Se líderes e empresas aprenderem a canalizar o idealismo dessa geração, transformarão resistência em combustível para inovação Um estudo conduzido pela professora Suzy Welch (NYU) revelou que apenas 2% dos membros da Geração Z compartilham os valores que as empresas mais desejam — desempenho, aprendizado e dedicação. Os valores predominantes entre os jovens são outros: Bem-estar e prazer pessoal Autenticidade e voz própria Impacto social e propósito Nenhum deles é negativo, mas representam uma mudança profunda na relação com o trabalho — de dever para devoção pessoal. Por que a Geração Z pensa diferente Muitos jovens cresceram observando seus pais escravos do trabalho, esgotados e sem tempo para a vida pessoal. Naturalmente, decidiram não repetir o modelo. Em grupos de foco, jovens relataram algo em comum: 'Queremos gostar do que fazemos — não viver para trabalhar.' Eles desejam que o emprego se pareça mais com um hobby: algo que desperte paixão, propósito e autonomia. O segredo para equilibrar expectativas O pesquisador Tim Elmore, autor de The Future Begins With Z, identificou uma virada simples, mas poderosa: mude a forma como descreve o trabalho. Quando ele começou a apresentar tarefas como oportunidades de expressão — espaços para usar talentos e criatividade — os jovens passaram a 'assumir o trabalho como dono, não como inquilino'. Essa abordagem funciona porque transforma o senso de obrigação em senso de pertencimento. Ver todos os stories 6 hábitos que sabotam seu crescimento O nordestino que ousou fazer o impossível O que está em jogo com a 'PEC da Blindagem' Uma verdade sobre suas assinaturas de streaming que você não vê Boninho, The Voice e a lição da reinvenção O que o equilíbrio realmente significa Encontrar o meio-termo entre gerações não é abdicar de disciplina — é conectar motivação e propósito: As empresas mantêm exigência de resultados e prazos. Os jovens entregam engajamento genuíno e energia criativa. Ambos os lados ganham: dever e devoção se encontram. O papel do líder nessa nova era Liderar a Geração Z exige flexibilidade e escuta ativa. Dê autonomia, mas mantenha clareza sobre metas. Permita experimentação, mas cobre responsabilidade. Mostre propósito, não apenas tarefas. A Geração Z não rejeita o trabalho — rejeita o vazio. Se líderes e empresas aprenderem a canalizar o idealismo dessa geração, transformarão resistência em combustível para inovação. Em resumo A Geração Z quer fazer parte de algo que valha a pena — e não apenas 'cumprir expediente'.Quando o trabalho se torna espaço de expressão, propósito e aprendizado, a devoção substitui a obrigação. O futuro do trabalho não será uma guerra de valores, mas uma parceria entre sentido e desempenho.