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Um cineasta cria o conceito do filme, seleciona equipe, define cronograma&#8230;e o resto da equipe e atores devem seguir conforme plano por ele “orquestrado”. O filme é o objetivo final do estúdio que o está promovendo.

Mas para decidir sobre produzir ou não o filme, é preciso recorrer à informações relativas a disponibilidade de recursos e retorno financeiro (lucro) do projeto “filme”. Isso é feito a partir do orçamento.

O orçamento é a discriminação, passo a passo, de quanto vai custar todos os recursos (humanos e materiais) com base em filmes produzidos anteriormente, situação financeira atual do estúdio (quanto ele tem &#8211; ou terá &#8211; disponível para arcar com a produção do filme) e os lucros que o estúdio pretende obter com a exibição do filme. O orçamento é uma simulação de previsão.

Em qualquer organização o Planejamento Orçamentário é indispensável para mitigar os riscos de falta de recursos para levar o projeto adiante, resultando em prejuízo em virtude da perda dos recursos inicialmente empregados. No caso do projeto “filme”, é preciso levar em consideração, por exemplo, o risco de um dos atores querer quebrar o contrato e abandonar as filmagens.

No plano é preciso sinalizar essa possibilidade e, levar em consideração os custos que a substituição de um ator pode causar (sendo ele principal ou coadjuvante &#8211; custos e impacto diferentes).

O Planejamento Orçamentário é um recurso utilizado para, a partir dos dados levantados, identificar as melhores decisões com relação aos projetos e as possíveis ocorrência (aceitar, não aceitar, reformular, negociar…) norteando o gestor financeiro sobre decisões futuras a serem tomadas ao longo dos projetos aceitos.

O Planejamento Orçamentário dispõe de diversos recursos que viabilizam decisões racionais e embasadas e seu objeto é sempre aumentar os dividendos e mitigar os riscos para os acionistas. São as decisões embasadas no Planejamento Orçamentário que definirão a direção que a organização vai seguir.

A princípio, para um Planejamento Orçamentário efetivo, é preciso seguir algumas etapas, entre elas:
Geração de propostas (projetos) Avaliação e análise Tomada de decisão Implementação Acompanhamento
Com relação a classificação dos projetos, eles podem ser independentes ou mutuamente excludentes. Na primeira classificação ficam os projetos que não dependem da decisão sobre os projetos para serem aprovados ou não. Já no caso dos projetos mutuamente excludentes, significa que em caso da decisão por um projeto, outro será descartado.

Os recursos para o investimento dependem da disponibilidade do capital. Além disso, os projetos devem ser avaliados conforme risco e retorno. Para calcular o risco e o retorno, são utilizadas técnicas como:
VPL Payback simples e descontado TIR Ponto de equilíbrio EBITDA NOPAT
Além dos cálculos, a decisão sobre investir em um projeto também envolve questões subjetivas como ambiente e situação política, por exemplo.

Planejamento Orçamentário

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Planejar e definir metodologia de gestão para qualquer que seja o tamanho e origem da empresa não é tarefa fácil. Mas, em geral, empresas de origem familiar, costumam oferecer maior resistência à mudanças. Aquelas que apresentam crescimento sucessivo fazem com que a gestão tenham ainda mais resistência a mudanças, pois “em time que está ganhando não se mexe”. Para quê correr riscos de uma mudança que pode não dar certo se a metodologia atual (ou falta dela) está funcionando? Para Taleb, o crescimento econômico é fruto de riscos assumidos. Mas algumas pessoas jogam “roleta-russa” e acham que é uma boa ideia continuar agindo como sempre, simplesmente porque estão “sobrevivendo”. Segundo ele, a tese sobre os seres humanos serem otimistas, parece justificar que correr riscos seja um empreendimento positivo, glorificado na cultura comum.
 O psicólogo Danny Kahneman mostrou evidências de que “costumamos correr riscos não por arrogância e sim por ignorância e cegueira em relação à probabilidade!” E defende que, o fato de chegar com sucesso à qualquer que seja o objetivo não significa validação para continuar seguindo nos mesmo riscos. O suposto “sucesso” apenas sinaliza que fomos os “outliers” da vez, mas não é uma garantia de perpetuidade.
 
