5. A MÃO MAIS DO QUE VISÍVEL Este capítulo segue o texto mais do que esclarecedor de Bernard Nossiter, Os Criadores de Mitos, de 1964 da Edit. Paz e Terra. Ele inicia suas demonstrações assim: 'Um mapa em relevo da economia americana não mostra um platô repleto de milhares de pequenas empresas competidoras disseminadas e indistinguíveis. Em todas as regiões emergem montanhas pronunciadas, as Grandes Empresas. Além disso, muitas dessas montanhas têm contrafortes que se estendem para além de suas históricas fronteiras industriais. E erguendo-se acima de todas as cordilheiras estão duzentos picos, ou talvez um pouco mais, constituídos por incorporação, cujos traços dão à economia o contorno essencial.'(NOSSITER, B.- 1964) A visão que o círculo de administradores de um gigante industrial tem de um mercado é muito diferente da perspectiva do plantador de milho do Kansas ou do interior de Goiás. Na indústria concentrada típica, as sociedades anônimas dominantes tendem a abandonar a lei da selva da competição e substituí-la pela segurança dos acordos entre pares. Ao invés da sobrevivência do mais apto, o estilo prevalecente é viver e deixar que os outros vivam. Há, sem dúvida, exceções, os trânsfugas do bando, que hostilizam o inimigo com sucessivos ataques e contra-ataques. Em geral, porém, os administradores das grandes companhias anseiam pela estabilidade. Não buscam os máximos lucros possíveis, estímulo próprio dos mercados de concorrência perfeita. Em vez disso, procuram lucros satisfatórios e sobrevivência das instituições. Segundo outro estudo revelador de Bernard Nossiter, já citado, cujo subtítulo – Um estudo sobre o poder e a riqueza – tem como palco os Estados Unidos, supostamente o baluarte do livre mercado, a verdade é bem outra. A indústria manufatureira típica tem um 'price leader' além de alguns “seguidores” importantes. Desse modo, na indústria do aço, nenhum aumento de preço pode vingar sem que a U. S. Steel concorde com ele. Na indústria ,de implementos agrícolas, a lnternational Harvester é o 'top dog', o 'cachorrão' na gíria de negócios. Na de máquinas elétricas, a General Electric é a líder, e a Westinghouse, a mais importante seguidora. Na de automóveis, a General Motors é a manda chuva. Um diretor da Ford Motor Co., também famoso economista, insistia em que a Ford copiasse os aumentos de preços da GM – não, porém, as reduções para enfrentar a concorrência. Nesse mundo, “enfrentar a concorrência” significa estabelecer contato amistoso com um vizinho, não lutar contra um inimigo. Concorrência; no sentido convencional, converte-se, em grande parte, numa questão de propaganda e de arte de vender, de tentar impor uma única qualidade entre produtos similares ou idênticos. Mas a competição no preço, chave do código, é viciada ou inteiramente abolida. Líder de preço é a designação da empresa, geralmente a maior em cada indústria, que dita as variações de preço, adotadas posteriormente pelas demais firmas, chamadas “seguidoras” ou “dependentes” (followers). O sistema de determinação de preços por meio de um líder, talvez o mais comum no mercado americano, denomina-se “liderança de preços” (price leadership). O líder de preço é geralmente o maior produtor isolado de uma mercadoria. Os seguidores respeitam-lhe a liderança, desde que acreditem nada terem a ganhar com a rebelião. Como as companhias seguidoras têm explicado repetidas vêzes aos congressistas que as interrogam, não há vantagem em cotar um preço abaixo do líder. O líder simplesmente baixaria o seu, ao nível do preço menor, e todos sairiam perdendo. Para que tal liderança persista, deve haver um tácito, se não explícito acordo, no sentido de que nenhuma firma tentará alterar dràsticamente sua participação no mercado. Se qualquer empresa tentar realmente alargar a respectiva cota de mercado combinada baixando os preços, o sistema se desintegra, e emerge algo semelhante à concorrência clássica. O