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<p><em>Na constituição de uma holding pura Ltda., a lei abre espaço para flexibilidade, mas a prática empresarial recomenda cautela</em></p>



<p>A criação de uma <strong>holding de controle</strong>, também conhecida como <i>holding pura</i>, é uma ferramenta estratégica para centralizar a gestão de um grupo empresarial. Seu propósito exclusivo consiste em <strong>deter participações em outras companhias</strong>, sem se envolver diretamente nas suas operações diárias.</p>



<p>No entanto, um dilema prático e recorrente surge no momento de sua constituição:</p>



<p>👉 <strong>ao transferir as quotas de uma sociedade limitada (Ltda.) para a nova holding, que também será uma Ltda., é realmente necessário um laudo de avaliação pericial?</strong></p>



<p>A resposta não é única e expõe uma tensão fascinante entre a <strong>liberdade concedida pela lei</strong> e a <strong>prudência exigida pela boa governança corporativa</strong>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">⚖️ A perspectiva legal: O que a lei realmente exige?</h2>



<p>A legislação brasileira distingue de forma clara as regras de integralização do capital social conforme o tipo societário:</p>



<h3 class="wp-block-heading">Para Sociedades Limitadas (Ltda.):</h3>



<p>O <strong>Código Civil (art. 1.055, §1º)</strong> é notavelmente flexível. Ele permite que os próprios sócios atribuam valor aos bens ou direitos que serão integralizados ao capital social. Não há, portanto, exigência expressa de <strong>laudo de avaliação pericial</strong> para a constituição de uma Ltda.</p>



<p>Essa autonomia, contudo, vem acompanhada de uma contrapartida importante: os sócios respondem <strong>solidariamente, por até cinco anos</strong>, pela exatidão dessa avaliação.</p>



<h3 class="wp-block-heading">Para Sociedades Anônimas (S.A.):</h3>



<p>O cenário é distinto. A <strong>Lei nº 6.404/76 (Lei das S.A., art. 8º)</strong> exige que a integralização em bens seja acompanhada de <strong>laudo de avaliação elaborado por perito ou empresa especializada</strong>, aprovado em assembleia. A finalidade é inequívoca: <strong>proteger acionistas e credores</strong>, evitando que o capital social seja artificialmente inflado por ativos superavaliados.</p>



<p>➡️ <strong>Conclusão legal:</strong> para uma holding pura constituída como Ltda. que receberá quotas de outra Ltda., <strong>o laudo pericial não é obrigatório</strong>.</p>


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<h2 class="wp-block-heading">📊 Avaliação das quotas no ato da constituição</h2>



<p>Se a lei dispensa o laudo nas Ltda., surge a pergunta: <strong>como atribuir valor às quotas transferidas para a holding?</strong></p>



<p>A prática contábil adota como referência o <strong>patrimônio líquido contábil</strong> da sociedade operacional, apurado em:</p>



<p><strong>Balanço patrimonial</strong> ou</p>



<p><strong>Balancete de verificação recente</strong> (em geral, levantado até 60 dias antes da operação).</p>



<p>Esse critério assegura que a integralização seja feita com base em números auditáveis, evitando distorções no capital da holding. Além disso, a <strong>Lei nº 9.249/95, art. 23</strong> ampara a integralização pelo valor contábil constante na declaração de bens, permitindo que a transferência de quotas não gere ganho de capital para o sócio pessoa física.</p>



<h2 class="wp-block-heading">🔄 E depois da constituição? O papel do MEP</h2>



<p>Uma vez criada a holding e registrado o investimento, entra em cena o <strong>Método da Equivalência Patrimonial (MEP)</strong>.Previsto na <strong>Lei das S.A. (art. 248)</strong> e nas normas contábeis brasileiras, esse método serve para <strong>atualizar o valor do investimento</strong> da holding de acordo com as variações do patrimônio líquido da controlada.</p>



<p>Ou seja:</p>



<p><strong>Na constituição:</strong> usa-se o valor contábil (PL da investida).</p>



