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<p><em>O segredo dos líderes em inovação está em entender que ideias, sozinhas, não bastam. O diferencial está na forma como são protegidas, geridas e transformadas em ativos estratégicos</em></p>



<p>Todos os anos, o Índice Global de Inovação (GII), publicado pela OMPI/WIPO, revela quais países estão na dianteira da criatividade transformada em riqueza. Em 2025, os resultados reforçam um ponto central: os líderes em inovação não apenas investem em ciência e tecnologia, mas protegem e potencializam seus ativos intelectuais como verdadeiros pilares de crescimento econômico.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Quem são os líderes?</h2>



<p>A Suíça permanece no topo, seguida por Suécia, Estados Unidos, Coreia do Sul e Singapura. Esses países não são apenas inovadores por investirem em P&amp;D ou tecnologia de ponta — o segredo está em como transformam ideias em valor protegido e escalável.</p>



<p>Nos clusters globais, regiões como Shenzhen–Hong Kong–Guangzhou, Tóquio–Yokohama, San Jose–São Francisco e Pequim dominam o cenário, combinando ecossistemas fortes, capital de risco e registros de propriedade intelectual em níveis recordes.</p>


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<h2 class="wp-block-heading">O que diferencia os líderes?</h2>



<p>O que diferencia os líderes em inovação é a forma como conseguem articular pesquisa, investimento e proteção estratégica.&nbsp;</p>



<p>Os dados do GII 2025 mostram que as publicações científicas seguem em expansão, com um crescimento de 5,6%, evidenciando a força da produção acadêmica global.&nbsp;</p>



<p>O investimento corporativo em pesquisa e desenvolvimento atingiu o patamar histórico de 1,3 trilhão de dólares, ainda que em um ritmo mais lento do que nos anos anteriores.&nbsp;</p>



<p>O capital de risco, por sua vez, tornou-se mais seletivo: há menos operações, mas os valores médios envolvidos são significativamente maiores, revelando uma busca por projetos mais consistentes e com maior potencial de retorno.</p>



<p>Além disso, as tecnologias verdes e digitais avançam em ritmo acelerado, impulsionadas por quedas expressivas nos custos de energia solar, baterias elétricas e sequenciamento genético.&nbsp;</p>



<p>Em síntese, o segredo dos líderes não está apenas em inovar, mas em saber gerir esse ciclo de conhecimento, investimento e proteção de forma estratégica, transformando ideias em valor sustentável.</p>



<h2 class="wp-block-heading">E o Brasil?</h2>



<p>O Brasil ocupa a 53ª posição no ranking mundial e o 2º lugar na América Latina, atrás apenas do Chile. O destaque está no fato de o país ser classificado como “acima da expectativa para seu nível de desenvolvimento”.</p>



<p>Isso significa que o Brasil tem mais capacidade de inovar do que seu patamar econômico indicaria. Setores como agronegócio, fintechs, energia renovável e ciências aplicadas já demonstram esse potencial. Mas, para que essa vantagem se consolide, é essencial que empresários brasileiros protejam suas marcas, tecnologias e criações intelectuais, transformando inovação em patrimônio real.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Oportunidades para empresários</h2>



<p>O cenário global aponta três lições práticas para quem empreende no Brasil:</p>



<ol class="wp-block-list">
<li>A inovação precisa ser protegida – marcas registradas, patentes e direitos autorais são ferramentas indispensáveis para transformar ideias em ativos duradouros.</li>



<li>O capital de risco está mais seletivo – investidores olham cada vez mais para empresas com estrutura jurídica sólida de propriedade intelectual.</li>



<li>Setores verdes e digitais são estratégicos – energias renováveis, biotecnologia e soluções digitais estão mais acessíveis e atraem investimentos globais.</li>
</ol>



<p>O segredo dos líderes em inovação está em entender que ideias, sozinhas, não bastam. O diferencial está na forma como são protegidas, geridas e transformadas em ativos estratégicos.</p>



