Para Jobs, o que mais importa em uma entrevista nem sempre é o que o candidato diz — e sim, por que ele está ali Durante anos no setor de manufatura, um gestor precisou contratar centenas de trabalhadores temporários para suprir demandas sazonais e compensar a alta rotatividade. Com isso, ele desenvolveu um filtro simples — e altamente eficaz — na hora de entrevistar candidatos: a pergunta 'Por que você quer trabalhar aqui?' Muitos respondiam com frases prontas. Outros citavam conhecidos que já atuavam na empresa. Mas a resposta que mais impressionava era direta: 'Porque comprei um caminhão novo e preciso pagar as parcelas.' Esse tipo de motivação pessoal e concreta se mostrava um indicador poderoso. Trabalhadores que entravam com um objetivo claro tendiam a se dedicar mais, buscar horas extras e conquistar respeito na equipe — e o respeito, por sua vez, alimentava ainda mais o empenho. A pergunta favorita de Steve Jobs Curiosamente, essa abordagem tem algo em comum com um dos métodos de contratação de Steve Jobs. Em uma entrevista, o fundador da Apple contou que sempre fazia uma pergunta essencial aos candidatos: 'Por que você está aqui?' Para Jobs, o conteúdo da resposta era menos importante do que o que ela revelava sobre a pessoa. Ele chamava isso de 'meta-dados': os sinais sutis sobre o que realmente motiva alguém. Motivações pessoais geram comprometimento real Quer alguém dedicado? Procure o 'egoísta'. Aquele que quer aprender para se tornar líder, ganhar experiência para empreender, ou simplesmente pagar as contas com dignidade. O funcionário que entende claramente o que o trabalho pode fazer por ele tende a se envolver mais, aprender mais rápido e entregar melhores resultados. Claro, há quem diga que quer 'ajudar a empresa a crescer' — e isso pode ser verdade. Mas a sinceridade de quem responde com uma meta pessoal revela uma motivação mais profunda e mais alinhada com a realidade. Quando os objetivos se alinham No fim das contas, um bom trabalho é aquele em que os objetivos do empregador e do empregado se encontram. Se a empresa precisa de alguém disposto a trabalhar duro, e o candidato quer exatamente isso, ambos saem ganhando. E o emprego deixa de ser apenas uma função — passa a ser uma parceria com propósito. Porque, como ensinou Jobs, o que mais importa em uma entrevista nem sempre é o que o candidato diz — e sim, por que ele está ali.