Ignorar os riscos é a primeira das muitas armadilhas que os empreendedores enfrentam. Negligenciar a necessidade de um plano sobre o que fazer, como fazer e onde chegar (o “famoso” Plano de Negócios) pode ser uma passagem só de ida para as estatísticas de empresas que fecham antes dos 5 anos de vida.
 A maioria dos empreendedores brasileiros costumam abrir um negócio por entusiasmo ou necessidade de sobreviver num mercado sem emprego. Uma pesquisa divulgada pelo IBGE em 2014 e em 2017 destacou ainda, que as empresas de pequeno porte são mais suscetíveis ao fechamento. (http://www.valor.com.br/brasil/5144808/maioria-das-empresas-fecha-portas-apos-cinco-anos-diz-ibge)
 
As MPEs representam 27% do PIB do país e empregam a maioria dos funcionários com carteira assinada. No entanto, esse número não contempla a quantidade de pequenas empresas que fecham com menos de dois anos. Quase metade das micro empresas que abriram em 2012 estavam fechadas em 2014, segundo uma pesquisa realizada e apresentada pelo SEBRAE em 2016. http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-102016.pdf
 Já é fato conhecido que, no Brasil, cerca de ⅓ das empresas fecham em dois anos. Um dos motivos, levantados pela FGV e SEBRAE, é a falta de planejamento e preparo, principalmente para momentos de crise. (http://www.infomoney.com.br/negocios/noticia/5997459/terco-das-empresas-fecham-anos-brasil-conheca-segredos-das-que)
 A maioria dos empreendedores brasileiros costumam abrir um negócio por entusiasmo ou necessidade de sobreviver num mercado sem emprego. O IBGE divulgou que em 2014 e em 2017, as empresas de pequeno porte são mais suscetíveis ao fechamento. (http://www.valor.com.br/brasil/5144808/maioria-das-empresas-fecha-portas-apos-cinco-anos-diz-ibge)
 Uma pesquisa do IBMEC e do SEBRAE, ambos de São Paulo, revelaram alguns motivos para o fechamento precoce das empresas, entre eles:
“A probabilidade de fechamento de uma empresa cujo proprietário gastou até cinco meses planejando o negócio é maior do que daquele que gastou um ano ou mais nesse planejamento. Esse resultado indica que, mesmo que o empreendedor não tenha experiência no ramo, ele pode compensá-la capacitando-se antes de abrir o negócio, buscando informações e novos conhecimentos que podem ser úteis na antecipação de problemas e na inclusão no mercado.”
 Na prática, o mito compartilhado entre MPEs de “está funcionando como está”, esconde as oportunidades de alavancagem do negócio e blinda a iniciativa e a vontade do empreendedor em definir métodos. No entanto, convencer um empreendedor de que metodologias utilizadas na TOYOTA ou na GOOGLE vão ajudá-lo, não é o melhor dos argumentos para convencê-los a melhorar seu sistema de gestão. Os microempreendedores consideram essa realidade muito distante das suas e por isso demandam maior atenção de órgãos como SEBRAE para ações de apoio e conscientização.

O impacto da falta de planejamento em MPE´s

O alpinismos é um esporte de risco elevado, exige consideráveis conhecimentos técnicos, físicos, psicológicos, de material e equipamento, planejamento financeiro...
 
Qualquer semelhança com características exigidas à um empreendedor não é mera coincidência.
 
Empreender exige muito mais do que um sonho e a vontade de sentir as famosas “borboletas no estômago”. Empreender é o risco de enfrentar um futuro incerto. É um ato de coragem, mas, sobretudo, um ato de rebeldia contra o comodismo.
 
O que muitos empreendedores esquecem é que todo ato de rebeldia tem consequências.
 
Não planejar o empreendimento é uma das "causa mortis" mais comuns entre empreendimentos que morrem antes de completar 5 anos. Portanto, antes de começar a escalada, planeje e calcule o risco: vale a pena? Se o risco for realmente alto, o sucesso tem de ser diretamente proporcional. Caso contrário, não vale a pena.
 
