leadership

LEADERSHIP

negociacao-2

NEGOCIACAO

gestao-3

GESTAO

consultoria-2

CONSULTORIA

falandobem

FALANDOBEM

financasessenciais

FINANCASESSENCIAIS

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Administradores PREMIUM

1 &#8211; A Administração/Gestão &#8211; como disciplina evoluiu ao longo dos séculos, traçando suas raízes até as primeiras civilizações. Alguns filósofos antigos como Aristóteles e Confúcio escreveram sobre a importância de uma boa liderança e da gestão eficaz de recursos.
&nbsp;
&nbsp;
Aristóteles, antigo filósofo grego, embora tenha vivido há mais de 2.000 anos e escrito sobre uma ampla gama de tópicos, incluindo ética, política e metafísica, fez algumas observações sobre gestão e liderança. Ele enfatizava a importância do caráter e do comportamento ético, explicava a importância de equilibrar as necessidades e de entender as relações entre as partes envolvidas para que haja um relacionamento eficaz entre o todo.&nbsp;
&nbsp;
Confúcio, antigo filósofo chinês, também viveu há mais de 2.000 anos e teve um impacto significativo na cultura chinesa, escreveu algumas reflexões relevantes. Ele acreditava nos relacionamentos e na necessidade dos líderes construírem uma base forte com seus liderados. Um líder capaz de construir confiança e respeito entre seus seguidores é capaz de liderar com mais eficiência. Ele destacou a importância da comunicação e do diálogo entre todos, acreditando que quem ouve e respeita as opiniões dos outros é capaz de construir uma equipe mais forte e unida.
&nbsp;
Em resumo, os pensamentos de Aristóteles e Confúcio nos ensinam a importância do caráter, da educação e do desenvolvimento pessoal, explicam a necessidade de construir relacionamentos fortes com os liderados e a importância de liderar pelo exemplo. Embora suas ideias estejam enraizadas na filosofia grega e chinesa, elas continuam a ser relevantes e influentes até hoje nas práticas da gestão.
&nbsp;
&nbsp;
2 &#8211; Já no final do século XIX e início do século XX, a industrialização levou ao surgimento de empresas modernas e à necessidade de práticas de gestão mais formais. Esse foi o berço da teoria clássica da administração/gestão, que se concentrou no aumento da eficiência e da produtividade por meio do uso de métodos científicos. Figuras-chave nesse movimento incluíram Frederick Winslow Taylor e Henri Fayol.
&nbsp;
&nbsp;
Taylor, conhecido como o pai da administração científica (também chamada como Taylorismo), acreditava no uso de métodos científicos para analisar os processos de trabalho e melhorar a eficiência. Ele argumentou que, ao dividir as tarefas em componentes menores e otimizar cada etapa, as organizações poderiam aumentar a produtividade.&nbsp;
&nbsp;
Fayol, por outro lado, introduziu o conceito das cinco funções da administração:&nbsp;
&nbsp;
Planejar
Organizar
Comandar
Coordenar
Controlar.
&nbsp;
&nbsp;
3 &#8211; À medida que as organizações se tornaram mais complexas e globais, uma nova onda de pensamento em gestão surgiu em meados do século XX. Isso ficou conhecido como o movimento das relações humanas e enfatizou a importância de considerar o fator humano na gestão. A hierarquia de necessidades de Abraham Maslow e a teoria X e a teoria Y de Douglas McGregor estão entre os conceitos-chave que surgiram nesse período.
&nbsp;
&nbsp;
A Hierarquia das Necessidades é uma teoria da motivação humana que propõe que as pessoas são motivadas por cinco necessidades básicas, que são dispostas em uma ordem hierárquica, que são:
&nbsp;
Fisiológicas: são requisitos biológicos básicos, como comida, água e abrigo.
Segurança: estão relacionadas à segurança, tanto física quanto emocional.
Amor e pertencimento: envolvem conexões sociais e relacionamentos com os outros.
Estima: estão relacionadas à auto-estima, realização e reconhecimento.
Autorrealização: estão relacionadas ao crescimento pessoal e à realização do próprio potencial.
&nbsp;
De acordo com essa teoria de Maslow, as pessoas vão buscar primeiro satisfazer suas necessidades fisiológicas e de segurança antes de passar para as necessidades de nível superior. Somente quando as necessidades de nível inferior são satisfeitas, as pessoas podem se concentrar em atender às necessidades de nível acima. Essa hierarquia fornece uma estrutura para entender como as necessidades e motivações das pessoas podem mudar à medida que progridem na vida.
&nbsp;
&nbsp;
A Teoria X e a Teoria Y, desenvolvidas por Douglas McGregor, são duas ideias contrastantes sobre a motivação humana no local de trabalho. A Teoria X assume que as pessoas são inerentemente preguiçosas e precisam ser controladas e coagidas para trabalhar de forma eficaz. Essa teoria pressupõe que as pessoas não gostam de trabalhar, não têm ambição e são inerentemente resistentes à mudança.
&nbsp;
A Teoria Y, por outro lado, assume que as pessoas são naturalmente motivadas e têm capacidade de criatividade e inovação. Essa teoria pressupõe que as pessoas podem ser autodirigidas e que podem desfrutar de seu trabalho e se orgulhar de suas realizações.