reconhecimento de que a estabilidade e a ordem são objetivos convenientes de grandes empresas faz parte da fraseologia. A expressão 'price cutter', (aquêle que rebaixa, reduz ou avilta os preços) é pejorativa, na linguagem da maioria dos empresários. A prática da liderança de preços não exige conspiração ilegal, não requer se reúnam secretamente os representantes dos Três Grandes ou dos Quatro Grandes em um quarto de hotel, para estabelecer preços e repartir mercados. Pelo menos, não requer combinações ilícitas, enquanto todas as empresas estejam vendendo produtos similares que se fabricam freqüentemente. Os líderes das grandes companhias sentem-se tentados a infringir as leis antitrustes quando vendem produtos feitos por encomenda a compradores particulares. Na indústria do aço, a Bethlehem e a Republic geralmente permitem que a U. S. Steel eleja o preço dos produtos padronizados, tais como as chapas laminadas a frio. No setor de forjamento do aço, entretanto, cada produto é comumente feito por encomenda. Não pode haver preço comum, porque cada venda é única, e não pode existir divisão estável do mercado, pois este não é contínuo. Os administradores das grandes companhias do aço não têm sido acusados de conspirar para fixar os preços da maioria dos respectivos produtos; não obstante, funcionários da U. S. Steel, da Bethlehem e de outras companhias que se dedicam ao negócio de forjamento do aço foram denunciados em 1962 por fixação ilegal de preços, e declararam-se pouco dispostos a contestar as acusações. Do mesmo modo. a GE, a Westinghouse e suas rivais não precisam reunir-se ilicitamente para estabelecer preços e determinar cotas de participação no mercado de produtos padronizados de fabricação em série, como torradeiras ou equipamento elétrico, vendidos do estoque em prateleira. Neste caso, a liderança de preços e a filosofia do viver e deixar que os outros vivam podem garantir a ordem. Mas os geradores, feitos por encomenda para um único cliente, são outro assunto. Para que este comércio desfrute de estabilidade de preço e de mercados divididos tranqüilamente, os respectivos administradores têm de conspirar. E por isso os fabricantes de máquinas elétricas realmente se reuniram para fixar preços e repartir mercados durante anos, na grande conspiração de preços descoberta em 1959. O propósito das reuniões ilegais, como repetidamente testemunharam os funcionários, era pôr ordem no caos, estabilizar os preços e dividir eqüitativamente o comercio. Seguindo o que diz Nossiter ficamos sabendo que 'O líder de preços de uma indústria concentrada não tem o amplo poder, o arbítrio de um monopolista. Tem muito maior domínio sobre o preço e a produção do que o fazendeiro isolado, mas seu poder econômico tem limites. Deve levar em conta os passos de seus principais seguidores. Isso foi dramàticamente exemplificado na crise do aço de 1962. A Bethlehem, aparentemente temerosa de represália da administração de Kennedy, safou-se da U. S. Steel e dos outros produtores importantes, e cancelou seu aumento de preços. O Big Steel, por seu turno, foi então forçado a recuar.' Seguindo a crença geral, a recusa de algumas pequenas empresas em concordar com o aumento – naturalmente a Island Steel, a Kaiser Steel e a Armco Steel – foi decisiva para a volta dos preços ao nível anterior. O que se evidenciou está longe de levar a uma conclusão, mas não é possível que essas firmas subordinadas tivessem podido inverter o rumo dos acontecimentos. Faltava-lhes capacidade para expandir a própria produção de aço, o bastante para causar grande baixa ao comércio das firmas maiores. Afora os outros membros do próprio grupo, muitas outras forças limitam a liberdade do líder de preço. Se ele estabelece preço demasiado alto e aufere lucros muito grandes, pode atrair à indústria novas empresas competidoras. Este ímã pode ser mais quimérico que real, quando o investimento do capital necessário para fazer