<p>Se a Suíça, a Suécia e os Estados Unidos se mantêm no topo, não é apenas porque criam, mas porque sabem sustentar juridicamente e economicamente suas criações. E esse é o aprendizado que o Brasil precisa incorporar para avançar no ranking — e, mais do que isso, para fortalecer a posição de seus empresários no mercado global.</p>



<p>Nos vemos na próxima.</p>



<p>Lívia F Silva</p>


O segredo dos líderes em inovação

O segredo dos líderes em inovação está em entender que ideias, sozinhas, não bastam. O diferencial está na forma como são protegidas, geridas e transformadas em ativos estratégicos

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Administradores | Conhecimento para Resultados

<p><em>O caso Fast Tennis e o que ele nos ensina sobre estratégia, visão e maturidade empresarial</em></p>



<p>Se tem uma coisa que o tempo me ensinou na proteção de marcas é que os empresários mais preparados não são necessariamente os que mais investem em marketing, nem os que vendem mais rápido. São os que planejam com consciência — e marcam seu nome com cuidado.</p>



<p>Outro dia, participei do episódio do podcast <em>Empreendedores</em> com o Lucas André, fundador da Fast Tennis, e foi incrível. Dá gosto de ouvir ele falar sobre seu foco no cliente e sobre o propósito da sua empresa. Mas o que me chamou a atenção não foi só o modelo de negócio: <strong>foi a estratégia com que ele tratou sua marca desde o início</strong>.</p>



<p>Ele contou que, no momento de registrar a marca “Fast Tennis”, havia o risco de indeferimento pelo caráter genérico do nome — afinal, “Fast” e “Tennis” são palavras comuns no idioma inglês usadas no contexto da atividade da empresa.&nbsp;</p>



<p>E o que ele fez? Preparou um plano B.<br>Sim: enquanto buscava o registro principal, já tinha um nome alternativo viável escolhido — protegendo a operação caso o primeiro pedido fosse negado.</p>



<p>E eu, como advogada especializada em marcas, pensei:<br>“Isso é muita maturidade estratégica.”</p>



<h2 class="wp-block-heading">Registrar a marca faz parte da estratégia — não é apenas formalidade</h2>



<p>Vejo muitos negócios construindo reputação e identidade visual primeiro — e só depois decolando para o registro. Quando descobrem que podem ter problemas de indisponibilidade, a marca já está na boca do público — mas sem segurança jurídica.</p>



<p>E se o registro for indeferido?<br>E se houver conflito com marcas pré-existentes?<br>E se, ainda pior, o empreendedor tiver que lidar com franqueados ou distribuidores que investiram na marca?</p>



<h2 class="wp-block-heading">Os riscos de não se antecipar à proteção</h2>



<p>Uma marca indeferida não significa apenas que o registro não foi concedido.<br>Significa que o INPI identificou conflito ou falta de distintividade — e, usando essa marca, o negócio arrisca:</p>



<ul class="wp-block-list">
<li>Ações por infração de marca registrada por terceiros ou por concorrência desleal;</li>



<li>Indenizações por quebra de contrato para franqueados;</li>



<li>Perda de valor da empresa;</li>



<li>Comprometimento da segurança dos franqueados ou parceiros.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">O que o empreendedor deve fazer quando há uma possível recusa?</h2>



<p>Se você enfrentar um risco de indeferimento — ou se já recebeu um parecer negativo — lembre-se destas etapas:</p>



<ol class="wp-block-list">
<li><strong>Não espere que seja tarde demais.</strong> Avalie o motivo do indeferimento com um especialista em Propriedade Industrial.</li>



<li><strong>Avalie a possibilidade de recurso.</strong> Muitos indeferimentos podem ser revertidos com argumentos técnicos ou complementação documental.</li>



<li><strong>Tenha um plano B.</strong> Como Lucas fez, pense e proteja um nome alternativo viável desde o início.</li>



<li><strong>Revisite sua comunicação.</strong> Pequenos ajustes no uso da marca podem tornar o registro possível.</li>



<li><strong>Proteja a transição.</strong> Se precisar mudar o nome da marca, planeje a mudança com foco em clientes, franqueados e imagem de marca.</li>
</ol>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão: marca não é só um nome — é estratégia, proteção e futuro</h2>