&nbsp;
Essas ideias de McGregor foram importantes para moldar nossa compreensão de gerenciamento e motivação e ainda são amplamente discutidas e aplicadas até hoje. As duas teorias oferecem diferentes perspectivas sobre como abordar a gestão, e as organizações podem optar por adotar um estilo de gestão da Teoria X ou da Teoria Y, dependendo de seus objetivos e valores.
&nbsp;
&nbsp;
4 &#8211; Nas últimas décadas, os avanços tecnológicos e a globalização mudaram mais uma vez o foco da gestão. As empresas de hoje estão cada vez mais focadas em abordagens ágeis e adaptáveis, com uma maior ênfase na colaboração e capacitação.&nbsp;
&nbsp;
Os atuais e principais pensadores de gestão, como Peter Drucker e Jim Collins, ajudaram a moldar esta nova era de gestão.
&nbsp;
&nbsp;
Peter Drucker é amplamente considerado um dos pensadores de gestão mais influentes do século XX. Seu trabalho focou no papel do gestor e a importância do “trabalho do conhecimento” nas organizações modernas.
&nbsp;
Uma das suas principais contribuições foi o conceito de &#8220;trabalhador do conhecimento&#8221;. Ele argumentou que em uma economia cada vez mais complexa e baseada no conhecimento, o ativo mais valioso de uma organização é o conhecimento e a experiência de seus colaboradores. Ele enfatizou a necessidade dos gestores criarem um ambiente no qual os funcionários possam prosperar e contribuir para o sucesso do negócio. Também escreveu extensivamente sobre a importância da inovação e do aprendizado contínuo, ele explica que as empresas devem ser adaptáveis e flexíveis para se manterem à frente em um mundo em rápida mudança e que os gestores devem cultivar uma cultura de inovação, incentivando seus colaboradores a desenvolver continuamente suas habilidades e conhecimentos.
&nbsp;
Outro aspecto fundamental dos ensinamento dele foi a ideia de &#8220;gerenciamento por objetivos&#8221; (MBO). Essa abordagem envolve o estabelecimento de metas claras e mensuráveis para a empresa e o alinhamento dos esforços dos colaboradores com essas metas. Drucker acreditava que o MBO era uma maneira eficaz de garantir que todos estivessem trabalhando para um propósito comum.
&nbsp;
Em resumo, as obras de Peter Drucker tiveram um impacto profundo no campo da gestão e continuam a ser amplamente referenciadas por gestores e líderes empresariais em todo o mundo. Suas ideias sobre o papel dos trabalhadores do conhecimento, a importância da inovação e do aprendizado contínuo e o valor de estabelecer metas e objetivos claros, moldaram as práticas da gestão e continuam a ser relevantes hoje.
&nbsp;
&nbsp;
Jim Collins é um autor best-seller que fez uma contribuição significativa para o campo da gestão e liderança nas empresas. Seu trabalho se concentra em identificar o que torna as empresas e seus líderes bem-sucedidos.
&nbsp;
Uma das obras mais famosas de Collins é o livro “Empresas feitas para vencer &#8211; Good to Great”. Nesse livro, ele fala sobre as empresas que superaram seus concorrentes e quais são as características em comum que contribuíram para seu sucesso. Ele identificou vários princípios-chave, como a importância de ter um líder de &#8220;nível 5&#8221; (um líder humilde e motivado) e a necessidade de um &#8220;conceito de porco-espinho&#8221; claro e focado (uma compreensão profunda do que uma empresa faz melhor e o que impulsiona seu motor econômico).
&nbsp;
Outro aspecto relevante do trabalho de Collins é o conceito do livro &#8220;Feitas para Durar&#8221;. Já nesse livro, ele explica o sucesso de algumas empresas ao longo de várias gerações e também identifica características comuns que contribuíram para sua longevidade. Concluindo que os negócios de sucesso têm um conjunto forte e profundo de valores e princípios que orientam suas decisões e ações.
&nbsp;
Ele também fala sobre a importância de criar uma cultura de disciplina e responsabilidade, alinhada com a necessidade dos líderes equilibrarem a busca pelo sucesso com um senso de propósito e significado. Suas ideias foram amplamente adotadas por organizações em todo o mundo, sendo considerado um dos pensadores de gestão mais influentes do nosso tempo.
&nbsp;
Por fim, segue mais alguns nomes de especialistas no campo da gestão para você que quer se especializar sobre:
&nbsp;
Michael Porter, Henry Mintzberg, Tom Peters, Daniel Kahneman, Clayton Christensen, W. Edwards Deming, Stephen Covey.
&nbsp;
Todas essas pessoas tiveram um impacto profundo na gestão e continuam a influenciar as práticas e o pensamento empresarial até hoje.
&nbsp;
Concluindo, a gestão tem uma história rica e diversa, baseada nas percepções de especialistas de diversas áreas. E segue evoluindo à medida que as empresas enfrentam novos desafios e oportunidades em um mundo em constante mudança.&nbsp;
Compreender essas raízes da gestão é essencial para qualquer pessoa que pretenda ser um líder ou gestor eficaz no mundo empresarial de hoje.