funcionar uma fábrica é muito vultoso. Organizar uma companhia para fabricação de automóveis, partindo do nada, exige enorme capital, conforme averiguaram, inclusive, as ricas empresas de Kaiser, quando seu auto baby morreu na infância, depois da Segunda Guerra Mundial. A despeito da exigência de grandes capitais em muitas indústrias manufatureiras, o perigo de atrair novas firmas é fator limitativo. Demonstra ainda Nossiter outras circunstâncias destas práticas de domínio de preços. Diz ele: 'Outro freio é o apetite das indústrias rivais. A do aço, por exemplo, deve estar atenta às•de plástico, cimento, alumínio e outros produtos capazes de substituir o aço, se os preços deste sobem demasiadamente. O governo também pode ser uma força limitativa: Um preço excessivo, ou um lucro excepcional obtido pelo exercício do poder econômico, poderia provocar o clamor político, a ação antitruste, a investigação parlamentar e outras conseqüências desagradáveis.' Nossiter afirma que os fabricantes estrangeiros constituem força restritiva. Quando caem as barreiras impostas ao comércio, as importações das indústrias européias e japonesas reduzem o domínio das indústrias concentradas sobre o mercado. Com o correr do tempo, os produtores de aço, de automóveis e outros podem tentar concluir, com as firmas estrangeiras, os acordos do tipo viver e deixar viver, que há muito caracterizam o comércio internacional do petróleo. Porém, tanto quanto se sabe, este grau de segurança geralmente ainda não foi alcançado. Assim, o líder de preço está longe de ser autônomo. Contudo, não é correto nem prático vê-lo, e aos seus pares, com o mesmo aspecto dos concorrentes do mundo de Adam Smith. Em lugar de se defrontar com um preço impessoalmente de terminado, o líder industrial tem larga margem de arbítrio. Finalmente Nossiter apresenta integralmente uma pesquisa pretendendo comprovar definitivamente suas afirmações tão contrárias ao que dizem os teóricos de economia. Três especialistas, num estudo realizado para a Brookings Institution, investigaram o modo como se exerce esse domínio e como se fixam os preços no mundo moderno. Um deles, Robert Lanzillotti, resumiu os resultados da averiguação. Informa ele que o líder industrial típico fixa os preços tendo em mira atingir uma percentagem de lucro eleita como objetivo. O gigante estima a respectiva capacidade padrão ou produção “normal”, e estabelece os preços visando a obter, de lucro, uma predeterminada percentagem sobre este volume de vendas. A meta de lucro é calculada em termos de determinada percentagem do investimento da companhia. Se a economia está em período de prosperidade e o gigante pode vender mais que a quantidade normal, aufere lucros mais altos do que os fixados como alvos; se os negócios entram em depressão, a firma provàvelmente não baixará os preços, mas simplesmente embolsa menor retribuição. Durante o curso de qualquer ciclo econômico, entretanto, o gigante espera voltar ao respectivo volume padrão” e obter a percentagem de lucro tomada como meta. Sua expectativa será realizada, se ele escolheu níveis consentâneos com a realidade. Nossiter nos mostra que Lanzillotti comparou as taxas fixadas como alvo por vários price leaders, com as que eles realmente alcançaram durante o período de 1947 a 1955. Suas conclusões figuram na tabela da página seguinte. Exceto a General Motors, que ultrapassou consideràvelmente o próprio alvo, os líderes andaram muito perto das metas respectivas. Em cada indústria, os seguidores mais eficientes atingiram o melhor índice; os menos eficientes não chegaram a tanto. O traço característico da grande indústria – viver e deixar que os outros vivam – também se revelou no estudo de Lanzillotti. Os gigantes declararam-lhe ser a respectiva política de preços destinada a assegurar determinada cota do mercado, assim como uma percentagem de lucro tomada como alvo. Os diretores da U. S. Steel declararam ter