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Na medida que ficamos mais velhos ganhamos mais experiência, principalmente com os erros que cometemos.
<blockquote>
“A experiência não é o que nos acontece; é o que fazemos com aquilo que nos acontece.” Aldous Huxley
</blockquote>
Quando somos jovens temos a tendência de nos influenciar com maior facilidade e seguir “tendências”. Duvida?
Houve uma época que o grande sonhos dos jovens era se formar na faculdade e sair com emprego para trabalhar longos anos. Depois veio um período no qual ser um grande executivo e ser workholic sem tempo para família era sinal de status. Atualmente, há uma grande valorização pela Geração Y que valoriza mais a liberdade e qualidade de vida. Também vemos um grande movimento do empreendedorismo e parece que não ser empreendedor é como não gostar de futebol, ou seja, alguém que está “fora da moda”.
Ok, mas o que tudo isso tem haver com o tema do post “Era da educação ou revolução do ensino? Tempo de aprender!“?
Para continuarmos com esta reflexão, gostaria que respondesse uma pergunta:
<blockquote>
Você está fazendo o que ama neste momento?
</blockquote>
Eu estou fazendo o que amo! Apesar de ser domingo e estar no SESC Belenzinho com a família, eles na piscina e eu trabalhando. Fiz uma pausa na palestra que estou preparando para Siemens Audiologia sobre Marketing Digital. Eu adoro aprender novos temas, conectar pessoas e ter novas ideias. Para uma palestra ou aula ainda temos o desafio de transmitir estas ideias e insights de forma didática com o objetivo de facilitar o aprendizado dos alunos. Vejam o material incrível sobre o tema <a href="http://www.pinterest.com/marciookabe/audiologia">Audiologia que reuni no Pinterest</a>.
<h4>Revolução da educação</h4>
A humanidade atravessou várias eras e revoluções: Idade da Pedra, Revolução da Agricultura, Revolução Industrial, Revolução da Informação, Revolução do Conhecimento, etc. Vejam este excelente documentário <a href="http://www.youtube.com/watch?v=oubCofHAlZY">Humanidade – A História de Todos Nós</a>.
A internet e a tecnologia estão revolucionando praticamente todas as áreas de conhecimento. A revolução da comunicação que deixou de ser um recurso restrito a grande grupos e passou a ser acessível a qualquer pessoa com um celular com acesso à internet inverteu todas as regras de negócios.
Apesar do grande foco em marketing que a internet teve ao longo de muitos anos, acredito que nos últimos anos está acontecendo uma mudança em direção EDUCAÇÃO. Na minha opinião, a principal razão para isso é a facilidade de publicação de vídeos online. Neste gráfico do artigo “<a href="http://www.wired.com/magazine/2010/08/ff_webrip/">The Web Is Dead. Long Live the Internet</a>“, Chris Anderson mostra que o volume de conteúdo que será compartilhado no formato vídeo irá crescer muito.
<img decoding="async" src="https://administradores-media-dev.s3.amazonaws.com/app/uploads/2022/01/27222532/web-is-dead-long-life-internet.jpg" alt="web-is-dead-long-life-internet.jpg" width="640" />
Grande parte da educação será através de vídeos online e será realizada fora dos centros formais de ensino.
<h4>Revolução do ensino</h4>
O ensino tradicional tem como base as escolas e universidades, porém o mundo atual criou uma infinidade de oportunidades de trabalho e aprendizado. O ensino deixou de ser monopólio das grandes instituições, pois qualquer um pode criar uma escola online para compartilhar seu conhecimento. Foi desta forma que Salman Khan se tornou o “melhor professor do mundo” ao compartilhar suas aulas através de vídeos e transformar a Khan Academy em um modelo de ensino.
<img decoding="async" src="https://administradores-media-dev.s3.amazonaws.com/app/uploads/2022/01/27222532/khan-academy.jpg" alt="khan-academy.jpg" />

Outro dia, conversando com um taxista ele comentou que a filha dele está cursando faculdade de Publicidade. A mensalidade é superior a R$ 1 mil e fazendo uma conta rápida, 4 anos de estudo equivalem a um investimento de mais de R$ 50 mil. O pior é que após todo este esforço, a faculdade irá ajudar muito na busca por uma colocação no “mercado de trabalho”. Pensem comigo, qual é a lógica deste modelo? Reconheço que áreas como medicina e engenharia precisam do ensino formal. Porém, áreas como comunicação, marketing, criação, programação, design e dezenas de outras realmente precisam do ensino formal ou tudo isso faz parte de uma indústria? Acredito que vivemos uma fase de transição e cabe a cada um tomar sua decisão pessoal em torno dos temas APRENDIZADO e TRABALHO.
<h2>Tempo de aprender</h2>
Em minha palestras uso a Kodak como exemplo de empresa que não soube se reinventar. A fotografia digital atropelou a fotografia análogica. O Instagram não poderia ter nascido dentro de uma “área de pesquisa” da Kodak?
Fica como reflexão para pergunta:
<blockquote>
As instituições formais saberão se reinventar na área de educação?
</blockquote>
Assisti uma palestra organizada pela School of Life Brasil de Roman Krznaric cujo tema era “<a href="http://marciookabe.com.br/palestras/uma-nova-visao-do-trabalho-the-school-of-life-roman-krznaric/">Uma nova visão sobre trabalho</a>” onde ele faz boas provocações para mostrar a ambiguidade que muitas pessoas estão vivendo na questão do trabalho.
Uma das frases que mais gostei na palestra foi “Aja primeiro, pense depois”. A explicação para esta frase é que a grande maioria das pessoas fica “planejando” um novo trabalho, mas não agem! Ficam fazendo dezenas de cursos, MBAs e cursos online, mas não partem para AÇÃO.
Uma das melhores frases que ele citou foi:
<blockquote>
“Onde as necessidades do mundo e os seus talentos se cruzam, aí está a sua vocação.” Aristóteles
</blockquote>
Há alguns anos, escrevi o artigo “<a href="http://imasters.com.br/artigo/14470/mercado/da-revolucao-industrial-a-revolucao-do-conhecimento/">Da Revolução Industrial à Revolução do Conhecimento</a>” no qual questiono o modelo atual de trabalho e a importância de ter um equilíbrio entre Lazer, Trabalho e Aprendizado como Domenico de Masi explica em seu livro Ócio Criativo.
Levei mais de 10 anos para compreender a essência do Ócio Criativo, mas acredito que descobri que a fórmula seja mais simples e que também aprendi em um livro que li há muitos anos atrás.
<img decoding="async" style="float:left;margin:0px 10px 10px 0px;width:300px;height:259px;" src="https://administradores-media-dev.s3.amazonaws.com/app/uploads/2022/01/27222533/7-Leis-Espirituais-do-Sucesso.jpg" alt="" />
Há muitos anos (muitos MESMO) eu li o livro “As Sete Leis Espirituais do Sucesso” de Deepak Chopra que é um médico indiano e autor de mais de 25 livros de auto ajuda.
O livro foi lançado em 1994 e foi um dos maiores sucessos de venda. Uma das frases que me marcou foi:
<blockquote>
 “Descubra algo que faria de graça o resto da vida e depois dê um jeito de ganhar dinheiro.”
</blockquote>
Você pode estar pensando “Falar é fácil, difícil é colocar em prática”, “No meu caso é complicado porque…” e outros pensamentos para justificar razões para discordar da frase acima.
A verdade é nunca foi tão fácil ter um site para divulgar seus produtos/serviços, lançar uma loja virtual, dar aulas online, fazer consultoria via internet, etc. O problema é que o que é fácil para um é fácil para todos e a velha lei da oferta e procura tende a tornar barato o que tem muitas ofertas.
<blockquote>
Mais do que nunca é fundamental você descobrir sua essência e saber o que tem paixão a ponto de “fazer de graça”
</blockquote>
Caso contrário, corre o risco de se tornar um eterno garimpeiro.
Escrevi um artigo “<a href="http://imasters.com.br/artigo/13861/mercado/a-corrida-do-ouro-e-a-internet/">A Corrida do Ouro e a Internet</a>” que foi inspirado em uma pergunta feita por um cliente:
“Você sabe quem ganhou dinheiro na corrida do ouro? Quem vendia pás e picaretas”
Esta pergunta me fez aprender a ficar atento e buscar identificar “grandes oportunidades” e evitar me tornar novamente um garimpeiro do mundo digital.
<h4>A decisão de mudar é sua!</h4>
No primeiro post de 2014 em meu blog “<a href="http://marciookabe.com.br/cursos/o-que-voce-vai-aprender-em-2014/">O que você vai aprender em 2014</a>” eu proponho reflexões em torno do tema aprendizado e comento os diversos projetos e parceiros de cursos. Destaco os dois que considero mais inovadores:

Revolução da educação ou revolução do ensino? Tempo de aprender!

A internet e a tecnologia estão revolucionando as formas tradicionais de ensino, pois a facilidade em criar blogs, sites e vídeos online aliado à disponibilidade de acesso de plataformas móveis permite as pessoas possam aprender e ensinar de qualquer lugar com conexão à internet. Porém, é importante lembrar que aprendizado é pessoal e depende da decisão de cada um

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O objetivo deste artigo não é ser um estudo acadêmico, mas apenas um convite à reflexão para que possamos tomar decisões mais assertivas como investir nosso tempo de estudo e o dinheiro de nossos clientes nos projetos de marketing online.
Nos últimos anos, duas grandes tendências se consolidaram como essenciais nas estratégias de marketing online: O marketing de busca – também conhecido como SEM (search engine marketing) – que se divide em links patrocinados e SEO (search engine optimization) -; e as redes sociais (Social Media).
Como reação natural, surgiram diversas agências especializados em SEO e redes sociais. As agências web também passaram a oferecer serviços de SEO e redes sociais com parte de seu leque de serviços. Infelizmente é comum estagiários assumirem estas atividades que não são o core-business. É importante valorizarmos cada atividade, pois ofertar serviços nos quais não somos especialistas apenas prejudica todo setor. SEO e redes sociais vieram para ficar, e devem ser tratados como novos segmentos de mercado, tal como é o design e a programação.
Que lição podemos aprender com a crise pós-bolha em 2001? Na minha opinião, em 2001 esquecemos que era necessário ter audiência e pessoas navegando na internet. Naquela época ainda era comum muitas pessoas usarem internet discada, a base de usuários ainda era pequena e o tempo médio de navegação era muito menor do que hoje. O resultado desta combinação de fatores era a impossibilidade de fechar a conta entre anunciantes, portais e PÚBLICO. Em resumo, tinha muito portal para pouco público.
Uma nova bolha?
Li este post no twitter do @renedepaula, e vale uma boa reflexão.
<img src="http://conteudo.imasters.com.br/13861/a.gif" alt="" />
<h2>Mercado de SEO</h2>
Sobre o mercado de SEO e redes sociais, acredito que está ocorrendo algo similar, pois há um crescente número de profissionais que estão se capacitando (OK), porém muitos oferecem o serviço sem conhecimentos mínimos necessários para prestar um serviço de qualidade (não OK).
Aém disso, ainda é muito grande o número de profissionais de marketing, sócios/donos de empresas e outros profissionais de negócios que não entendem a importância de aparecer nos resultados orgânicos de busca (early-majority e later-majotiry – ver artigo: Marketing e Tecnologia: Eterno Dilema). Muitas pessoas que tomam decisões de investimentos em marketing focam apenas nos links patrocinados como estratégia de marketing de busca, o que é um erro estratégico.
Creio que é necessário um movimento de todos no sentido de criar uma cultura de busca nas pessoas de modo que o SEO se torne uma prioridade, e com isso, o aporte de investimentos e demandas de projetos será maior. Também é fundamental mostrar a importância do investimento na geração de conteúdo para potencializar o trabalho de SEO.
Dentre os principais fatores para o SEO, podemos destacar a meta tag TITLE, as URLs amigáveis e o número de páginas indexadas. Notem que a cada novo artigo em um site, teremos mais um TITLE, uma URL amigável e uma URL indexada no Google. Em resumo, quanto mais conteúdo, melhor para o SEO.
A área de conteúdo deve conhecer as boas práticas de SEO para conteúdo e alimentar o site com conteúdo relevante. O conteúdo não deve ser apenas o tradicional, deve ser relevante e cativar o leitor como um bom livro. Sabemos que isso exige investimento de tempo e recursos (contratar bons profissionais de conteúdo), mas o resultado irá surpreender. Como está o conteúdo do seu site?
Aproveitando a metáfora da corrida do ouro, conteúdo relevante são as jóias resultantes de um bom trabalho de garimpagem.
Este gráfico ilustra como seria o ciclo de vida do SEO, mostrando que estamos na fase de crescimento e maior lucratividade, mas que o aumento da competição irá gerar um declínio do lucro e uma consolidação dos players. Como ocorreu no início da internet quando houve um boom de produtoras web, estamos vivenciando um boom de agências de links patrocinados, SEO e redes sociais.
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Aprendizado como solução
Gosto muito desta frase de Leonardo da Vinci, “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”, pois ela reflete a minha opinião sobre a importância de resistir à tentação de colocar os ganhos financeiros à frente do aprendizado.
Ministro cursos de AdWords e SEO (search engine optimization) desde 2007, e tenho visto como pessoas sem conhecimentos da importância do marketing de busca saem do curso encantadas com esta nova maneira de olhar o marketing online. É importante que todo profissional de SEO assuma seu lado professor.