<p>O que Lucas fez com a Fast Tennis foi mais do que registrar uma marca. Ele garantiu que sua expansão — e a confiança dos parceiros — continuasse segura, mesmo diante de uma eventual negativa (que não aconteceu). Isso é proteção estratégica.</p>



<p>E essa é a mensagem que quero deixar aqui:<br><strong>Registrar uma marca não é burocracia.</strong><strong><br></strong><strong>É parte fundamental do planejamento estratégico da empresa.</strong><strong><br></strong>E empreendedores que entendem isso — como o Lucas — constroem negócios que não apenas crescem, mas resistem ao imprevisto.</p>



<p>Nos vemos na próxima.</p>

Marca registrada não é detalhe. É parte do plano

<p><em>O que a história da marca australiana nos ensina sobre proteção de marcas posicionamento e ativos intangíveis</em></p>



<p>Você já ouviu falar da Hungry Jack’s?</p>



<p>Se não ouviu, talvez você conheça sua “mãe”: o Burger King.</p>



<p>O que talvez você não saiba é que, na Austrália, o Burger King não pode usar esse nome. E mais: a marca que assumiu seu lugar — a Hungry Jack’s — não só sobreviveu como prosperou a ponto de vencer uma disputa judicial com a gigante americana.</p>



<p>Essa é a razão da expressão: o “filho” venceu a “mãe”. E essa história é um prato cheio para refletirmos sobre estratégia de marca e expansão territorial.</p>



<p>Tudo começa nos anos 1970, quando o Burger King decidiu expandir para a Austrália e descobriu que o nome “Burger King” já havia sido registrado no país por um imigrante americano.</p>



<p>Resultado? A rede americana não pôde usar o próprio nome.<br>Para contornar o problema, ela licenciou a operação para um empresário australiano, Jack Cowin, e, juntos, escolheram outro nome: Hungry Jack’s.</p>



<p>Até aí, tudo parecia resolvido. Mas nos anos 1990, a matriz (já com outra gestão) decidiu retomar o controle da operação australiana e abrir lojas com o nome original: Burger King. Cabe aqui esclarecer que a marca do imigrante americano já estava expirada nesse período.</p>



<p>E foi aí que a disputa começou. Jack Cowin, que havia construído a marca Hungry Jack’s por mais de duas décadas, processou o Burger King por quebra de contrato, concorrência desleal e tentativa de esvaziamento de sua operação.</p>



<p>O que parecia uma “simples” questão de nome acabou se tornando uma disputa sobre respeito territorial, construção de marca e direitos contratuais.</p>



<p>A Justiça australiana deu razão à Hungry Jack’s e a Burger King foi obrigada a encerrar suas operações no país.</p>



<p>Hoje, a Hungry Jack’s é a única representante do Burger King na Austrália.<br>Mas com nome próprio. Marca própria. Reputação própria. E um mercado fiel.</p>



<p>O que essa história ensina? Marca é mais do que um nome.<br></p>



<p>A Burger King perdeu na Austrália porque não enxergou que marca não é só rótulo — é presença, contrato, proteção e estratégia.</p>



<p>Outro ponto importante desta história: direitos sobre uma marca são territoriais. O fato de você ser dono da marca no seu país não te garante nada fora dele. A proteção precisa ser planejada internacionalmente, e o timing é essencial.</p>



<p>O fato é que construção de marca é patrimônio. Jack Cowin poderia ter se rendido. Mas investiu em identidade própria, cultura local e posicionamento.</p>



<p>Por isso a Hungry Jack’s se conectou com os consumidores australianos de forma tão sólida que superou o peso da marca global.</p>



<p>Mais do que proteger juridicamente, é preciso construir valor de mercado, emocional e cultural em torno da marca. E isso exige visão de longo prazo.</p>



<p>A história da Hungry Jack’s é mais do que uma curiosidade corporativa.<br>É um lembrete poderoso de que, em negócios, não basta ter o nome. É preciso ter a visão para proteger no momento certo, para se adaptar ao mercado<br>e para construir reputação que sobrevive ao tempo — e até ao próprio criador.</p>



