leadership

LEADERSHIP

negociacao-2

NEGOCIACAO

gestao-3

GESTAO

consultoria-2

CONSULTORIA

falandobem

FALANDOBEM

financasessenciais

FINANCASESSENCIAIS

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Administradores PREMIUM


<p><em>A logística desempenha um papel fundamental no sucesso de uma empresa, garantindo que os materiais cheguem do fornecedor à fábrica e os produtos acabados aos clientes</em></p>



<p>Recentemente publiquei um artigo com o título “O Estado da Arte da Intralogística&#8221;, onde trouxe vários elementos da logística interna, obtidos nas feiras internacionais ProMat de Chicago, LogiMat em Stuttgart e INTRA-LOG em São Paulo. </p>



<p>Neste artigo, vou concentrar-me na nas diferentes faces (iniciativas, tecnologias e inovações) da logística &nbsp;pois o campo da logística é muito vasto a ponto do leitor concluir:</p>



<p>Logística é tudo? Não! Mas, a logística depende de tudo!</p>



<p>Se considerarmos o maior feito logístico que foi o Dia D, com o desembarque dos aliados na Normandia, para conquistarem a 2º Guerra Mundial, este “tudo” explica o que estamos falando: pessoas, equipamentos, munições, alimentos, uniformes etc., enfim, tudo o que é necessário a sobrevivência no mar, terra e ar, além da informação.</p>



<p>Já deixamos a Era Industrial e estamos na Era do Conhecimento.&nbsp;</p>



<p>Na era industrial tudo era mais simples, pois bastava planejar, comprar, fazer, comandar, controlar e coordenar.</p>



<p>Já na Era do Conhecimento, devido à complexidade e à abundância de métodos, ferramentas e sistemas, a função do gestor envolve lidar com a incerteza!</p>



<p>O marketing conquista clientes, mas é a logística que faz com que eles voltem.&nbsp;</p>



<p>A logística desempenha um papel fundamental no sucesso de uma empresa, garantindo que os materiais cheguem do fornecedor à fábrica e os produtos acabados aos clientes.</p>



<p>A logística assim tem um papel fundamental na estratégia de negócios de uma empresa.</p>



<p>Não basta mais exigir a presença física do cliente na loja. No e-commerce esta loja é virtual e o que se destaca são as dark stores, pontos de retirada, &nbsp;lockers, etc.&nbsp;</p>



<p>Há várias estratégias, que colocam a logística no modo de um “click” para o consumidor.</p>



<p>Sensores IoT com informações em tempo real, &#8220;machine learning&#8221; não mais apenas preveem falhas nos equipamentos, mas as evitam. Menos tempo de inatividade significa operação consistente.</p>


		<div class="web-stories-list alignnone has-archive-link is-view-type-carousel is-style-default is-carousel" data-id="1">
			<div
			class="web-stories-list__inner-wrapper carousel-1"
			style="--ws-story-max-width:185px"
			>
						<div class="web-stories-list__archive-link">
			<a href="https://www.administradores.com.br/web-stories/">
				Ver todos os stories			</a>
		</div>
							<div
					class="web-stories-list__carousel carousel"
					data-id="carousel-1"
					data-prev="Previous"
					data-next="Next"
					>
									<div
				class="web-stories-list__story"
				data-wp-interactive="web-stories-block"
				data-wp-context='{"instanceId":1}'				data-wp-on--click="actions.open"
				data-wp-on-window--popstate="actions.onPopstate"
				>
							<div class="web-stories-list__story-poster">
				<a href="https://www.administradores.com.br/web-stories/o-streaming-que-faz-voce-crescer-de-verdade/" >
					<img
						src="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18174047/cropped-eoqhsffbhrk-1.jpg"
						alt="O streaming que faz você crescer de verdade"
						width="185"
						height="308"
													srcset="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18174047/cropped-eoqhsffbhrk-1.jpg 640w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18174047/cropped-eoqhsffbhrk-1-225x300.jpg 225w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18174047/cropped-eoqhsffbhrk-1-150x200.jpg 150w"
																			sizes="auto, (max-width: 640px) 100vw, 640px"
												loading="lazy"
						decoding="async"
					>
				</a>
			</div>
					<div class="web-stories-list__story-content-overlay">
							<div class="story-content-overlay__title">
					O streaming que faz você crescer de verdade				</div>
			
			
			
					</div>
					</div>
						<div
				class="web-stories-list__story"
				data-wp-interactive="web-stories-block"
				data-wp-context='{"instanceId":1}'				data-wp-on--click="actions.open"
				data-wp-on-window--popstate="actions.onPopstate"
				>
							<div class="web-stories-list__story-poster">
				<a href="https://www.administradores.com.br/web-stories/boninho-the-voice-e-a-licao-da-reinvencao/" >
					<img
						src="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18165634/cropped-boninho.jpg"
						alt="Boninho, The Voice e a lição da reinvenção"
						width="185"
						height="308"
													srcset="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18165634/cropped-boninho.jpg 640w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18165634/cropped-boninho-225x300.jpg 225w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18165634/cropped-boninho-150x200.jpg 150w"
																			sizes="auto, (max-width: 640px) 100vw, 640px"
												loading="lazy"
						decoding="async"
					>
				</a>
			</div>
					<div class="web-stories-list__story-content-overlay">
							<div class="story-content-overlay__title">
					Boninho, The Voice e a lição da reinvenção				</div>
			
			
			
					</div>
					</div>
						<div
				class="web-stories-list__story"
				data-wp-interactive="web-stories-block"
				data-wp-context='{"instanceId":1}'				data-wp-on--click="actions.open"
				data-wp-on-window--popstate="actions.onPopstate"
				>
							<div class="web-stories-list__story-poster">
				<a href="https://www.administradores.com.br/web-stories/o-pior-time-do-mundo-que-virou-marca-forte/" >
					<img
						src="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18162818/cropped-ibis.jpg"
						alt="O “pior time do mundo” que virou marca forte"
						width="185"
						height="308"
													srcset="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18162818/cropped-ibis.jpg 640w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18162818/cropped-ibis-225x300.jpg 225w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18162818/cropped-ibis-150x200.jpg 150w"
																			sizes="auto, (max-width: 640px) 100vw, 640px"
												loading="lazy"
						decoding="async"
					>
				</a>
			</div>
					<div class="web-stories-list__story-content-overlay">
							<div class="story-content-overlay__title">
					O “pior time do mundo” que virou marca forte				</div>
			
			
			
