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A palavra Kanban significa cartão e o sistema busca movimentar e fornecer os itens de produção á medida que vão sendo consumidos, de maneira que nenhum posto de trabalho seja abastecido com materiais antes de solicitá-lo ao estágio anterior, ou seja, são &#8220;puxados&#8221;. Procura ter o equilíbrio entre o processo anterior e o posterior. Sua necessidade de reabastecimento é feito de maneira visual, inspirada nos modelos de reposição de produtos dos supermercados americanos, no Japão, estudados por Taiichi Ohno.
Na maior parte das vezes a maneira visual usada é através dos cartões Kanban, podendo ser cartões de produção, que autoriza a fabricação ou montagem de determinado lote de itens, e cartões de requisição, que autoriza a movimentação de lotes entre o cliente e o fornecedor, podendo ser cartões de requisição interna ou externa
O Kanban possibilita melhor compreensão das falhas e dos problemas existentes e do comportamento do mercado.
O processo de produção industrial do MRP é &#8220;empurrado&#8221; – o estoque &#8220;empurra&#8221; a produção, enquanto o sistema Kanban trabalha de maneira &#8220;puxada&#8221; – a produção &#8220;puxa&#8221; o estoque.
O sistema MRP é mais complexo, apresentava erros na previsão, erros no preenchimento dos formulários, problemas com o equipamento, com a qualidade, entre outros. As atividades do Kanban eram mais simples e rápidas.

Sistema Kanban e MRP

A palavra Kanban significa cartão e o sistema busca movimentar e fornecer os itens de produção á medida que vão sendo consumidos, de maneira que nenhum posto de trabalho seja abastecido com materiais antes de solicitá-lo ao estágio anterior, ou seja, são &#8220;puxados&#8221;. Procura ter o equilíbrio entre o processo anterior e o posterior. Sua [&hellip;]