<p>Nos vemos na próxima.</p>

Quando o “filho” vence a “mãe”: o caso Hungry Jack’s e a força da visão estratégica sobre marcas

<p><em>Expandir a marca para outros países não é mais exclusividade de grandes corporações. Com o caminho certo, isso está ao alcance de negócios em crescimento</em></p>



<p>O que todo empreendedor precisa saber sobre o Protocolo de Madri.</p>



<p>Dias atrás, em uma reunião com dois empreendedores, fiz uma pergunta:<br>“Vocês sabem que podem registrar suas marcas em outros países diretamente do Brasil, sem precisar contratar advogados lá fora?”</p>



<p>O silêncio que veio em seguida me confirmou o que já imaginava: ainda são poucos os que conhecem o Protocolo de Madri — um sistema que pode abrir portas internacionais para marcas brasileiras com muito mais facilidade e menos custo do que parece.</p>



<p>E é sobre isso que quero conversar com você nesta coluna.&nbsp;</p>



<p>Porque expandir a marca para outros países não é mais exclusividade de grandes corporações. Com o caminho certo, isso está ao alcance de negócios em crescimento, prontos para novos mercados.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O que é o Protocolo de Madri?</h2>



<p>O Protocolo de Madri é um tratado internacional administrado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI/WIPO), que permite ao titular de uma marca registrada ou em processo de registro no Brasil solicitar a proteção dessa marca em outros países membros do tratado — diretamente pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).</p>



<p>Em outras palavras: você pode dar entrada no seu pedido de marca internacional sem sair do Brasil e com acompanhamento unificado.</p>



<p>Atualmente, 131 países fazem parte do sistema, incluindo Estados Unidos, União Europeia, Japão, Reino Unido, China, Austrália e Qatar.</p>



<h2 class="wp-block-heading">E por que isso importa?</h2>



<p>Porque o nome da sua empresa, produto ou serviço não tem fronteiras.</p>



<p>Se você já vende online, se participa de feiras internacionais, se atrai o interesse de distribuidores estrangeiros, se tem planos de internacionalização ou mesmo se quer proteger sua marca contra usos indevidos fora do país… então o registro internacional pode ser decisivo para sua segurança jurídica e para a valorização do seu negócio.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O que você precisa saber antes de usar o sistema</h2>



<p>O Protocolo de Madri é poderoso, mas exige estratégia. Aqui vão alguns pontos essenciais:</p>



<p>1) Você precisa ter a marca registrada ou em pedido no INPI;<br>2) A marca no exterior será exatamente como foi depositada no Brasil;<br>3) É necessário avaliar se os países desejados fazem parte do tratado;<br>4) O INPI envia o pedido à OMPI, que então distribui aos escritórios de cada país para análise local;<br>5) Cada país ainda pode aceitar ou recusar o pedido, de acordo com suas regras internas.</p>



<p>Ou seja, não é automático — mas é centralizado, o que já representa um ganho enorme em tempo, organização e investimento.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão: sua marca pode ir além das fronteiras</h2>



<p>Em um mundo cada vez mais conectado, a proteção territorial da marca deve acompanhar o crescimento do seu negócio.</p>



<p>Se você está expandindo — ou mesmo se está sendo observado por outros mercados — pense estrategicamente.</p>



<p>Porque, no fim das contas, registrar sua marca no exterior é proteger o que você criou para onde quer que ele vá.</p>



<p>E agora você já sabe: isso pode começar aqui mesmo, da sua sede, pela via certa.</p>



<p>Nos vemos na próxima.</p>

Registrar sua marca no exterior sem sair do Brasil? Sim, é possível

<p><em>Gamificação exige planejamento, customização e alinhamento com a cultura da empresa. Não é uma solução mágica, mas uma ferramenta poderosa quando bem aplicada</em></p>



<p>A gamificação e os jogos sérios não são apenas modismos — são ferramentas estratégicas para aumentar a motivação e o engajamento no ambiente corporativo. Um estudo recente com profissionais de TIC mostrou como essas ferramentas são aplicadas na prática.</p>