necessidade de 30 por cento do respectivo mercado, a Johns-Manville não precisava de mais de 20 por cento de qualquer mercado; a International Harvester exigia “menos que uma participação preponderante” e a Gen~r~l Electric, não mais de 50 por cen¬ to. Esta espécie de auto-restrição é necessária para a sobre¬ vivência do sistema de pacífica liderança de preço e para manter recolhidas as guerras antitrustes do Govêrno. Uma política agressiva de baixa de preços, visando a aumentar a porção do mercado, poderia eliminar’ os concorrentes mais fracos, porém deixaria o líder exposto como monopolista patente. LÍDER Meta de Lucros (% depois dos impostos) Media Anual atingida de Lucros Limites de variação General Motors 20 – 26,0 – 19,9 -37,0 Du Pont * 25,9 – 19,6-34,1 General Electric 20* – 21,4 -18,4-26,6 Union Carbide 18 -19,2 -13,5-24,3 Standard Oil (N.J.) * 16,0 -12,0 -18,9 Johns Manville 15 -14,9 -10,7-19,6 Alcoa 10 -13,8 -7,8 -18,7 International Harvester 10- 8,9 -4,9-11,9 U .S. Steel 8- 10,3 -7,6-14,8 Fonte – Nossiter, B., Os Criadores de Mitos – 1964. pág 61 Segundo a análise de Nossiter, Lanzillotti conclui: “Aparentemente, o plano de não atingir mais que uma dada porção do mercado e de agir antecipadamente contra a concorrência não encontra expressão nas reduções de preços”. Em linguagem menos acadêmica, o sistema de estabelecer metas para as percentagens de lucro e para as cotas de participação no mercado eleva os preços e os lucros acima do nível que alcançariam se os homens que fazem parte dos círculos de dirigentes fossem compelidos a entrar no mundo de perfeita concorrência da economia clássica. Na pesquisa, nem a Du Pont nem a Standard Oil (N. J.) quiseram dar a Lanzillotti uma percentagem-meta específica, embora declarassem fixar os preços visando um alvo. A U. S. Steel elevou seu alvo nos meados da década dos 50, e isto constituiu força importante em apoio de seus sucessivos aumentos de preço. A conclusão de Bernard Nossiter merece um destaque. Diz: 'Em resumo, o comportamento das modernas sociedades anônimas assemelha-se ao das esparsas firmas smithianas, mais ou menos tanto quanto uma carruagem puxada por duas parelhas se parece com um avião a jato'. Mas os resultados, para a economia, são muito menos lisonjeiros e eficazes do que esta imagem sugere. Na forma de competição perfeita, os preços relacionam-se com a força das alterações na demanda. Quando a procura de um produto declina, ou decrescem os negócios em geral, os preços caem. Porém, no mundo atual caracterizado pela concentração e do target pricing,( Fixação de preços em função de uma taxa de lucro predeterminada, tomada como alvo a atingir.), são os empregos e a produção que sofrem o impacto das alterações da procura. Os preços nas indústrias centralizadas se mantêm mais ou menos fixos, ou se alteram lentamente para mais de forma a garantir suas receitas. Numa outra análise deste comportamento dos preços, Nossiter ainda usa exemplos do mercado para demonstrar suas afirmações. Assim ele relata: 'Na grande depressão da década dos 30, Gardiner Means descobriu que os preços nas indústrias concentradas baixaram muito pouco, enquanto a produção e os empregos eram drasticamente reduzidos; ao contrário, nos setores onde há concorrência, como a agricultura e as indústrias têxteis, os preços caíram abruptamente, e o emprego e a produção se mantiveram. O fato da concentração, portanto, tende a refrear o potencial de produção da economia, e a aumentar o desemprego. Um estranho exemplo deste domínio sobre os preços ocorreu em 1958, quando a U. S. Steel e seus seguidores elevaram os preços, ao atingir-se quase o ponto mais baixo de uma recessão. Se a indústria tivesse sido obrigada a comportar-se à maneira clássica, os preços teriam baixado, ter-se-ia vendido mais aço, e maior número de empregos se teria criado. No movimento ascendente, quando a demanda está subindo, a busca da estabilidade também produz