Onde surgiu a gestão?

A Administração/Gestão - como disciplina evoluiu ao longo dos séculos, traçando suas raízes até as primeiras civilizações. Alguns filósofos antigos como Aristóteles e Confúcio escreveram sobre a importância de uma boa liderança e da gestão eficaz de recursos.

Onde surgiu a gestão? | Administradores

Home

Artigos

Informação e Educação para líderes e suas equipes. Notícias, artigos, cursos, palestrantes, mentorias e treinamentos personalizados para profissionais e empresas

Administradores

https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2023/06/06200454/Logo-administradores.png

Administradores | Conhecimento para Resultados

Existem algumas características frequentemente associadas a empresários de sucesso e é importante ressaltar que elas podem variar de acordo com o perfil de cada um.&nbsp;Segue algumas dessas características para você analisar, adquirir e melhorar se você busca empreender.&nbsp;Paixão: "Paixão e trabalho duro superam o talento e a genialidade em qualquer dia." - Casey NeistatUm dos principais ingredientes que você precisa ter é a paixão e a motivação certa para alcançar o sucesso. Embora o talento e a inteligência sejam extremamente importantes, eles não são suficientes para realizar grandes feitos. É preciso muito trabalho, dedicação e uma profunda paixão pelo que você está fazendo para realmente ter sucesso nos negócios. Ao identificar sua paixão e se esforçar para transformar suas ideias em realidade, você aumenta suas chances de superar qualquer obstáculo que a vida empreendedora te apresentar.&nbsp;Criatividade e inovação: "Inovação distingue um líder de um seguidor." - Steve JobsGeralmente, os empreendedores já nascem com a capacidade de apresentar ideias, produtos ou serviços novos e inovadores que os diferenciam de seus concorrentes. O fato é que aqueles que são criativos e capazes de inovar e apresentar novas ideias são os que lideram o caminho em seu segmento, enquanto aqueles que simplesmente seguem o status quo ficam para trás. Inove e seja criativo, tenha ideias novas e empolgantes.&nbsp;Pele em risco: "O maior risco é não correr risco nenhum. Em um mundo que está mudando muito rapidamente, a única estratégia que certamente falhará é não correr riscos." - Mark ZuckerbergEm um mundo em rápida mudança, os empreendedores que têm medo de correr riscos provavelmente ficarão para trás. Correr riscos pode parecer ser algo assustador, mas geralmente é necessário para alcançar grandes feitos e causar um impacto real em seu segmento. Ao assumir riscos calculados você aproveita as novas oportunidades que surgem dessa experiência, e essa prática vai fazer com que você se sinta cada vez mais confortável de lidar com a incertezas e instabilidades que surgem no dia a dia.&nbsp;Resiliência e persistência: "O sucesso não é definitivo, o fracasso não é fatal: o que conta é a coragem de continuar." - Winston ChurchillÉ extremamente importante ter resiliência e persistência nos negócios. De acordo com o mestre Churchill, o sucesso não é um estado permanente e o fracasso não é o fim do caminho. O que realmente importa é ter coragem de continuar, mesmo diante das adversidades. Nos negócios, os empreendedores são obrigados a enfrentar contratempos e desafios, mas é sua capacidade de se levantar e seguir em frente que determinará seu sucesso.