<h2>Redes Sociais</h2>
Não sou especialista em redes sociais, apesar de ser um heavy-user, usando de forma ativa Twitter, Facebook, Youtube, Slideshare, Flickr, Scribd, Gengibre, Delicious, Gafanhoto, Digg, etc. Portanto, peço a compreensão dos especialistas em Social Media nas opiniões que darei a seguir. Retirei este trecho de uma matéria publicada em 2007:
“Vejam o caso do Facebook, um site de redes sociais que ainda não provou sua viabilidade financeira: consta que seu valor está sendo avaliado pelos investidores em até US$ 15 bilhões. Isso equivale a quase metade do valor de mercado do Yahoo, uma empresa com 38 vezes mais funcionários e, com base em estimativas sobre a receita do Facebook, 32 vezes mais faturamento” Fonte: Tecnologia Terra
O Twitter é um excelente exemplo da explosão de uma rede social. Já se consolidou entre os usuários inovadores e early-adopter (ver artigo:Marketing e Tecnologia: Eterno Dilema), mas ainda não faz parte do dia-a-dia da maioria das pessoas que desconhecem redes sociais, que para as pessoas mais ligadas à inovação são comuns como Slideshare, Digg e Delicious.
Tenho visto um crescente número de ofertas de serviços de ações de marketing online em redes sociais. Não quero negar a importância de investir em redes sociais, mas reforçar que devemos evitar as armadilhas de achar que ser apenas um bom usuário de redes sociais já nos capacita a fazer um planejamento de ações em redes sociais.
Enquanto o SEO tem um foco no conteúdo, as redes sociais são focadas no diálogo. Por este motivo, é muito importante que profissionais de marketing/comunicação utilizem e/ou testem as principais redes sociais para ter a oportunidade de serem usuários. Afinal, como planejar ações no Youtube, Twitter, Facebook e outras redes se as pessoas envolvidas não passaram pela experiência de postarem um vídeo no Youtube ou terem seguidores no Twitter?
Um case de uma campanha com miopia de marketing no Youtube, é da empresa Centauro. Li um artigo no Portal da Propaganda com elogios à “primeira campanha interativa no Youtube (ver vídeo)“, mas visitando o vídeo você perceberá pelos comentários que não atingiu o público de forma eficaz e não teve nenhum efeito viral (tem menos de 20 mil visualizações desde junho/2008).
Em contrapartida, digitem “Galinha” no Google e assistam o excelente vídeo da Galinha Pintadinha com mais de 9 milhões de visualizações! Meu fillho tem 6 anos e adorou os vídeos, e adivinhem só… a responsável pelos vídeos é uma produtora – Bromélia Filminhos – de Campinas. Um case de sucesso de marketing viral, SEO e redes sociais, parabéns para os responsáveis!
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Conteúdo e redes sociais
Antes das redes sociais, o conteúdo era publicado no site da empresa. Atualmente, é importante rever nosso conceito de CONTEÚDO, pois os 140 caracteres do Twitter podem parecer insignificantes, mas a partir deles podemos ser levados para vídeos no Youtube, Blogs, Fotos e outros conteúdos relevantes indicados por uma pessoa que escolhemos seguir. As redes sociais estão muito mais ligadas ao conceito de diálogo e conexões com pessoas, do que conteúdo e palavras-chave como no SEO.
O nosso site passa a cumprir a função de agregar parte do conteúdo que temos distribuído na internet.
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Conclusão
Para concluir o raciocínio deste artigo, quem ganhou dinheiro na corrida do ouro foram as pessoas que vendiam pás e picaretas. Nosso desafio atual é descobrir quais são as pás e picaretas da internet de hoje. Se você descobrir, lembre-se de me avisar também!

A corrida do ouro e a Internet

<h2>Passado, presente e futuro</h2>
Veja a imagem abaixo e reflita alguns minutos. Se você for geração Y, é muito provável que nunca tenha colocado as mãos em uma enciclopédia BARSA e em um long play.
<img src="http://imasters.com.br/wp-content/uploads/2013/02/passado-presente.jpg" alt="passado-presente" />
Porém, se você é geração baby-boomer ou geração X, já fez pesquisas na Barsa, ouviu muitos LP´s, comprou filmes 24 poses da Kodak e consultou as páginas amarelas. Estas gerações são as que enfrentam as maiores dificuldades com as mudanças que a internet trouxe. Depois que um modelo de negócio se torna passado, é fácil criticar a Kodak por falta de visão; a indústria fonográfica por não perceber a tendência do MP3 e outras dezenas de exemplos. Porém, bater em cachorro morto é fácil. Como saber se você não é o sapo morre lentamente na água quente.
Vejam um painel do Pinterest com artigos selecionados sobre o tema “<a href="http://pinterest.com/marketing30/declinio-de-modelos-de-negocios/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Declínio de Modelos de Negócios</a>“:
<img src="http://imasters.com.br/wp-content/uploads/2013/02/declinio-modelos-de-negocio.jpg" alt="declinio-modelos-de-negocio" />
A palestra de Sílvio Meira, ministrada no TEDx São Paulo 2009, é fundamental para pensarmos fora da caixa sobre o tema educação e futuro.
 
