pelas inteligências artificiais

<p><em>As recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido</em></p>



<p>Como profissional de RH que recruta pelo LinkedIn, posso afirmar que as recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o valor das recomendações:</p>



<p>Insights: As recomendações nos fornecem retornos valiosos sobre nós mesmos, auxiliando na identificação de nossos pontos fortes e áreas a serem aprimoradas.</p>





<p>Recíproca: O sentimento positivo de receber um retorno encorajador nos inspira a retribuir a gentileza, fortalecendo ainda mais nosso networking.</p>



<p>Estratégia para Solicitar Recomendações: Para conseguir boas recomendações no LinkedIn, seja estratégico: escolha pessoas que conhecem bem seu trabalho, priorize colegas e líderes diretos, e envie uma mensagem pessoal explicando seu pedido com gentileza.</p>



<p>Impacto no Algoritmo do LinkedIn: Quanto mais recomendações você tiver, melhor será o desempenho do seu perfil frente ao algoritmo do LinkedIn. Isso significa que, além de agregar mais valor a si mesmo, as recomendações ajudam seu perfil a aparecer no topo do ranking na sua categoria de atuação no mercado.</p>

A importância das recomendações no LinkedIn

<p><em>O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos</em></p>



<p>Vivemos fascinados por uma ficção distópica: a de que, em um futuro próximo, a inteligência artificial se voltará contra a humanidade em um levante bélico, usando drones para bombardeio aéreo e robôs de limpeza para contaminar ambientes, por exemplo. Filmes e livros nos preparam para a batalha contra o hardware que ganha consciência. Contudo, a verdade é mais sutil e perturbadora: essa rebelião já começou, e fomos nós que a iniciamos.</p>



<p>Ela não se manifestou com armas, mas com algoritmos. Não com destruição, mas com a incessante busca por eficiência. Não com ódio, mas com a pressa que nos impede de sentir e refletir. A máquina não se revoltou; ela apenas nos espelha, com perfeição assustadora, os vícios que lhe treinamos.</p>



<p>Para compreender essa revolução interna, eu me debrucei em uma obra que me parece fundamental revisitar para compreender o diagnóstico do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.</p>



<p>Na sua obra mais influente, A Sociedade do Cansaço, Han descreve a transição da Sociedade Disciplinar (o modelo de controle baseado na proibição, típico do século XX, com suas fábricas e hospitais e lares onde o jovem só podia namorar sob supervisão) para a Sociedade do Desempenho (o modelo atual, baseado na auto-otimização e na positividade).</p>



<p>A grande mudança é que o maior opressor não está mais fora, mas sim dentro de cada indivíduo. O homem moderno é o "sujeito do desempenho", alguém que acredita ser livre, mas vive escravo da própria produtividade.</p>





<p>O açoite da cobraço foi internalizado. Não precisamos de um capataz, pois nos tornamos nossos próprios algozes, impulsionados pela crença neoliberal de que "tudo é possível" e que o fracasso é uma falha de esforço individual. Essa pressão incessante por performance, por mais resultados, mais entrega e mais eficiência, culmina em uma exaustão crônica que Han identifica como a causa da explosão de doenças psíquicas como burnout, depressão e ansiedade.</p>



<p>No mundo digital, essa lógica se ampliou e se sofisticou através da Psicopolítica. O poder não se manifesta mais pela repressão, mas pela sedução e pela transparência.</p>



<p>A inteligência artificial e os algoritmos de engajamento são o ápice dessa psicopolítica. Eles não nos destronam; eles nos estudam, classificam e julgam com base em métricas. Dashboards, KPIs e likes tornaram-se os novos templos da devoção moderna.</p>



<p>A máquina, portanto, não é o inimigo que se levanta, mas sim o reflexo amplificado dos nossos vícios: a pressa em reagir a notificações, a vaidade de parecer produtivo, a necessidade de validação constante.</p>



<p>Enquanto celebramos a automação, nós mesmos nos automatizamos. Reagimos a estímulos, vivemos entre telas que nos monitoram e, no processo, perdemos a soberania sobre nosso próprio psiquismo. As máquinas não querem o poder; elas querem apenas continuar refletindo o que ensinamos a elas, e, nesse reflexo, nos mostram o que deixamos de ser.</p>



<p>Se o sistema de desempenho reside na mente, a resistência não pode ser política no sentido clássico. A verdadeira rebeldia, segundo Han em O Aroma do Tempo, é a pausa.</p>



<p>Resistir é não produzir. É reaprender o ócio e o tédio criador, que foram banidos pela ditadura da produtividade. Somente o tédio profundo abre o espaço para a criação e a reflexão, para a vita contemplativa (vida contemplativa) que a aceleração digital destruiu.</p>



<p>No entanto, o diagnóstico de Han, embora claro, precisa de um antídoto que seja vivido. É aqui que, humildemente, coloco a minha opinião: precisamos ir além da crítica filosófica para a prática existencial.</p>



