A ansiedade é agora a principal questão enfrentada pelos trabalhadores americanos, superando depressão, estresse e problemas de relacionamento A ansiedade de produtividade, definida, conforme artigo da Forbes, como a sensação de que sempre há mais a ser feito, está se tornando uma preocupação crescente no local de trabalho. De acordo com uma nova análise de dados da ComPsych, baseada em uma amostra representativa de mais de 300.000 casos nos EUA, a ansiedade é agora a principal questão enfrentada pelos trabalhadores americanos, superando depressão, estresse e problemas de relacionamento. Aumento da ansiedade entre os trabalhadores O estudo revela que 80% dos funcionários experimentam ansiedade de produtividade, com mais de um terço enfrentando essa condição várias vezes por semana. Essa ansiedade é mais prevalente entre a geração Z, com 30% lidando com ela diariamente e 58% várias vezes por semana. Os prazos são o principal indicador de um “bom dia” no trabalho para 68% dos entrevistados, enquanto cometer erros é visto como um “dia ruim” por 49%. LEIA TAMBÉM 3 coisas que a Geração Z pode fazer para diminuir a ansiedade e ser mais produtiva Ansiedade no trabalho? Use a regra 3-3-3 para alívio em minutos Impacto da cultura da produtividade Dr. Meisha-Ann Martin, diretora sênior de análise de pessoas e pesquisa na Workhuman, explica que a cultura da produtividade está profundamente enraizada na sociedade americana, promovendo a ideia de que a produtividade constante é essencial para o sucesso. Essa narrativa, impulsionada pelo boom tecnológico dos anos 1990, glamouriza o excesso de trabalho e prioriza a produção em detrimento do bem-estar pessoal, resultando em burnout, estresse e uma qualidade de vida diminuída. Além disso, as demissões generalizadas aumentaram significativamente a ansiedade de produtividade e o bem-estar. Mais de um terço dos entrevistados relatou ser diretamente afetado por demissões ou trabalhar em organizações que passaram por cortes de pessoal no último ano. Isso aumenta a ansiedade sobre a segurança no emprego e a carga de trabalho, com responsabilidades adicionais frequentemente transferidas para os funcionários restantes. Custos da obsessão pela produtividade O Instituto Americano de Estresse relata que o estresse no trabalho custa aos empregadores dos EUA mais de US$ 300 bilhões anualmente devido ao absenteísmo, rotatividade, diminuição da produtividade e custos diretos médicos, legais e de seguros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão e a ansiedade custam à economia global US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade. Medidas para mitigar a ansiedade de produtividade Dr. Martin oferece várias recomendações para líderes empresariais que desejam mitigar a ansiedade de produtividade entre seus funcionários: 1. Estabeleça expectativas e metas claras Colabore com os funcionários para definir metas realistas alinhadas com os objetivos da empresa. Priorize tarefas identificando o que é mais impactante e assegure-se de que os membros da equipe compreendam essas prioridades, reduzindo a incerteza e aumentando o foco. 2. Ofereça reconhecimento e feedback frequentes Reconhecer e premiar o trabalho dos funcionários, fornecer feedback frequente e esclarecer o impacto do trabalho nas metas da empresa são maneiras eficazes de reduzir a ansiedade de produtividade. Estudos mostram que funcionários que recebem reconhecimento regular experimentam níveis mais baixos de burnout e maior bem-estar. 3. Realize check-ins regulares Adote um processo de gestão de desempenho contínuo, promovendo check-ins regulares que focam tanto na pessoa quanto no trabalho. Estabeleça marcos acionáveis que rastreiem e celebrem o progresso, criando um ambiente onde os funcionários se sintam seguros para compartilhar como realmente se sentem. Promova o descanso e o bem-estar: Incentive o uso de folgas pagas e esteja atento aos desafios enfrentados pelos funcionários na gestão de suas cargas de trabalho. Promover um equilíbrio saudável entre trabalho e descanso é fundamental para manter uma força de trabalho produtiva e saudável. Implementar essas estratégias pode ajudar a criar um ambiente de trabalho que priorize as necessidades humanas e alinhe esses requisitos com os objetivos organizacionais, fomentando uma cultura de desempenho que seja tanto humana quanto eficaz.