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Na sociedade globalizada as fronteiras nacionais deixam de existir, o estado de bem-estar entra em crise até mesmo em países desenvolvidos e o desemprego e a dependência econômica se acentuam nos países periféricos. Em sentido oposto, esse cenário favorece o surgimento de uma reflexão ética que propõe novos rumos para o desenvolvimento a partir de valores como a democracia participativa, a justiça social e a sustentabilidade.
A primeira concepção teve seu fracasso histórico com a economia socialista. A segunda concepção identifica na sociedade capitalista uma tendência para a articulação entre lucratividade e responsabilidade social. Este processo ganha impulso pela terceira revolução industrial, que vem gerando uma economia baseada em serviços, informação, conhecimento, redes e pelo crescimento da pressão da sociedade civil organizada por uma sociedade mais justa e sustentável. Nesta nova fase o capitalismo passa a depender não apenas do retorno econômico como, também, do retorno social.
No âmbito do comércio internacional, marcado pela oferta de produtos superior à demanda e pela alta volatilidade de preços e onde o mercado é dominado por grandes corporações e as chances de sucesso de pequenas comunidades produtoras da zona rural da América Latina, África ou Ásia é quase nenhuma.
Como não têm volume no giro de capital, estes agricultores têm restrições de acesso a crédito, o que os torna frágeis frente à variação dos preços, já que são pequenas propriedades e, portanto, não há como se defender com uma produção em larga escala.
A escassez de recursos financeiros impede a aquisição de novas tecnologias. O acesso à informação destes grupos é baixo, emperrando a organização de cooperativas, que, na maioria das vezes, só ocorre mediante a ajuda de agentes externos, como por exemplo, as ONGs.
Os pequenos produtores são presas fáceis para atravessadores, que compram seus produtos a preços injustos, muitas vezes pagando menos do que o próprio custo de produzi-los. O resultado desta equação é o aumento da pobreza, miséria, violência e degradação ambiental.
É neste contexto que se insere o comércio justo, que pode ser encarado como uma ferramenta contra os malefícios de um sistema comercial injusto e socialmente excludente.
Ao comercializar produtos feitos por pequenos produtores de países em desenvolvimento diretamente em seus mercados, sem a presença de atravessadores, sua intenção era de atenuar as condições desiguais que se consolidavam no âmbito do comércio internacional.
O consumidor exerce um papel fundamental, pois é ele que garante a demanda destes produtos. Ao comprar produtos de comércio justo, o consumidor tem a garantia de que está fomentando uma cadeia comercial alicerçada em princípios éticos.
Segundo pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o comércio justo mundial cresceu a taxas médias anuais de 20% entre 1997 e 2007, atingindo, neste último ano, um movimento global de aproximadamente 500 milhões de dólares em 18 países. O fair trade certificado foi responsável, em 2006, por um faturamento superior a 1,6 bilhões de euros, um crescimento de 42% em relação ao ano anterior. Estima-se que 1,5 milhões de pequenos produtores tenham sido beneficiados com as garantias fair trade na África, Ásia e América Latina e cerca de 800 mil famílias nos mesmos continentes, foram beneficiadas e o total do pagamento extra (Premium) somou mais de 38,8 milhões de dólares.
 HISTÓRICO
 A prática Comércio Justo (do inglês Fair Trade) tem origem nos anos 60, quando os consumidores mais conscientes, motivados pelo clima de mudanças sociais e políticas daquele período, começaram a exigir produtos que não fossem fabricados com exploração de mão-de-obra em países do Terceiro Mundo e que tivessem um preço justo, tendo como precursoras organizações não-governamentais, instituições filantrópicas e grupos religiosos.
Em 1967 se fortaleceu quando foi criada a Fair Trade Organisatie, na Holanda. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo
A experiência se espalhou pela Europa e foi criada a International Fair Trade Association no ano seguinte, que reúne atualmente cerca de 300 organizações em 60 países. Com o tempo, estes grupos se engajaram e iniciaram um processo de padronização de práticas e procedimentos de produção e comercialização.
Na década de 80 surgiam as primeiras organizações de comércio justo, como a International Federation for Alternative Trade (IFAT), que agregava mais de 150 organizações, e a certificadora holandesa Max Havellar. A partir desse momento o comércio justo cresceu ainda mais.
Em 1990, 12 grandes importadores de produtos se uniram para formar a European Fair Trade Association (EFTA). Em 1994, consolidou-se a primeira rede européia de lojas especializadas em comércio justo, a Network of European Worldshops, conhecida pela sigla News. No mesmo ano, formou-se a primeira grande associação fora do continente europeu, a North American Alternative Trade Organization, que alguns anos depois trocaria seu nome para Fair Trade Federation (FTF).
Em 1997 é criada a Fairtrade Labelling Organizations International (FLO), uma organização que congrega 17 certificadoras situadas na Europa, EUA, Canadá e Japão.
Atualmente, estas organizações (FLO, IFAT, NEWS e EFTA) formam um grupo de trabalho conhecido por FINE (formado pelas iniciais das siglas das quatro organizações), que busca universalizar os conceitos e promover o fair trade em âmbito global.