Para Reid Hoffman, “empreender é como saltar de um penhasco e construir uma avião durante a queda”. Será que vale mesmo a pena o risco de não ter todo material e equipamento para terminar o avião antes do impacto?
 
Ao empreender leve em consideração suas motivações, você está empreendendo por amor ao que faz ou por necessidade? Ter consciência da motivação faz com que a escolha do modelo de gestão seja determinante para o sucesso do negócio. Além disso, outras perguntas iniciais são indispensáveis para auxiliar na decisão de empreender:
 
- De onde virá o investimento inicial? 
- Qual é o custo desse capital?
- Qual é o prazo de retorno? 
 
É válido salientar que nada substitui um bom Plano de Negócios na hora de decidir, racionalmente, se empreender é o seu negócio. É no Plano de Negócios que todos os custos, prazos e expectativas de retornos financeiros serão relacionados. 
 
Portanto, antes de comprar sua passagem rumo ao Himalaia, certifique-se que seu planejamento financeiro é realista, e que você tem equipamentos, conhecimentos técnicos, físicos e psicológicos suficientes para encarar esse monte chamado Empreendedorismo, para não acabar sendo mais um que ficará pelo caminho do caminho.

O que os alpinistas e os empreendedores têm em comum?

Há um grande equívoco em relacionar “gerência” e “liderança” como sinônimos. Não são!
Ao recorrer aos dicionários online, descobrimos que gerenciar carrega significados de ações diretas e mecanizados, enquanto liderar é uma forma de inspirar, motivar, influenciar. 
Ao recorrer à literatura, muitos dos livros sobre administração enfocam a necessidade de entender a diferença entre gerenciar e liderar e a importância de conseguir fazer com que as duas habilidades distintas caminhem juntas.
Sobre o tema, entre os livros mais populares, podemos facilmente entender porque John, de o Monge o Executivo, precisou passar uma temporada num mosteiro e porque o Rei Wu, em A arte da guerra, convocou o General Sun Tzu para treinar seu exército.
Na vida real, acompnhamos em tempo real, Steve Jobs ser demitido da empresa que construiu por ter sido considerado um líder questionável e um gestor falho. Walt Disney prova que não adianta influenciar pessoas e fazer com que acreditem em seu sonho, se não for capaz de geri-lo como negócio.
Mas, de fato, qual é a real diferença entre gerenciar e liderar?
Para Fábio Quiroga, GERENCIAR é planejar, organizar, executar e controlar as ATIVIDADES que facilitem o processo de trabalho. Liderar é a ARTE de influenciar pessoas, atraindo seguidores e promovendo mudança de mindset. 
“Precisamos liderar pessoas e gerenciar processos”. Fábio Quiroga
No mundo regido pela era da informação, AI, IOT, robotização...o ato de gerenciar não pode estar alheio ao ato de liderar. As pessoas precisam de líderes, alguém a quem confiar, seguir, admirar, respeitar. É o Desenvolvimento Gerencial que vai promover o autodesenvolvimento, a responsabilidade que um gerente possui em assumir o seu crescimento e aprimorar a sua capacidade de conduzir equipes por meio da liderança.As organizações modernas precisam fazer com que as pessoas estejam engajadas em seu propósito, e isso não é possível apenas com gerenciamento, mas com liderança.
Uma pesquisa do Instituto Gallup revelou que 87% dos trabalhadores do mundo inteiro não estão engajados em seu trabalho. Este “desengajamento” representa um “dreno” que anualmente custa entre 100 e 120 bilhões de dólares para o Brasil e entre 450 e 550 bilhões de dólares para os Estados Unidos.
Por outro lado, a mesma pesquisa provou que o engajamento representa 22% de aumento na produtividade, aumento de 21% na lucratividade, 10% em retenção de clientes e diminuição de 37% no absenteísmo, 25% na rotatividade e 48% em acidente de trabalho.
Para Chiavenato, o clima organizacional “representa o conjunto de sentimentos predominantes numa determinada empresa e envolve a satisfação dos profissionais tanto com os aspectos mais técnicos de suas carreiras e trabalho, quanto aspectos afetivos e emocionais, refletindo em suas relações com os colegas de trabalho, com os superiores e com os clientes de modo geral. É a tendência de percepção que os membros de uma organização possuem a respeito de seu grau de satisfação em relação ao conjunto ou a determinada característica desta organização”. 
A capacidade de um gestor em liderar pessoas, proporciona uma melhor qualidade do clima organizacional. A liderança eficaz e inovadora é capaz de implantar um modelo de gestão sustentável, de forma a conscientizar a todos os envolvidos no processo, a importância do equilíbrio entre produção, lucro e meio ambiente. As empresas estão se empenhando em ações que promovam o desenvolvimento gerencial, a fim de conquistar o equilíbrio e um clima organizacional harmonioso.