<p>Aqui estão três insights replicáveis para você ou sua empresa:</p>



<h2 class="wp-block-heading">1. Gamificação ≠ Jogo</h2>



<p>Gamificação é o uso de elementos de jogo (como pontos, rankings, recompensas e storytelling) em contextos que não são de entretenimento. Ou seja: não se trata de criar um jogo, mas de usar mecânicas lúdicas para tornar processos — como treinamentos, metas ou integração de equipes — mais envolventes.</p>



<p>🔹️ Antes de gamificar, defina claramente o comportamento que deseja incentivar. Recompense progresso, não apenas resultado.</p>



<h2 class="wp-block-heading">2. Foco no conteúdo, não na diversão</h2>



<p>Tanto a gamificação quanto os jogos sérios devem ter um propósito claro. A diversão é um meio, não o fim. O conteúdo e o objetivo de aprendizado ou desempenho devem sempre vir primeiro.</p>



<p>🔹️ Evite “gamificar por gamificar”. Cada elemento deve servir a um objetivo estratégico: engajar, educar ou melhorar performance.</p>





<h2 class="wp-block-heading">3. Envolva os gestores no processo</h2>



<p>A pesquisa mostrou que a falta de comunicação com gestores pode levar à baixa adesão em projetos gamificados. Líderes devem ser aliados na divulgação, explicação e reforço da ferramenta.</p>



<p>🔹️Treine os gestores para que eles entendam e defendam a iniciativa. Eles são multiplicadores de engajamento.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Por que isso importa?</h2>



<p>Empresas que usam bem a gamificação relatam:</p>



<p>· Maior retenção de conhecimento em treinamentos;· Colaboração espontânea entre equipes (“gamificação cooperativa”);</p>



<p>Mas atenção: gamificação exige planejamento, customização e alinhamento com a cultura da empresa. Não é uma solução mágica, mas uma ferramenta poderosa quando bem aplicada.</p>



<p>Referência:</p>



<p>Miri, D. H., &amp; Olea, P. M. (2024). Gamificação e Jogos Sérios para Motivação e Engajamento no Trabalho: Estudo com Profissionais de TIC. Gestão e Desenvolvimento em Revista,  91-112. </p>

3 insights práticos sobre gamificação no trabalho (baseados em pesquisa)

<p><em>O maior risco de uma empresa não está em perder clientes, mas em perder talentos por não ter a coragem de ouvir o que eles nunca disseram em voz alta</em></p>



<p>Você sabe o que realmente se passa na cabeça dos seus funcionários? A resposta pode surpreender você.</p>



<p>Muitos líderes acreditam que seus times estão motivados porque recebem um bom salário, têm benefícios e até participam de confraternizações. Mas, na realidade, o que move — ou desmotiva — um colaborador vai muito além disso.</p>



<p>Uma empresa de médio porte fez uma pesquisa interna de clima. O resultado surpreendeu a diretoria: mais de 60% dos colaboradores que se declaravam “satisfeitos” com o salário estavam, na verdade, insatisfeitos com a falta de reconhecimento e de oportunidades de crescimento. Pior: alguns dos que eram vistos como “engajados” já tinham planos de sair.</p>



<p>É como olhar para um iceberg: você enxerga apenas a ponta, mas a parte mais importante está escondida embaixo da superfície. E é justamente ali que mora a verdade sobre o que seus funcionários pensam e sentem.</p>



<p>Gerir pessoas sem escutar de verdade é como dirigir um carro olhando apenas pelo retrovisor. Você pode até manter o veículo em movimento, mas está sempre atrasado em relação ao que realmente importa — e cedo ou tarde, o impacto acontece.</p>





<p>Imagine a seguinte cena: aquele colaborador que você considera peça-chave, que sempre entrega além do esperado, está silenciosamente atualizando o currículo e conversando com outras empresas. Enquanto você acredita que está tudo bem, ele já tomou a decisão de buscar outro caminho.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O que fazer, então?</h2>



