O relacionamento entre cliente e empresa é como um casamento e, quanto mais longo e duradouro ele for, melhor será para ambos os lados, pois isso indicará que o resultado de um bom trabalho está sendo alcançado. E para manter a harmonia é preciso ter uma relação de proximidade e confiança entre os dois, com reuniões e feedbacks constantes, sempre com foco na melhoria dos serviços prestados. A relação entre empresa e cliente não pode se pautar pelo 'menor custo', pois, quando isso acontece, muitas vezes a qualidade do serviço oferecido sofrerá impacto e poderá colocar em risco os objetivos do que se está sendo oferecido. A relação deve se basear sim na expertise da empresa contratada, em como ela ajuda o cliente a solucionar suas dificuldades e, assim, trazer segurança e comodidade. Existem momentos que essa relação pode entrar em crise e o cliente se mostrar insatisfeito. Antigamente uma insatisfação não passava da rede de amigos de alguém insatisfeito. Hoje, muitas vezes a insatisfação pode ganhar repercussão, principalmente na era digital, onde as redes sociais, além de blogs e sites de defesa do consumidor, fazem com que uma experiência negativa seja conhecida por milhares, em alguns casos, milhões de pessoas. Toda empresa precisa estar próxima de seu cliente, ouvi-lo constantemente. É preciso criar canais de contato: via aplicativos, via site, via celular/whatsapp e é preciso realizar pesquisas para medir a satisfação dos clientes periodicamente. Quando surge o estresse, é preciso dar atendimento rápido, sério e justo para todos os clientes. Se houver o erro por parte da empresa é preciso reconhecê-lo e isso chama-se 'Transparência'. É preciso que os gestores de uma empresa sejam maduros para entender que quando se erra, é preciso corrigir o erro, com brevidade e humildade. Quanto mais tempo demora-se para reconhecer e corrigir um erro, maior será a insatisfação do cliente e maiores serão as consequências. Então você pode me questionar sobre a eterna frase 'O cliente tem sempre razão'. Em alguns casos sim, outros não. O cliente tem razão quando a empresa não cumpre o que foi negociado no momento da formalização do contrato, seja de prestação de serviços ou de fornecimento de produto, ou quando a empresa, através de seus colaboradores, pratica algum ato danoso ou criminoso em relação a quem o contratou. Mas há outros momentos que a empresa está certa, e aí a situação fica delicada, pois muitos contratantes entendem que estão sempre certos, porque pagam pelo serviço contratado. Neste momento, é preciso muito seriedade e profissionalismo para mostrar ao cliente, por meio de provas e conteúdo adequado, o que ocorreu e como isso foi prejudicial para a empresa contratada. Por isso que é importante que desde o início da relação comercial, a mesma seja pautada por um contrato formal, assinado por ambas as partes e que também sempre aconteçam reuniões constantes de trabalho, para que se construa uma relação de afinidade e confiança entre as partes. No universo acadêmico, e fora dele, existem alguns perfis de clientes, abaixo listo alguns deles: Cliente decidido: Sabe o que quer e tem conhecimento do produto/serviço. Já sondou os concorrentes e, muitas vezes, está pronto para fechar um acordo. Cliente indeciso: Ele busca informações que subsidiem sua decisão de compra. Compara diferentes condições oferecidas pela concorrência. Cliente confuso: Tem uma vaga noção de seus desejos e necessidades. Mostra-se indeciso diante de muitas opções. Cliente apressado: Dá monstras de agitação e impaciência, consultando muitas vezes o relógio. Cliente sem pressa: É metódico. Raramente compra por impulso e costuma pensar duas vezes antes de tomar qualquer decisão. Cliente comunicativo: Deseja apenas estabelecer um simples contato social. Cliente não-comunicativo: Dificilmente procura estabelecer qualquer tipo de comunicação verbal. Cliente atento: Costuma prestar muita atenção no que o funcionário diz. Tem o costume de fazer também muitas perguntas. Cliente desatento: Costuma chegar acompanhado de crianças impacientes ou estar preocupado com algum outro problema. Difícil prender sua atenção. Cliente que só diz sim: Deseja ser socialmente aceito e frequentemente está disposto a gastar algum dinheiro com quem o receba bem. Cliente 'estrela': Gosta de atrair as atenções para si mesmo. Faz pedidos absurdos e tentando demonstrar mais conhecimento do que realmente possui. Cliente negociador: Deseja sentir que está ganhando alguma vantagem extra com a compra. Rogério Rodrigues Santos é graduado em publicidade, com especializações em marketing, logística e distribuição, marketing digital e planejamento estratégico, possui MBA em Marketing pela FGV-SP. Atualmente é Gerente de Marketing e Inteligência de Mercado do GRUPO GR