&nbsp;&nbsp;Adaptabilidade: “Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É o que melhor se adapta às mudanças." - Charles DarwinNão são os mais fortes ou os mais inteligentes que sobrevivem a longo prazo, mas sim aqueles que são capazes de se adaptar às novas circunstâncias e nos negócios, funciona exatamente assim. Quem é capaz de ajustar suas estratégias à medida que as condições do mercado mudam, possuem mais chances de sucesso contra aqueles que teimosamente seguem um estratégia fixa. Ao permanecer flexível e adaptável, você pode ficar à frente e prosperar em um ambiente de negócios em constante mudança.&nbsp;&nbsp;Pensamento estratégico: "Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um passatempo. Mas uma visão com ação pode mudar o mundo." - Joel A. BarkerQuem possui uma visão clara sobre seus objetivos, dá o primeiro passo para conquistá-lo. A visão fornece a direção e o propósito, orientando suas tomadas de decisão. E com um plano estratégico sólido você não é facilmente desviado por oportunidades de curto prazo, perdendo de vista o seu objetivo principal. A visão e a estratégia fornecem um roteiro para o sucesso, podendo te ajudar a atingir seus objetivos e prosperar a longo prazo.&nbsp;Networking: “Seja genuinamente interessado pelas outras pessoas.” - Dale CarnegieFoque em construir relacionamentos profissionais fortes e cultivar uma rede de contatos diversificada. Nos negócios, o networking é essencial para construir parcerias e identificar novas oportunidades. Ao investir tempo e esforço na construção de relacionamentos, você pode expandir seu conhecimento, obter acesso a oportunidades valiosas e consequentemente aumentar a visibilidade da sua marca no setor. Isso, por sua vez, vai te ajudar a aumentar sua reputação e a aprimorar seus negócios a longo prazo.&nbsp;Conclusão, "Empreendedorismo não é sobre ideias. É sobre fazer as ideias acontecerem." - Scott Belsky

Quais são as principais características de um empreendedor?

Na verdade, muitos empreendedores bem-sucedidos iniciaram seus próprios negócios sem nenhuma educação ou diploma.No entanto, existem certas áreas de estudo que podem ser úteis para quem deseja empreender:&nbsp;<ul><li>Gestão de pessoas</li><li>Soft skills (inteligência emocional, comunicação, liderança, trabalho em equipe, criatividade, proatividade)</li><li>Marketing&nbsp;</li><li>Vendas</li><li>Finanças</li><li>Economia&nbsp;</li></ul>&nbsp;Esses são alguns tópicos que vão te ajudar a construir uma base interessante de conhecimento, no entanto, irão apenas se consolidar com a prática diária.Além disso, já existem alguns cursos de empreendedorismo disponíveis na internet.Mas vale a pena ressaltar que empreender requer um conjunto diversificado de habilidades. Embora a educação tradicional possa ser útil, ela não é o único caminho para o seu sucesso como empreendedor.&nbsp;“Lembrar que você vai morrer um dia é a melhor maneira que eu conheço para não cair na armadilha de que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.” - Steve Jobs

Qual é a faculdade para ser empresário?

