A importância do comércio internacional
Clarissa Calçada
artigo de
27/09/2013 7 min leituraResumo
A IMPORTANCIA DO
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Sobre a redução dos
riscos e a diluição dos excedentes
O Comércio Internacional
é de suma importância para os países afim de vender seu excedente
de produção e poder disponibilizar ao seu mercado consumidor
mercadorias e serviços que o mesmo não produz. Esta relação
também é composta de interesses e acordos políticos e econômicos,
o que torna esta interação entre países ainda mais complexa.
Outro fator importante é
a diluição dos riscos por meio da diversificação de mercados, em
caso de crise interna, os países podem continuar a comercializar
seus produtos com parceiros comerciais e manter certo equilíbrio
econômico.
O MERCOSUL, NAFTA E A
ÚNIÃO EUROIPEIA: FATOS QUE MARCARAM 2012
O Mercosul
Suspenção da
participação do Paraguai, junho de 2012.
O Paraguai foi suspenso
do Mercosul devido a destituição de seu então presidente Fernando
Lugo, pois os demais países integrantes do bloco constataram que
neste ato não existiu uma plena vigência da democracia. Esta
suspensão gerou especulações, que foram confirmadas no mês
posterior, sobre a aceleração do processo de adesão da Venezuela
ao bloco, já que o senado paraguaio era o único que ainda não
havia aprovado a inclusão da Venezuela ao bloco.
Crise na Argentina
A crise na
Argentina, que viveu seu ápice em 2012, fez com que o país
alterasse sua taxa de câmbio, passando a controlar a compra de
dólares e reais. Também passou a controlar avidamente suas
importações, criando barreiras para a indústria e o comércio
local, ocasionando o fechamento de diversas lojas. As medidas
protecionistas do país preocupam o mercado externo e trazem
desconfiança. A falta de transparência do governo também é um
fator preocupante, um exemplo disso é a taxa de inflação, que
segundo o governo girou em torno de 10% em 2012, já analistas
econômicos afirmaram que a taxa pode ter superado 20% no mesmo
período.
O NAFTA
Reeleição do presidente
Barack Obama
O EUA estão saindo de
sua maior crise desde a grande depressão. Ao ponto de que um pequeno
choque poderia derrubar a economia novamente, e a reeleição do
presidente traz a segurança de que não haverão grandes mudanças
ideológicas pelo menos não no a curto prazo. Obama se reelege com
a promessa da revitalização da economia, o aumento de empregos, a
retomada do PIB e de fazer ajustes no abismo fiscal. Além do mais
ele deverá se preocupar com crise européia e com o impacto global
das relações entre os dois blocos.
O abismo Fiscal Americano
O Estados Unidos tentam
evitar mais um abismo fiscal, em 27 março de 2013 expira novamente o
orçamento federal temporário. Congressistas acusam o presidente
americano Barack Obama de forçar o aumento de impostos e Barack
Obama diz que a culpa para a desestabilidade orçamentária é dos
republicanos. A última vez que isso aconteceu em 2012, as agências
de classificação rebaixaram os títulos da dívida americana de
AAA para AA+. O fato é que o orçamento dos Estados Unidos não tem
impacto somente no seu bloco econômico mas também em todo mundo. O
pacote de prevê cortes na área de defesa, controle de tráfego
aéreo, fiscalização de alimentos, redução de seguros desemprego
e amparos para os pobres e na área médica. Ao total, entre aumento
de impostos e corte de gastos o governo terá que fazer cerca de 607
bilhões, o impacto pode ser profundo visto que os EUA estão
tentando se recuperar de outra crise, que foi causada pelo setor
imobiliário. Existem analistas que acreditam que o novo pacote
orçamentário possa reduzir até 5% da economia de uma só vez.
A União Europeia
Crise na Grécia
A beira de sair
da crise do euro, a Grécia passa por seu período mais complicado.