 O QUE É COMÉRCIO JUSTO
 Comércio justo é um dos pilares da sustentabilidade econômica e ecológica (também chamada de econológica), tratando-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa por seu trabalho.
A News define o comércio justo como
uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é promover a eqüidade social, a proteção do ambiente e a segurança econômica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização.
A FINE define o comércio justo como
uma parceria de comércio baseada no diálogo, transparência e respeito, que procura um maior grau de igualdade no comércio internacional. Contribui para o desenvolvimento sustentável oferecendo melhores condições comerciais e protegendo os direitos de produtores e trabalhadores marginalizados, especialmente no hemisfério Sul.
Na prática, o fair trade funciona da mesma maneira que o comércio "normal", uma relação de compra e venda como outra qualquer. A diferença é que as partes se comprometem a seguir determinados princípios, garantindo que os produtores não sejam "espremidos" em negociações comerciais.
O comércio justo já foi encarado como uma forma de comercialização alternativa ao modelo proposto pelo capitalismo, que pressupõe exclusivamente a maximização de lucros, a despeito de outros valores e critérios.
Atualmente, o esquema de comercialização fair trade é visto como uma evolução natural do sistema capitalista, que, quando se trata de desenvolvimento sustentável, pauta suas relações pela ética, engajando lucro e responsabilidade social.
O comércio justo é um movimento que possui semelhanças com diversas outras iniciativas de desenvolvimento sustentável, como o consumo consciente, movimento que introduz responsabilidade sócio-ambiental no ato de consumo e que os consumidores (individuais ou reunidos em associações) são considerados parceiros de práticas comerciais afinadas com o desenvolvimento sustentável.
Da mesma forma, o comércio justo mantém vínculos com estratégias de desenvolvimento baseadas em Arranjos Produtivos Locais (APLs), que é a concentração de organizações de um mesmo ramo de atividade em um determinado espaço. Tanto o comércio justo quanto os APLs supõem a existência de relações de colaboração e confiança entre os agentes econômicos, bem como a aceitação do pressuposto de que o equilíbrio da sociedade deve estabelecer parâmetros para a busca de lucratividade. Um produto de comércio justo é certamente um alvo para consumidores conscientes.
Os princípios e exigências de certificação de comércio justo são, em boa parte, congruentes com a agricultura orgânica.
Há perspectivas de ampliação do comércio justo para setores de serviços, como por exemplo o "turismo responsável ou solidário", baseado com a aliança entre o comércio justo de produtos artesanais ou alimentares, solicitados pelos turistas, e um turismo que seja exercido sem agressões ao meio ambiente e em benefício de populações locais.
 ONDE ESTÁ O COMÉRCIO JUSTO?
 O setor produtivo do comércio justo, onde os produtos são cultivados ou produzidos, localiza-se no hemisfério sul da Terra, particularmente no continente africano, sul da Ásia e em regiões pobre da América do Sul. Só FLO certifica mais de 570 associações de produtores em 57 países em desenvolvimento, envolvendo algo em torno de 1,4 milhão de produtores e trabalhadores.
Já o mercado consumidor de produtos de comércio justo encontra-se no hemisfério norte, tendo como principais compradores a Alemanha, Holanda, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.
Tal eixo de comercialização, do sul para o norte, obedece a razões históricas. Na década de 1960, época do surgimento do fair trade, o mundo era dividido entre os países ricos do hemisfério norte e os pobres do sul. O avanço do capitalismo globalizado, no entanto, fez esta configuração perder nitidez, com o surgimento de bolsões de pobreza no norte e a proliferação de elites abastadas em países do sul.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas.
O comércio justo foi naturalmente criando novas rotas de comercialização, que atendessem com mais eficiência a nova geografia da pobreza mundial.
 CONCLUSÃO
 O avanço do comércio justo parece depender fortemente de uma maior conscientização dos consumidores sobre os custos sociais e ambientais da produção.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao fazeram a opção pela agroecologia, como agricultura orgânica.
Adotar critérios meramente financeiros na escolha de produtos ignorando o caminho percorrido entre os campos e as gôndolas dos supermercados nem sempre é a melhor alternativa, mas sim tapar os olhos a eventuais abusos comerciais ou a práticas nocivas ao meio ambiente. É uma qualidade a mais no produto, tão importante quanto o preço ou a higiene.
Embora em crescimento, o futuro das práticas de comércio justo dependerá não apenas da adesão das pequenas empresas interessadas no tema, mas também do envolvimento de corporações socialmente responsáveis, que estejam dispostas a conectar tais práticas às suas cadeias produtivas, do comprometimento de governos democráticos com políticas de desenvolvimento local sustentável e da participação de organizações da sociedade civil e consumidores interessados em promover formas mais equilibradas e solidárias de produção e consumo.

