Startup baiana LOC, com mais de 100 mil armários ativos no Brasil, atrai grupo de investidores para acelerar consumo consciente na moda

A LOC, plataforma de aluguel e venda de roupas entre pessoas da mesma cidade, acaba de receber um investimento de R$ 600 mil. O aporte foi realizado por um grupo estratégico de investidores com atuação nas áreas de tecnologia e inteligência artificial, incluindo o investidor-anjo Anderson Diehl, fundador do Founders Club.

Fundada em Salvador (BA) por Filipe Tambon e Amanda Cunha, a startup surgiu com o propósito de digitalizar o acesso à moda, reduzir desperdícios e estimular o consumo consciente. Hoje, a plataforma já reúne mais de 100 mil armários ativos em todo o Brasil.

“Cada armário é um acervo pessoal que se abre para a comunidade. Isso representa novas possibilidades de estilo, renda e conexão. É moda que circula, com impacto social e ambiental”, explica Filipe Tambon, fundador e CEO.

O processo é simples: o usuário baixa o aplicativo da LOC, cadastra suas peças de roupa e define valores de aluguel ou venda. Quem aluga paga diretamente pelo app e tem sete dias para a devolução. A cada transação, o dono da peça recebe 70% do valor e a LOC retém 30%. Não há custo para criar um armário.

Apesar do termo “armário”, não existem espaços físicos centralizados. “Os armários estão nas casas das pessoas. É realmente como o Airbnb: você não vai até a empresa, mas até a casa de alguém da sua cidade para ter acesso àquela experiência”, destaca Tambon.

Segundo o fundador, o investimento será direcionado à expansão nacional da plataforma e ao desenvolvimento de novas funcionalidades tecnológicas. Entre elas, uma área com inteligência artificial capaz de sugerir roupas e combinações com base no estilo e preferências de cada usuário.

“Esse aporte representa uma validação estratégica: investidores que compreendem que o futuro da moda está na descentralização, no consumo colaborativo e no uso de tecnologia com impacto real”, afirma Tambon.

A LOC segue focada em ampliar seu alcance, com tecnologia acessível, impacto social e escalabilidade como pilares centrais do crescimento.