O fato é que nós, empresários, precisamos bater três metas principais para poder constatar que o negócio está na rota certa.&nbsp;1 - A empresa deve gerar lucro suficiente para cobrir suas despesas.2 - Precisa ter a capacidade de investir em seu próprio crescimento.3 - Deve conseguir retornar os valores investido pelos sócios.&nbsp;Além disso, é importante analisar constantemente sua margem de lucro, que é a porcentagem de receita que resta após a dedução de todas as despesas. Uma margem de lucro saudável varia de acordo com o setor que você atua, mas geralmente uma margem de lucro inicial entre 10% - 15% é considerada saudável.&nbsp;Outra métrica a ser considerada é o (ROE - Return on Equity) retorno sobre o patrimônio líquido, que mede quanto de lucro o negócio gera em relação ao valor do patrimônio líquido investido no negócio. Um ROE saudável varia (também) de acordo com o setor que você atua, mas geralmente um ROE de pelo menos 15% é considerado saudável.&nbsp;É importante ressaltar que a saúde financeira da sua empresa não deve ser analisada apenas pelo seu lucro. Outros fatores, como liquidez, fluxo de caixa e níveis de endividamento, também precisam ser considerados.&nbsp;&nbsp;"Uma empresa que visa o&nbsp;lucro&nbsp;é, não apenas falsa, mas também irrelevante. O&nbsp;lucro&nbsp;não é a causa da empresa, mas sua validação…” - Peter Drucker.&nbsp;&nbsp;Esse pensamento do mestre Drucker sintetiza que, embora o lucro seja essencial para um negócio, ele não deve ser o objetivo principal. Em vez disso, o foco principal deve ser fornecer valor a seus clientes e fornecer produtos ou serviços que atendam às suas necessidades.&nbsp;Outro ideia relevante é que a lucratividade pode beneficiar não apenas os sócios da empresa, mas também seus colaboradores. Uma empresa lucrativa tem mais possibilidades de pagar salários justos e investir no desenvolvimento e treinamento de seus colaboradores.&nbsp;Em resumo, embora não haja uma porcentagem fixa de lucro que possa definir se uma empresa é saudável, a lucratividade é essencial para que ela sobreviva e prospere no longo prazo. No entanto, o foco principal deve ser sempre a criação de valor para seus clientes e colaboradores e não apenas o lucro em si.&nbsp;&nbsp;"Uma empresa saudável é como um motor de última geração, e a lucratividade é o combustível que o mantém funcionando." - Heitor Castro

Quanto tenho que ter de lucro?

Em um mundo que exige performance constante, dormir bem é um ato de equilíbrio e humanidade, não luxo, mas cuidado com o corpo e com a vida



A noite vai se aproximando, a cidade vai ficando quieta e o silêncio deveria ser um convite ao sono. Que engano! É justamente quando o corpo afunda que a mente declara guerra. Ela é um carro desgovernado numa estrada escura, sem destino, atropelando preocupações emaranhadas e listas de tarefas que piscam. Não há paz noturna; há apenas o caos insuportável de lembranças dolorosas que surgem como fantasmas do passado, iluminados por uma luz fraca e incômoda.&nbsp;



A ciência chama isso de hiperativação cognitiva, mas para você, que vive isso na pele, é uma batalha exaustiva entre um corpo exausto e um cérebro que se recusa a desligar, roubando o sono que você tanto precisa. Esse problema é amplo.&nbsp;



O Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção de Doenças na tradução livre), uma agência do governo americano responsável pela saúde pública, pesquisa e controle de doenças, estima que um em cada três adultos dorme menos de seis horas por noite. A Organização Mundial da Saúde classifica a privação de sono como uma “epidemia silenciosa”.&nbsp;



No Brasil, levantamentos recentes indicam que mais de 70% da população enfrenta algum distúrbio do sono, indo da insônia à apneia. O ponto central não é apenas a quantidade de sono perdida, mas o círculo vicioso entre ansiedade e insônia. O estresse do dia se acumula e, em vez de diminuir, cresce a noite. A insônia aumenta a ansiedade e a ansiedade piora a insônia. Formando um tornado psicológico que se repete noite após noite.





<h2 class="wp-block-heading">A biologia de um cérebro em estado de alerta</h2>



Para entender o ciclo, é preciso observar o corpo. Nossos antepassados sobreviveram por manter-se atentos a ameaças, graças à resposta de luta ou fuga, regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que libera o cortisol, o hormônio do alerta.



Normalmente, o cortisol sobe pela manhã e cai ao anoitecer, permitindo a ação da melatonina, que induz o sono. Em pessoas ansiosas ou sob estresse contínuo, esse ritmo se desorganiza: o corpo permanece em vigília. Estudos mostram que quem sofre de insônia tem cortisol elevado à noite e menor produção de melatonina.



