Muitas economias parecem ter finalmente se recuperado da crise de 2008, mas, às vezes, a história não é tomada como lição e acabamos fadados a repeti-la. Isso é o que afirma Arturo Bris. Professor de Finanças da IMD Business School e diretor do Centro de Competitividade Mundial, Arturo prevê que uma crise econômica global deverá acontecer e que não estão sendo tomadas medidas suficientes para evitá-la. Através de estatísticas, o professor disse que o mundo pode esperar uma crise financeira logo a partir de abril de 2015, durando até março de 2016. Essas são 6 causas prováveis citadas pelo professor: 1 – Bolha no mercado de ações Apesar dos mercados de ações apresentaram um comportamento favorável, a qualquer momento a situação pode mudar. Em 2014, o primeiro semestre foi decepcionante, o que pode significar que provavelmente, uma queda no mercado de ações ocorrerá, diminuindo entre 30-35% o lucro das empresas. 2 – Serviços bancários na China O serviço bancário chinês consiste apenas de empréstimos, principalmente para instituições governamentais, cujo desempenho não é bem monitorado e não está aberto para a concorrência. Seu fracasso afetará a economia global. 3 – Crise energética Se os EUA, maior produtor de gás do mundo, começarem a exportar para o resto do planeta, a Rússia, ao se sentir ameaçada, pode causar um caos geopolítico. O Estados Unidos, com controle sobre os preços da energia, exerceria influência sobre grandes países. 4 – Guerra e conflito Crescente tensões geopolíticas podem acontecer em quase todas partes do mundo. Algo, como o recente caso da Crimeia, por exemplo, poderia provocar uma crise no mercado, mesmo sem a existência de uma guerra física. 5 – Aumento da pobreza Sempre que os pobres ficam mais pobres, conflitos sociais são um risco real. A cruzada contra a desigualdade na distribuição de renda poderia impedir ainda mais a inovação e o crescimento através da redução dos benefícios da inovação, ameaçando a economia. 6 – Classificações e falência As companhias acumulam tantas dívidas, que é comum ter agora como norma uma classificação BBB. Nos EUA apenas três companhias mantiveram a classificação AAA: ExxonMobil, Microsoft e Johnson & Johnson. Se as classificações são um indicador de falência, ela virá para todos os setores. Caso as taxas de juros aumentassem em 2%, metade do setor corporativo seria eliminado.