No começo, tudo são flores, mas (me desculpem os apaixonados) o momento de discutir a relação vai chegar para todos, mais cedo ou mais tarde. Relacionar-se com humanos siginifica aprender a lidar com sentimentos e com os altos e baixos. Entre alegrias e tristezas, conquistas e frustrações. Assim é a convivência de todos os casais – inclusive dos que estão juntos também no âmbito profissional. Já falamos no Administradores.com (aqui e aqui) sobre casais que conseguiram conciliar com sucesso suas vidas pessoais e os negócios. Além dos famosos Beyoncé e Jay-Z, David e Victoria Beckham, Bill e Melinda Gates, existem diversos cases que comprovam que é possível superar adversidades e manter a união nos bons e também nos maus momentos, sejam eles profissionais ou pessoais. Com planejamento e diálogo, é possível construir e manter conjuntamente uma relação saudável na administração dos negócios ou no ambiente de trabalho. Por isso, antes mesmo de começar, é preciso ter visão de futuro para que os planos deem certo a longo prazo e não interfiram na carreira particular de uma das partes. Só que na teoria é muito simples. Na prática, as coisas às vezes são bem mais complicadas. O que fazer, então, quando a situação do casal, no âmbito pessoal, se torna insustentável? Como isso afeta o relacionamento profissional? Nos últimos dias, a separação do casal Joelma e Chimbinha, da banda Calypso, foi um dos assuntos mais comentados das redes sociais e gerou muitas piadas (como essa brincadeira do vídeo abaixo). Memes e intrigas à parte, o caso serve de exemplo para refletirmos sobre uma questão que está bastante presente no nosso dia a dia, se não diretamente com você, com o colega ao lado: a necessidade de conciliar um relacionamento amoroso e a atividade profissional. Vamos nos divertir galera!Use o botão “PAUSA” e faça Joelma beijar Chimbinha no vídeo da música “Vamos Ficar de Bem”,… Posted by Banda Calypso on Sábado, 14 de março de 2015 Quando surge o amor Assim como existem histórias de casais que se conheceram na escola ou na vizinhança, há também daqueles que se conheceram e se apaixonaram no ambiente de trabalho. Algumas empresas assumem a postura de não admitir relacionamentos amorosos entre os funcionários. No entanto, o assunto é delicado e divide opiniões. Afinal, a empresa pode interferir na vida pessoal do funcionário a esse ponto? Independente da flexibilidade (ou não) da política empresarial, a regra para os gestores é uma só: ponderação. De acordo com o consultor de RH Carlos Contar, proibir pode trazer resultados desagradáveis e inesperados para a própria empresa. “Nesses casos, é melhor conhecer o que se passa com cada pessoa do que coibir e ter surpresas desagradáveis no futuro, como a perda de performance ou até mesmo do próprio profissional por questões pessoais”, afirma, enfatizando que o assunto não deve ser desprezado. “O diálogo sempre é a melhor saída. Nesta conversa, o gestor não deve envolver o lado pessoal com o profissional”, diz. LEIA TAMBÉM Banda Calypso: você precisa reconhecer que eles sabem fazer negócios Entre tapas e beijos (e planejamento) Equilíbrio: essa é uma das palavras-chave da questão, tanto para os casais empreededores quanto para os colegas de trabalho que mantêm um relacionamento. Existe hora para conversar sobre a relação e hora para falar dos assuntos do trabalho. Se o objetivo é que os negócios existam independentemente do status de relacionamento, e que também não sejam desestabilizados por cada desentendimento do casal, é importante discutir (a relação e o trabalho) para evitar futuros problemas de relacionamento pessoal e profissional. Os desentendimentos podem ser evitados com a ajuda de um ponto tão simples e ao mesmo tempo crucial: planejamento, seja ele financeiro ou pessoal. 'É preciso definir um norte e o valor real dos objetivos. É preciso estabelecer metas e ter certeza de onde se quer chegar, compartilhando sonhos e expectativas', destaca o master coach trainer e psicólogo clínico João Alexandre Borba. Além disso, misturar o profissional com o pessoal nem sempre pode acabar bem. Por isso, nada melhor do que se precaver e acompanhar também a administração das finanças. 'Além de ter uma preparação financeira para iniciar os negócios, como juntar economias durante um intervalo de tempo, o casal precisa dividir o capital de uma forma prática e ter a consideração pelo outro. Não se pode ter um negócio a dois sem que haja carinho, compreensão e empatia', acrescenta o especialista. E se acabar, o profissionalismo vai para onde? Sejamos aqui bem realistas: nem sempre as histórias acabam com um “viveram felizes para sempre”. Também nem sempre é possível dar um ponto final na história de maneira amigável, a depender dos motivos da separação. Para os casais que construíram juntos uma carreira no ramo dos negócios ou dividem o mesmo espaço no trabalho, o término do relacionamento traz consigo “o” problema extra: como separar o lado profissional do pessoal? Se o casal conseguiu manter o equilíbrio entre os momentos de falar sobre negócios e relacionamentos e também teve planejamento, essa questão acaba sendo resolvida com menos dificuldade. Sim, com menos dificuldade porque lidar com sentimentos não é assim tão simples quanto trocar o status de relacionamento no Facebook. Se o profissional, o gestor da empresa e também o próprio casal empreendedor souberem manter o profissionalismo, ninguém precisa sair perdendo com o término do relacionamento. “Se a pessoa consegue manter a discrição e distanciamento necessário dentro de um ambiente de trabalho, ela também poderá fazê-lo se o relacionamento terminar. Cabe a cada funcionário respeitar seu espaço e saber o limite entre o profissionalismo e lado pessoal”, explica o consultor Carlos Contar.