<p>A liderança precisa ir além da superfície. Isso significa:</p>



<p>1 - Criar canais reais de escuta e diálogo, sem julgamentos;</p>



<p>2 - Perguntar mais do que supor;</p>



<p>3 - Reconhecer não apenas resultados, mas também esforços;</p>



<p>4 - Mapear aspirações individuais e conectá-las ao propósito da empresa.</p>



<p>Porque a pergunta não é apenas <strong>“o que meus funcionários fazem?”</strong>, mas sim <strong>“o que eles sentem, sonham e temem?”</strong>.</p>



<p>No fim, o maior risco de uma empresa não está em perder clientes, mas em perder talentos por não ter a coragem de ouvir o que eles nunca disseram em voz alta.</p>

O que seus funcionários pensam pode ser diferente do que você imagina

<p><em>A questão não é se devemos usar IA ou contratar juniores. A questão é como podemos fazer os dois trabalharem juntos para criar valor sustentável e duradouro</em></p>



<p>Em uma era onde a inteligência artificial promete revolucionar praticamente todos os aspectos do trabalho, uma tendência preocupante tem ganhado força no mercado tecnológico: a substituição prematura de profissionais juniores por ferramentas de IA. Matt Garman, CEO da Amazon Web Services (AWS), foi direto ao ponto ao chamar essa prática de "a coisa mais burra que já ouvi". Suas palavras podem soar duras, mas refletem uma realidade que muitas empresas ainda não compreenderam completamente.</p>



<p>A tentação é compreensível. À primeira vista, substituir um desenvolvedor júnior por uma ferramenta tecnológica parece uma decisão financeiramente sensata. Afinal, profissionais em estágio representam custos de contratação, treinamento, benefícios e, inevitavelmente, erros que fazem parte do processo de aprendizagem. A IA, por outro lado, promete eficiência imediata, disponibilidade 24/7 e custos operacionais aparentemente mais baixos.</p>



<p>No entanto, ao pesquisar estudos sobre a substituição de habilidades humanas pela inteligência artificial, é possível encontrar os seguintes dados:</p>



<p>O&nbsp;<u>relatório</u> da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que 25% dos empregos no mundo estão potencialmente ameaçados pela IA generativa. Já o&nbsp;<u>Fórum Econômico Mundial prevê que até 2030, cerca de 92 milhões de empregos poderão ser eliminados pela automação e IA, ao mesmo tempo em que 170 milhões de novos empregos serão criados.</u></p>



<p>Se analisarmos os dados, fica evidente que a discussão não é sobre a eliminação de postos de trabalho em si, mas sobre a transformação da natureza do trabalho. As inovações não apagam a necessidade de profissionais humanos, mas mudam o tipo de competência que será exigida deles. E é justamente nesse ponto que o papel do profissional júnior se torna ainda mais estratégico.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O custo invisível da substituição</h2>



<p>Quando empresas optam por substituir juniores por IA, estão criando um problema de sucessão que pode ser devastador no médio e longo prazo. Como questionou Garman: "Se essa turma some, quem vai segurar o bastão daqui a 10 anos?"&nbsp;</p>



<p>O júnior é o elo entre a base técnica e o futuro da liderança. É quem se engaja mais rapidamente nas novas ferramentas, experimenta, erra, acerta e cria repertório para sustentar a evolução da equipe nos próximos anos. Ao cortar esse elo em nome da “eficiência imediata”, as empresas podem estar comprometendo sua própria capacidade de formar talentos que entendam tanto da tecnologia quanto do negócio.&nbsp;</p>



<p>Esses profissionais também possuem algo que a IA ainda não conseguiu replicar: a capacidade de aprender e se adaptar ao contexto específico da empresa, seus processos, cultura e desafios únicos. Enquanto a tecnologia opera com base em padrões gerais, os novatos desenvolvem um entendimento profundo das particularidades do negócio.</p>



<p>Além disso, por mais avançada que a IA seja, ela&nbsp;<strong>não consegue ensinar</strong>. Decompor problemas complexos, construir raciocínio lógico estruturado, pensar de forma criativa em trabalhos em equipe, lidar com ambiguidades e desenvolver pensamento crítico são competências que só podem ser adquiridas pela vivência profissional. O processo de amadurecimento de um júnior em um time&nbsp;<strong>não é um custo supérfluo, é um</strong>&nbsp;<strong>investimento em sucessão e continuidade</strong>.&nbsp;&nbsp;</p>