					</div>
					</div>
						<div
				class="web-stories-list__story"
				data-wp-interactive="web-stories-block"
				data-wp-context='{"instanceId":1}'				data-wp-on--click="actions.open"
				data-wp-on-window--popstate="actions.onPopstate"
				>
							<div class="web-stories-list__story-poster">
				<a href="https://www.administradores.com.br/web-stories/negocios-de-silvio-santos-alem-do-sbt/" >
					<img
						src="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18155156/cropped-silviosantos1.jpg"
						alt="Negócios de Silvio Santos além do SBT"
						width="185"
						height="308"
													srcset="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18155156/cropped-silviosantos1.jpg 640w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18155156/cropped-silviosantos1-225x300.jpg 225w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18155156/cropped-silviosantos1-150x200.jpg 150w"
																			sizes="auto, (max-width: 640px) 100vw, 640px"
												loading="lazy"
						decoding="async"
					>
				</a>
			</div>
					<div class="web-stories-list__story-content-overlay">
							<div class="story-content-overlay__title">
					Negócios de Silvio Santos além do SBT				</div>
			
			
			
					</div>
					</div>
						<div
				class="web-stories-list__story"
				data-wp-interactive="web-stories-block"
				data-wp-context='{"instanceId":1}'				data-wp-on--click="actions.open"
				data-wp-on-window--popstate="actions.onPopstate"
				>
							<div class="web-stories-list__story-poster">
				<a href="https://www.administradores.com.br/web-stories/anna-pimentel-a-esquecida-que-moldou-sao-paulo/" >
					<img
						src="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18152033/cropped-PIMENTEL-1.jpg"
						alt="Anna Pimentel, a esquecida que moldou São Paulo"
						width="185"
						height="308"
													srcset="https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18152033/cropped-PIMENTEL-1.jpg 640w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18152033/cropped-PIMENTEL-1-225x300.jpg 225w, https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18152033/cropped-PIMENTEL-1-150x200.jpg 150w"
																			sizes="auto, (max-width: 640px) 100vw, 640px"
												loading="lazy"
						decoding="async"
					>
				</a>
			</div>
					<div class="web-stories-list__story-content-overlay">
							<div class="story-content-overlay__title">
					Anna Pimentel, a esquecida que moldou São Paulo				</div>
			
			
			
					</div>
					</div>
								</div>
					<div tabindex="0" aria-label="Previous" class="glider-prev"></div>
					<div tabindex="0" aria-label="Next" class="glider-next"></div>
								</div>
		</div>
		


<h2 class="wp-block-heading">Logística colaborativa</h2>



<p>É apontada como uma das soluções mais eficientes para otimizar os processos da cadeia de suprimentos.</p>



<p>Ainda em estágio inicial no Brasil a logística colaborativa vai ganhando força a medida que embarcadores, operadores logísticos, empresas de transporte entendem seus benefícios e encaram a cooperação como alternativa para gerenciar ativos a reduzir custos.</p>



<p>A escassez de motoristas profissionais é crítica em todo o Brasil, pois muitos profissionais não querem mais passar dias nas estradas sem o convívio com a família.</p>



<p>Programas de capacitação também conscientizam sobre os cuidados com a saúde, mantendo os times atualizados sobre mudanças nas leis, habilitam os profissionais para o uso de novas tecnologias e práticas sustentáveis como redução da emissão de CO2. Gestão e manutenção de veículos, controle do consumo de combustível, roteirização para fugir de caminhos ruins ou reduzir o tempo de viagem, monitoramento e controle de temperatura para evitar perdas de produtos etc.</p>



<p>O uso de tecnologias de monitoramento e rastreamento, aprimoramento da gestão de riscos, adesão a campanhas de prevenção e criação de programas de capacitação e conscientização são alguns dos aliados.</p>



<p>A ineficiência logística continua elevada: 30% dos caminhões permanecem mais tempo a espera das operações de carga e/ou descarga e outros 40% rodam vazios, segundo estimativas dos consultores do Instituto IMAM.</p>



<p>A baixa produtividade, a ociosidade da frota e falta de processos integrados são outros fatores que levam à ineficiência logística.</p>



<p>A infraestrutura precária em muitas regiões do país impõe custos elevados de transporte; pois a má condição das estradas e a falta de locais seguros para abastecimento e descanso continuam representando um dos grandes desafios do setor.</p>



<p>A condição para operações que desejam se tornar ambientalmente sustentáveis e ganhar espaço frente a concorrência, a logística verde está em evidência, assim como a chancela do selo &#8220;ESG”, proporcionando uma roteirização inteligente, uma boa gestão de resíduos, certificações de gestão ambiental, colaboração entre os elos da cadeia de suprimentos etc. apenas algumas estratégias para acelerar a adesão das empresas a logística verde, combinando com frotas sustentáveis, redução da pegada de carbono, embalagens ecológicas, programas de manutenção preventiva, logística reversa etc.</p>



<p>Outra tendência crescente no setor é a estratégia Omnichannel, considerada uma experiência de compra completa e sem barreiras entre o on-line e o off-line.</p>



<p>Isto requer sistemas de gerenciamento de estoques integrados, com atualização em tempo real, plataformas de e-commerce unificadas e sincronizadas, logística integrada e sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos capazes de coordenar armazéns, transportadoras e pontos de venda, garantindo uma visão unificada das operações e sistemas de rastreamento de entregas em tempo real, que ofereçam ao cliente a visibilidade sobre o status dos pedidos.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Cadeia de Suprimentos Competitiva</h2>



<p>A medida que o cenário competitivo evolui e as expectativas dos consumidores aumentam, a integração, a melhoria continua e a automação se tornam essenciais às operações estruturadas e integradas. Orquestração, tecnologias para o monitoramento e visibilidade total da cadeia logística, assim como a adesão a plataformas &#8220;open logistics”, são medidas mais eficazes para o &nbsp;aumento da performance operacional do setor logístico.</p>



<p>A logística 4.0 é uma revolução tecnológica em todas as etapas da cadeia logística e vem transformando a maneira como as empresas gerenciam suas operações.&nbsp;</p>



<p>Por meio da tecnologia, é possível controlar manufatura, estocagem, movimentação de maneira otimizada.</p>



<p>A logística 4.0 representa um grande passo em relação aos métodos tradicionais. Ela melhora produtividade, eficiência, lucratividade e conveniência.&nbsp;</p>



<p>Os sistemas automatizados substituem ferramentas ultrapassadas e passam a operar de forma integrada e conectada, o que simplifica as atividades das empresas.</p>



<p>Ela lida com grande volume de dados, o que proporciona tomadas de decisões mais rápidas e eficientes.&nbsp;</p>



<p>No que diz respeito a mobilidade, a coleta inteligente de dados leva a uma roteirização mais eficiente.</p>