A falta de sono impede que redes neurais, como a de modo padrão (DMN), reduzam a atividade. Esse circuito ativo alimenta pensamentos intrusivos. Segundo Matthew Walker, da Universidade da Califórnia em Berkeley, a privação de sono amplifica a resposta de medo da amígdala e enfraquece o controle do córtex pré-frontal, é como passar a noite com o pé no acelerador e sem freio.



<h2 class="wp-block-heading">O impacto invisível no dia seguinte</h2>



Na manhã seguinte, surgem cansaço, irritabilidade e falta de foco. Mas os prejuízos vão além. Durante o sono REM, o cérebro consolida memórias e processa emoções; quando essa fase é interrompida, aprendizado e equilíbrio emocional sofrem. Dormir pouco eleva o risco de hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. A má qualidade do sono desregula hormônios do apetite, aumentando a fome e reduzindo a saciedade, o que favorece o ganho de peso.



Socialmente, o impacto também é grande: quem dorme mal falta mais ao trabalho, erra com mais frequência, sofre mais acidentes e evita o convívio por exaustão. Um problema individual que, em larga escala, vira questão de saúde pública.



<h2 class="wp-block-heading">O peso cultural e a tecnologia no sono moderno</h2>



Dormir pouco ainda é visto como sinal de disciplina e produtividade. Líderes que enviam mensagens fora do horário e colegas que exaltam quem “vira a noite” reforçam a ideia de que o descanso é negociável. Assim, dormir cedo parece descompromisso, e priorizar o sono soa como fraqueza. O mito da “coruja noturna” prospera, embora noites curtas prejudiquem atenção, memória e saúde.



A biologia dos cronotipos explica parte disso: há pessoas naturalmente mais matutinas ou noturnas, mas o problema surge quando o relógio social impõe um padrão único. Quem rende melhor à noite e precisa acordar cedo acumula um “jet lag social”, que causa irritabilidade e queda de desempenho, além de compensações com cafeína e açúcar.



A tecnologia agrava o cenário. Não é só a luz azul que atrapalha a melatonina: o conteúdo também estimula. Notícias tensas, debates e séries de suspense mantêm o cérebro em alerta. Aplicativos exploram recompensas e rolagem infinita, transformando “só mais um minuto” em meia hora desperdiçada.



Outro hábito comum é adiar o sono para “ter um tempo para si” após um dia exaustivo. Essa compensação se torna rotina e rouba o descanso. Romper o ciclo exige ajustar o ambiente, limitar mensagens e reservar o fim da noite para relaxar. Pequenos rituais sinalizam ao cérebro que é hora de desacelerar.



<h2 class="wp-block-heading">A ciência da recuperação</h2>



A ciência já mostrou: não há solução mágica, mas caminhos sólidos. O sono não se recupera por força de vontade nem com um comprimido. Exige cuidado multidimensional, ajustes de comportamento, apoio médico e consistência.



O problema não está só “na cabeça” ou “no corpo”. Ansiedade, estresse, hormônios e ambiente precisam ser tratados em conjunto. Soluções isoladas, como pílulas ou técnicas ocasionais, raramente funcionam. O que dá resultado é combinar acompanhamento médico, novas rotinas e manejo da mente acelerada.



Essa abordagem torna o sono mais estável e confiável. Mesmo assim, muitos resistem a buscar ajuda. O ponto é seguir um processo estruturado, pois o sono pode ser reaprendido com orientação adequada.&nbsp;



Medicamentos ajudam em fases críticas, mas o uso prolongado traz riscos. Devem ser apoio pontual, não solução definitiva. Tratar o sono como um projeto de saúde completo, unindo ciência, acompanhamento e prática, é o caminho mais promissor para transformar noites turbulentas em descanso restaurador.



<h2 class="wp-block-heading">O amanhecer após o tornado</h2>



Dormir melhor beneficia toda a sociedade. Políticas que valorizem o sono, ajustem jornadas e desencorajem a exaustão aumentam produtividade, reduzem custos e melhoram o bem-estar. Em países desenvolvidos, a perda de produtividade por privação de sono custa bilhões por ano.



