Desenvolver essa competência não é apenas uma questão de autoconhecimento, mas um compromisso com o bem-estar coletivo A ausência de inteligência emocional em cargos de liderança não apenas compromete o desempenho individual, mas pode gerar impactos negativos profundos na cultura, no engajamento da equipe e até nos resultados do negócio. Por mais competente tecnicamente que um gestor seja, a falta de equilíbrio emocional tende a se manifestar em comportamentos sutis — e perigosos. Segundo Daniel Goleman, a inteligência emocional responde por até 90% da diferença entre líderes médios e de alta performance. Identificar os sinais da sua ausência é o primeiro passo para corrigi-los e construir uma liderança mais humanizada, eficaz e sustentável. 1. Reações impulsivas e decisões baseadas na emoção Líderes com baixa inteligência emocional têm dificuldade em controlar suas emoções, especialmente sob pressão. Tomam decisões precipitadas, mudam de opinião com frequência ou reagem com agressividade diante de críticas. Isso gera instabilidade e insegurança na equipe, afetando a confiança nos rumos do trabalho. 2. Dificuldade em ouvir ativamente Quando o líder não escuta de forma empática, ele perde informações valiosas sobre o clima do time, os desafios dos colaboradores e os ajustes necessários na gestão. A escuta ineficaz bloqueia o diálogo, desestimula a participação e dá lugar a ruídos e ressentimentos. 3. Incapacidade de reconhecer os próprios erros A liderança emocionalmente imatura costuma transferir a culpa, evitar a autorresponsabilidade e resistir ao feedback. Esse comportamento cria um ambiente de medo e defensividade, onde os erros não viram aprendizado, mas punição. 4. Falta de empatia com o time Ignorar os sentimentos, pressões e contextos dos colaboradores é sinal claro de baixa empatia. Isso se traduz em cobranças desumanas, julgamentos injustos e ausência de suporte emocional, especialmente em momentos críticos. A consequência direta é o aumento da rotatividade, do absenteísmo e do desengajamento geral. 5. Ambiente de trabalho tenso ou tóxico Quando a liderança não cultiva a inteligência emocional, o ambiente tende a se deteriorar. Crescem os conflitos mal resolvidos, as disputas de ego e a desmotivação silenciosa. Uma cultura baseada no medo e no distanciamento emocional acaba sendo o reflexo direto do comportamento do líder. O ambiente espelha a maturidade emocional da liderança A inteligência emocional de um líder define o tom emocional de toda a equipe. Desenvolver essa competência não é apenas uma questão de autoconhecimento, mas um compromisso com o bem-estar coletivo, a produtividade e a construção de um ambiente mais saudável. Se você percebe esses sinais na sua liderança ou na de sua equipe, o momento de mudar é agora. Porque o futuro das organizações será liderado por quem souber equilibrar resultados com humanidade.