Participação da tecnologia no mercado consumidor do futuro. Se você acha que ninguém pode ver o futuro, se enganou. A tecnologia pode. Observando e analisando os avanços tecnológicos que afetam o setor varejista, a Ovum, empresa de pesquisa e consultoria, focada em ajudar os provedores de serviços digitais, apresentou um conjunto de previsões sobre o que os próximos 10 anos de comércio eletrônico trarão. Num relatório encomendado pela multinacional Criteo, empresa especializada em tecnologia para publicidade digital, e entregue com o sugestivo título de “O futuro do E-commerce. A estrada para 2026”, A Ovum traz informações que vão certamente surpreender você, principalmente se a sua intenção é permanecer entre os primeiros nessa jornada. O relatório aponta quais tecnologias são modinhas efêmeras e quais vão fazer diferença num jogo que se desenvolve numa velocidade nunca vista, ou melhor, nunca vivida antes. Nos mostra também quais serão os principais campos da batalha varejista do futuro, e informa por que assistentes digitais como Cortana, Siri e Google Now são apenas tímidos precursores do que será a influência da inteligência artificial no varejo. Para oferecer resposta a essas questões e construir uma antevisão do futuro, a Ovum entrevistou líderes de pensamento em todas as esferas do comércio eletrônico, incluindo marcas de varejo numa ampla gama de setores deste mercado. O varejo físico deixará de existir? Segundo a Ovum, o mundo do varejo está passando por uma onda de inovações sem precedentes. Novos modelos de negócio aparecem exercendo uma influência profunda em todo o comércio eletrônico. O relatório identifica tendências que moldarão a paisagem do varejo ao longo dos próximos cinco a dez anos. Como o universo de valores do setor evoluirá e qual vai ser o impacto dessa evolução no mundo como um todo e no varejo físico em particular. O documento derruba mitos, entre eles o mito de que o varejo físico deixará de existir. O varejo físico sempre existirá, mas seu formato sofrerá mudanças para melhor, tornando-se espaços de entretenimento onde compras e lazer se mesclam mesmo em detrimento da disponibilidade imediata de uma maior variedade de produtos. A demanda por grandes espaços físicos para instalação da atividade comercial continuará a cair, uma vez que a necessidade de manter estoques completos em cada loja deixará de fazer sentido em função da melhor logística construida em torno da entrega online e do modelo de clique e coleta. A consequência de tudo isso será um aumento da pressão sobre o espaço existente para que seja mais eficiente e ofereça uma melhor experiência de compra. No mercado consumidor do futuro, drones e carros sem motorista? Este é o segundo mito desfeito no documento da Ovum. Segundo eles, “a palavra chave é “conveniência”. É “em qualquer lugar”, É “a qualquer momento”. É isso que o consumidor quer. Principalmente um número crescente de consumidores fruto de valores e interesses distintos entre as últimas gerações, os milênios, nascidos de 1980 a 95 e a geração z, nascida aproximadamente de 1996 a 2010, os nativos digitais não se contentarão apenas com uma solução rápida. A eles só interessa a gratificação instantânea. Esses novos consumidores querem mais do que um simples comércio online. Querem a capacidade de descobrir bens exclusivos que não encontrariam nem mesmo em grandes redes do comércio convencional. Vence quem trouxer o produto certo da forma mais rápida e econômica. Os investimentos serão para uma logística perfeita, fazendo dos sistemas de entrega a diferença, “como a Amazon já faz”. Drones e carros automatizados não vão se generalizar por motivos de segurança. Em vez disso, serão otimizados outros modelos, como entrega a pedido, sistema clique e coleta, ou simplesmente a entrega estilo Uber, que está chegando ao mercado de massa. O consumidr diz quando, como e onde comprar. Será essencial uma estratégia integrada de armazenamento. Os lojistas que vão prosperar são os que permitam aos cliente fazer suas compras quando, como e onde quizerem. Isso requer um investimento significativo em tecnologia e logística e será um desafio para pequenos lojistas de patrimônio físico limitado. A experiência de compra, de agora em diante só vai se intensificar e os ambientes criativos serão fundamentais para melhorar o diferencial e a proposta de valor de uma marca. Muitos consumidores hoje já encaram as compras como lazer, atraidos cada vez mais pela perspectiva de um novo estilo de vida. O desejo de experimentar novidades mobilizará o cliente e os varejistas terão que alinhar suas marcas e seus ambientes à aparentemente insaciável necessidade do consumidor de participar de situações que valham à pena compartilhar nas mídias sociais por exemplo. A criatividade para oferecer experiências de compra distintas e tangíveis tanto online como no mundo real, se tornará a chave do crescimento para o comércio de varejo, mas os lojistas devem cuidar para que a experiência em questão proporcione prazer e satisfação genuínos, caso contrario, existe o risco dos consumidores encararem a coisa como um golpe ou um truque. É um jogo onde não haverá espaço para ninguém enganar ninguém.