<p>Paradoxalmente, são os juniores que mais se engajam com as inovações tecnológicas. Eles cresceram em um mundo digital, são naturalmente curiosos sobre novas tecnologias e não carregam resistências ou preconceitos em relação ao uso da IA, por exemplo, como ferramenta de trabalho. Essa combinação de juventude e abertura tecnológica os torna os melhores candidatos para explorar e maximizar o potencial dessas próprias ferramentas.&nbsp;&nbsp;</p>



<p>Ademais, equipes compostas apenas por profissionais seniores tendem a ser mais homogêneas em suas abordagens e soluções. Os novatos trazem perspectivas frescas, questionam o status quo e frequentemente propõem soluções inovadoras que profissionais mais experientes podem não considerar.&nbsp;</p>



<h2 class="wp-block-heading">A abordagem correta: júnior aprendendo com IA</h2>



<p>A verdadeira revolução não está em substituir profissionais juniores por IA, mas em capacitá-los a trabalhar em sinergia com essas ferramentas. Essa abordagem oferece vantagens significativas:</p>



<h3 class="wp-block-heading">1. Multiplicação da produtividade</h3>



<p>Quando bem orientados, esses profissionais podem usar a tecnologia para acelerar tarefas repetitivas e focar em atividades que realmente agregam valor, como análise de requisitos, design de soluções e resolução criativa de problemas.</p>



<h3 class="wp-block-heading">2. Aprendizagem acelerada</h3>



<p>A IA pode servir como um tutor disponível 24/7, ajudando a esclarecer dúvidas, explorar diferentes abordagens e aprender boas práticas de desenvolvimento. Isso acelera significativamente a curva de aprendizagem.</p>



<h3 class="wp-block-heading">3. Preparação para o futuro</h3>



<p>Os que crescem trabalhando lado a lado com IA estarão melhor preparados para liderar equipes em um mundo onde essa tecnologia será onipresente.</p>



<p>Ou seja, contratar e desenvolver profissionais iniciantes é, fundamentalmente, um investimento no futuro da empresa. Sim, eles custam dinheiro no curto prazo. Sim, eles cometem erros. Mas esses custos são amplamente compensados pelos benefícios de longo prazo, como:&nbsp;</p>



<p><strong>Lealdade e comprometimento</strong>: colaboradores que crescem na empresa tendem a ser mais leais e comprometidos;</p>



<p><strong>Conhecimento institucional</strong>: eles desenvolvem um entendimento profundo dos processos e cultura organizacional;</p>



<p><strong>Pipeline de talentos</strong>: garantem a continuidade e evolução das competências técnicas da equipe. </p>





<h2 class="wp-block-heading">Repensando a estratégia</h2>



<p>A inteligência artificial é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa que está transformando o mercado de trabalho. No entanto, tratá-la como substituta direta de profissionais juniores é um erro estratégico que pode custar caro demais no futuro, porque o risco de substituir pessoas em formação por máquinas não é apenas perder “mão de obra barata”, mas criar um futuro sem talentos para assumir posições mais complexas.&nbsp;</p>



<p>A estratégia mais sábia é investir na capacitação desses profissionais capazes de interagir de maneira harmônica com a tecnologia, tirando proveito do melhor de ambos os mundos. Como líderes e tomadores de decisão, precisamos resistir à tentação do "barato que sai caro" e pensar estrategicamente sobre o futuro das nossas organizações. Afinal, as empresas que prosperarão na era da IA não serão aquelas que simplesmente substituíram humanos por máquinas, mas sim aquelas que souberam criar as melhores parcerias entre ambos.</p>



<p>A questão não é se devemos usar IA ou contratar juniores.&nbsp;<strong>A questão é como podemos fazer os dois trabalharem juntos para criar valor sustentável e duradouro.</strong></p>

O segredo dos líderes em inovação

Lívia F. Silva

Leia mais:

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

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Lívia F. Silva

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