<p><strong>Após a constituição:</strong> aplica-se o MEP para manter a avaliação do investimento atualizada ao longo do tempo.</p>



<h2 class="wp-block-heading">🛡️ O argumento da prudência: quando o laudo pode ser recomendado?</h2>



<p>Apesar da dispensa legal, há razões estratégicas para adotar um laudo de avaliação elaborado por especialista:</p>



<h3 class="wp-block-heading">1.Segurança e prevenção de conflitos</h3>



<ol class="wp-block-list">
<li></li>
</ol>



<ol class="wp-block-list">
<li></li>
</ol>



<ol class="wp-block-list">
<li></li>
</ol>



<p>Um laudo independente confere transparência e respaldo técnico, reduzindo o risco de disputas futuras entre sócios, herdeiros ou mesmo com o Fisco.</p>



<h3 class="wp-block-heading">2.Mitigação da responsabilidade pessoal</h3>



<p>Como os sócios respondem solidariamente pela exatidão da avaliação por até 5 anos, o laudo pode servir como “escudo” de governança, transferindo a responsabilidade técnica ao perito.</p>



<h3 class="wp-block-heading">3.Conformidade fiscal robusta</h3>



<p>A Receita Federal exige coerência entre os valores integralizados e os registros contábeis. O laudo afasta alegações de subavaliação ou superavaliação que poderiam gerar problemas fiscais.</p>



<h3 class="wp-block-heading">4.Credibilidade em operações futuras</h3>



<p>Uma holding que nasce com capital social documentado por laudo técnico transmite maior solidez a bancos, investidores e parceiros em operações de crédito, fusões ou incorporações.</p>



<h2 class="wp-block-heading">💭 Um dilema estratégico em aberto</h2>



<p>A análise conduz a uma reflexão inevitável.</p>



<p>De um lado, a lei brasileira concede <strong>simplicidade e autonomia</strong> aos sócios das Ltda., permitindo avaliação direta.De outro, a <strong>boa governança corporativa</strong> recomenda prudência, formalização e documentação técnica.</p>



<p>Isso nos leva a algumas perguntas que cada empresário, herdeiro ou gestor patrimonial deveria fazer:</p>



<p><i>É suficiente confiar na liberdade dada pelo Código Civil e assumir a responsabilidade solidária dos sócios?</i></p>



<p><i>Ou, diante da crescente complexidade dos patrimônios familiares e empresariais, seria mais prudente adotar a prática do laudo como blindagem preventiva, mesmo sem obrigatoriedade legal?</i></p>



<p><i>Até que ponto o ganho de praticidade ao dispensar o laudo supera os riscos de disputas societárias, questionamentos fiscais ou fragilidades na governança?</i></p>



<h2 class="wp-block-heading">🎯 Conclusão</h2>



<p>Na constituição de uma <strong>holding pura Ltda.</strong>, a lei abre espaço para flexibilidade, mas a prática empresarial recomenda cautela.</p>



<p>Cada estrutura patrimonial exige análise sob medida — considerando objetivos estratégicos, perfil de risco e visão de longo prazo dos sócios.&nbsp;</p>


Holding de controle (pura): a avaliação de quotas exige laudo pericial?

Na constituição de uma holding pura Ltda., a lei abre espaço para flexibilidade, mas a prática empresarial recomenda cautela

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Administradores | Conhecimento para Resultados

<p><em>O crescimento econômico e empresarial exige visão de longo prazo, planejamento estruturado, eficiência técnica, transparência e responsabilidade</em></p>



<p>A história econômica do Brasil é pontuada por visionários que, em diferentes épocas e contextos, moldaram o futuro do país com audácia, planejamento e uma profunda compreensão da interconexão entre infraestrutura, indústria e desenvolvimento. </p>



<p>De Irineu Evangelista de Sousa (o Visconde de Mauá) a Francisco Matarazzo, de Roberto Simonsen a Eliezer Batista, esses nomes representam não apenas o passado, mas um valioso repositório de lições que hoje se manifestam em políticas fiscais concretas — como <strong>FUNDAP</strong>, <strong>Invest-ES</strong> e <strong>Compete-ES</strong> —, que transformaram o Espírito Santo em protagonista logístico. </p>