Comércio justo

Os programas de Qualidade de Vida no Trabalho têm como objetivo criar uma organização mais humanizada, mediante maior grau de responsabilidade e de autonomia no trabalho, recebimento mais constante de feedback sobre desempenho, maior variedade e adequação de tarefas e ênfase no desenvolvimento pessoal do individuo. Estes programas constituem uma das mais eficazes formas de obtenção do comprometimento das pessoas, uma vez que favorecem o envolvimento dos empregados nas decisões que influenciam suas áreas de trabalho dentro da empresa. 
Os programas de QVT envolvem a resolução participativa dos problemas, reestruturação do trabalho, inovações do sistema de recompensas e melhoria do meio ambiente do trabalho. Costumam, às vezes, apresentar dificuldades para serem implantados. Como envolvem custos para a empresa e têm poro alvo principal os empregados e não a organização, algumas vezes é difícil conseguir a adesão da alta administração. Esses programas, no entanto, orientam-se também em direção à melhoria na eficácia organizacional, já que esta tem como pré-requisito a satisfação do individuo que se intensifica por meio da participação nas decisões e na melhoria das condições em que se desenvolvem seu trabalho. 
Um programa de QVT tem geralmente três componentes: 
1 – Ajudar os funcionários a identificar riscos potenciais de saúde. 
2 – Educar os funcionários a respeito de riscos de saúde, como pressão sanguínea elevada, fumo, obesidade dieta pobre e estresse. 
3- Encorajar seus funcionários a mudar seus estilos de vida através de exercícios, boa alimentação e monitoramento da saúde. 
As estratégias para a prevenção de doenças e a promoção da saúde ganham cada vez mais importância nas empresas. Por dois motivos em especial: "o absenteísmo relacionado a afastamentos custa caro e quanto mais os funcionários utilizam o plano de saúde, mais ele pesa para os cofres da organização", explica André Alexandre Osmo, diretor médico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, que tem um serviço especial de check-up para executivos. 
A preocupação com a qualidade de vida é um fator em ascensão no âmbito organizacional. Inúmeros fatores externos (doenças e adversidades) permeiam o trabalho das pessoas. Os programas de qualidade de vida podem ser de vital importância para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus colaboradores, bem como com o desenvolvimento eficaz das organizações. 
A vida do homem moderno, nos grandes centros urbanos, está cada vez mais amarrada ao enfrentamento de situações críticas para a sua subsistência, tais como alimentação, moradia, transporte, ensino, saúde e a própria manutenção do seu emprego. Todas elas geradoras de prejuízos físicos e psicológicos. Hoje, exige-se dos funcionários eficiência e alta produtividade em tempo limitado, porém, em condições inadequadas de trabalho, com problemas de ambiente e equipamentos. Tais condições acabam levando a insatisfações, cansaços excessivos, queda de produtividade, problemas de saúde e acidentes de trabalho. 
As empresas procuram hoje qualidade de vida no trabalho, na esperança de promover um envolvimento e motivação do ambiente e proporcionar assim um aumento da produtividade, além disso, a atividade física, no âmbito da empresa é uma questão relacionada à promoção de saúde, não apenas como ausência de doença, mas como estado completo de bem- estar físico, mental e social.