Desenvolver uma gerência não é apenas treinar aquele que possui as características de um líder. Este desenvolvimento deve estar alinhado ao planejamento estratégico da organização com vistas a alcançar os objetivos traçados e melhores resultados. Desenvolver gerentes é integrar o espírito de liderança na organização.
Para Chiavenato (2012, p.30), “a definição de liderança envolve dois aspectos importantes: 1- A capacidade presumida de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito 2- A tendência dos liderados de seguirem aqueles que percebem como instrumentos para satisfazerem seus próprios objetivos e necessidades pessoais.
“Liderança é o processo que uma determinada pessoa é capaz de exercer influenciando pessoas ou grupos para realização de objetivos ou uma determinada situação. O líder é a pessoa que sabe ajustar todas as características de seus subordinados”. (Chiavenato, p. 145)
O desenvolvimento gerencial é, então, uma forma de a organização promover a criação de um clima organizacional favorável ao engajamento e, consequentemente, aos lucros. 
Diante do exposto, é possível inferir que o ato de gerenciar vem sendo imbuído do ato de liderar. Com isso, percebemos que há muito tempo os profissionais, principalmente de administração, deixaram de ser avaliados apenas pelo seu “invejável” currículo. Segundo Peter Drucker, em entrevista para uma grande rede de TV americana, “todas as revistas e livros especializados em Administração, estão cheios de conselhos sobre como gerenciar outras pessoas. Porém, você não pode esperar um bom desempenho de pessoas a menos que você mesmo seja eficiente. A ênfase está na própria eficiência. A empresa é reflexo de seus executivos". Segundo Drucker, a maioria das pessoas que tiveram sucesso souberam fazer a pergunta chave: “o que precisa ser feito?”. Não é o que “eu quero fazer”, mas o que precisa ser feito.
Para Hatakeyama (1995), a função do gerente hoje, tem dois aspectos: o ocupacional e o humano. Para o autor, o aspecto ocupacional refere-se as atividades de planejar, executar e colher resultados. Enquanto que o aspecto humano referente as interrelações, administração de conflitos e motivacionais.
Vicente Falcone, em O verdadeiro Poder, destaca que existem 3 fatores fundamentais para obtenção de resultados em qualquer iniciativa: método, liderança e conhecimento técnico. Mas que, dentre eles, a liderança é realmente a “peça chave”. Sem liderança não há impulsionamento para que o métoco e o conhecimento técnico promova as mudanças necessárias dentro da organização.
De fato o gestor ocupa uma posição estratégica com importante impacto sobre a organização nos diversos níveis.
“Organização é uma unidade social conscientemente coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente contínua, com o intuito de atingir um objetivo comum”. CHIAVENATO (2014)
Um bom gestor promove a satisfação dos stakeholders, reflexos sobre a produtividade, além de promover a retenção de talentos em longo prazo, atingindo assim, de modo sustentável, os objetivos organizacionais. 
O objetivo do desenvolvimento gerencial é desenvolver competências que promovam o crescimento pessoal e profissional de modo a impactar positivamente nos resultados organizacionais. 
“Desenvolvimento Gerencial é um conjunto organizado de ações educacionais no sentido de desenvolver habilidades e competências gerenciais como: liderança, motivação e condução de equipe”. Idalberto Chiavenato (2012, p.34)
As organizações podem promover o desenvolvimento gerencial por meio de:
- Treinamentos - Incentivar autonomia de decisão - Delegar responsabilidades - Avaliação de desempenho 
O profissional também pode procurar desenvolver sua capacidade gerencial e de liderança através de:
- Autoconhecimento - Comunicação oral e escrita - Assumir responsabilidades
As habilidades gerenciais requeridas são: - Planejamento e organização - Julgamento - Comunicação oral e escrita - Persuasão - Percepção auditiva - Motivação - Liderança
Uma das vantagens do desenvolvimento gerencial é ter gestores treinados e alinhados aos objetivos estratégicos da empresa tendem a se comportar com mais compromisso e colaboração, gerando resultados positivos para organização com criatividade, inovação e sinergia
Para concluir, podemos dizer que Gerenciar é um termo de conotação administrativa, na qual os conhecimentos, técnicas e habilidades são amplamente aplicados em uma organização. No entanto, em um ambiente complexo e competitivo, desenvolver habilidades gerenciais vai muito além de seus aspectos técnicos. A liderança, quando bem desenvolvida, atrai para si os colaboradores que atuam com base em exemplos e ações de seus gestores, motivados a levar o desenvolvimento e a obtenção de resultados positivos para organização.

