Empresas resilientes podem gerar até 150% mais valor em uma década, aponta McKinsey

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Liderança eficaz transforma crises em oportunidades e fortalece equipes para prosperar em momentos de instabilidade; tema será destaque na palestra de Leo Farah no hsm+ 2025
São Paulo, agosto de 2025 – Num cenário global marcado por crises econômicas, ambientais e institucionais cada vez mais frequentes, a resiliência deixou de ser um diferencial competitivo e passou a ser requisito básico de sobrevivência. Segundo dados da consultoria McKinsey, companhias altamente resilientes conseguem criar até 150% mais valor em dez anos quando comparadas às organizações menos preparadas. Outro levantamento, da PwC, mostra que 89% das empresas enxergam a resiliência como prioridade estratégica, mas apenas 30% contam com planos robustos de contingência.
A importância da resiliência fica ainda mais clara quando se observam os resultados práticos. Durante a fase inicial da pandemia de COVID-19, entre o fim de 2019 e meados de 2020, companhias resilientes geraram retorno 10% superior para os acionistas em relação às demais, segundo a McKinsey. Na recuperação, essa diferença chegou a 50%. A consultoria também identificou que 70% das empresas que superaram a crise de 2008 permanecem, até hoje, entre as 20% mais rentáveis em termos de retorno ao acionista, demonstrando que a resiliência cria uma vantagem competitiva duradoura.
Para Leo Farah, especialista em liderança de alta performance e gestão de crises, preparar negócios e equipes para enfrentar turbulências tornou-se fator determinante. “O segredo para a resiliência está na condução dos líderes em situações de pressão. É um exercício contínuo, que garante confiança e preparo quando a instabilidade chega”, afirma. O alerta é corroborado pela Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (ONU), que aponta que 40% das pequenas empresas nunca reabrem após um desastre, e apenas 20% a 30% possuem planos de continuidade de operação.
Farah acumula uma trajetória marcada por atuação em contextos extremos. Capitão da reserva do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, empreendedor social e CEO e cofundador da HUMUS – ONG considerada a maior associação brasileira dedicada à prevenção e resposta a desastres –, ele esteve à frente de operações em Mariana, Brumadinho e Petrópolis, além de missões internacionais após os terremotos no Haiti (2010) e na Turquia (2023). Essas experiências moldaram sua visão sobre como formar times que não apenas resistem às crises, mas evoluem a partir delas. “A crise não é apenas um obstáculo; ela revela capacidades”, ressalta. Por essa vivência, tornou-se um dos palestrantes mais requisitados em empresas e grandes eventos.
No hsm+ 2025, maior encontro de liderança, inovação e gestão da América Latina, Leo comandará a palestra “Times de Heróis”, em que abordará como a resiliência pode ser aplicada ao ambiente corporativo. “Em momentos críticos, o líder precisa dominar a própria adrenalina e decidir com base em princípios, não apenas em protocolos”, diz ele. Sua abordagem reforça pesquisas de Stanford e Harvard, que destacam a resiliência como fator-chave para produtividade e recuperação em tempos de crise.
Sobre o hsm+

O hsm+ é o mais importante evento de gestão, liderança e inovação da América Latina. Com 25 anos de história, é promovido pela HSM, maior plataforma de educação corporativa do país, em parceria com o grupo internacional MCI. Reconhecido por reunir lideranças e especialistas globais, o encontro se tornou espaço privilegiado para troca de experiências, antecipação de tendências e desenvolvimento de organizações e profissionais. Ao longo de sua trajetória, já recebeu mais de 500 mil participantes e contou com a presença de 2 mil palestrantes nacionais e internacionais.