<p>A era da logística integrada já diz tudo, pois os departamentos de muitas empresa são silos que não se conectam em processos.</p>



<p>A logística avançou para os dias atuais, onde a Supply Chain leva em consideração todas as etapas desde o desenvolvimento do produto, do recebimento das matérias primas, da fabricação, das vendas e distribuição até a entrega ao consumidor.</p>



<p>A cadeia de suprimentos depende estritamente da logística em seus diversos processos, onde insumos são levados até a indústria e daí aos elos seguintes até o consumidor.</p>



<p>Dentro da logística, a IA pode ser utilizada para analisar processos e desempenho, descobrir novas rotas de integração e automatizar processos de compra.</p>



<p>Empresas de fulfillment centers são as mais completas, trata-se de uma evolução natural da logística que realiza não só a entrega do produto, mas cuida de todos os aspectos na prestação de um serviço completo ao consumidor (emissão de notas fiscais, embalagem personalizada do produto, etiquetas personalizadas, logística reversa, enfim gestão do CD).</p>



<p>A evolução da logística sempre foi acompanhada pela eficiência em entregas que tem uma relação profunda com a entrega rápida ou até antecipada.&nbsp;</p>



<p>Blockchain é uma inovação na proteção de dados e a evolução de logística utilizou essa mesma tecnologia para criar métodos de rastrear e atualizar entregas com mais segurança e confiabilidade.&nbsp;</p>



<p>E o transporte autônomo, um modo de entrega por meio de robôs e drones. Assim, a encomenda é rapidamente enviada até o consumidor, sem a necessidade de passar pelas etapas mais críticas da logística na última milha!</p>



<h2 class="wp-block-heading">Redes privadas</h2>



<p>O 5G permite acelerar ainda mais as aplicações da tecnologia de IoT. Milhares de dispositivos poderão executar tarefas repetitivas e tomar decisões simples nas rotinas operacionais.</p>



<p>Os&nbsp; CD&#8217;S utilizam a tecnologia de &#8220;Access points&#8221; para distribuir o &#8220;wi-fi&#8221; pelos armazéns e conectar dispositivos como leitores óticos, sensores de temperatura, câmeras etc.</p>



<p>A tecnologia 5G substitui o wi-fi nos CD sem necessidade de cabos, as áreas de coberturas dos sinais serão ampliadas, proporcionando um maior alcance, maior agilidade nas leituras de picking, maior&nbsp; acuracidade, leitura de sensores em tempo real e atuações instantâneas&nbsp; sobre robôs, devido principalmente à baixa latência da nova tecnologia.</p>



<p>Cobots (collaborative robots), uma classe especial de robôs autônomos, desenvolvidos para trabalhar em colaboração com o ser humano em um mesmo espaço físico. Assim, os cobots fazem os deslocamentos maiores e os humanos, as operações mais delicadas de estocagem ou picking, são poupados de grandes deslocamentos.</p>



<p>A digitalização transforma a logística com as tecnologias de IOT, Big Data, Machine Learning e IA.</p>



<p>Essas tecnologias estão ajudando as empresas a gerir melhor suas cadeias de suprimentos e otimizando sua eficiência.</p>



<p>Visibilidade é uma das principais preocupações dos consumidores e empresas na logística.</p>



<p>As empresas estão procurando formas de fornecer aos seus clientes uma maior visibilidade de suas remessas, para que possam acompanhar seu progresso em tempo real.</p>



<p>Gestão de risco é uma outra preocupação crescente na logística, com empresas procurando formas de mitigar os riscos associados a segurança, fraude e interrupções na cadeia de suprimentos.</p>



<p>As entregas no mesmo dia (same day delivery) são expressas e que ocorrem no mesmo dia em que o pedido foi efetivado.&nbsp;Vem de encontro ao novo perfil dos consumidores 4.0, que exigem entregas cada vez mais rápidas.</p>



<p>A torre de controle centraliza todos os dados das operações em tempo real e permite a interpretação rápida dos indicadores gerados pela operação para uma possível tomada de decisão de forma ágil e até preventiva.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



<p>Navegamos aqui por uma miscelânea de iniciativas, tecnologias e inovações que fazem a logística avançar. Certamente não pararemos por aqui e as novas gerações vem aí para continuar transformando este cenário tão abrangente e inspirador.</p>


O estado da arte da logística

A logística desempenha um papel fundamental no sucesso de uma empresa, garantindo que os materiais cheguem do fornecedor à fábrica e os produtos acabados aos clientes

https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2025/09/18113026/BNBA1h-NgdY-1.jpg

Home

Artigos

Informação e Educação para líderes e suas equipes. Notícias, artigos, cursos, palestrantes, mentorias e treinamentos personalizados para profissionais e empresas

Administradores

https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2023/06/06200454/Logo-administradores.png

Administradores | Conhecimento para Resultados

<p><em>Não se pode lutar contra os avanços tecnológicos e operacionais, pois ninguém jamais venceu essa batalha. O caminho certeiro é a tecnologia</em></p>



<p>Os efeitos da escassez ainda de mão de obra qualificada na intralogística são perturbadores. Os novos trabalhadores de movimentação e armazenagem de materiais não desejam hoje se sujeitar as tarefas 3K (que, em japonês, significam: sujas, perigosas e pesadas). &nbsp;Os operários mais experientes também não querem continuar praticando as tarefas de carga/descarga de caminhões, carregar caixas para o estoque e abri-las&nbsp;para executar o<i> picking</i> fracionado&nbsp;de acordo com os pedidos, e embalar e conferir as remessas a serem expedidas e assim sucessivamente.&nbsp;</p>



<p>Em síntese, as tarefas de intralogística, tornaram-se um forte potencial a automação. Assim, observa-se&nbsp;a tecnologia evoluir e solucionar estas questões e outras similares.&nbsp;Neste momento há diversos meios e ferramentas que já estão sendo aplicadas em indústrias e centros de distribuição&nbsp;e que serão apresentados ao mercado principalmente por meio das feiras de negócios em logística, além de outras ações pontuais.</p>



<p>Apesar de muita inovação,&nbsp;nada foi descoberto ou criado sem uma base de conhecimentos que evoluiu&nbsp;nas últimas décadas.&nbsp;A intralogistica é a nova forma de ver o clássico <i>material handling</i>&nbsp;(manuseio) dos norte-americanos, enquanto <i>manutention&nbsp;</i>evoluiu para o <i>loger&nbsp;</i>(abastecer em francês), e vale destacar&nbsp;ainda o sistema Toyota de Produção&nbsp;que, nos anos 1990, motivou&nbsp;o pensamento&nbsp;Lean.</p>