PROGRAMAS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

É constituída por uma categoria de sócios, todos com responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações sociais (sem esquecer o Direito de Excussão ou Benefício de Ordem), podendo ter os nomes na firma social e ser gerentes. Há igualdade entre os sócios, e seu nome comercial obrigatório é firma ou razão social, composta com o nome de qualquer sócio e omitido o nome de um ou mais, deve ser acompanhada da expressão &amp; CIA. De acordo com o princípio da veracidade em relação ao nome empresarial, os sobrenomes que constam na firma devem realmente pertencer aos sócios. 
Na sociedade em nome coletivo pode ser exercida atividade econômica, comercial e civil e todos os sócios são pessoas físicas, podendo ser empresário individual ou não, e responsáveis solidários pelas obrigações sociais. 
A exploração de atividade econômica por esse tipo de associação de esforços, portanto, não preserva nenhum dos sócios dos riscos inerentes ao investimento empresarial. 
Neste tipo de sociedade é permitida a participação de sócios sem que seja necessário contribuir com dinheiro ou bens para a integralização do capital social. Sua contribuição poderá ser efetivada com prestação de serviços 
Deve-se advertir que embora a responsabilidade dos sócios da Sociedade em Nome Coletivo seja ilimitada e solidária, esta responsabilidade continua sendo uma responsabilidade subsidiária, já que de acordo com o art. 596 do Código de Processo Civil e o art. 1.024, caput do Novo Código Civil Brasileiro (Lei n.º10.406/02) os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
Responsabilidade solidária significa que quando o passivo de uma sociedade for maior que seu ativo, após excutidos (executados, penhorados) todo o seu patrimônio, respondem os sócios pelo pagamento da parte da dívida que quedar impaga. 
Responsabilidade ilimitada significa que quando tiverem que ser executados os bens da sociedade e estes não forem suficientes para o pagamento da dívida, serão executados, posteriormente, os bens da pessoa física de cada sócio (exceto os absolutamente impenhoráveis – art. 649 do CPC e Lei n° 8009/90 – Bem da Família). 
Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. 
Eles resolvem limitar as suas responsabilidades proporcionalmente ás suas quotas partes. Mas isso não influenciará no direito dos terceiros. Ou seja, essa limitação só serve para eventuais ações regressiva entre eles. 
As quotas dos sócios na sociedade em nome coletivo, sendo a sociedade por tempo indeterminado, não são sujeitas à liquidação para pagamento de dívidas particulares dos sócios. Este é talvez o único atrativo para a constituição de uma sociedade em nome coletivo, haja vista que estando as quotas livres de liquidação em decorrência de dívidas pessoais dos sócios, dependendo das circunstâncias e não estando sujeita a desconsideração da pessoa jurídica, poderá ser utilizado este tipo societário como proteção ou blindagem patrimonial de sócios de boa fé, sujeito a dificuldade potencial. 
Sendo a responsabilidade ilimitada, havendo qualquer situação que ocasione a “quebra” da sociedade empresária, isso poderá significar a ruína total dos sócios e de sua família, uma vez que os patrimônios destes podem ser integralmente comprometidos no pagamento dos credores da sociedade. 
Somente o sócio pode ser administrador da sociedade. Mas o contrato pode estipular quais serão os administradores, sendo o contrato silente, todos têm o mesmo poder de gerência. Pode haver também uma convenção entre os sócios que confira níveis de responsabilidade diferentes a eles, por exemplo: pode-se conferir a um dos sócios, através de contrato, responsabilidade limitada ao capital integralizado e ao outro sócio, responsabilidade ilimitada. Mas esse pacto só tem validade entre os sócios, não sendo oponível a terceiros. 
Se o administrador agir com abuso ou ultrapassando os poderes que lhe foram conferidos em contrato, mesmo assim, responde a sociedade, pois, de acordo com a teoria da aparência aquele que celebra contrato com a empresa não é obrigado a saber se a pessoa com quem negociou tem ou não o direito para de praticar aquele ato.

SOCIEDADE EM NOME COLETIVO

Em um mundo que exige performance constante, dormir bem é um ato de equilíbrio e humanidade, não luxo, mas cuidado com o corpo e com a vida



A noite vai se aproximando, a cidade vai ficando quieta e o silêncio deveria ser um convite ao sono. Que engano! É justamente quando o corpo afunda que a mente declara guerra. Ela é um carro desgovernado numa estrada escura, sem destino, atropelando preocupações emaranhadas e listas de tarefas que piscam. Não há paz noturna; há apenas o caos insuportável de lembranças dolorosas que surgem como fantasmas do passado, iluminados por uma luz fraca e incômoda.&nbsp;



A ciência chama isso de hiperativação cognitiva, mas para você, que vive isso na pele, é uma batalha exaustiva entre um corpo exausto e um cérebro que se recusa a desligar, roubando o sono que você tanto precisa. Esse problema é amplo.&nbsp;



O Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção de Doenças na tradução livre), uma agência do governo americano responsável pela saúde pública, pesquisa e controle de doenças, estima que um em cada três adultos dorme menos de seis horas por noite. A Organização Mundial da Saúde classifica a privação de sono como uma “epidemia silenciosa”.&nbsp;



No Brasil, levantamentos recentes indicam que mais de 70% da população enfrenta algum distúrbio do sono, indo da insônia à apneia. O ponto central não é apenas a quantidade de sono perdida, mas o círculo vicioso entre ansiedade e insônia. O estresse do dia se acumula e, em vez de diminuir, cresce a noite. A insônia aumenta a ansiedade e a ansiedade piora a insônia. Formando um tornado psicológico que se repete noite após noite.





<h2 class="wp-block-heading">A biologia de um cérebro em estado de alerta</h2>



Para entender o ciclo, é preciso observar o corpo. Nossos antepassados sobreviveram por manter-se atentos a ameaças, graças à resposta de luta ou fuga, regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que libera o cortisol, o hormônio do alerta.



