CEO do Flow fala sobre expansão do grupo e mercado de podcasts no país

Sarah Buchwitz. Créditos: Divulgação
Em entrevista ao Café com ADM, CEO do Grupo Flow detalha a transformação do podcast em um ecossistema de mídia, informação e tecnologia
Em dezembro de 2023, o Grupo Flow expandiu sua operação, acrescentando o vertical de conteúdo e negócios com foco na indústria da música Flow Music aos já consolidados Estúdios Flow, Flow Tech e Flow Labs.
Um pouco antes, no mês de outubro, Sarah Buchwitz, economista de formação e integrante da Lista Forbes de Melhores CMOs do Brasil, assumiu o comando do ecossistema de mídia, informação, entretenimento e tecnologia após seis anos atuando como VP de marketing e comunicação da Mastercard.
Na época, em sua primeira fase como CEO, Sarah tinha como missão organizar e otimizar as verticais, visando propor um olhar macro para a construção do grupo. “É um processo de integração, de visão e otimização de conteúdo que visa a um maior diálogo e reputação com o mercado”, chegou a declarar.
Atualmente, meses depois, as coisas parecem estar andando pelo caminho certo. “Nós consolidamos a vertical do Flow Games, por exemplo, lançamos a vertical Flow SA com conteúdo mais pro mundo corporativo, mas que também entrega serviços de consultoria de digitalização, palestras. Lançamos o Flow Music, que nasce do Amplifica como produtor de conteúdo, mas tem como objetivo ser um grande produtor musical digital, inclusive tendo um selo no futuro do Flow”, afirmou.
Um dos principais produtos do grupo é, claro, o Flow Podcast, um dos maiores produtos brasileiros neste mercado que segue em constante expansão no país. “O crescimento do mercado de podcasts é muito positivo, porque nós acreditamos no fortalecimento do ecossistema”, comentou Sarah.
Questionada sobre como fazer um podcast de sucesso, a executiva defendeu a importância de criar um produto relevante, mesmo que para uma comunidade menor.
“Não existe uma fórmula, existem expectativas. Hoje é muito fácil criar um videocast, mas é importante ter um pouco de expectativa. Que tamanho você quer ter? Nós acreditamos muito no poder das comunidades. Então você pode ter uma comunidade um pouco menor, mais nichada, focada em uma ferramenta ‘x’ do avião, e outra que vai gostar de avião. Então o crescimento do mercado é importante, a tecnologia ajuda e nós acreditamos que, infelizmente, nem todo mundo vai ter o tamanho do Flow Podcast, nem mesmo os nossos próprios programas, porque as comunidades estão ficando cada vez mais nichadas. O que é importante é ser relevante dentro do seu nicho”, explicou.
Já a parte mais difícil de crescer e prosperar no setor é, para ela, a captação de patrocínio. “Num mundo ideal, o conteúdo deveria se pagar pela receita que vem das plataformas e o lucro vem do patrocínio. É um desafio. Alguns conseguem, mas é bem difícil. Eu vejo esse como um mundo ideal, porque a captação de patrocínio não é algo fácil para ninguém, existem diferentes mídias, diferentes grupos e diferentes modos de se atuar, o mercado publicitário brasileiro é bastante particular também. Então a captação de patrocínio acaba sendo mais difícil. Agora, tem outras coisas legais para quem tá começando, por exemplo, tem uma nova lei de incentivo fiscal de apoio à cultura que inclui podcasts. Essa é uma forma de captação de recursos. A outra [maneira de atuar] é utilizar o podcast como plataforma para te dar visibilidade como influencer e trabalhar como influencer e ter outras fontes de receita. Na minha visão, é sempre bom tentar achar essas outras fontes de receita”, pontua.
No episódio desta semanada do podcast Café com ADM, Sarah detalha a transformação do Flow em um ecossistema de mídia, informação e tecnologia, além de pontuar os próximos passos para alavancar a lucratividade da rede. Ouça agora:
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