alguns efeitos peculiares. No mundo da competição, o aumento da procura aumentaria os preços. No mundo da concentração, entretanto, uma acentuada elevação da procura origina muito menor elevação nos preços. Se a demanda é bastante intensa, as empresas concentradas venderão tudo que podem produzir; a procura exercerá pressão sobre a capacidade da indústria. Então, ao invés de permitir que a alta de preços racione as mercadorias entre os insistentes compradores de caixa alta, os gigantes industriais montam o próprio e arbitrário sistema de distribuição. Isso não será perfeitamente seguro, no entanto, e parte da produção entra nos mercados “cinzentos”, de preços mais altos. Foi o que aconteceu em várias indústrias concentradas, depois que terminou a Segunda Guerra Mundial. A concentração também contribui para frear a inovação, a introdução de nova maquinaria ou a transformação tecnológica. À primeira vista, isto parece surpreendente. Muita literatura empresarial tem insistido em que as maiores firmas são as mais progressistas, que o progresso deriva da pesquisa, para a qual só os gigantes têm recursos. Esta idéia fez parte integrante da sabedoria convencional. Todavia, a lógica do target pricing e a fascinação da segurança enfraquecem os esforços progressistas dos gigantes. Uma grande firma não investirá em novo processo, em nova máquina ou em nova fábrica, se isto não promete render lucro maior do que o estabelecido como alvo. Nossiter continua demonstrando com exemplos suas idéias: 'Por exemplo, consideremos a U. S. Polyglot e a respectiva percentagem-alvo, de 14 por cento. Uma firma alemã descobre uma nova máquina de estampar, mais eficiente, que a Polyglot podia usar. Mas se a Polyglot calcula que a máquina renderá apenas 10 por cento do seu custo, a Polyglot não a comprará. A menos que uma máquina possa render 14 por cento ou mais, não valerá a pena a Polyglot investir. E se alguma outra concorrente de menor porte comprar a máquina, a Polyglot baixará seus preços na área de mercado da concorrente até destruí-la, depois compensará a perda com um aumento de preços no mesmo mercado. Em outras palavras, enquanto as percentagens-alvos estiverem acima das que se alcançariam em mercados de concorrência, qualquer inovação tem de transpor alta barreira para chegar a ser adotada por um gigante industrial. Isso não é mera possibilidade teórica. É uma trivialidade na vida industrial. O atraso da introdução do oxigênio básico ou do forno LD, na indústria do aço, é exemplo digno de destaque. Essa técnica de fabricação de aço foi descoberta na Áustria, no começo da década de 1950. Com ela se produz aço, 5 a 9 dólares por tonelada, mais barato do que com o alto forno de soleira aberta. Além disso, o custo de investimento inicial foi estimado em menos 18 a 23 dólares, por tonelada, do que o do forno da soleira aberta. Uma empresa que usa o forno a oxigênio básico também está bem equipada para adotar outro processo, denominado de fundição contínua que elimina algumas fases dispendiosas da fabricação tradicional. As empresas americanas todavia, ignoraram o forno a oxigênio básico enquanto faziam subir os preços de forma acelerada. Quando as siderúrgicas brasileiras adotaram novos processos e ofereceram aço aos Estados Unidos quase pela metade do preço vigente no seu mercado interno, as empresas reclamaram providências do governo e este instituiu barreiras tarifárias ao aço brasileiro para proteger suas indústrias. Mais um exemplo real de que os mitos repetidos pelos economistas e políticos são apenas mitos, destinados a proteger seus países em detrimento dos menos desenvolvidos. Mais uma vez, as fantasias de Adam Smith são desmontadas e as lições de Friedrich G List são comprovadas, mas List não entra na lista dos livros estudados nos cursos de Administração nem nos de economia. JÁ PASSAMOS DA HORA DE SUBSTITUIR POR ADMINISTRADORES OS ECONOMISTAS NA GESTÃO DE EMPRESAS E DE PAÍSES.