<p>Este artigo explora como o legado desses titãs da indústria e da gestão pública se manifesta hoje, especialmente nas políticas de incentivos fiscais do Espírito Santo, transformando desafios em oportunidades estratégicas.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Mauá: a genialidade solitária e a semente da modernização </h2>



<p>No século XIX, Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá, enfrentou um cenário de empreendedorismo extremamente desafiador e solitário. Sabotado pela elite política e econômica, perseguido institucionalmente e alvo de campanhas difamatórias, Mauá agiu sem o apoio público, sem incentivos fiscais e sem segurança jurídica. Ainda assim, construiu estradas, bancos, estaleiros, modernizou portos e lutou por uma economia nacional forte. Ele chegou a utilizar recursos próprios para garantir a soberania brasileira na região amazônica, um ato de defesa nacional com capital privado. </p>



<p>Mauá nos ensina que a visão de futuro e a capacidade de inovar são essenciais, mesmo sob as condições mais adversas. <strong>Mauá não apenas construiu estruturas: ele construiu confiança em torno de ideias revolucionárias. O mesmo carisma que o fez ser perseguido, o fez também mobilizar capital privado para atos de defesa nacional</strong>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Matarazzo: a escala, a verticalização e o império industrial </h2>



<p>Meio século depois de Mauá, Francisco Matarazzo, um imigrante italiano, demonstrou que a industrialização em larga escala era possível no Brasil. Começando com um pequeno armazém, ele expandiu rapidamente, erguendo o <strong>maior parque industrial da América Latina na época, com mais de 200 fábricas integradas em São Paulo</strong>. </p>



<p>A estratégia de Matarazzo baseava-se na diversificação, na escala e, principalmente, na verticalização da produção, controlando toda a cadeia — do algodão à confecção, da banha ao sabão — para reduzir custos e garantir competitividade. Sua forma de pensar antecipou o que hoje chamamos de planejamento estruturado. </p>



<p>Contudo, seu legado também nos alerta sobre a importância da adaptação contínua e da inovação, já que seu império não resistiu às transformações econômicas e tecnológicas posteriores. <strong>No Espírito Santo, essa lógica se traduz em regimes como o Compete-ES: sem o alívio fiscal que protege margens, nenhum atacadista ou e-commerce conseguiria replicar hoje a ousadia da escala que Matarazzo sonhou no início do século XX</strong>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Simonsen: o planejamento como pilar da política de estado</h2>



<p> Roberto Cochrane Simonsen (1889–1948), engenheiro, industrial e político, foi um defensor incansável do planejamento estruturado para o desenvolvimento brasileiro, rejeitando o improviso. Ele fundou empresas de infraestrutura e metalurgia, mas seu maior legado foi a convicção de que o Brasil precisava de um plano nacional de industrialização, focado em infraestrutura, tecnologia e qualificação da mão de obra. </p>



<p>Simonsen transformou o associativismo empresarial em instrumento de formulação estratégica para o Estado, defendendo que empresários deveriam produzir estudos técnicos para orientar políticas públicas. Sua visão nos ensina que o <strong>planejamento não é burocracia, mas estratégia</strong>, e que cada empresa deve ter um plano tributário e produtivo de longo prazo. <strong>Do mesmo modo, o empreendedor de hoje precisa de um plano tributário tão sólido quanto o industrial que Simonsen defendia. Estratégia fiscal não é detalhe: é pilar de sobrevivência em mercados voláteis</strong>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Eliezer Batista: visão técnica, logística integrada e os incentivos do Espírito Santo </h2>



<p>Eliezer Batista transcendeu o papel de gestor técnico na Companhia Vale do Rio Doce e como Ministro de Minas e Energia. Em suas gestões, ele foi o arquiteto de projetos estruturantes como a ampliação do Porto de Tubarão (ES), a modernização da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e o Projeto Carajás (PA). </p>



