A gestão emocional não é um luxo — é um pré-requisito para relações saudáveis, decisões inteligentes e uma carreira sustentável Todo profissional, por mais experiente que seja, já enfrentou momentos em que as emoções tomaram o controle. Mas quando isso se torna frequente — ou passa despercebido — os impactos na carreira e no ambiente podem ser significativos. Daniel Goleman explica que a autorregulação emocional é uma das competências centrais da inteligência emocional. Sem ela, o risco de reações impulsivas, relações desgastadas e decisões equivocadas aumenta consideravelmente. A seguir, veja seis comportamentos que indicam que você pode estar com a gestão emocional comprometida — e o que fazer para recuperar o equilíbrio. 1. Irritação constante com pequenas situações Se tudo parece motivo para frustração ou impaciência, é sinal de que algo emocional está fora de eixo. Pequenas irritações acumuladas geralmente escondem sobrecarga ou emoções não processadas. O que fazer: identifique os gatilhos mais frequentes e crie pausas estratégicas ao longo do dia para aliviar a tensão acumulada. 2. Reações desproporcionais em reuniões ou conversas Responder de forma agressiva, defensiva ou passivo-agressiva indica que a emoção está no comando. Mesmo quando há razão, o tom errado compromete a mensagem. O que fazer: pratique a pausa antes de responder. Respirar por 5 segundos pode mudar o rumo de uma conversa. 3. Dificuldade em ouvir feedbacks sem se justificar Levar todo feedback para o lado pessoal revela baixa tolerância à crítica e baixa clareza emocional. Isso dificulta o desenvolvimento e mina relações profissionais. O que fazer: anote o que foi dito, escute até o fim e reflita antes de responder. A maturidade está em saber escutar para evoluir, não para se defender. 4. Sentir-se emocionalmente esgotado ao fim de cada dia Se o trabalho consome mais energia emocional do que física, é sinal de que as emoções não estão sendo bem geridas. Isso pode levar ao burnout. O que fazer: crie um ritual de encerramento do dia para descarregar tensões e recuperar sua energia — mental e emocional. 5. Evitar conversas importantes por receio de confronto Adiar alinhamentos, feedbacks ou decisões por medo de gerar tensão é uma forma de fuga emocional. E problemas ignorados tendem a crescer. O que fazer: prepare-se emocionalmente, escreva os pontos com clareza e escolha o momento certo — mas não fuja. 6. Sentir que precisa atuar o tempo todo para manter a imagem Quando há desconexão entre o que se sente e o que se mostra, o desgaste emocional é inevitável. A falta de autenticidade afeta tanto sua saúde mental quanto sua performance. O que fazer: desenvolva autoconhecimento e aprenda a comunicar suas emoções com responsabilidade. Isso aumenta sua presença e sua credibilidade. Emoções mal geridas cobram caro A gestão emocional não é um luxo — é um pré-requisito para relações saudáveis, decisões inteligentes e uma carreira sustentável. Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para reequilibrar sua presença profissional. Você não precisa ser imune às emoções. Precisa aprender a liderá-las — antes que elas comecem a liderar você.