Desenvolvimento Gerencial e Liderança: qual é o real impacto nos resultados organizacionais?

A chegada da Geração Alfa ao mercado de trabalho não representa um desafio invencível, mas sim uma oportunidade singular para que as empresas inovem



Como especialista dedicado a compreender as dinâmicas entre gerações e as transformações do mundo do trabalho, tenho observado de perto a ascensão de um grupo que, em breve, moldará o cenário profissional de maneiras inéditas: a Geração Alfa. Nascidos a partir de 2010, esses jovens trazem consigo uma bagagem de familiaridade digital que transcende a simples habilidade; é uma verdadeira simbiose com a tecnologia que exigirá uma reconfiguração fundamental nas estratégias empresariais.



A Geração Alfa chegou ao mundo já conectada. Com smartphones, inteligência artificial e conectividade onipresentes, eles são, de fato, nativos digitais. Sua facilidade para aprender e se adaptar a novas ferramentas e plataformas é notável, superando as gerações anteriores. É como se "já nascessem com o HD da tecnologia instalado". A intuição digital e a habilidade multitarefa que possuem representam um valor imenso para as empresas que souberem aproveitar esse potencial.



No entanto, essa mesma imersão digital moldou suas expectativas e valores de maneira distinta. Para a Geração Alfa, a busca por sentido no trabalho se equipara, senão supera, a importância da remuneração. Eles anseiam por se conectar com organizações que compartilhem seus ideais e que demonstrem um compromisso genuíno com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Acredito que essa busca por significado é um dos pilares que guiarão suas escolhas de carreira.



Outro fator crucial é a valorização da flexibilidade e do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Criados em um ambiente de informação instantânea e comunicação fluida, eles naturalmente tendem a ter menor tolerância a modelos de trabalho rígidos e hierárquicos que não reconheçam a importância da harmonia entre as esferas da vida.



Diante desse panorama, a adaptação das empresas não é uma sugestão, mas uma necessidade iminente. Estratégias de recrutamento e retenção precisam ser urgentemente repensadas. A criação de ambientes de trabalho mais dinâmicos e colaborativos, o investimento em tecnologias de ponta que otimizem processos e a implementação de programas de desenvolvimento contínuo que valorizem o aprendizado e a evolução constante são medidas indispensáveis.



A preocupação com a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores também emerge como um ponto central. A Geração Alfa prioriza o equilíbrio emocional, e as empresas que desejam atrair e reter esses talentos precisarão oferecer um suporte abrangente que atenda a essas necessidades.



Acredito que a chegada da Geração Alfa ao mercado de trabalho não representa um desafio invencível, mas sim uma oportunidade singular para que as empresas inovem, se tornem mais ágeis e construam um futuro mais promissor. Aquelas que souberem acolher e integrar as habilidades e expectativas desses jovens talentos estarão não apenas preparadas para o futuro, mas na vanguarda da transformação do mundo profissional. O momento de ajustar as velas e navegar nesta nova corrente é agora.