Pressionada a aceitar corte de gastos e um pacote de austeridade
agressivo, que chega até 1,5% de seu PIB, ela vivenciou diversas
revoltas e um grande número de suicídios. Mas alguns especialistas
dizem que este pacote pode não funcionar. O objetivo dos cortes em
2012 foi reduzir o déficit de 160% do PIB para 120% em 2020. Caso
não funcione, o maior risco é que investidores percam a confiança
na habilidade na zona do euro em lidar com países endividados.
Isolamento da
Inglaterra
A Inglaterra, que em
2011, já não havia aderido ao plano para salvar a UE da crise, se
isolou ainda mais do bloco em 2012, causando aos europeus um
sentimento antibritânico. Um país com as dimensões da Inglaterra
poderia e muito ajudar no restabelecimento do bloco, do qual é seu
principal parceiro. Porém o país pouco fez, devido a sua grande
desconfiança na capacidade da UE se reestruturar.
UMA PERSPECTIVA
HISTÓRIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Do nascimento do
Mercantilismo ao Liberalismo
A partir do século XI,
houve na Europa a expansão das práticas comerciais, interagindo
mercados de diferentes economias existentes na época, transformando
essas economias em economia-mundo. Nascia ali o embrião do
Capitalismo que se consolidaria no século XVIII. A reconquista do
Mediterrâneo pela expansão militar e religiosa das cruzadas, o
nascimento de novas rotas mercantis ligados aos grandes centros
europeus, as disputas Italianas pelo controle do comércio e dessas
rotas e as diversas mudanças sociais daria lugar quatro séculos
depois ao Mercantilismo. (Bortoto, 2007).
Segundo Rosseti no
Mercantilismo se entendia “que os grandes estoques de metais
preciosos cosntituiam a própria expressão de riqueza nacional”.
Basicamente os estados onde haviam colônias foram a caça de metais
preciosos a fim de enriquecer o estado. Com o Mercantilismo aparece
pela primeira vez a balança comercial, já que os países se viram a
produzir o máximo de exportações possíveis de produtos que eram
pagos em outro ouro ou prata. Para criar uma balança favorável o
Estado pratica um protecionismo alfandegário onde restringia as
importações. É importante salientar que o estado atuava de forma
intervencionista, buscando controlar toso os aspectos das atividades
econômicas, como os estados eram absolutistas o monopólio era um
importante componente da política comercial, um exemplo disso foi o
monopólio da Coroa Portuguesa sobre o Pau Brasil, onde tornava
qualquer tipo de comércio da maneira ilegal, caso não seja feito
pela coroa.
Já o liberalismo nasce
da repulsa à intervenção do estado e entende que o indivíduo é
livre para produzir o que ele desejar e vender onde ele achar que lhe
convém (Cassar, 2007). Essa ideia leva a pessoa a produzir aquilo
que tem maior capacidade ou maior competência. Encontramos assim
outra característica marcante no liberalismo que é divisão
internacional do trabalho, países são levados a produzir apenas o
que é economicamente viável, vendendo o excedente. As questões
liberalistas são encontradas até hoje em nossa economia.
O cenário Pós-Guerra
Após a segunda guerra
mundial os países vencedores estavam preocupados em garantir a
estabilidade econômica e a estabilidade política entre as nações,
estabilidade essa que seria capaz de evitar o crescimento do
socialismo. Para que isso fosse possível se viu a necessidade de
criar mecanismos de mercado onde se estabelece regras das quais os
mercados pudessem seguinte, permitindo certa previsibilidade
econômica. Foram baseados nessas ambições que vários acordos e
órgãos iriam surgir anos mais tarde, tais como: O FMI,o Bird, O
GATT e a OMC.
O Nascimento do FMI
(Fundo monetário Internacional) se teve com o objetivo das
manutenções das taxas de câmbio e a assistência dos
países-membros em eventuais desequilíbrios (RAMOS, 2007). Outro
movimento importante pós-guerra foi a criação do GATT (acordo
geral de tarifas e comércio), negociado em 1947, foi assinado por 23
países ele cobria apenas questões relativas a negociações de
tarifas tribut