<p>Partindo do todo, na Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain,&nbsp;vemos uma integração&nbsp;cada vez maior&nbsp;dos sistemas de planejamento e gestão&nbsp;(ERP, TMS, WMS, WCS, MES e outros) proporcionando uma visibilidade de ponta a ponta, com o emprego de sensores, IoT,&nbsp;RFID,&nbsp;etiquetas inteligentes e dispositivos conectados para monitorar em tempo real inúmeras variáveis como&nbsp;temperatura, inventário, ocupação,&nbsp;entre outras.</p>



<p>Há uma comunicação ultrarrápida e estável dos robôs por meio de tecnologias de conectividade, sistemas de apoio à decisão&nbsp;avançados,&nbsp;com apoio da&nbsp;IA para otimização de recursos e processos.</p>



<p>Surgiram também os veículos autônomos e drones para vencer os desafios da logística e&nbsp;que fazem interface com a intralogística. Os sistemas logísticos (<i>inbound e outbound</i>), gestão de fretes, devoluções, logística reversa/circular também contribuem para agilização e avanços no processo.</p>



<p>A lista de novidades na logística é animadora com a automação de processos de compras, programação, transporte, armazenagem, e programação de entregas/docas. Em nossos dias, há grande presença de armazéns&nbsp;automáticos com transelevadores, <i>shuttles</i>, empilhadeiras autônomas, <i>conveyors&nbsp;</i>e <i>sorters</i>&nbsp;inteligentes e paletes, e unitizadores que evoluem a cada edição de nossos treinamentos ou seminários nesta área tão complexa, mas fascinante.</p>



<p>Já estão ficando frequentes robôs&nbsp;(manipuladores), com visão computacional e <i>machine learning,</i> que evoluem também para a forma&nbsp;humanoide. E há mais novidades ainda, como a IA <i>analytics</i>, gêmeos digitais e&nbsp;<i>dashboards</i> inteligentes que são aplicados cada vez mais em um ambiente de&nbsp;segurança cibernética e operacional para uma gestão robusta da operação.</p>



<p>Os adventos abrangem também a sustentabilidade e eficiência energética, racionalização de embalagens e fluxos para reduzir a emissão de C0₂. Estes tópicos são apenas&nbsp;uma amostra do estado da arte&nbsp;da intralogística pelo mundo e que também se apresenta no Brasil. Não se pode, portanto, lutar contra os avanços tecnológicos e operacionais, pois ninguém jamais venceu essa batalha. O caminho certeiro é a tecnologia.</p>

Os embates na intralogística com a mão de obra e a evolução tecnológica

<p><em>Para superar a lacuna de talentos no Brasil e no mundo, precisamos atuar em duas frentes: promover a educação continuada e reconstruir a atratividade das carreiras técnicas e de logística</em></p>



<p>Vivemos um paradoxo curioso e preocupante. Em meio à era da automação, inteligência artificial e hiperconectividade, empresas em todo o mundo enfrentam uma crescente escassez de mão de obra qualificada.</p>



<p>O que antes se limitava a setores específicos agora se estende a quase todos os setores — da manufatura à logística, da saúde à tecnologia, do varejo à agricultura.</p>



<p>As empresas buscam agilidade, flexibilidade e resiliência, mas carecem de talentos preparados para liderar e executar essa transformação.</p>



<p>Nesse contexto, muitas iniciativas no Brasil e na América Latina, que tive a oportunidade de acompanhar de perto por meio do Instituto IMAM, por mais de quatro décadas, estão focadas em acelerar e transformar pessoas e operações.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Iniciativas estratégicas para um mercado em transformação</h2>



<p>Para enfrentar o crescente desafio da escassez de mão de obra, investimentos significativos foram feitos em estratégias e soluções que atendam às reais necessidades de empresas e profissionais:</p>



<h3 class="wp-block-heading">Academias corporativas com trilhas de aprendizagem personalizadas</h3>



<p>Em colaboração com grandes empresas, programas de educação corporativa são desenvolvidos para mapear competências profissionais, redesenhar conteúdos e construir jornadas de aprendizagem personalizadas. O foco atual do mercado é claro: acelerar as curvas de aprendizado e alinhar a teoria à realidade operacional.</p>



<h3 class="wp-block-heading">Mapeamento de competências e redesenho de conteúdo</h3>



<p>Com base nas lacunas de habilidades identificadas entre os profissionais, metodologias e materiais de treinamento são adaptados para garantir maior eficácia. O objetivo é desenvolver não apenas talentos técnicos, mas também profissionais completos, com visão sistêmica, capacidade analítica e forte senso de urgência.</p>



<h3 class="wp-block-heading">Feiras técnicas com conteúdo transformador</h3>



<p>Mais do que feiras de negócios, os grandes eventos no Brasil se tornaram plataformas de desenvolvimento profissional contínuo. Demonstrações de tecnologia, palestras técnicas, arenas de conhecimento e networking de alto nível tornaram-se recursos essenciais em grandes feiras de negócios como a INTRA-LOG. Para superar a lacuna de talentos no Brasil e no mundo, precisamos atuar em duas frentes: promover a educação continuada e reconstruir a atratividade das carreiras técnicas e de logística.</p>



<p> *Reinaldo A. Moura é engenheiro industrial com mais de 60 anos de experiência, é fundador do Grupo IMAM (1979) e atual conselheiro. Pioneiro na introdução de conceitos como Intralogística, Kanban, 5S e Lean no Brasil, atuou em mais de 100 empresas com treinamento e assessoria. Diretor técnico das Missões de Estudo da IMAM ao Exterior, é também publisher da Revista LOGÍSTICA desde 1980, atual conselheiro da INTRA-LOG Expo &amp; Fórum. Possui formação pela FEI e mestrado pela Poli-USP, além de ter lecionado em instituições como FEI, Mackenzie e Mauá. Autor de diversos livros.</p>

A escassez de mão de obra qualificada: um desafio global, uma oportunidade brasileira

Um aforismo enlaçado na minha distante memória me lembrou que <i>“a vida é feita de escolhas e nós somos a soma de nossas escolhas”.</i> Essa frase, em poucas palavras, especifica o alcance de como o processo decisório é essencial para os êxitos e fracassos no trajeto de nossa breve existência concedida por Deus...

A vida é uma tapeçaria de decisões, entrelaçada com fios de diferentes cores e texturas. Cada escolha, por menor que seja, adiciona um novo ponto à nossa jornada, influenciando o resultado final. Algumas decisões são como nós firmes, que nos dão segurança e direção, enquanto outras são como nós frouxos, que podem nos levar a caminhos inesperados. Mas, em última análise, somos nós quem seguramos a agulha e tecemos o nosso destino.

