A ciência mostra: ser gentil consigo mesmo, e não se punir, aumenta a performance e acelera o sucesso Quando algo dá errado no caminho rumo a uma grande meta, a maioria das pessoas reage de uma destas duas formas: 'Sou melhor do que isso.' — e se cobra com dureza. 'Ninguém é perfeito.' — e tenta seguir em frente sem se punir. Instintivamente, muitos acreditam que o primeiro caminho gera mais resultados. Afinal, ser implacável consigo mesmo parece o combustível dos vencedores. Mas a ciência mostra o oposto: a autocompaixão é a verdadeira aliada da alta performance. A força da autocompaixão Pesquisas publicadas na Personality and Social Psychology Bulletin mostram que tratar-se com compreensão diante de erros e fracassos aumenta a motivação para melhorar o desempenho. Ao enxergar falhas como parte natural da jornada — e não como sinal de incapacidade —, o cérebro reduz a autodefesa e se concentra no aprendizado. Em outras palavras, aceitar o erro impulsiona o progresso. Já o perfeccionismo e a autocrítica exagerada geram o efeito contrário. Um estudo na Self and Identity revelou que a autocrítica intensa eleva os níveis de estresse e procrastinação, enfraquecendo a resiliência mental que tanto se busca. Ser mentalmente forte, portanto, não significa ser duro consigo mesmo — e sim saber recuperar-se rápido, aprender e tentar de novo. Ver todos os stories 6 hábitos que sabotam seu crescimento O nordestino que ousou fazer o impossível O que está em jogo com a 'PEC da Blindagem' Uma verdade sobre suas assinaturas de streaming que você não vê Boninho, The Voice e a lição da reinvenção O poder do mindset de crescimento A pesquisadora Carol Dweck, de Stanford, mostrou que existem dois tipos de mentalidade que determinam como lidamos com desafios: Mentalidade fixa: acredita que talento e inteligência são inatos. Frases como 'não sou bom nisso' refletem esse pensamento. Mentalidade de crescimento: acredita que habilidades podem ser desenvolvidas com esforço e aprendizado contínuo. Pessoas com mindset de crescimento tendem a ser mais gentis consigo mesmas sem perder o foco na excelência. Em vez de pensar 'deveria ser melhor do que isso', dizem: 'Não saiu perfeito, mas aprendi algo e sei como melhorar na próxima.' Essa visão transforma erros em dados, não em derrotas. E, com o tempo, constrói um ciclo virtuoso: menos culpa, mais aprendizado; menos desistência, mais evolução. Gentileza não é conformismo Autocompaixão não significa aceitar mediocridade. Significa reconhecer a falha sem perder o compromisso com a melhora.É compreender que ninguém chega longe sem errar muito pelo caminho — e que o verdadeiro fracasso é desistir de tentar. Grandes metas exigem disciplina, mas também equilíbrio emocional. O perfeccionismo paralisa. A autocompaixão mantém o movimento. O caminho dos que chegam lá Segundo as pesquisas, as pessoas que alcançam objetivos ambiciosos compartilham duas atitudes-chave: Definem metas desafiadoras. São compassivas consigo mesmas quando tropeçam. Elas entendem que cada erro é um passo natural no processo — não o fim da linha. E é exatamente essa combinação entre ambição e gentileza que as leva a continuar tentando até vencer.