Empresa criada pelo paraibano Édrei Costa acaba de consolidar sete operações sob uma única estrutura, tornando-se uma das maiores plataformas de crédito e pagamentos para o varejo brasileiro A RPE (Retail Payment Ecosystem), empresa criada pelo paraibano Édrei Costa, acaba de consolidar sete operações sob uma única estrutura, tornando-se uma das maiores plataformas de crédito e pagamentos para o varejo brasileiro. Com mais de R$ 20 bilhões processados por ano e uma carteira que ultrapassa 70 grandes varejistas, a companhia projeta encerrar 2025 com um faturamento de R$ 140 milhões. Fundada em 2001, em João Pessoa, a RPE iniciou sua trajetória oferecendo soluções tecnológicas para lojistas. Ao longo dos anos, Costa desenvolveu uma tese focada em autonomia tecnológica e especialização no setor varejista. Essa visão levou à aquisição de empresas estratégicas, culminando na criação de um ecossistema integrado e voltado para o controle do crédito por parte dos varejistas. Nova fase com foco em escala e governança A reestruturação incorpora sete empresas — entre elas Mob4Pay, Elevaty, Esphero e Izzata — que passam a funcionar como unidades de negócios especializadas. Essa configuração permite à RPE oferecer uma plataforma completa que vai desde emissão de cartões private label até soluções estruturadas de crédito como BNPL e CDC. O movimento ocorre em meio a uma crescente digitalização do varejo físico, que busca novas formas de oferecer crédito ao consumidor e operar com maior independência frente a bancos e grandes bandeiras. De acordo com dados do IBGE, o varejo brasileiro cresceu 4,7% em 2024, sinalizando um ambiente favorável para inovação. Crédito como alavanca estratégica Com mais de 40 milhões de contas cadastradas e 8 milhões ativas por mês, a RPE transforma crédito em instrumento de fidelização e rentabilidade. A empresa já processa cerca de 250 milhões de transações por ano e registra crescimento médio de 30%, com forte presença no setor alimentar e planos de expansão para segmentos como moda, farmácias e construção. A companhia estuda uma rodada de captação minoritária para acelerar seus investimentos, mantendo, no entanto, sua independência. Segundo Costa, o objetivo é claro: Devolver ao varejista o protagonismo sobre seus dados, operações e clientes. O papel do capital humano no avanço do setor Apesar dos avanços tecnológicos, Costa alerta que a transformação só será possível com a qualificação do capital humano e a profissionalização da gestão financeira dos varejistas. Para isso, a RPE planeja integrar ferramentas de apoio, capacitação e governança, verticalizando a operação financeira e agregando valor ao negócio de seus clientes. Com a nova estrutura, a RPE busca se firmar como o principal parceiro estratégico do varejo na construção de ecossistemas financeiros próprios, oferecendo autonomia, inteligência e escala para quem deseja crescer com independência.