Normalmente, o cortisol sobe pela manhã e cai ao anoitecer, permitindo a ação da melatonina, que induz o sono. Em pessoas ansiosas ou sob estresse contínuo, esse ritmo se desorganiza: o corpo permanece em vigília. Estudos mostram que quem sofre de insônia tem cortisol elevado à noite e menor produção de melatonina.



A falta de sono impede que redes neurais, como a de modo padrão (DMN), reduzam a atividade. Esse circuito ativo alimenta pensamentos intrusivos. Segundo Matthew Walker, da Universidade da Califórnia em Berkeley, a privação de sono amplifica a resposta de medo da amígdala e enfraquece o controle do córtex pré-frontal, é como passar a noite com o pé no acelerador e sem freio.



<h2 class="wp-block-heading">O impacto invisível no dia seguinte</h2>



Na manhã seguinte, surgem cansaço, irritabilidade e falta de foco. Mas os prejuízos vão além. Durante o sono REM, o cérebro consolida memórias e processa emoções; quando essa fase é interrompida, aprendizado e equilíbrio emocional sofrem. Dormir pouco eleva o risco de hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. A má qualidade do sono desregula hormônios do apetite, aumentando a fome e reduzindo a saciedade, o que favorece o ganho de peso.



Socialmente, o impacto também é grande: quem dorme mal falta mais ao trabalho, erra com mais frequência, sofre mais acidentes e evita o convívio por exaustão. Um problema individual que, em larga escala, vira questão de saúde pública.



<h2 class="wp-block-heading">O peso cultural e a tecnologia no sono moderno</h2>



Dormir pouco ainda é visto como sinal de disciplina e produtividade. Líderes que enviam mensagens fora do horário e colegas que exaltam quem “vira a noite” reforçam a ideia de que o descanso é negociável. Assim, dormir cedo parece descompromisso, e priorizar o sono soa como fraqueza. O mito da “coruja noturna” prospera, embora noites curtas prejudiquem atenção, memória e saúde.



A biologia dos cronotipos explica parte disso: há pessoas naturalmente mais matutinas ou noturnas, mas o problema surge quando o relógio social impõe um padrão único. Quem rende melhor à noite e precisa acordar cedo acumula um “jet lag social”, que causa irritabilidade e queda de desempenho, além de compensações com cafeína e açúcar.



A tecnologia agrava o cenário. Não é só a luz azul que atrapalha a melatonina: o conteúdo também estimula. Notícias tensas, debates e séries de suspense mantêm o cérebro em alerta. Aplicativos exploram recompensas e rolagem infinita, transformando “só mais um minuto” em meia hora desperdiçada.



Outro hábito comum é adiar o sono para “ter um tempo para si” após um dia exaustivo. Essa compensação se torna rotina e rouba o descanso. Romper o ciclo exige ajustar o ambiente, limitar mensagens e reservar o fim da noite para relaxar. Pequenos rituais sinalizam ao cérebro que é hora de desacelerar.



<h2 class="wp-block-heading">A ciência da recuperação</h2>



A ciência já mostrou: não há solução mágica, mas caminhos sólidos. O sono não se recupera por força de vontade nem com um comprimido. Exige cuidado multidimensional, ajustes de comportamento, apoio médico e consistência.



O problema não está só “na cabeça” ou “no corpo”. Ansiedade, estresse, hormônios e ambiente precisam ser tratados em conjunto. Soluções isoladas, como pílulas ou técnicas ocasionais, raramente funcionam. O que dá resultado é combinar acompanhamento médico, novas rotinas e manejo da mente acelerada.



Essa abordagem torna o sono mais estável e confiável. Mesmo assim, muitos resistem a buscar ajuda. O ponto é seguir um processo estruturado, pois o sono pode ser reaprendido com orientação adequada.&nbsp;



Medicamentos ajudam em fases críticas, mas o uso prolongado traz riscos. Devem ser apoio pontual, não solução definitiva. Tratar o sono como um projeto de saúde completo, unindo ciência, acompanhamento e prática, é o caminho mais promissor para transformar noites turbulentas em descanso restaurador.