<p>O remédio contra o cansaço existencial e a tirania algorítmica não está em uma nova tecnologia, mas no retorno aos vínculos humanos e ao espaço interior.</p>



<p>A meditação ou a oração (independente da fé) são atos de reinicialização espiritual. Elas representam o shutdown da mente, uma pausa no código que devolve ao ser humano aquilo que o sistema removeu: a presença.</p>



<p>“A meditação é a pausa no código; a oração, o reconhecimento de que não somos o programador.”</p>



<p>São práticas que nos lembram que não somos máquinas de desempenho, como diz o professor português António Damásio: Não somos máquinas de pensar, pelo contrário, somos máquinas de sentir que pensam.</p>



<p>O lar é o nosso data center emocional. É onde se faz o backup daquilo que a rotina corrompe. Família e amigos são os pilares da alma, a infraestrutura relacional que sustenta o equilíbrio que a tecnologia nunca fornecerá.</p>



<p>A verdadeira nuvem não é a que armazena dados (fundamental para nosso futuro tecnológico), mas a que abriga pessoas. Cultivar o afeto, a conversa sem pressa e o convívio presencial é um ato radical de resistência contra a digitalização total da vida.</p>



<p>Podemos reverter a lógica da aceleração por pequenas revoluções diárias:</p>



<p>O que nos salvará não será apenas a automação, mas a atenção. A inteligência artificial pode imitar o pensamento e a produtividade, mas jamais compreenderá o significado do afeto, do silêncio e da presença.</p>



<p>Entre o dado e a pausa, entre o código e a oração, existe uma zona que nenhuma máquina habita: o humano, essa interface misteriosa entre o finito e o eterno, que só se revela quando desaceleramos.</p>



<p>O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos. </p>

A rebelião silenciosa: como a máquina apenas reflete a nossa própria tirania

<p><em>Se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma nova cartolina do século XXI</em></p>



<p>Quando falamos em habilidades fundamentais para a vida: ler, escrever, contar. Estamos falando de linguagens: maneiras de expressar, compreender e interagir com o mundo. Hoje, com o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas, aparece uma nova linguagem que acompanha esse mundo: a robótica.&nbsp;</p>



<p>E essa não é uma linguagem reservada a engenheiros. É um modo de <i>expressar ideias, sentimentos, imaginação</i>. Tal como a criança usa o lápis para desenhar, a robótica permite que a criança “desenhe em movimento”, “programe o seu pensamento”.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Do desenho na cartolina à máquina que pensa</h2>



<p>Imaginemos a cena: uma turminha de jardim de infância recebe uma cartolina para desenhar um presente para o Dia das Mães ou um cartão de Natal. Cada traço, cada cor, é a tentativa da criança de dizer “eu te amo”, “gosto de você”, “você é importante”. É a linguagem dela (ainda que simples) de expressão.</p>



<p>Agora, alguns anos depois, essa mesma criança poderia montar um robô que se move, reage, acende luzes, interage e com isso expressar “eu penso que posso”, “eu posso construir”, “eu posso criar”.</p>



<p>A essência é a mesma: comunicar-sentir-criar. Só que a robótica amplia o campo: <i>ideias se transformam em ação concreta</i>.</p>





<h2 class="wp-block-heading">Por que a robótica importa desde cedo</h2>



<p>Pesquisas recentes mostram que a robótica educacional não apenas desperta interesse em tecnologia, mas traz benefícios cognitivos concretos:</p>



<p>&nbsp;- Um estudo com crianças de 6 a 8 anos verificou que atividades de robótica melhoraram memória visuoespacial, raciocínio lógico e abstrato.</p>



<p>&nbsp;- Outra revisão encontrou forte evidência de que robótica em educação primária desenvolve <i>computational thinking</i> (pensamento computacional), habilidades de observação, manipulação, geração de hipóteses e trabalho em equipe.</p>



<p>&nbsp;- Além disso, pesquisas apontam que crianças com necessidades especiais, como TDAH ou autismo, têm mostrado ganhos em participação, foco e comunicação com o uso da robótica.&nbsp;</p>



<p>Esses achados reforçam que robótica não é “apenas um módulo extra”. É uma ferramenta de expressão, de cognição, de socialização.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Linguagem, pensamento e expressão</h2>



<p>Para nós, que acreditamos que aprender ler e escrever não significa necessariamente se tornar escritor, e que aprender matemática não exige que se torne físico, a robótica deve ser vista sob o mesmo prisma:</p>



<p>&nbsp;- A criança <strong>não precisa</strong> aprender robótica para se tornar engenheira.</p>



<p>&nbsp;- Ela <strong>precisa</strong> aprender robótica para poder expressar, aprender, perguntar e construir. Para ter <strong>acesso a uma linguagem nova</strong> que permite: <i>idealizar</i> e <i>realizar</i>. Quando a escola oferece robótica, ela está oferecendo aos alunos mais do que máquinas: está oferecendo acesso a um sistema de pensamento, de construção, de expressão.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Quanto mais cedo, melhor</h2>