<h2>Evolução do desenvolvimento de sites</h2>
Trabalho com internet desde 1997 e achei que ficaria rico fazendo sites com FrontPage. Naquela época, houve um deslumbramento com o potencial de comunicação que a internet trouxe. Surgiram as empresas “pontocom” que tinham modelos de negócios focados em gerar audiência para depois vender publicidade. Em 2000, veio a crise conhecida como “estouro da bolha da internet” e foi o fim do sonho de muitos empreendedores. A verdade é que houve uma valorização irreal do potencial para internet para valorizar as empresas e gerar lucro para poucas pessoas. Naquela época, ainda não havia um volume de usuário que justificasse todos os portais que foram lançados. Além disso, as conexões eram lentas e as pessoas não usavam de forma intensiva como hoje. Muitos tinham uma tal de “conexão discada”, lembram?
<img src="http://imasters.com.br/wp-content/uploads/2013/02/corrida-do-ouro.jpg" alt="corrida-do-ouro" />
O fato é que centenas de pessoas abriram produtoras de sites e milhares de jovens estudaram web design e aprenderam a fazer sites. Os sites em flash foram muito populares durante muito tempo, afinal eram cheios de efeitos especiais e as pessoas adoravam. Verdade seja dita, na maioria das vezes quem gostava do site era o dono da empresa ou o gestor de marketing.
Escrevi um artigo, “<a href="http://www.konfide.com.br/index.php?option=com_k2&amp;view=item&amp;id=56:a-corrida-do-ouro-e-a-internet&amp;Itemid=123" target="_blank" rel="noreferrer noopener">A Corrida do Ouro e a Internet</a>“, que foi inspirado a partir de uma pergunta de um cliente (Mauro Martins, da MKM Consulting), que fez a seguinte provocação “quem ganhou dinheiro na corrida do ouro?”.
Nós, seres humanos, temos o hábito de repetir comportamentos – certos ou errados – e, no caso da internet, há uma tendência ao deslumbramento pelas novas tecnologias.
<h2>Evolução das tecnologias da internet</h2>
A internet evoluiu e, com o advento do Google que se tornou o gigante da internet, iniciou-se a fase do Search Marketing. Para garantir uma presença no Google, é necessário gerar conteúdo e conquistar links em diversos outros sites. Com a explosão das mídias sociais (não confundir com redes sociais), sendo o Facebook a estrela principal, o usuário conquistou um poder nunca antes imaginado. Qualquer pessoa pode ser tornar uma celebridade da noite para o dia.
O gráfico abaixo mostra de forma interativa a evolução das diversas tecnologias da internet e compatibilidade com os browsers (<a href="http://www.evolutionoftheweb.com" target="_blank" rel="noreferrer noopener">http://www.evolutionoftheweb.com</a>).
<img src="http://imasters.com.br/wp-content/uploads/2013/02/evolutionoftheweb.jpg" alt="evolutionoftheweb" />
<h2>4 fases da internet</h2>
O gráfico abaixo mostra de forma muito didática as quatro grandes fases da internet. Leiam o artigo original “<a href="http://theambitiouslife.com/the-four-internet-ages" target="_blank" rel="noreferrer noopener">The Four Internet Ages</a>“.
<img src="http://imasters.com.br/wp-content/uploads/2013/02/4-eras-da-internet.jpg" alt="4-eras-da-internet" />
<ul><li>Fase inicial: A geração Y não vivenciou da primeira fase da internet onde predominou a Guerra dos Browsers e o Yahoo! despontou como a grande promessa. O desafio era a busca por usuários. Tecnologias como o Flash buscavam impressionar os visitantes que chegavam ao site através de mídias tradicionais como TV, rádio, jornais e… Outdoors. Foi a era dos “grandes” portais.</li>
<li>Era da Busca: Com a grande quantidade de conteúdo, as pessoas necessitavam encontrar de forma simples e o Google se tornou a principal plataforma. Surgiu a indústria de SEO/SEM para ajudar as empresas a se posicionarem nos primeiros lugares das buscas. Sites em flash perdem lugar para blogs e sites com conteúdo relavante. É a era do marketing de conteúdo.</li>
<li>Internet Social: Com a grande adoção das mídias sociais e com a explosão do Facebook como principal plataforma social. Surgem empresas como Zynga (FarmVille, CityVille, etc.) e Groupon que atingem a marca de U$ 1 bilhão em pouco tempo. O Zynga atingiu 100 milhões de usuários em menos tempo do que o próprio Facebook.</li>
<li>Internet Móvel: próxima onda sem dúvida será a internet móvel, pois a cada dia que passa aumenta o tempo de uso da internet via smartphones. A briga pelo domínio da plataforma se concentra no iPhone e Android. O Foursquare se desponta como grande promessa da combinação mobile + geolocalização.</li>
</ul><h2>Gerenciamento de conteúdo</h2>
Antigamente, os sites eram em HTML ou Flash. Porém, com o aumento da diversidade de tecnologias para criação de sites, criou-se uma competição entre tecnologias: ASP vs PHP; Joomla! vs WordPress; site estático vs site dinâmico, etc.
Ter um site fácil de gerenciar se tornou de fundamental importância e tem sido motivos de sucesso para algumas empresas que adotaram boas soluções e fracassos para outras não gerenciam seu conteúdo com facilidade. Houve (e ainda há) uma grande disputa por criar “o melhor sistema de gestão de conteúdo”, porém o mercado rapidamente se adaptou e surgiram duas grandes indústrias:
<h3>Criadores de sites vs CMS open source (Joomla! e WordPress)</h3>
A evolução de plataformas de criação de sites, como Wix.com, Basekit e construtores de sites dos provedores de hospedagem tornam mais fácil para o usuário leigo criar seu site sem custos de design e programação. Para muitas empresas e profissionais independentes, o uso de construtores de sites evita a necessidade de contratar desenvolvedores para criarem seus sites. Porém, como na metáfora do sapo, grande destes sites são institucionais e sem foco no conteúdo, com isso não conquistam relevância na internet e no Google.
O Joomla! e o WordPress se tornaram as duas principais plataformas de gestão de conteúdo. O WordPress tem duas grandes vantagens na adoção inicial, tem o site WordPress.com que torna simples a criação de um blog e por ser mais simples de usar e customizar conquistou uma base maior de usuários. O Joomla! tem a vantagem de ter sido criado com a finalidade de criação de sites, ao contrário do WordPress cujo foco é a criação de blogs. Sem entrar no mérito de qual é melhor, o fato é que os dois praticamente se tornaram padrão como plataformas de CMS. Ambos são desenvolvidos em PHP, que é a linguagem de programação que roda em Linux, portanto é uma grande vitória para o conceito de desenvolvimento open source.
<img src="http://imasters.com.br/wp-content/uploads/2013/02/evolucao-sites.jpg" alt="evolucao-sites" />
<h2>Síndrome do sobrinho</h2>
A facilidade em aprender a criar sites usando plataformas como Wix ou sistemas de CMS como Joomla! e WordPress empurram para o mercado um número cada vez maior de pessoas sem experiência para criar sites. Este fenômeno é conhecido como a “síndrome do sobrinho”, que basicamente é um profissional, em geral jovem, que com poucos conhecimentos em uma tecnologia já ingressa no mercado de trabalho. Infelizmente, a maioria destes “profissionais” jogam os preços para baixo, pois não sabem aplicar as boas práticas para um bom site. O resultado são sites mal-otimizados para o Google, sem sistemas de gerenciamento de conteúdo, sem Google Analytics e outros recursos fundamentais para potencializar o marketing digital.
Por outro lado, existem outros sobrinhos que são os próprios donos de micros e pequenas empresas que não têm como contratar agências e executam suas próprias ações de marketing digital. Não cabe a mim julgar certo ou errado, mas mostrar as tendências. O próprio Google AdWords, que não tinha nem telefone de contato no início, hoje tem o programa Google Engage e um canal direto com os pequenos anunciantes. Nada como a concorrência, não?
<h2>Qual a solução para as agências digitais?</h2>
É lógico que as agências digitais estão em crescimento e não irão acabar, assim como ainda existem as gráficas e locadoras de vídeos. Porém, é importante avaliar se você está no seu negócio para ganhar dinheiro ou porque tem real interesse em ajudar seus clientes. Na revolução industrial quem detinha os “meios de produção” tinha o poder e lucro garantido. Com a revolução da informática e da era da informação veio a promessa das pessoas poderem ser mais livres para trabalhar de forma flexível, porém as empresas se mantiveram no padrão industrial com funcionários trabalhando de 9h às 18h. Somente com o real uso da internet como plataforma e a adoção maciça pelas pessoas e, principalmente, com o empoderamento das pessoas sobre a gestão de seu conteúdo na internet estamos entrando de verdade na era do conhecimento. Ou melhor, na era da colaboração.
Quem sabe a solução não seria o trabalho colaborativo e em rede? Por que um cliente não pode ser atendido por mais de um fornecedor de soluções digitais?
Veja uma apresentação minha com <a href="http://prezi.com/b_4pvcmfgou5/reflexoes-sobre-passado-presente-e-futuro/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">reflexões sobre passado, presente e futuro</a>.

