Fabrice Grinda, um dos fundadores da OLX, podia desfrutar de todo luxo e dinheiro que quisesse. Mas resolveu abrir mão de tudo. Ele, que teve a empresa comprada por dezenas de milhões de doláres, enriqueceu com a internet. Porém, disse que não era feliz. Há dois anos, desistiu do cargo de presidente na empresa, abandonou um apartamento de luxo em Nova York e doou a maioria de seus bens. Em artigo em seu site, ele relata a mudança na sua vida. O executivo conta que decidiu doar os bens materiais por achar que estavam afastando as relações realmente importantes na sua vida. “Estava gastando muito dinheiro para manter o meu apartamento. Nós devemos passar tempo em um lugar, porque queremos e para maximizar a nossa felicidade, não porque sentimos que temos que ficar ali para justificar o gasto que temos para mantê-lo”, disse. Depois de deixar a empresa, decidiu visitar velhos amigos, dormindo diversas noites no sofá de conhecidos. Porém, percebeu que estava ficando tempo demais na casa de seus amigos, o que fez seus planos de “couch surfing” serem destruídos. Então, buscou algo que o desse prazer. Voltou a esquiar, se atualizou em filmes, videogames e livros, e, para se reconectar com os amigos, decidiu viajar com eles, conta no texto. Foi quando descobriu a República Dominicana, onde passou grande parte de seu tempo praticando kiteboarding. “Meu custo de vida hoje na República Dominicana é menos que um décimo do que era em Nova York”, escreveu ele. Porém, empreendedor nato, encontrou um outro desafio para tocar nessa nova fase de sua vida. Se tornou um investidor-anjo, aquele que investe em empresas em estágio inicial. “Como gosto mais de ser um empreendedor do que um investidor, eu ajudo a escolher a estratégia, contratar o time, levantar dinheiro… Eu criei duas novas empresas em 2013 e outras duas em 2014. Com Jose, meu parceiro como investidor-anjo, vindo trabalhar comigo em tempo integral, devemos criar mais uma ou duas nos próximos anos”. E continua a trabalhar até mais do que na OLX. “Depois de prometer a mim mesmo (e falhar) que iria reduzir o ritmo de viagens durante os anos da OLX, eu voltei a ficar em trânsito o tempo todo”, conta. Com informações da Época