A pandemia mostrou o quanto as fronteiras entre trabalho e vida pessoal são frágeis, e o sono foi o primeiro a ser sacrificado. A vantagem é que ele pode ser treinado, restaurado e protegido.



A mente acelerada que rouba o descanso é real, mas reversível. Com consciência, técnicas adequadas e mudança cultural, é possível recuperar noites tranquilas.



Em um mundo que exige performance constante, dormir bem é um ato de equilíbrio e humanidade, não luxo, mas cuidado com o corpo e com a vida.



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em saúde mental corporativa e sono

O preço do desempenho constante: por que a falta de sono ameaça a saúde corporativa

Marcio Furrier, ex-CMO da América Latina na HP e pesquisador da USP, revela como transformar informação fragmentada em vantagem competitiva duradoura



Marcio Furrier é administrador graduado pela FEA/USP e por mais de 25 anos ocupou posições executivas em multinacionais como Philips e HP, onde liderou equipes regionais para o Brasil e a América Latina. Como CMO para a América Latina, reportando-se ao staff do CMO mundial, desenvolveu campanhas reconhecidas com Leões de Ouro em Cannes, EFFIE e London International Awards. Hoje, como doutorando na FEA-USP e pesquisador do B.R.A.N.D.S. Research Center e CEPID BRIDGE, pesquisa cocriação de valor de marca e ecossistemas. Sua trajetória única entre execução corporativa e pesquisa acadêmica oferece insights raros sobre como C-Levels podem transformar decisões fragmentadas em vantagem estratégica sustentável.



<h2 class="wp-block-heading">1. Decisões estratégicas: como separar o que importa do que apenas grita</h2>



Pergunta: Como você diferencia uma decisão verdadeiramente estratégica de algo que é apenas urgente?



Insight de Marcio: “A decisão estratégica mira uma vantagem competitiva. Se ela não vai influenciar de modo significativo e duradouro para alcançar objetivos críticos, pode ser importante ou urgente, mas não é estratégica. O C-level precisa diferenciar: o que é estratégico versus o que é urgente.”



A maioria dos executivos confunde pressão com prioridade. Marcio identifica que decisões estratégicas têm três características:



1. Geram vantagem competitiva sustentável



2. Influenciam resultados fundamentais por prazo



3. Exigem recursos críticos



Quando CEOs aplicam esses filtros, descobrem que muitas “urgências” são apenas ruído operacional que pode ser delegado ou automatizado.



<h2 class="wp-block-heading">2. IA como competência estratégica: além da ferramenta bonita</h2>



Pergunta: Como transformar IA de uma ferramenta cara em uma competência que ninguém consegue copiar?



Insight de Marcio: “Se quisermos que IA continue recebendo investimento, ela precisa migrar de uma ferramenta para uma competência estratégica. Utilizar IA em processos encadeados pode ajudar na vantagem estratégica, porque é difícil copiar tudo. Quando insights de diferentes canais são integrados, isso é muito valioso e difícil de imitar.”



A genialidade está nos processos encadeados, não na tecnologia isolada. Empresas como Amazon não vencem porque têm melhor IA, mas porque conectaram IA em:



• Recomendações personalizadas• Logística otimizada• Precificação dinâmica• Experiência do cliente integrada



Cada peça individual pode ser copiável; o sistema completo é praticamente impossível de replicar. Marcio também destaca que quanto mais distribuída a competência de IA na organização, mais talentos surgem e novas aplicações inovadoras emergem.



<h2 class="wp-block-heading">3. O verdadeiro gargalo: não é a IA, são seus dados</h2>



Pergunta: Qual é o maior obstáculo para empresas que querem usar IA estrategicamente?



Insight de Marcio: “Eu acho que o gap nem está na IA, está nos dados. Muitos especialistas analisam uma campanha de um jeito compartimentado, mas é difícil as pessoas envolvidas terem uma visão estratégica do que fazem.”



O problema não é tecnológico, é organizacional. Quem não se educou para a transição digital agora vai sofrer mais para entender o contexto. A maioria das empresas tem dados fragmentados em silos departamentais, com equipes que analisam pedaços isolados sem visão sistêmica.