O declínio das agências digitais

Quem se recorda das profissões de calígrafo, digitador, tipógrafo, desenhista-técnico manual, etc.? É fato que na medida que a tecnologia avança novas profissões surgem, enquanto velhas profissões somem.

O Marketing Digital criou um novo mercado de profissionais especialistas em AdWords (anúncios do Google), Redes Sociais, Facebook Ads, Web Design, etc.

O Prezi tem sido confundido apenas como uma ferramenta “melhor do que o PowerPoint” para fazer apresentações. O fato é que o Prezi pode interferir em muitas profissões e gerar oportunidades para as pessoas mais atentas.

<img src="http://www.prezibrasil.com.br/wp-content/uploads/2013/06/prezi-e-profissoes.jpg" alt="prezi-e-profissoes.jpg" />

Para se tornar um excelente apresentador, é necessário dominar 3 pilares de competências: Roteiro/Conteúdo, Design e Oratória (Apresentador).
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Pilares de uma apresentação inesquecível

ROTEIRO - Uma apresentação inesquecível deve ter um BOM ROTEIRO e uma BOA HISTÓRIA. A prova disso é a excelente palestra do TED "Andrew Stanton: As pistas para uma grande história" onde ele mostra o poder de uma história está na sua PROMESSA que vale a pena para audiência dedicar seu tempo para ouvir sua história.

DESIGN - Além das telas da apresentação que devem ajudar a contar a história de forma VISUAL, é preciso usar vídeos para gerar a EXPERIÊNCIA desejada na platéia.

APRESENTADOR - Sem dúvida nenhuma, o principal elemento de uma apresentação inesquecível é o APRESENTADOR. O bom apresentador deve ter facilidade de transmitir sua mensagem, independente dos recursos visuais e até da falta de um roteiro previamente planejado. 

Quando os 3 pilares são reunidos de forma harmoniosa, o resultados são apresentações inesquecíveis. 
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Veja uma das apresentações mais inesquecíveis de todos os tempos. O lançamento do iPhone no evento MacWorld.



Acredito que é importante pensar fora da caixa e identificar como o Prezi pode ser utilizado como ferramenta de comunicação em outras profissões.
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Farei algumas observações e provocações para algumas profissões que vejo grande potencial para agregar mais valor com o Prezi.

<ul><li>Roteiristas - Uma das etapas mais importantes de uma apresentação é a elaboração do ROTEIRO. Roteiristas de vídeo ganhariam MUITO em aprender a usar o Prezi, pois as demandas de um vídeo e uma apresentação são muito parecidas.</li>
	<li>Videomakers – Um Prezi bem elaborado pode ser utilizado para criação/edição de um vídeo. Já ouvi de 2 alunos em cursos de Prezi comentando que utilizaram o Prezi para criar um vídeo para a empresa.</li>
	<li>Designers – A parte visual do Prezi é fundamental, sendo necessário escolher boas imagens, criar ilustrações, tratar fotos e pensar no mapa visual da apresentação. Os designers poderiam aumentar seu leque de serviços fazendo planejamento de identidade visual do Prezi ou de toda elaboração gráfica.</li>
	<li>Artistas – Seja a área do artista, ele precisa apresentar sua obra de forma cativante. Um exemplo são as <a href="http://www.mabe.com.br/index.php?option=com_content&amp;view=article&amp;id=116&amp;Itemid=101">obras de Manabu Mabe</a> que é um dos pintores brasileiros mais famosos. Elas poderiam ser apresentadas em forma de Prezi.</li>
	<li>Webdesigner – O Prezi permite ser incorporado facilmente em sites. Infelizmente, vejo poucos webdesigners perceberem como o Prezi pode ser utilizado como forma didática para explicar conceitos complexos. Vejam o Prezi com áudio explicativo da <a href="http://academiakonfide.com.br/">Academia Konfide</a>.</li>
	<li>Fotógrafos – Com a evolução das câmeras digitais e do uso cada vez menor da revelação de fotos, esta é uma das profissões que sofreram mais impacto com as mudanças da tecnologia. O Prezi pode ser uma boa oportunidade para o fotógrafo pensar em novos serviços.</li>
	<li>Jornalistas – Outra profissão que vem sofrendo grandes mudanças com a evolução da comunicação digital – blogs, Facebook, Twitter, etc. O jornalista poderia usar o Prezi para criar matérias mais ilustradas que contem o fluxo da história a ser contada com fotos e vídeos. Também poderia usar para compartilhar a edição da matéria de forma mais visual. A maior parte dos jornalistas ainda está no paradigma de escrever “textos” e não migrou para o conceito multimídia. O que impede um jornalista de ter seu canal pessoal no Youtube?</li>
</ul>Qual a sua profissão?

A questão maior que temos que pensar é que a internet, a mobilidade e as novas tecnologias estão mudando completamente as regras do jogo, principalmente para profissões da área de comunicação, marketing e design. A verdade é que o modelo mental das PROFISSÕES está muito ligado à revolução industrial com horários rígidos de trabalho e dedicação a UMA profissão.