As decisões diárias que tomamos muitas vezes incidem com uma penetração profunda no curso de nossas vidas e influenciam o alcance de nossos objetivos. Cada decisão que tomamos pode nos aproximar ou nos afastar daqueles sonhos e metas estabelecidas com muita dedicação. Por isso é enorme a relevância do processo decisório na construção do futuro que se busca. Portanto, as escolhas são um elemento crucial na edificação dos anos por vir. Elas são o motor que impulsiona nossas ações, orienta nossas trajetórias e estabelece quem somos.

Nesse processo de tomada de decisão é fundamental também o autoconhecimento. As decisões serão sempre melhores, quanto mais entendermos nossos valores, capacidades e interesses pessoais. Não é recomendado ouvir apenas o nosso interior, é muito importante também escutar opiniões diferentes, divergentes, às vezes completamente antagônicas, para fazer uma reflexão das possíveis consequências com as escolhas dos caminhos que desejamos seguir.

Decidir é sempre um ato criativo, e é uma ferramenta para dar forma ao futuro, superarmos obstáculos e atingirmos nossas metas. Ao fazermos escolhas conscientes e responsáveis, estamos investindo em nós mesmos e construindo uma vida mais completa e com propósito. Um preceito importante como recomendou Wiz Khalifa é “nunca tomar decisões permanentes baseados em sentimentos temporários”.

O erro faz parte do processo natural de decidir. Nietzsche já filosofava que entre “as condições da vida poderia estar o erro”, mas Henry Ford foi mais assertivo, afirmando que até um erro pode revelar-se um elemento necessário a um feito meritório e complementou: "O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência". E vale lembrar o já foi dito por um anônimo, mas não menos importante: você é mais do que suas falhas. Por fim nesta questão, o filósofo

Na reportagem <i>Estudiosos analisam a tomada de decisões</i> publicada na <i><strong>The Harvard Gazette</strong></i>, em 2009, o jornalista Corydon Ireland resumiu bem a questão o momento de decidir:

<i>– Decisões, decisões. Todos nós as tomamos, começando por qual lado da cama acordar de manhã.</i>

<i>Mas, em escala pessoal e pública, muitas decisões têm consequências graves para a saúde, o bem-estar financeiro e — é verdade — o destino do planeta.</i>

<i>Por mais importante que seja, a tomada de decisão tem sido objeto de muito pouca investigação intelectual. Especialistas de muitas disciplinas estão apenas começando a destrinchar os fatores intelectuais, sociais, emocionais e anatômicos que se relacionam à tomada de decisões.</i>

Este autor escreveu na época que a “ciência da decisão” ainda estava em sua infância, mas em seu núcleo acadêmico estavam duas disciplinas mais antigas, a economia e psicologia. O híbrido resultante de “economistas comportamentais” estava começando a fazer suas vozes serem ouvidas, especialmente em políticas públicas.

Num outro estudo sobre decisões automáticas, pesquisadores de Harvard revelaram que, das 35 mil decisões que tomamos diariamente, cerca de 95% são automáticas, baseadas em hábitos ou rotinas mentais. Isso significa que a maior parte de nossas escolhas segue padrões inconscientes. Para alcançar mudanças reais, é essencial cultivar a consciência do momento presente e desafiar esse ‘piloto automático’. Precisamos sempre estar conscientes de que ao escolher alternativas importantes precisamos ter decisões mais firmes quanto sejam possíveis, sem esmorecer, titubear ou fraquejar.

Em crescimento constante, as pesquisas estão buscando novas respostas para várias perspectivas no universo decisório. No trabalho <i>A Biologia da Gentileza: Seis Escolhas Diárias para Saúde, Bem-Estar e Longevidade</i>, os autores Immaculata De Vivo e Daniel Lumera exploraram as evidências científicas de que o comportamento pró-social pode desbloquear vidas mais longas, saudáveis ​​e felizes.

Na terceira idade, a maioria das pessoas, por exemplo, se preocupa mais em manter a saúde, seguida por possuir dinheiro suficiente e desfrutar a vida. Essas aspirações foram exatamente o que comprovou cientificamente o relatório <i>Viver Mais, Melhor: Compreendendo a Literacia em Longevidade, </i>conduzido pelo Fórum Econômico Mundial e pela consultoria Mercer.

Com mais de 30 anos de experiência em gestão de riscos, de equipes e desenvolvimento de modelos de eficiência para práticas organizacionais, o consultor, palestrante, treinador de líderes, e ‘decidologista’, Fernando Manfio, tem combinado expertises em temas como Antroposofia, Psicologia positiva e técnicas de <i>mindfulness, </i>entre outros recursos,<i> </i>para ajudar pessoas e organizações a tomarem decisões conscientes, criativas e sustentáveis. Ele acredita que o propósito humano é construir prosperidade a partir da abundância individual, vivendo sem medo e com ousadia.

O especialista define as decisões como ponto de partida para criar o futuro desejável. Manfio defende que cada escolha contém um ‘sim’ e um ‘não’, que, quando feitos de forma consciente e alinhados à intuição, pavimentam o caminho para o crescimento pessoal e organizacional. Sua abordagem, pautada na prática e no impacto, mostra que a transformação começa ao ressignificar crenças e usar a inteligência intuitiva como guia. Tivemos o privilégio de ter recebido este grande estudioso das decisões em nosso <i>podcast</i> Papo de Progresso:

(  ) no qual o convidado pôde falar desse tema e especialmente do seu trabalho com <i>startups </i>e empresas no segmento de crédito.

Nos procedimentos de escolha para uma vida melhor há muitos caminhos como já relatamos. Há também uma infinidade de dilemas, surpresas, imprevistos e alternativas inquietantes. Por isso, os processos deliberativos são tão desafiadores, misteriosos e estimulantes.

Desde 1938, pesquisadores da Universidade de Harvard estão em busca do segredo para uma vida feliz, tendo sido o trabalho mais extenso já realizado sobre o tema. Depois de 85 anos de estudos, eles chegaram à conclusão de que são nossos vínculos com os outros que nos proporcionam a maior felicidade.