Principais desafios identificados:



1. Dados fragmentados em departamentos isolados



2. Falta de visão integrada das campanhas



3. Executivos sem educação digital e visão estratégica de dados



4. Análises por especialidade sem contexto de impacto nos negócios



Marcio observa que executivos que não passaram pela transição digital anterior agora enfrentam uma curva de aprendizado dupla: entender dados E entender IA. As empresas que vencerão são aquelas que primeiro organizaram seus dados de forma integrada.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



Microsoft transformou-se de uma empresa de software para uma plataforma de produtividade integrada com IA. Netflix evoluiu de streaming para um ecossistema de dados que prevê, produz e distribui conteúdo. Essas empresas não “usam” IA - elas “são” organizações orientadas por dados com IA embarcada em processos estratégicos.



A diferença entre quem sobrevive e quem domina está na capacidade de conectar pontos que outros veem separadamente. Enquanto a maioria trata IA como projeto de TI, líderes visionários a transformam em competência organizacional distribuída, criando vantagens competitivas que são impossíveis de copiar porque dependem de cultura, processos e dados únicos.



<h2 class="wp-block-heading">Responsabilidade e transição</h2>



Como Marcio enfatiza: “A tecnologia não tem CNPJ nem CPF, é a pessoa que toma a decisão. A responsabilidade é da pessoa, por mais que venham insights.”



É fundamental cuidar da transição do modelo antigo para o novo da IA, garantindo que:



• As pessoas mantenham a responsabilidade final pelas decisões



• A implementação seja gradual e educativa



• Os insights de IA sejam interpretados com contexto humano



• A organização desenvolva competências distribuídas



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Você está construindo competências sustentáveis ou apenas comprando ferramentas caras?



A resposta determina se sua empresa será líder ou apenas mais uma tentando acompanhar a transformação digital que já está acontecendo.

Por que seus dados valem mais que sua IA?

A matriz de risco não é um documento estático, mas um instrumento vivo, que deve ser constantemente revisitado à medida que o ambiente institucional evolui



A matriz de risco é uma das ferramentas mais eficazes para fortalecer a governança, aprimorar a tomada de decisão e promover a cultura de gestão preventiva. Utilizada tanto no setor público quanto no privado, ela permite visualizar de forma estruturada os principais riscos que podem comprometer os objetivos de uma organização, classificando-os conforme sua probabilidade de ocorrência e impacto potencial.



Mais do que um instrumento técnico, a matriz de risco é uma forma de pensar estrategicamente. Ao identificar vulnerabilidades e antecipar cenários adversos, a instituição passa a atuar de maneira proativa, transformando incertezas em oportunidades de aprendizado e melhoria. A construção da matriz envolve um processo de mapeamento participativo, no qual gestores e equipes avaliam os riscos operacionais, financeiros, legais, tecnológicos e reputacionais, definindo medidas de controle e planos de contingência.



Entre os principais benefícios, destacam-se:



Maior clareza nas prioridades de gestão, permitindo concentrar esforços nos riscos mais críticos;



Aprimoramento da comunicação interna, com linguagem comum sobre incertezas e controles;



Fortalecimento da accountability, por registrar de forma transparente os riscos e as respostas adotadas;



Melhoria da eficiência institucional, com decisões baseadas em evidências e não apenas em percepções.



No contexto da administração pública, a matriz de risco tem sido amplamente incorporada às práticas de gestão por resultados, controle interno e planejamento estratégico, servindo de base para o monitoramento de políticas, programas e contratos. Já nas empresas, ela integra o ciclo de compliance e gestão de riscos corporativos (GRC), alinhando-se às normas internacionais como a ISO 31000.



Em síntese, a matriz de risco não é um documento estático, mas um instrumento vivo, que deve ser constantemente revisitado à medida que o ambiente institucional evolui. Sua efetividade depende da maturidade da organização em lidar com a incerteza — e de compreender que, em gestão, o verdadeiro risco é não se preparar para ele.

Onde surgiu a gestão?

Heitor Castro

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

Sobre o autor

Heitor Castro

founder, co-founder, CEO, partner, investor, mentor n’ writer. ——

“Earn with your mind, not your time”

founder, co-founder, CEO, partner, investor, mentor n’ writer. ——

“Earn with your mind, not your time”

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Mais artigos deNegócios e Gestão

O preço do desempenho constante: por que a falta de sono ameaça a saúde corporativa

Por que seus dados valem mais que sua IA?

A importância da matriz de risco na gestão pública e empresarial