O que é negociação distributiva?

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Neste tipo de negociação, o objetivo de cada parte é obter a maior porção possível dos recursos disponíveis, frequentemente resultando em uma relação de soma zero
Negociação distributiva é um conceito central nas teorias de negociação, especialmente em situações onde os recursos são limitados e fixos. Neste tipo de negociação, o objetivo de cada parte é obter a maior porção possível dos recursos disponíveis, frequentemente resultando em uma relação de soma zero, onde o ganho de uma parte é diretamente proporcional à perda da outra.
Este artigo explora os principais tipos de negociação, quando optar pela negociação distributiva, quando evitá-la, seus prós e contras, alternativas, e as consequências comuns desse tipo de negociação.
Os principais tipos de negociação
Existem várias abordagens para a negociação, cada uma adequada a diferentes contextos e objetivos:
Negociação distributiva: Focada na divisão de recursos fixos, comumente conhecida como uma negociação de soma zero.
Negociação integrativa: Visa encontrar soluções de ganha-ganha, onde todas as partes saem beneficiadas, criando valor adicional.
Negociação competitiva: Cada parte tenta maximizar seu ganho, frequentemente à custa do outro, sem necessariamente buscar um benefício mútuo.
Negociação colaborativa: Semelhante à integrativa, mas com maior ênfase na construção de relacionamentos de longo prazo e na confiança mútua.
Quando optar pela negociação distributiva
A negociação distributiva é adequada em situações onde:
Recursos limitados: Quando há uma quantidade fixa de recursos a ser dividida.
Objetivos claros e concisos: Quando ambas as partes têm metas específicas e não há margem para criar valor adicional.
Curto prazo: Em negociações rápidas, onde o relacionamento de longo prazo não é um fator crucial.
Pouca ou nenhuma confiança: Quando não há confiança suficiente para compartilhar informações abertamente.
Quando não usar a negociação distributiva
Evite a negociação distributiva quando:
Possibilidade de valor adicional: Se houver potencial para criar valor adicional para ambas as partes.
Relacionamentos de longo prazo: Em negociações que afetam relações futuras e onde a colaboração contínua é necessária.
Complexidade e interesses múltiplos: Quando a negociação envolve múltiplos interesses que podem ser melhor atendidos com uma abordagem integrativa.
Necessidade de cooperação: Quando a cooperação e o entendimento mútuo são essenciais para o sucesso da negociação.
Prós e contras da negociação distributiva
Prós:
Simples e direta: Foco claro nos objetivos específicos de cada parte.
Rapidez: Geralmente mais rápida de concluir do que abordagens colaborativas.
Previsibilidade: Resultados são mais previsíveis, pois cada parte conhece os recursos disponíveis.
Contras:
Relações tensas: Pode levar a relações tensas e conflitos futuros.
Foco em perdas e ganhos: A mentalidade de soma zero pode limitar soluções criativas.
Satisfação reduzida: Frequentemente, uma ou ambas as partes podem sair insatisfeitas com o resultado.
Alternativas à negociação distributiva
Quando a negociação distributiva não é adequada, considere as seguintes alternativas:
Negociação integrativa: Focada em criar soluções de ganha-ganha.
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Negociação colaborativa: Prioriza a construção de relacionamentos de longo prazo e a confiança.
Mediação: Um terceiro neutro ajuda as partes a encontrar uma solução mutuamente aceitável.
Arbitragem: Um árbitro decide o resultado da negociação com base nos argumentos apresentados por ambas as partes.
Consequências comuns de uma negociação distributiva
As negociações distributivas frequentemente resultam em:
Relações tensionadas: Pode prejudicar relações futuras devido ao foco no ganho pessoal.
Resultados desequilibrados: Uma parte pode sair significativamente melhor do que a outra, gerando insatisfação.
Falta de cooperação: Pode reduzir a vontade de cooperação em negociações futuras.
Conclusão
A negociação distributiva é uma ferramenta valiosa em situações onde os recursos são limitados e o foco é alcançar um resultado específico e imediato. No entanto, ela tem suas limitações e pode não ser adequada em todas as circunstâncias. Entender quando usar essa abordagem e quando optar por alternativas mais colaborativas pode ser crucial para o sucesso a longo prazo em negociações e para a manutenção de relacionamentos profissionais saudáveis.
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