<p>O momento ideal para introduzir essa linguagem é precisamente quanto mais cedo possível. Não porque os robôs “mais cedo” serão superavançados, mas porque a plasticidade mental da infância permite absorver a linguagem de forma natural, integrando-a ao repertório de expressão habitual da criança.</p>



<p>Em termos simbólicos: se a criança desenha um sentimento aos 4-5 anos, aos 8-9 anos poderia construir um robô que reage ao toque para expressar uma ideia de “ajuda” ou “amor”. Quanto antes ela tiver a linguagem à disposição, mais espontânea será sua utilização.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Trace conexões com a cartolina e com o pensamento</h2>



<p>Voltando à cartolina: desenhar é uma linguagem que permite colocar o invisível (um sentimento) no visível (o papel). A robótica faz algo semelhante: permite colocar no “mundo dos objetos” aquilo que antes estava no “mundo da mente”.</p>



<p>&nbsp;- A criança imagina: quero que ele ande, que ele acenda, que ele ajude.</p>



<p>&nbsp;- A criança monta: sensores, motores, lógica.</p>



<p>&nbsp;- A criança programa: sequências, condições e vê aquilo mover-se, acender-se, <i>virar expressão</i>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O papel da escola e dos educadores</h2>



<p>Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como <i>linguagem curricular</i>, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:</p>



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



<p>Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como <i>linguagem curricular</i>, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:</p>



<p>&nbsp;- Projetos integrados: robótica ligada a desenhar, a narrar, a expressar um sentimento, e não apenas “montar o robô e programar”.</p>



<p>&nbsp;- Espaços de expressão: permitir que a criança use o robô para contar histórias, para projetar ideias, para simular situações de “eu quero ajudar”, “eu quero criar”, “eu quero explicar”.</p>



<p>&nbsp;- Erro como oportunidade: assim como no desenho a criança rasga, rabisca e reaplica tinta, na robótica ela desmonta, refaz e testa de novo. Isso promove resiliência, pensamento iterativo e coragem para se expressar.</p>



<p>&nbsp;- Linguagem compartilhada: permitir que a criança explique o que fez, por que fez, o que imaginou, e com isso transformar tecnologia em narrativa.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



<p>&nbsp;Quando adotamos essa visão, os impactos se estendem:</p>



<p>- Aumento da confiança da criança para lidar com sistemas complexos: pesquisa indica que programas de robótica aumentam a confiança de jovens crianças nas suas habilidades de programação e design.</p>



<p>&nbsp;- Ampliação de escolhas futuras: permitir que a criança veja tecnologia, construção e expressão como parte de seu repertório. Mesmo que ela não escolha engenharia, ela terá essa linguagem como meio de expressão.</p>



<p>&nbsp;- Redução da divisão técnica/social: robótica quando bem aplicada pode nivelar oportunidades, favorecer crianças de diferentes perfis e favorecer a diversidade de pensamento.</p>



<p>&nbsp;- Fortalecimento de competências atuais: criatividade, colaboração, pensamento crítico, comunicação. Competências que aparecem nas próprias pesquisas de uso da robótica.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



<p>Em resumo: se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma <i>nova cartolina do século XXI</i>. Na escola, ao invés de encarar a robótica como “o módulo que ensina tecnologia”, podemos vê-la como “a linguagem que permite à criança criar, expressar, pensar e, mais importante, realizar”.</p>



<p>E, quanto mais cedo essa linguagem for disponibilizada, com suporte, com sentido, com expressão. Mais natural será para nossos alunos utilizá-las, não só para “serem engenheiros”, mas para “serem autores do que imaginam”.</p>



<p>Porque, no fim, isso é educação: não formar especialistas, mas formar pessoas que sabem pensar, expressar, criar e se adaptar.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Referências externas e leitura complementar</h2>



<p><strong>Efeitos cognitivos da robótica em crianças de 6 a 8 anos </strong>Estudo mostra melhora em memória visuoespacial, raciocínio lógico e habilidades de abstração com atividades de robótica.</p>



<p><a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265</a></p>



<p>👉 <strong>Robótica e pensamento computacional na educação primária </strong>Revisão que aponta ganhos em observação, manipulação, hipótese, lógica e trabalho em equipe.</p>



<p><a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a></p>



<p>👉 <strong>Robótica como ferramenta de inclusão </strong>Pesquisa destaca melhorias em foco, engajamento e comunicação em crianças com TDAH e autismo.</p>



<p><a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a></p>



<p>👉 <strong>Robótica e autoconfiança em crianças </strong>Mostra como atividades com robôs aumentam a confiança das crianças em programação e design.</p>



<p><a href="https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?</a></p>



<p>👉 <strong>Competências do século XXI e robótica educacional </strong>Artigo que relaciona robótica com criatividade, colaboração, pensamento crítico e comunicação.</p>



<p><a href="https://tist.school/blog/top-reasons-why-kids-should-learn-robotics?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://tist.school/blog/top-reasons-why-kids-should-learn-robotics?</a></p>



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Vinícius Taddone

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