Nos últimos 20 anos, com o advento da era da informação, da Internet e as expectativas exageradas em relação ao mundo virtual e à nova economia, houve uma revolução sem precedentes no mercado de trabalho. Essa revolução foi causada basicamente pelo uso indiscriminado do computador e pela informatização das empresas, criando-se ferramentas maravilhosas e uma infinidade de siglas (B2B – Business To Business, B2C – Business to consumer, ERP – Enterprise Resource Package, ERM – Employee Relationship Management, CRM – Customer Relationship Management, BI – Business Intelligence). Porém, em alguns momentos, foi ignorado que no centro de tudo isso, estão as pessoas e são elas que fazem a real diferença. Diversas empresas investiram milhões em equipamento e tecnologia, esquecendo, porém de investir na gestão do conhecimento/capital humano e na retenção de talentos, tão comumente conhecida como humanidade. Geralmente, nos preocupamos tanto com os investimentos em equipamentos, a tecnologia e em acompanhar a próxima onda que nos esquecemos das pessoas que tornam tudo isso possível. No topo da organização estão os executivos com MBA, MIM e outras tantas qualificações – pessoas de grande talento e brilhantismo. Contudo, por vezes, falta uma comunicação efetiva entre o topo da empresa e o restante da organização na busca por uma visão empresarial única e comprometimento comum. Sob meu ponto de vista, alguns fatores-chave de uma estratégia bem-sucedida para o mercado de trabalho seriam: Comunicação Estabelecer uma comunicação bilateral entre o topo e a base da empresa, objetivando a integração da visão corporativa com as possibilidades reais, construindo assim o consenso entre ambas as partes em relação à realidade. Uma comunicação truncada ou falha pode custar muita à empresa, pois irá atrasar ou inviabilizar planos estabelecidos inicialmente. Gestão do capital humano Identificar e reter os melhores potenciais, tendo em mente que uma boa pessoa com um treinamento correto se torna um bom profissional, ao passo que o oposto nem sempre é verdadeiro. Portanto, neste tópico o desafio é identificar e treinar o potencial humano da empresa, desenvolvendo a lealdade e o relacionamento com os funcionários – o ERM (Employee Relationship Management). Mais do que nunca, as pessoas estão sendo apresentadas a uma nova realidade, aonde não se tem mais uma descrição de cargo ou estabilidade. Ao invés disso, devemos começar a ter uma descrição de resultados a serem atingidos. Portanto, devem-se dar condições necessárias para que os colaboradores gerem os resultados esperados. Comprometimento Com uma correta comunicação dos objetivos e contando com a gestão efetiva do capital humano, o comprometimento (da alta administração, média gerência e colaboradores em geral) é fundamental para se unir todas essas peças e começar a construção de uma nova mentalidade empresarial efetiva e de empregabilidade sustentável. Gestão da mudança Nos últimos tempos, a única constante tem sido a mudança – as evoluções sociais, tecnológicas e políticas estão ocorrendo numa velocidade cada vez maior. Mais do que novas tecnologias, formas de gestão ou uma questão de dominar outros idiomas uma nova disciplina, faz-se necessária: a gestão da mudança. Além de contar com novas ferramentas, as pessoas têm que aprender formas inovadoras para pensar e descobrir, inicialmente, o que fazer com as novas tecnologias e os novos desafios. As pessoas precisam ser estimuladas a buscar novos usos para a tecnologia, gerando empregos, melhorando a qualidade de vida e dando um maior fôlego para a economia. Por conta disso, as pessoas e as empresas saem ganhando. Boa sorte e muito sucesso!