A importância da decisão na construção de um futuro desejado

<p><em>De que adianta seguir uma moda, sem nenhuma inteligência por trás do que é feito?</em></p>



<p>Inovar com a IA é o grande hype do mercado no momento. No entanto, de que adianta seguir uma moda, sem nenhuma inteligência por trás do que é feito? Um estudo do MIT mostrou que 95% dos projetos corporativos pautados nessa tecnologia não alcançam ganhos relevantes em receita ou eficiência – não pela baixa capacidade do recurso em si, mas sim pela forma na qual é aplicado. Como reverter essa estatística? Com uma governança robusta de inovação.</p>



<p>Não é de hoje que temos essa dificuldade em conquistar resultados excelentes com a IA. Nas décadas de 70 e 80, passamos pelo que ficou conhecido como “Winter AI” (inverno da inteligência artificial, no português), períodos em que o financiamento e o interesse público no setor de inteligência artificial diminuíram, justamente, pela falta de retornos frente às expectativas que foram criadas nessas soluções.</p>



<p>É muito fácil que qualquer IA gere um enorme interesse e repercussão no mercado. Mas, isso não significa que esses recursos irão, necessariamente, gerar benefícios significativos para todas as empresas. Afinal, cada negócio tem sua realidade, condições e metas específicas que, nem sempre, conseguirão ser conquistadas com as mesmas tecnologias utilizadas por outra marca.</p>



<p>Estamos em um cenário fortemente marcado pela adesão global de tecnologias no mundo corporativo, muitas delas desenvolvidas com base na inteligência artificial. Porém, nessa curva crescente, há, também, um vale de problemas e dificuldades decorrentes da falta de estratégia por trás de tudo que é adotado. Uma tendência seguida por um “modismo”, mas sem um senso crítico quanto ao que está sendo feito.</p>



<p>Qual o resultado disso? Picos e vales de IA, no que diz respeito ao entusiasmo criado e o que se observa de resultado. Afinal, além da falha constante de planos e estratégias sem essa orientação, ocorre um efeito cascata no mercado de “inverno” da IA, marcado pelo resfriamento do interesse e priorização nesses investimentos, justamente, pela falta de retorno.</p>



<p>Todos esses eventos que já foram presenciados em nossa história nos ensinam que é urgente uma governança por trás deste processo. Não adianta seguir uma fórmula padrão, mas sim se preocupar em cuidados que incluam reforçar a infraestrutura interna para recebê-la, junto a um senso crítico no planejamento de como esse recurso será levado aos processos corporativos, mapeando e compreendendo eventuais riscos e de que forma cada empresa conseguirá mitigá-los.</p>





<p>Crie uma governança robusta baseada nessas análises completas e abrangentes, reforçando, também, treinamentos internos que conscientizem os times sobre a importância da IA em seus trabalhos e como explorar, ao máximo, este potencial visando a melhora dos resultados. Defina, também, os papéis e responsabilidades de cada pessoa nesse sentido – até porque nem todos precisam ter acesso aos dados sensíveis inseridos nessas ferramentas, nem à todas as suas funcionalidades.</p>



<p>O consumo energético é outro ponto de atenção. A pesquisa do MIT revelou que um vídeo de cinco segundos gerado por IA, por exemplo, pode consumir a mesma quantidade de energia que um micro-ondas ligado por uma hora. Imagine milhares de pessoas fazendo pesquisas e criando conteúdos desse tipo, quanto que é consumido, hoje em dia, de nossas fontes energéticas?</p>



<p>Diante da busca atual por fontes mais renováveis, é dever das empresas se atentarem a este cuidado, considerando um possível lapso de ocorrer a qualquer momento e de que forma podem contornar e mitigar esse risco. Sem esses olhares, muitas tendências que poderiam, de fato, ser benéficas, acabam se perdendo. E, com isso, poderemos ter um longo inverno ainda pela frente.</p>



<p><strong>Alexandre Pierro</strong> é mestre em gestão e engenharia da inovação, engenheiro mecânico, bacharel em física e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na implementação da ISO de inovação na América Latina.</p>

AI Winter: os riscos de inovar sem governança

<p><em>A saúde mental no ambiente corporativo não será mais uma opção, mas uma exigência estratégica e legal</em></p>



<p>No cenário corporativo contemporâneo, a saúde mental transcendeu a esfera do cuidado pessoal para se consolidar como um <strong>ativo estratégico</strong> fundamental. <strong>Empresas conscientes</strong> reconhecem que o <strong>bem-estar psicológico de seus colaboradores é indissociável da produtividade</strong>, do engajamento e, em última instância, da sustentabilidade do negócio. Esta compreensão com um visão integral do tema, alinha-se aos princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS), que há anos defendem um contínuo de cuidados em saúde mental que engloba a promoção, a prevenção e o tratamento.</p>



<p>A mais recente revisão da Norma Regulamentadora 01 (NR-01), por meio da Portaria MTE nº 1.419/2024, que será colocada em vigor a partir de maio de 2026, marca um ponto de inflexão decisivo para o ambiente de trabalho brasileiro. Ao incluir <strong>explicitamente os fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho</strong> no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) – em consonância com as diretrizes globais da OMS e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que apontam a perda de bilhões de dias de trabalho devido à depressão e ansiedade. Esta atualização não apenas reforça a obrigatoriedade legal de as empresas gerenciarem esses riscos, mas também as convida a adotar uma abordagem mais proativa e integrada da saúde mental em seus planos de ação.</p>



<p>Mas vocês sabem a diferença entre os conceitos de promoção, prevenção e tratamento em saúde mental?&nbsp;</p>



<p>Sabem como eles interferem uns nos outros e como colocar em prática cada uma desses níveis de atuação?&nbsp;</p>



<p>Vou então fazer uma breve diferenciação e trazer alguns pontos para trazer um pouco mais de conhecimento nesse assunto que tem trazidos tantas dúvidas:</p>



<h2 class="wp-block-heading">1. Promoção da saúde mental: cultivando um ambiente resiliente (nível da cultura organizacional)</h2>



<h3 class="wp-block-heading">1.1 Conceitos: </h3>



<p>A promoção da saúde mental concentra-se em fortalecer a capacidade dos indivíduos e comunidades para gerenciar as adversidades da vida, realizar seu potencial e contribuir para a sociedade. É uma abordagem universal que visa criar condições e ambientes de apoio, <strong>construindo fatores protetores e fomentando o bem-estar </strong><i><strong>ANTES</strong></i> que qualquer problema de saúde mental específico se manifeste.</p>



<p>A promoção da saúde mental <strong>no ambiente corporativo</strong> é uma estratégia universal, que visa <strong>fortalecer o bem-estar psicológico de todos os colaboradores e da organização como um todo</strong>, independentemente da presença de um risco ou transtorno específico. Trata-se de construir uma cultura que valoriza o <strong>ambiente de trabalho psicologicamente seguro e inclusivo</strong>.</p>