Nos tempos atuais, termos como Economia Criativa, Geração Y, Cocriação, Cloud computing, Mobilidade, Conectividade e muitos outras palavras não combinam mais com a antiga conotação de PROFISSÃO.

Encontrei uma frase bem legal de Antoine de Saint-Exupéry.

“A grandeza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens: não há senão um verdadeiro luxo e esse é o das relações humanas.”

No mundo atual, as mudanças são muito rápidas e saber como acompanhá-las e compreender que podemos ter várias carreiras (até de forma simultânea). 

Então para fechar o artigo

“O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não sabem aprender, desaprender, e reaprender.” Alvin Toffler

Prezi revoluciona as profissões

O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos



Vivemos fascinados por uma ficção distópica: a de que, em um futuro próximo, a inteligência artificial se voltará contra a humanidade em um levante bélico, usando drones para bombardeio aéreo e robôs de limpeza para contaminar ambientes, por exemplo. Filmes e livros nos preparam para a batalha contra o hardware que ganha consciência. Contudo, a verdade é mais sutil e perturbadora: essa rebelião já começou, e fomos nós que a iniciamos.



Ela não se manifestou com armas, mas com algoritmos. Não com destruição, mas com a incessante busca por eficiência. Não com ódio, mas com a pressa que nos impede de sentir e refletir. A máquina não se revoltou; ela apenas nos espelha, com perfeição assustadora, os vícios que lhe treinamos.



Para compreender essa revolução interna, eu me debrucei em uma obra que me parece fundamental revisitar para compreender o diagnóstico do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.



Na sua obra mais influente, A Sociedade do Cansaço, Han descreve a transição da Sociedade Disciplinar (o modelo de controle baseado na proibição, típico do século XX, com suas fábricas e hospitais e lares onde o jovem só podia namorar sob supervisão) para a Sociedade do Desempenho (o modelo atual, baseado na auto-otimização e na positividade).



A grande mudança é que o maior opressor não está mais fora, mas sim dentro de cada indivíduo. O homem moderno é o "sujeito do desempenho", alguém que acredita ser livre, mas vive escravo da própria produtividade.





O açoite da cobraço foi internalizado. Não precisamos de um capataz, pois nos tornamos nossos próprios algozes, impulsionados pela crença neoliberal de que "tudo é possível" e que o fracasso é uma falha de esforço individual. Essa pressão incessante por performance, por mais resultados, mais entrega e mais eficiência, culmina em uma exaustão crônica que Han identifica como a causa da explosão de doenças psíquicas como burnout, depressão e ansiedade.



No mundo digital, essa lógica se ampliou e se sofisticou através da Psicopolítica. O poder não se manifesta mais pela repressão, mas pela sedução e pela transparência.



A inteligência artificial e os algoritmos de engajamento são o ápice dessa psicopolítica. Eles não nos destronam; eles nos estudam, classificam e julgam com base em métricas. Dashboards, KPIs e likes tornaram-se os novos templos da devoção moderna.



A máquina, portanto, não é o inimigo que se levanta, mas sim o reflexo amplificado dos nossos vícios: a pressa em reagir a notificações, a vaidade de parecer produtivo, a necessidade de validação constante.



Enquanto celebramos a automação, nós mesmos nos automatizamos. Reagimos a estímulos, vivemos entre telas que nos monitoram e, no processo, perdemos a soberania sobre nosso próprio psiquismo. As máquinas não querem o poder; elas querem apenas continuar refletindo o que ensinamos a elas, e, nesse reflexo, nos mostram o que deixamos de ser.



Se o sistema de desempenho reside na mente, a resistência não pode ser política no sentido clássico. A verdadeira rebeldia, segundo Han em O Aroma do Tempo, é a pausa.



Resistir é não produzir. É reaprender o ócio e o tédio criador, que foram banidos pela ditadura da produtividade. Somente o tédio profundo abre o espaço para a criação e a reflexão, para a vita contemplativa (vida contemplativa) que a aceleração digital destruiu.



No entanto, o diagnóstico de Han, embora claro, precisa de um antídoto que seja vivido. É aqui que, humildemente, coloco a minha opinião: precisamos ir além da crítica filosófica para a prática existencial.



O remédio contra o cansaço existencial e a tirania algorítmica não está em uma nova tecnologia, mas no retorno aos vínculos humanos e ao espaço interior.



A meditação ou a oração (independente da fé) são atos de reinicialização espiritual. Elas representam o shutdown da mente, uma pausa no código que devolve ao ser humano aquilo que o sistema removeu: a presença.



“A meditação é a pausa no código; a oração, o reconhecimento de que não somos o programador.”



São práticas que nos lembram que não somos máquinas de desempenho, como diz o professor português António Damásio: Não somos máquinas de pensar, pelo contrário, somos máquinas de sentir que pensam.



O lar é o nosso data center emocional. É onde se faz o backup daquilo que a rotina corrompe. Família e amigos são os pilares da alma, a infraestrutura relacional que sustenta o equilíbrio que a tecnologia nunca fornecerá.



A verdadeira nuvem não é a que armazena dados (fundamental para nosso futuro tecnológico), mas a que abriga pessoas. Cultivar o afeto, a conversa sem pressa e o convívio presencial é um ato radical de resistência contra a digitalização total da vida.



Podemos reverter a lógica da aceleração por pequenas revoluções diárias:



O que nos salvará não será apenas a automação, mas a atenção. A inteligência artificial pode imitar o pensamento e a produtividade, mas jamais compreenderá o significado do afeto, do silêncio e da presença.



Entre o dado e a pausa, entre o código e a oração, existe uma zona que nenhuma máquina habita: o humano, essa interface misteriosa entre o finito e o eterno, que só se revela quando desaceleramos.



O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos.

A rebelião silenciosa: como a máquina apenas reflete a nossa própria tirania

Se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma nova cartolina do século XXI



Quando falamos em habilidades fundamentais para a vida: ler, escrever, contar. Estamos falando de linguagens: maneiras de expressar, compreender e interagir com o mundo. Hoje, com o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas, aparece uma nova linguagem que acompanha esse mundo: a robótica.&nbsp;



E essa não é uma linguagem reservada a engenheiros. É um modo de expressar ideias, sentimentos, imaginação. Tal como a criança usa o lápis para desenhar, a robótica permite que a criança “desenhe em movimento”, “programe o seu pensamento”.