<h2 class="wp-block-heading">O amanhecer após o tornado</h2>



Dormir melhor beneficia toda a sociedade. Políticas que valorizem o sono, ajustem jornadas e desencorajem a exaustão aumentam produtividade, reduzem custos e melhoram o bem-estar. Em países desenvolvidos, a perda de produtividade por privação de sono custa bilhões por ano.



A pandemia mostrou o quanto as fronteiras entre trabalho e vida pessoal são frágeis, e o sono foi o primeiro a ser sacrificado. A vantagem é que ele pode ser treinado, restaurado e protegido.



A mente acelerada que rouba o descanso é real, mas reversível. Com consciência, técnicas adequadas e mudança cultural, é possível recuperar noites tranquilas.



Em um mundo que exige performance constante, dormir bem é um ato de equilíbrio e humanidade, não luxo, mas cuidado com o corpo e com a vida.



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em saúde mental corporativa e sono

O preço do desempenho constante: por que a falta de sono ameaça a saúde corporativa

Marcio Furrier, ex-CMO da América Latina na HP e pesquisador da USP, revela como transformar informação fragmentada em vantagem competitiva duradoura



Marcio Furrier é administrador graduado pela FEA/USP e por mais de 25 anos ocupou posições executivas em multinacionais como Philips e HP, onde liderou equipes regionais para o Brasil e a América Latina. Como CMO para a América Latina, reportando-se ao staff do CMO mundial, desenvolveu campanhas reconhecidas com Leões de Ouro em Cannes, EFFIE e London International Awards. Hoje, como doutorando na FEA-USP e pesquisador do B.R.A.N.D.S. Research Center e CEPID BRIDGE, pesquisa cocriação de valor de marca e ecossistemas. Sua trajetória única entre execução corporativa e pesquisa acadêmica oferece insights raros sobre como C-Levels podem transformar decisões fragmentadas em vantagem estratégica sustentável.



<h2 class="wp-block-heading">1. Decisões estratégicas: como separar o que importa do que apenas grita</h2>



Pergunta: Como você diferencia uma decisão verdadeiramente estratégica de algo que é apenas urgente?



Insight de Marcio: “A decisão estratégica mira uma vantagem competitiva. Se ela não vai influenciar de modo significativo e duradouro para alcançar objetivos críticos, pode ser importante ou urgente, mas não é estratégica. O C-level precisa diferenciar: o que é estratégico versus o que é urgente.”



A maioria dos executivos confunde pressão com prioridade. Marcio identifica que decisões estratégicas têm três características:



1. Geram vantagem competitiva sustentável



2. Influenciam resultados fundamentais por prazo



3. Exigem recursos críticos



Quando CEOs aplicam esses filtros, descobrem que muitas “urgências” são apenas ruído operacional que pode ser delegado ou automatizado.



<h2 class="wp-block-heading">2. IA como competência estratégica: além da ferramenta bonita</h2>



Pergunta: Como transformar IA de uma ferramenta cara em uma competência que ninguém consegue copiar?



Insight de Marcio: “Se quisermos que IA continue recebendo investimento, ela precisa migrar de uma ferramenta para uma competência estratégica. Utilizar IA em processos encadeados pode ajudar na vantagem estratégica, porque é difícil copiar tudo. Quando insights de diferentes canais são integrados, isso é muito valioso e difícil de imitar.”



A genialidade está nos processos encadeados, não na tecnologia isolada. Empresas como Amazon não vencem porque têm melhor IA, mas porque conectaram IA em:



• Recomendações personalizadas• Logística otimizada• Precificação dinâmica• Experiência do cliente integrada



Cada peça individual pode ser copiável; o sistema completo é praticamente impossível de replicar. Marcio também destaca que quanto mais distribuída a competência de IA na organização, mais talentos surgem e novas aplicações inovadoras emergem.



<h2 class="wp-block-heading">3. O verdadeiro gargalo: não é a IA, são seus dados</h2>



Pergunta: Qual é o maior obstáculo para empresas que querem usar IA estrategicamente?



Insight de Marcio: “Eu acho que o gap nem está na IA, está nos dados. Muitos especialistas analisam uma campanha de um jeito compartimentado, mas é difícil as pessoas envolvidas terem uma visão estratégica do que fazem.”