<p><strong>1.1.1 Foco e Objetivos:</strong> Criar um clima organizacional harmonioso, que fomente a resiliência individual e coletiva, melhore o engajamento e a satisfação no trabalho. A <strong>NR-01</strong>, ao exigir a gestão de todos os riscos (incluindo os psicossociais), <strong>indiretamente</strong> incentiva um ambiente proativo onde a promoção da saúde mental se torna uma camada protetora fundamental. Um ambiente culturalmente saudável <strong>minimiza a origem de perigos psicossociais</strong> que a NR-01 então precisaria mitigar.</p>



<p><strong>1.1.2 Conexão com as Diretrizes:</strong> A OMS preconiza uma "abordagem do curso de vida", e no ambiente corporativo, isso se traduz em iniciativas que apoiam o colaborador em diversas fases de sua jornada profissional e pessoal. A NR-01, por sua vez, enfatiza a necessidade de <strong>envolver todas as partes interessadas</strong> – de lideranças a colaboradores – no processo do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), o que naturalmente fomenta uma cultura de corresponsabilidade e abertura para o tema da saúde mental.&nbsp;</p>



<h3 class="wp-block-heading">Na prática: </h3>



<p><strong>1.2.1 Liderança Consciente:</strong> Treinamentos para líderes sobre comunicação não-violenta, empatia e gerenciamento de equipes de forma a evitar sobrecarga, má gestão e falta de clareza de papéis – fatores apontados no Guia NR-01 como riscos.</p>



<p><strong>1.2.2 Programas de Bem-Estar Integral:</strong> Oferecer acesso a plataformas de meditação guiada, ginástica laboral, programas de educação financeira e workshops sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional.</p>



<h2 class="wp-block-heading">2. Prevenção de doenças mentais: gerenciando riscos psicossociais (nível da gestão direta de riscos)</h2>



<h3 class="wp-block-heading">2.1 Conceitos: </h3>



<p>A prevenção de doenças mentais, embora intimamente ligada à promoção, difere por seu foco em <strong>reduzir a incidência, prevalência e recorrência</strong> de transtornos específicos. Ela mira grupos em situação de vulnerabilidade ou aqueles expostos a fatores de risco identificáveis, atuando <i>antes</i> que um transtorno se estabeleça por completo, mas em cenários onde há uma ameaça iminente ou latente.</p>



<p>Este é o campo onde a NR-01, em sua nova redação, atua de forma mais direta e explícita na saúde mental. A prevenção concentra-se em identificar e mitigar os <strong>fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho</strong> que, se não controlados, podem levar ao adoecimento.</p>



<p><strong>2.1.1 Foco e Objetivos:</strong> Detectar perigos psicossociais no ambiente de trabalho e implementar medidas de controle para evitar que se tornem doenças ocupacionais. A NR-01 exige a <strong>identificação de perigos, a avaliação e a classificação dos riscos</strong> dentro do GRO, agora incluindo formalmente os psicossociais.</p>



<p><strong>2.1.2 Conexão com as Diretrizes:</strong> A OMS destaca a importância da "identificação e intervenção precoce" para grupos em vulnerabilidade. A NR-01 instrumentaliza essa visão, exigindo uma análise detalhada das condições de trabalho para identificar os estressores. O "Relatório Mental Health Today" e o "Guia NR-01 Revisado" apontam a dimensão global das perdas de produtividade devido à depressão e ansiedade (cerca de US$ 1 trilhão por ano), tornando a prevenção desses riscos um imperativo econômico e social para as empresas.</p>



<h3 class="wp-block-heading">2.2 O que pede a NR- 01: </h3>



<p><strong>2.2.1 Identificação de Perigos Psicossociais:</strong> A NR-01 agora exige que os <strong>fatores de risco psicossociais relacionados ao trabalho</strong> sejam expressamente incluídos no inventário de riscos, incluindo:&nbsp;</p>



<p><strong>2.2.2 Avaliação de Riscos (AEP/AET):</strong> A NR-01 (e NR-17) determina o uso da <strong>Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP)</strong> e da <strong>Análise Ergonômica do Trabalho (AET)</strong>. A AEP é obrigatória para <i>todas</i> as empresas, mesmo as dispensadas de PGR para outros riscos, e deve incluir os fatores psicossociais relacionados à <strong>organização do trabalho.&nbsp;</strong>O processo foca nas <i><strong>condições de trabalho</strong></i><strong> que são estressoras, não em sintomas individuais.</strong></p>



<p><strong>2.2.3 Implementação de Medidas de Prevenção:</strong> Para cada risco psicossocial identificado, deve-se adotar medidas de controle, conforme a hierarquia (eliminar o perigo, reduzir o risco, etc.), com um <strong>plano de ação</strong> claro e cronograma, responsáveis e indicadores de acompanhamento.</p>



<p><strong>2.2.4 Documentação:</strong> Todas as etapas devem ser registradas no <strong>Inventário de Riscos</strong> do PGR (ou AEP), com caracterização dos processos, ambientes, atividades, perigos, agravos, grupos expostos e medidas de prevenção implementadas.</p>



<h3 class="wp-block-heading">Na prática: </h3>



<p><strong>2.3.1 Ajuste da Carga Horária e Metas:</strong> Implementar processos para priorizar tarefas e garantir que as metas sejam realistas, considerando o "excesso de demandas (sobrecarga)" como um risco a ser gerenciado.</p>



<p><strong>2.3.2 Canais de Denúncia Acessíveis:</strong> Estabelecer canais anônimos e confiáveis para denúncias de assédio, com acompanhamento transparente e punições cabíveis.</p>



<p><strong>2.3.3 Programas de Desenvolvimento de Liderança:</strong> Capacitar gestores para fornecer suporte adequado, clareza nas expectativas e autonomia às equipes, prevenindo "baixa clareza de papel", "falta de suporte" e "baixo controle no trabalho".</p>



<p><strong>2.3.4 Ambientes de Trabalho Colaborativos:</strong> Estimular a colaboração e a coesão social para combater "más relações" e "isolamento". O relatório da OMS sobre Conexão Social reforça como o trabalho em equipe e a "infraestrutura social" (como espaços de descompressão) são cruciais para o bem-estar (<i>Report-WHO-conexo-social.pdf, Sumário Executivo, Comunidade</i>).</p>





<h2 class="wp-block-heading">3. Tratamento e reabilitação: resposta a transtornos existentes (nível da resposta e melhoria contínua)</h2>



<h3 class="wp-block-heading">3.1 Conceitos: </h3>



<p>O tratamento de doenças mentais é a intervenção que ocorre <i>após</i> o diagnóstico de um transtorno. Seu objetivo primário é aliviar os sintomas, melhorar o funcionamento do indivíduo e promover a recuperação, permitindo que a pessoa retome uma vida plena e produtiva.</p>