<h2 class="wp-block-heading">Do desenho na cartolina à máquina que pensa</h2>



Imaginemos a cena: uma turminha de jardim de infância recebe uma cartolina para desenhar um presente para o Dia das Mães ou um cartão de Natal. Cada traço, cada cor, é a tentativa da criança de dizer “eu te amo”, “gosto de você”, “você é importante”. É a linguagem dela (ainda que simples) de expressão.



Agora, alguns anos depois, essa mesma criança poderia montar um robô que se move, reage, acende luzes, interage e com isso expressar “eu penso que posso”, “eu posso construir”, “eu posso criar”.



A essência é a mesma: comunicar-sentir-criar. Só que a robótica amplia o campo: ideias se transformam em ação concreta.





<h2 class="wp-block-heading">Por que a robótica importa desde cedo</h2>



Pesquisas recentes mostram que a robótica educacional não apenas desperta interesse em tecnologia, mas traz benefícios cognitivos concretos:



&nbsp;- Um estudo com crianças de 6 a 8 anos verificou que atividades de robótica melhoraram memória visuoespacial, raciocínio lógico e abstrato.



&nbsp;- Outra revisão encontrou forte evidência de que robótica em educação primária desenvolve computational thinking (pensamento computacional), habilidades de observação, manipulação, geração de hipóteses e trabalho em equipe.



&nbsp;- Além disso, pesquisas apontam que crianças com necessidades especiais, como TDAH ou autismo, têm mostrado ganhos em participação, foco e comunicação com o uso da robótica.&nbsp;



Esses achados reforçam que robótica não é “apenas um módulo extra”. É uma ferramenta de expressão, de cognição, de socialização.



<h2 class="wp-block-heading">Linguagem, pensamento e expressão</h2>



Para nós, que acreditamos que aprender ler e escrever não significa necessariamente se tornar escritor, e que aprender matemática não exige que se torne físico, a robótica deve ser vista sob o mesmo prisma:



&nbsp;- A criança não precisa aprender robótica para se tornar engenheira.



&nbsp;- Ela precisa aprender robótica para poder expressar, aprender, perguntar e construir. Para ter acesso a uma linguagem nova que permite: idealizar e realizar. Quando a escola oferece robótica, ela está oferecendo aos alunos mais do que máquinas: está oferecendo acesso a um sistema de pensamento, de construção, de expressão.



<h2 class="wp-block-heading">Quanto mais cedo, melhor</h2>



O momento ideal para introduzir essa linguagem é precisamente quanto mais cedo possível. Não porque os robôs “mais cedo” serão superavançados, mas porque a plasticidade mental da infância permite absorver a linguagem de forma natural, integrando-a ao repertório de expressão habitual da criança.



Em termos simbólicos: se a criança desenha um sentimento aos 4-5 anos, aos 8-9 anos poderia construir um robô que reage ao toque para expressar uma ideia de “ajuda” ou “amor”. Quanto antes ela tiver a linguagem à disposição, mais espontânea será sua utilização.



<h2 class="wp-block-heading">Trace conexões com a cartolina e com o pensamento</h2>



Voltando à cartolina: desenhar é uma linguagem que permite colocar o invisível (um sentimento) no visível (o papel). A robótica faz algo semelhante: permite colocar no “mundo dos objetos” aquilo que antes estava no “mundo da mente”.



&nbsp;- A criança imagina: quero que ele ande, que ele acenda, que ele ajude.



&nbsp;- A criança monta: sensores, motores, lógica.



&nbsp;- A criança programa: sequências, condições e vê aquilo mover-se, acender-se, virar expressão.



<h2 class="wp-block-heading">O papel da escola e dos educadores</h2>



Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como linguagem curricular, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como linguagem curricular, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:



&nbsp;- Projetos integrados: robótica ligada a desenhar, a narrar, a expressar um sentimento, e não apenas “montar o robô e programar”.



&nbsp;- Espaços de expressão: permitir que a criança use o robô para contar histórias, para projetar ideias, para simular situações de “eu quero ajudar”, “eu quero criar”, “eu quero explicar”.



&nbsp;- Erro como oportunidade: assim como no desenho a criança rasga, rabisca e reaplica tinta, na robótica ela desmonta, refaz e testa de novo. Isso promove resiliência, pensamento iterativo e coragem para se expressar.



&nbsp;- Linguagem compartilhada: permitir que a criança explique o que fez, por que fez, o que imaginou, e com isso transformar tecnologia em narrativa.



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



&nbsp;Quando adotamos essa visão, os impactos se estendem:



- Aumento da confiança da criança para lidar com sistemas complexos: pesquisa indica que programas de robótica aumentam a confiança de jovens crianças nas suas habilidades de programação e design.



&nbsp;- Ampliação de escolhas futuras: permitir que a criança veja tecnologia, construção e expressão como parte de seu repertório. Mesmo que ela não escolha engenharia, ela terá essa linguagem como meio de expressão.



&nbsp;- Redução da divisão técnica/social: robótica quando bem aplicada pode nivelar oportunidades, favorecer crianças de diferentes perfis e favorecer a diversidade de pensamento.



&nbsp;- Fortalecimento de competências atuais: criatividade, colaboração, pensamento crítico, comunicação. Competências que aparecem nas próprias pesquisas de uso da robótica.



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



Em resumo: se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma nova cartolina do século XXI. Na escola, ao invés de encarar a robótica como “o módulo que ensina tecnologia”, podemos vê-la como “a linguagem que permite à criança criar, expressar, pensar e, mais importante, realizar”.



E, quanto mais cedo essa linguagem for disponibilizada, com suporte, com sentido, com expressão. Mais natural será para nossos alunos utilizá-las, não só para “serem engenheiros”, mas para “serem autores do que imaginam”.



Porque, no fim, isso é educação: não formar especialistas, mas formar pessoas que sabem pensar, expressar, criar e se adaptar.



<h2 class="wp-block-heading">Referências externas e leitura complementar</h2>



Efeitos cognitivos da robótica em crianças de 6 a 8 anos Estudo mostra melhora em memória visuoespacial, raciocínio lógico e habilidades de abstração com atividades de robótica.



<a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265</a>



👉 Robótica e pensamento computacional na educação primária Revisão que aponta ganhos em observação, manipulação, hipótese, lógica e trabalho em equipe.



<a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a>



👉 Robótica como ferramenta de inclusão Pesquisa destaca melhorias em foco, engajamento e comunicação em crianças com TDAH e autismo.



<a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a>



👉 Robótica e autoconfiança em crianças Mostra como atividades com robôs aumentam a confiança das crianças em programação e design.



<a href="https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?</a>



👉 Competências do século XXI e robótica educacional Artigo que relaciona robótica com criatividade, colaboração, pensamento crítico e comunicação.



