Por que pessoas emocionalmente inteligentes tomam melhores decisões?

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Capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de outras pessoas pode ajudar pessoas a fazerem melhores escolhas
Popularizada pelo psicólogo Daniel Goleman nos anos 90, a inteligência emocional vem sendo cada vez mais reconhecida como uma habilidade essencial para aqueles que desejam alcançar o sucesso pessoal e profissional.
A capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de outras pessoas vem ganhando cada vez mais atenção, podendo, inclusive, torna as pessoas mais assertivas na hora de tomar decisões, afirma a neurocientista e sócia da Nêmesis Thaís Gameiro.
Em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, um teste comportamental chamado de Iowa Gambling Task, que visa avaliar como os indivíduos reagem emocionalmente quando precisam tomar decisões que envolvem risco, foi usado para determinar a relação entre a inteligência emocional e a capacidade de fazer escolhas.
“Enquanto realizavam o teste, os participantes tinham sua resposta de condutância da pele mensurada, a partir de eletrodos posicionados nos seus dedos. Esta resposta é caracterizada por um aumento do suor na palma das mãos, que ocorre naturalmente quando nos encontramos de frente a uma situação de incerteza ou ansiedade”, conta a especialista.
Segundo os resultados do estudo, indivíduos com alta inteligência emocional adotavam comportamentos mais adequados ao longo do teste, ajustando seu padrão de tomada de decisão de maneira mais eficiente. Aqueles com baixa inteligência emocional, enquanto isso, escolhiam com maior frequência as opções de maior risco ao longo da tarefa.
“Os autores do estudo acreditam que esta diferença no padrão de comportamento está relacionada com uma maior dificuldade de interpretação das respostas emocionais e fisiológicas por parte dos indivíduos com baixa inteligência emocional. Ou seja, é possível que os indivíduos com alta inteligência emocional tenham uma melhor habilidade em reconhecer suas respostas emocionais, identificando os sentimentos de incerteza e ansiedade (correlacionados com a resposta de condutância da pele) como sinais de perigo, e evitando as escolhas arriscadas que despertam tais sensações”, diz Gameiro.
Por sua vez, os indivíduos com baixa inteligência emocional tendem a identificar estas respostas emocionais como uma forma de excitação ou euforia, o que os estimula a repetir as escolhas mais arriscadas, destaca.
“Um dos principais pilares da inteligência emocional é o autoconhecimento, isto é, nossa habilidade de reconhecer e interpretar de maneira adequada nossas próprias emoções. Para que o processo de tomada de decisão seja eficiente e para que possamos identificar de forma adequada as pistas vindas do nosso inconsciente, é necessário ter bem desenvolvida nossa inteligência emocional”, finaliza a especialista.
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