Mercado de trabalho em transformação: a chegada da Geração Alfa

As grandes inovações da história, da roda à internet, nasceram de mentes que ousaram imaginar o impossível



Todos concordam que, atualmente, está muito difícil se concentrar. O celular não para de avisar a chegada de mensagens, notificações de redes sociais e vídeos novos. Isso atrapalha porque nosso cérebro não consegue fazer várias coisas bem ao mesmo tempo. A Universidade de Stanford mostrou, em estudo de 2024, que pessoas que tentam estudar enquanto checam o celular têm desempenho 25% pior em tarefas que precisam de atenção, como resolver problemas ou escrever. É como se o cérebro ficasse “dividido” entre o aprendizado e as notificações.



Além disso, quando pulamos de uma tarefa para outra, como sair de um projeto ou estudo para ver uma mensagem, uma parte do cérebro fica presa na tarefa anterior. Isso é chamado de resíduo de atenção e dificulta focar no que está fazendo agora. Passar muito tempo em vídeos curtos, como os do TikTok ou Instagram, também treina o cérebro para querer coisas rápidas e novas o tempo todo. Isso faz com que seja mais difícil se concentrar em algo que leva tempo, como ler um livro ou resolver um problema complicado. No Brasil, onde as pessoas gastam, em média, 5 horas por dia no celular, segundo dados de 2024 da DataReportal, esse problema é ainda mais sério, especialmente para jovens.





<h2 class="wp-block-heading">Como treinar o foco</h2>



A boa notícia é que dá para treinar o cérebro para se concentrar melhor, mesmo com tantas distrações. Uma maneira simples é meditar 10 minutos por dia. Não precisa ser nada complicado: é só sentar em um lugar calmo, fechar os olhos e prestar atenção na sua respiração. Se a mente começar a pensar em outras coisas, é só trazê-la de volta para a respiração. A Frontiers in Psychology publicou, em 2023, que quem medita assim melhora a atenção em até 30% em poucas semanas.&nbsp;



No trabalho, algumas empresas estão criando maneiras de ajudar os funcionários a se concentrarem. A Ambev, por exemplo, começou em 2024 a adotar horas sem notificações em seus escritórios no Brasil. Durante esse período, os funcionários desligam e-mails e mensagens para focar em tarefas importantes. Isso aumentou a produtividade em 15%, garante a empresa.&nbsp;



Estar na natureza também faz uma grande diferença. Passar 20 minutos em um parque, olhando para as árvores ou ouvindo o som dos pássaros, ajuda o cérebro a descansar e se concentrar melhor depois.&nbsp;



<h2 class="wp-block-heading">Um convite para redescobrir o potencial</h2>



A pergunta não é se ainda somos criativos, mas se estamos dispostos a criar os espaços certos para que a criatividade volte a respirar. Não se trata de esperar um ambiente ideal, mas de começar, mesmo que aos poucos, a construir um cotidiano que valorize a curiosidade, o erro, o tempo livre para pensar e a coragem de propor algo novo.



Pense na última vez que você se permitiu sonhar sem limites ou se dedicou a aprender algo novo só pelo prazer de descobrir. O que te impede de fazer isso hoje? Pequenas ações como essas podem reacender a faísca que o conecta àquela criança curiosa que já foi. E, mais importante, elas podem inspirar mudanças maiores: em sua casa, em seu trabalho ou até na forma como você enxerga o futuro.



As grandes inovações da história, da roda à internet, nasceram de mentes que ousaram imaginar o impossível. Em um mundo que exige soluções para desafios como mudanças climáticas, desigualdade e avanços tecnológicos, a criatividade não é um luxo, mas uma necessidade. Então, comece hoje. Pegue um lápis, desligue as notificações, e deixe sua mente voar. O que você pode criar? E como isso pode mudar o mundo ao seu redor?&nbsp;



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em educação corporativa e saúde mental

A economia da distração e o preço da improdutividade digital

Se você já tem uma marca no mercado, proteja enquanto ainda há tempo. E se está começando, não espere o problema bater à porta



Na última semana, recebi no escritório uma empresária do ramo de materiais de construção que viveu uma situação comum, mas extremamente desconfortável: ela descobriu que sua marca — nome e logotipo — estava sendo usada, de forma idêntica, por uma empresa de uma cidade vizinha.&nbsp;



A identidade visual era a mesma, as cores, a tipografia, o nome... tudo igual, como se tivessem feito um simples “copia-cola”.