O problema não é tecnológico, é organizacional. Quem não se educou para a transição digital agora vai sofrer mais para entender o contexto. A maioria das empresas tem dados fragmentados em silos departamentais, com equipes que analisam pedaços isolados sem visão sistêmica.



Principais desafios identificados:



1. Dados fragmentados em departamentos isolados



2. Falta de visão integrada das campanhas



3. Executivos sem educação digital e visão estratégica de dados



4. Análises por especialidade sem contexto de impacto nos negócios



Marcio observa que executivos que não passaram pela transição digital anterior agora enfrentam uma curva de aprendizado dupla: entender dados E entender IA. As empresas que vencerão são aquelas que primeiro organizaram seus dados de forma integrada.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



Microsoft transformou-se de uma empresa de software para uma plataforma de produtividade integrada com IA. Netflix evoluiu de streaming para um ecossistema de dados que prevê, produz e distribui conteúdo. Essas empresas não “usam” IA - elas “são” organizações orientadas por dados com IA embarcada em processos estratégicos.



A diferença entre quem sobrevive e quem domina está na capacidade de conectar pontos que outros veem separadamente. Enquanto a maioria trata IA como projeto de TI, líderes visionários a transformam em competência organizacional distribuída, criando vantagens competitivas que são impossíveis de copiar porque dependem de cultura, processos e dados únicos.



<h2 class="wp-block-heading">Responsabilidade e transição</h2>



Como Marcio enfatiza: “A tecnologia não tem CNPJ nem CPF, é a pessoa que toma a decisão. A responsabilidade é da pessoa, por mais que venham insights.”



É fundamental cuidar da transição do modelo antigo para o novo da IA, garantindo que:



• As pessoas mantenham a responsabilidade final pelas decisões



• A implementação seja gradual e educativa



• Os insights de IA sejam interpretados com contexto humano



• A organização desenvolva competências distribuídas



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Você está construindo competências sustentáveis ou apenas comprando ferramentas caras?



A resposta determina se sua empresa será líder ou apenas mais uma tentando acompanhar a transformação digital que já está acontecendo.

Por que seus dados valem mais que sua IA?

A matriz de risco não é um documento estático, mas um instrumento vivo, que deve ser constantemente revisitado à medida que o ambiente institucional evolui



A matriz de risco é uma das ferramentas mais eficazes para fortalecer a governança, aprimorar a tomada de decisão e promover a cultura de gestão preventiva. Utilizada tanto no setor público quanto no privado, ela permite visualizar de forma estruturada os principais riscos que podem comprometer os objetivos de uma organização, classificando-os conforme sua probabilidade de ocorrência e impacto potencial.



Mais do que um instrumento técnico, a matriz de risco é uma forma de pensar estrategicamente. Ao identificar vulnerabilidades e antecipar cenários adversos, a instituição passa a atuar de maneira proativa, transformando incertezas em oportunidades de aprendizado e melhoria. A construção da matriz envolve um processo de mapeamento participativo, no qual gestores e equipes avaliam os riscos operacionais, financeiros, legais, tecnológicos e reputacionais, definindo medidas de controle e planos de contingência.



Entre os principais benefícios, destacam-se:



Maior clareza nas prioridades de gestão, permitindo concentrar esforços nos riscos mais críticos;



Aprimoramento da comunicação interna, com linguagem comum sobre incertezas e controles;



Fortalecimento da accountability, por registrar de forma transparente os riscos e as respostas adotadas;



Melhoria da eficiência institucional, com decisões baseadas em evidências e não apenas em percepções.



No contexto da administração pública, a matriz de risco tem sido amplamente incorporada às práticas de gestão por resultados, controle interno e planejamento estratégico, servindo de base para o monitoramento de políticas, programas e contratos. Já nas empresas, ela integra o ciclo de compliance e gestão de riscos corporativos (GRC), alinhando-se às normas internacionais como a ISO 31000.



Em síntese, a matriz de risco não é um documento estático, mas um instrumento vivo, que deve ser constantemente revisitado à medida que o ambiente institucional evolui. Sua efetividade depende da maturidade da organização em lidar com a incerteza — e de compreender que, em gestão, o verdadeiro risco é não se preparar para ele.

Sistema Kanban e MRP

Maria Clara

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

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