Para líderes, o alerta é claro: há um descompasso entre presença física e produtividade real Se antes a maior pressão era chegar no horário, agora o ambiente corporativo revela uma nova dinâmica: sair alguns minutos mais cedo do escritório começa a ser tolerado, mas o peso simbólico de 'estar presente' ainda domina muitas empresas. Um estudo recente da JLL, citado pelo Wall Street Journal, mostrou que trabalhadores em Nova York estão indo embora 13 minutos mais cedo por dia em comparação a 2019. Mas por trás desse aparente relaxamento, surgem sinais de ansiedade e culpa corporativa. A culpa de sair mais cedo Funcionários continuam a se sentir pressionados. Muitos saem cedo, mas compensam com logins noturnos e reuniões antecipadas para não parecerem 'menos comprometidos'. Essa cobrança implícita revela uma cultura que valoriza aparência de produtividade mais do que resultados reais. As novas máscaras do trabalho O fenômeno ganhou até nomes: Coffee badging: ir ao escritório, tomar café, socializar e sumir. Task masking: fingir estar ocupado para evitar julgamentos. Clock botching: alongar tarefas simples para esconder o esgotamento emocional. Todos sinais de um teatro corporativo que esconde cansaço, medo e até risco de burnout. O papel da liderança Para líderes, o alerta é claro: há um descompasso entre presença física e produtividade real. Mais do que controlar horários, é hora de comunicar expectativas com clareza e criar ambientes onde sair no horário — ou mesmo antes — não carregue culpa ou consequências invisíveis. Afinal, horas no escritório não significam engajamento, e a geração Z já rejeita abertamente o modelo 9-5 por não ver valor em tempo apenas 'cumprido' sem propósito.