A empresária em questão já atuava há vários anos no segmento de materiais de construção, consolidando sua presença no mercado com duas lojas físicas em cidades distintas. Seu percurso foi marcado por muito esforço, reconhecimento da comunidade local e um posicionamento que se torna cada vez mais expressivo diante dos concorrentes.



O cenário começou a mudar quando, inesperadamente, recebeu a ligação de um parente residente em outra cidade. Curioso, ele perguntou se ela estava expandindo os negócios para novas regiões, ao que prontamente respondeu que não havia planos de abertura de novas unidades.&nbsp;



Foi então que veio a surpresa: o parente relatou ter encontrado uma loja com fachada praticamente idêntica à da empresária — o logotipo, nome da marca e ramo de atuação eram os mesmos. Na prática, tratava-se de uma cópia fiel da identidade visual e do título do estabelecimento, instalada em uma cidade vizinha.



A primeira reação, claro, foi de indignação. Mas, como costumo dizer, em momentos como esse é necessário respirar fundo e agir com estratégia.&nbsp;



O primeiro passo foi verificar a situação jurídica da marca. Infelizmente, ela ainda não tinha o registro no INPI. E isso muda tudo.





Sem o registro, não há exclusividade garantida sobre o uso da marca. Mesmo que ela seja a primeira a usar o nome ou a identidade, a ausência de registro limita — e muito — as possibilidades de defesa imediata.&nbsp;



Felizmente, após uma análise técnica, identificamos que ainda era possível registrar a marca com segurança.&nbsp;



A partir daí, começamos também a mapear os concorrentes que estavam utilizando a marca indevidamente. E a descoberta foi ainda mais surpreendente: outras empresas, em cidades diferentes de outros estados do Brasil, também estavam utilizando o mesmo nome. Isso acendeu um alerta vermelho. O risco de perder o controle da marca era real. Por isso, estruturamos um plano de ação: protocolar o pedido de registro no INPI, elaborar notificações extrajudiciais e acompanhar os movimentos de outras empresas para resguardar a posição da cliente no mercado.



Esse caso me motivou a escrever esta coluna porque é exatamente isso que acontece com centenas de marcas todos os meses no Brasil.&nbsp;



E muitas vezes, a proteção só é procurada quando o problema já está posto. A verdade é que o registro da marca deveria ser um dos primeiros passos da construção de um negócio.&nbsp;



Não importa se você tem um pequeno comércio, uma clínica, uma loja online ou um perfil no Instagram: se você tem uma marca, ela é um ativo valioso. E ativos precisam ser protegidos.



Inspiração ou Cópia?



Aproveito também para fazer um alerta para quem está do outro lado dessa história: pessoas que, ao criar uma marca, saem procurando referências na internet, se “inspiram” demais em marcas já existentes ou que replicam identidades visuais de forma pouco ética.&nbsp;



Isso pode gerar uma série de problemas. A cópia de nome e logotipo pode configurar violação de direitos de marca.&nbsp;



Além do prejuízo jurídico, há também o risco de sua empresa ser obrigada a mudar de nome, perder redes sociais, domínio e credibilidade. Sem contar com a imagem negativa perante o mercado. Por isso, inspiração é uma coisa, cópia é outra completamente diferente.



Registrar a marca é mais do que uma formalidade. É uma estratégia de sobrevivência, de posicionamento e de crescimento. E, principalmente, é uma forma de proteger o que você está construindo com tanto esforço: uma empresa sólida, reconhecida e respeitada.



Se você já tem uma marca no mercado, proteja enquanto ainda há tempo. E se está começando, não espere o problema bater à porta.&nbsp;



Faça da proteção jurídica o primeiro passo, não o último.&nbsp;



Nos vemos na próxima.



Lívia F Silva

Planejamento Orçamentário

Eliana Sfalsin

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