Mesmo sem dar declarações públicas, Buffett se viu obrigado a agir diante da onda de fake news envolvendo seu nome Um vídeo compartilhado recentemente por Donald Trump em sua rede Truth Social alegava que Warren Buffett teria classificado suas decisões econômicas como 'as melhores dos últimos 50 anos'. A suposta declaração rapidamente chamou atenção, mas foi desmentida de forma categórica. O próprio Buffett, junto à Berkshire Hathaway, negou qualquer elogio ao ex-presidente americano e alertou para o uso indevido de seu nome em desinformações. Em comunicado oficial, a Berkshire afirmou que 'todos esses relatos são falsos' e reforçou que Buffett não fez nem fará comentários sobre a economia, o mercado ou tarifas até o encontro anual de acionistas da empresa, marcado para 3 de maio, em Omaha, Nebraska. A postura discreta segue a tradição do investidor de só se pronunciar quando acredita ter algo relevante a dizer. O silêncio calculado do 'oráculo de Omaha' Mesmo sem dar declarações públicas, Buffett se viu obrigado a agir diante da onda de fake news envolvendo seu nome. Em entrevista à CNBC, limitou-se a dizer que não comentará o atual cenário econômico, o que inclui a polêmica política tarifária de Trump. A decisão, segundo ele, é pautada pelo compromisso com os acionistas da Berkshire e pela convicção de que não há ganhos em se envolver em debates instáveis e voláteis como o atual. A expectativa, no entanto, é que as questões econômicas sejam abordadas no evento da empresa, quando Buffett costuma responder a perguntas por horas a fio. Com o aumento das tensões comerciais e a postura imprevisível do governo, é pouco provável que o tema passe despercebido. A importância de proteger a própria credibilidade O episódio serve como lição sobre os riscos da manipulação de falas em tempos de redes sociais. Para alguém com a influência de Buffett, a simples insinuação de uma opinião pode movimentar mercados. Daí a importância de deixar claro o que é, ou não, de sua autoria. Ao optar pelo silêncio, Buffett protege não apenas sua imagem, mas também a estabilidade dos negócios que comanda. E ao desmentir publicamente a falsa citação, reafirma a necessidade de responsabilidade na disseminação de informações — especialmente quando sua reputação está em jogo.