<p>Quando um colaborador <strong>apresenta um transtorno mental</strong>, o tratamento e a reabilitação são essenciais para <strong>promover a recuperação e facilitar o retorno&nbsp;</strong>ao trabalho.</p>



<p><strong>3.1.1 Foco e Objetivos:</strong> Aliviar o sofrimento, promover a recuperação e garantir a reintegração do colaborador à vida profissional, quando possível, com os devidos suportes e adaptações.</p>



<p><strong>3.1.2 Conexão com as Diretrizes:</strong> A OMS destaca a importância da "descentralização do cuidado" e da "integração da saúde mental na atenção primária". No contexto corporativo, isso se traduz em oferecer suporte que vai além do ambiente da empresa, conectando o colaborador a uma rede de cuidados de saúde. A NR-01, embora não trate diretamente do tratamento clínico, exige que a organização <strong>reveja sua avaliação de riscos</strong> após a implementação de medidas de prevenção ou em caso de acidentes e doenças, visando à melhoria contínua. Se um <strong>caso de transtorno mental é reconhecido como doença ocupacional</strong>, a NR-01 (via PGR) demanda a <strong>investigação das causas no ambiente de trabalho para evitar reincidência.</strong></p>



<h3 class="wp-block-heading">3.2 O que pede a NR- 01: </h3>



<p>O Guia NR-01 esclarece que a identificação e avaliação de riscos psicossociais <strong>não devem ser confundidas com exames médicos de aptidão</strong> ou avaliação da saúde mental individual. Essa é uma responsabilidade médica no âmbito do PCMSO (NR-7). No entanto, a gestão de riscos pela NR-01 pode identificar padrões e necessidades de suporte geral que impactam a saúde mental da força de trabalho.</p>



<h3 class="wp-block-heading">Na prática: </h3>



<p><strong>3.3.1 Programas de Assistência ao Empregado (PAE):</strong> Disponibilizar acesso confidencial a psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde, para atendimento, encaminhamento e acompanhamento.</p>



<p><strong>3.3.2 Planos de Retorno Gradual ao Trabalho:</strong> Para colaboradores que se afastam por questões de saúde mental, criar um plano individualizado de retorno, com redução de carga horária e de responsabilidades, ajustado às necessidades do colaborador.</p>



<p><strong>3.3.3 Ajustes Razoáveis no Ambiente de Trabalho:</strong> Com base nas recomendações médicas e no diálogo com o colaborador, implementar modificações no posto de trabalho ou nas rotinas que facilitem a reintegração e a manutenção da saúde mental.</p>



<p><strong>3.3.4 Acompanhamento e Suporte Contínuo:</strong> Estabelecer um ponto de contato na empresa (ex: RH, SSO ou líder direto treinado) que possa oferecer suporte discreto e contínuo ao colaborador em recuperação, respeitando a confidencialidade.</p>



<p>Em conclusão, a saúde mental no ambiente corporativo não será mais uma opção, mas uma exigência estratégica e legal. A NR-01 revisada, ao incorporar explicitamente os riscos psicossociais, fornece um roteiro claro para as empresas brasileiras. Ao adotar uma abordagem integrada de promoção, prevenção e tratamento, pautada nas melhores práticas globais da OMS e nas diretrizes detalhadas do novo texto da NR-01, as organizações não apenas cumprem suas obrigações legais, mas também constroem um ambiente de trabalho mais saudável, humano e, consequentemente, mais produtivo e resiliente. O investimento na saúde mental é um investimento no futuro da própria empresa e na sustentabilidade das pessoas.</p>

Você sabe a diferença entre promoção, prevenção e tratamento em saúde mental e em qual o nível as empresas precisam atuar?

<p><em>A fronteira entre o risco e a inovação não está no código das ferramentas, mas na arquitetura de governança que as envolve</em></p>



<p>Toda organização vive hoje uma contradição silenciosa: enquanto as áreas de governança de TI tentam estabelecer regras claras para o uso de inteligência artificial, profissionais em todos os níveis já encontram atalhos, plug-ins e assistentes não homologados que infiltram-se no cotidiano corporativo. É o nascimento da <strong>shadow AI</strong> — a camada subterrânea de experimentação que escapa ao radar dos comitês de segurança, mas que carrega tanto riscos latentes quanto possibilidades estratégicas.</p>



<p>O paralelo com o antigo fenômeno do <i>shadow IT</i> é inevitável, mas insuficiente. Se na década passada tratava-se de softwares paralelos, hoje falamos de algoritmos que processam dados sensíveis, moldam decisões e até influenciam fluxos de poder invisíveis dentro das organizações. O custo de ignorar esse movimento não é apenas técnico: é perder soberania sobre a própria arquitetura cognitiva da empresa.</p>



<p>Aqui emerge um dilema de governança: travar o uso é ineficaz; liberar indiscriminadamente é temerário. Executivos de TI e negócio precisam desenhar o que chamo de “governança da experiência algorítmica” — um regime que reconheça a inevitabilidade da exploração informal, mas que a canalize para ambientes controlados de teste e aprendizado. Trata-se de criar arenas de experimentação seguras, onde a curiosidade não seja criminalizada, mas sim monitorada e traduzida em inovação produtiva.</p>



<p>Na prática, a shadow AI funciona como um radar de sinais fracos: ao observar quais ferramentas emergem espontaneamente nas bordas da organização, líderes podem identificar antecipadamente padrões de produtividade, riscos de vazamento de dados ou novas lógicas de automação. Em vez de sufocar esse movimento, o executivo lúcido o transforma em laboratório estratégico, conectando-o às prioridades oficiais de segurança e eficiência.</p>



<p>O desafio, portanto, não é extirpar a shadow AI, mas decidir quais práticas subterrâneas merecem institucionalização e quais precisam ser neutralizadas antes que corroam a confiança. A fronteira entre o risco e a inovação não está no código das ferramentas, mas na arquitetura de governança que as envolve.</p>



<p>E talvez a questão mais provocadora seja esta: se a verdadeira vantagem competitiva estiver justamente nas brechas onde a shadow AI floresce, estaremos preparados para legitimar a desobediência como motor de inovação?</p>

O estado da arte da logística

Reinaldo A. Moura

Leia mais:

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

Sobre o autor

Reinaldo A. Moura

Comentários

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Mais artigos deNegócios e Gestão

AI Winter: os riscos de inovar sem governança

Você sabe a diferença entre promoção, prevenção e tratamento em saúde mental e em qual o nível as empresas precisam atuar?

Shadow AI: o risco invisível e a potência subterrânea