Propósito, resiliência e liderança: Pedro Janot emociona e inspira no Summit Empreender 40+

Créditos: Brenda Parmeggiani
Com a palestra “Longe é um lugar que não existe”, Janot compartilhou a sua trajetória marcada por superação, propósito e reinvenção
O executivo Pedro Janot, ex-CEO da Azul Linhas Aéreas e responsável pela chegada da Zara ao Brasil, foi um dos destaques do Summit Empreender 40+, realizado em Porto Alegre. O evento reuniu mais de mil participantes em torno de uma pauta urgente e transformadora: o empreendedorismo após os 40 anos.
Com a palestra “Longe é um lugar que não existe”, Janot compartilhou a sua trajetória marcada por superação, propósito e reinvenção. Após um acidente que o deixou tetraplégico, o executivo se tornou referência em liderança resiliente e cultura de alta performance. “A dor me ensinou a escutar. E escutar é o primeiro passo da liderança”, afirmou durante a apresentação.
Maturidade como diferencial
O conteúdo da palestra provocou reflexões profundas sobre o papel da maturidade na construção de negócios com significado. Para Janot, empreender após os 40 é uma oportunidade de alinhar sonho e impacto. “A maturidade nos dá clareza sobre o que realmente importa. Empreender não é só abrir um negócio, é realizar um sonho com propósito”, destacou.
Além de emocionar o público, Janot também levantou questões sobre o etarismo nas empresas e a subvalorização da diversidade geracional. “A experiência é um ativo estratégico. Ignorar isso é desperdiçar inteligência e visão de longo prazo”, pontuou.
O Summit Empreender 40+ consolidou-se como uma plataforma de valorização da trajetória profissional madura, com mentorias, confrarias e conteúdos voltados para quem deseja empreender com propósito.
De um palco a outro
Do Rio Grande do Sul, Janot retornou para São Paulo, onde, dias depois, também palestrou no RD Summit, evento realizado pela Resultados Digitais, plataforma reconhecida no mercado com soluções para marketing digital e vendas. No palco da Escola Conquer, no Expo Center Norte, o executivo falou sobre o potencial do público PCD para as empresas.
“Além da diversidade, essas pessoas agregam muito valor a partir do seu conhecimento. Somos quase 9% da população brasileira e podemos contribuir ativamente para a nossa economia”, defende Janot.
Contudo, a realidade nacional aponta para uma taxa preocupante de empregos informais: “Apenas 36% dos PCDs estão empregados e ainda têm duas vezes mais chances de estarem em empregos informais, precários ou de baixa remuneração”, alerta.
Para o executivo, reconhecido no mercado pela gestão orientada a pessoas, a inclusão tem que ir além da legislação. “Mais do que uma lei ou responsabilidade social, é motor de crescimento e transformação nas empresas”, conclui.