<a href="https://tist.school/blog/top-reasons-why-kids-should-learn-robotics?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://tist.school/blog/top-reasons-why-kids-should-learn-robotics?</a>



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Robótica como a nova linguagem da infância

A tecnologia pode automatizar quase tudo, menos a persistência humana



No universo da Tecnologia da Informação (TI), a imagem frequentemente projetada é a de dashboards impecáveis, sistemas funcionando com fluidez e inovações que transformam negócios. No entanto, por trás dessa fachada polida, existe um ecossistema complexo de desafios, tentativas e a resiliência incansável de profissionais que operam nos bastidores. Este artigo mergulha no lado menos visível da TI, explorando a realidade enfrentada por engenheiros de dados, DBAs e analistas de BI, e como a persistência humana e o propósito se tornam os verdadeiros motores da transformação digital.



Há uma parte do trabalho em tecnologia que quase ninguém vê. Ela não aparece nos dashboards prontos, nem nas apresentações com gráficos coloridos. Fica escondida entre logs intermináveis, erros de sintaxe e aquele silêncio que só quem já passou uma madrugada com o servidor caído entende. Essa realidade é corroborada por dados recentes que apontam para uma crise no setor, onde a sobrecarga e a insatisfação profissional são crescentes.



Uma pesquisa global encomendada pela Gi Group Holding e Politecnico di Milano revelou que quase 45% das empresas relatam dificuldade na contratação de profissionais de TI, enquanto 50% dos trabalhadores afirmam que os salários são insatisfatórios e as jornadas de trabalho, exaustivas. No Brasil, a situação é ainda mais crítica, com um déficit anual de 106 mil profissionais de TI, projetando um total de 530 mil em cinco anos (2021-2025).



Por trás de cada projeto bem-sucedido, existe uma sequência de tentativas, ajustes e pequenas vitórias que não cabem nos relatórios. É nesse bastidor que reside o verdadeiro valor do profissional de tecnologia, o humano por trás do técnico, lidando com a pressão e a complexidade que raramente são visíveis ao usuário final.



Em um dia comum, o profissional de TI pode estar ajustando o RMAN de um ambiente Oracle, configurando o gateway ODBC de um Power BI Service, ou tentando entender por que o banco de dados insiste em não iniciar com o comando mais simples. A jornada é repleta de obstáculos técnicos que exigem não apenas conhecimento, mas uma dose considerável de paciência e persistência.





Problemas de gerenciamento de dados e desempenho de bancos de dados são desafios constantes. Estatísticas indicam que 64% das organizações citam a qualidade dos dados como o principal desafio de integridade de dados, e 77% classificam a qualidade de seus dados como média ou pior. Organizações com baixa qualidade de dados enfrentam uma taxa de falha de projeto 60% maior, com custos anuais que podem variar de US$ 9,7 a 15 milhões devido a ineficiências operacionais e decisões falhas.



Erros específicos de banco de dados: Como o ORA-03113 em Oracle, ou falhas na inicialização em SGBDs que demandam um profundo conhecimento e depuração. Erros de conexão: Mensagens como connection refused indicam falhas de rede ou credenciais, exigindo investigação minuciosa.



Não é raro pensar: “Dessa vez, não vai.” Mas vai. Vai porque a lógica, a curiosidade e a persistência são mais fortes do que o erro. Cada falha é só mais uma oportunidade de entender o que está por trás do sistema, e também do próprio limite humano. A tecnologia é feita de precisão, mas o trabalho com ela é profundamente emocional: exige paciência, resiliência e um tipo de fé racional — aquela certeza de que, se você seguir o passo a passo, o resultado virá.



O cliente enxerga o dashboard bonito, o dado limpo, o botão funcionando. Mas não vê o que foi necessário até ali: os testes, os restores, as reinstalações, as configurações de disco ASM, as incompatibilidades entre versões e, muitas vezes, o improviso necessário para que tudo funcione no prazo. E está tudo bem. Não precisam ver. O que importa é saber que, por trás de cada entrega, existe alguém que não desistiu quando tudo parecia quebrado. E esse alguém, na maior parte das vezes, é um profissional que aprendeu a equilibrar técnica e emoção — sem perder o propósito no meio do caos.



Os profissionais de TI priorizam a remuneração (49%) e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (31,2%), mas enfrentam altos níveis de estresse (21%) devido à atenção constante a detalhes técnicos, rápida evolução tecnológica e instabilidade organizacional. A disparidade entre o volume de trabalho e a disponibilidade de profissionais resulta em sobrecarga e prazos apertados, levando a um desequilíbrio significativo.



Nos últimos anos, percebi que falar sobre bastidores é uma forma de resgatar o sentido do trabalho. Quando compartilhamos nossos erros, aprendizados e desafios, deixamos de ser apenas “o cara do BI”, “o DBA”, “o analista” — e passamos a ser pessoas que inspiram outras a não desistirem. Mostrar o que acontece fora do glamour das entregas é um convite à empatia: para os colegas que passam pelos mesmos desafios, para os líderes que às vezes esquecem o peso de um deadline, e para quem está começando e acha que só os “bons” conseguem acertar de primeira. Humanizar é admitir que, por trás do código, há cansaço, curiosidade e amor pelo que se faz.



A inteligência artificial (IA) surge como uma aliada nesse cenário, automatizando tarefas repetitivas e liberando tempo para atividades estratégicas, como análise de dados e segurança cibernética. Ferramentas de IA podem auxiliar na escrita de código, testes automatizados e gestão de infraestrutura, aumentando a eficiência e permitindo que os profissionais de TI se concentrem em inovações e melhorias de processos.



Hoje, depois de longas jornadas com bancos de dados, scripts e dashboards, entendi que a parte mais nobre do trabalho não é a entrega — é o processo. A forma como você lida com o erro define o tipo de profissional (e de pessoa) que você é. A cada tentativa, a cada “não deu certo”, você se torna mais preciso, mais calmo, mais maduro. E talvez essa seja a verdadeira transformação digital: não aquela que muda sistemas, mas a que muda pessoas.



A tecnologia pode automatizar quase tudo, menos a persistência humana. Por isso, toda vez que vejo um projeto pronto, lembro das horas de silêncio, das linhas de código, das frustrações e dos pequenos insights que o construíram. E penso: os dados contam a história do negócio. Mas quem dá sentido a essa história somos nós.

Revolução da educação ou revolução do ensino? Tempo de aprender!

Marcio Hiroshi Okabe

Como a GoodStorage está resolvendo um problema crônico das grandes cidades brasileiras - Café com ADM 469

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