<p>Batista defendia que incentivos fiscais não deveriam ser isolados, mas integrados a corredores logísticos, clusters industriais, geração de empregos qualificados e transferência de tecnologia. Ele também antecipou o conceito de <strong>contabilidade estratégica</strong>, enfatizando métricas objetivas, análises custo-benefício fundamentadas e controle fiscal baseado em desempenho e resultado. </p>



<p>Essa visão estruturante e ética estabeleceu os fundamentos que inspirariam programas como o <strong>FUNDAP</strong>, o <strong>Invest-ES</strong> e o <strong>Compete-ES</strong>, que hoje são pilares do desenvolvimento industrial e logístico do Espírito Santo. <strong>Com Batista, os incentivos fiscais deixaram de ser vistos como exceção e passaram a ser narrados como estratégia nacional — a mesma lógica que sustenta, até hoje, o protagonismo capixaba</strong>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O elo atemporal: do pioneirismo à inteligência tributária atual no Espírito Santo </h2>



<p>Enquanto Mauá enfrentava o Império sem apoio, o empreendedor de hoje, especialmente no Espírito Santo, vive um cenário oposto. O estado oferece uma estrutura sólida de apoio ao empreendedorismo produtivo, com responsabilidade fiscal e protagonismo institucional.</p>



<p>O que Mauá não teve, e que o empreendedor atual pode e deve usar, são as <strong>ferramentas disponíveis para proteger sua margem, ampliar sua operação e acelerar sua competitividade</strong>. No Espírito Santo, isso se traduz em:</p>



<p><strong>Incentivos fiscais estaduais estruturantes</strong>, como o Compete Atacadista, Invest Indústria, Invest Importação, Compete e-Commerce, REOA e o FUNDAP.</p>



<p>Apoio de instituições como o <strong>BANDES</strong> (com linhas para inovação e expansão) e o <strong>SEBRAE</strong> (com capacitação técnica).</p>



<p>Secretarias de Estado (Desenvolvimento, Fazenda, Governo) atuantes e focadas em agilidade e atração de investimentos, além de um <strong>ambiente jurídico seguro</strong> com previsibilidade e transparência.</p>



<p>No plano federal, as empresas também podem se beneficiar de modelos como o <strong>Repetro</strong> (incentivo para petróleo e gás), a <strong>Lei do Bem</strong> (deduções para pesquisa, inovação e desenvolvimento) e a <strong>Sudene</strong> (redução do IRPJ para expansão em regiões específicas).</p>



<p>O ponto central, reforçado pelos legados de Matarazzo e Simonsen, é enxergar esses benefícios fiscais não como "privilégios", mas como <strong>instrumentos legais de desenvolvimento regional e ganho de escala</strong>. A lógica de Eliezer Batista, que integra infraestrutura e incentivos fiscais para competitividade sistêmica, é a essência do modelo capixaba.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão: incentivo fiscal não é favor, é estratégia </h2>



<p>As trajetórias de Mauá, Matarazzo, Simonsen e Eliezer Batista nos deixam lições claras: o crescimento econômico e empresarial exige visão de longo prazo, planejamento estruturado, eficiência técnica, transparência e responsabilidade. Hoje, ao contrário de Mauá que empreendeu sozinho contra o Império, o empreendedor tem à sua disposição uma estrutura e ferramentas que podem e devem ser utilizadas com inteligência.</p>



<p>Em tempos de debate tributário e busca por eficiência, o legado desses nomes oferece mais do que inspiração — oferece um método. O Espírito Santo é um exemplo real de como a continuidade técnica e a aplicação de uma visão estratégica podem traduzir conceitos históricos em políticas públicas eficazes e desenvolvimento regional sustentável. <strong>Não é preciso ser um herói para empreender no Brasil, mas é crucial parar de ignorar as ferramentas que estão disponíveis, esperando para serem utilizadas com responsabilidade e estratégia</strong>.</p>



<p><strong>Nota pessoal da autora:</strong> Concluí meu curso Técnico em Contabilidade no Colégio Eliezer Batista, em dezembro de 1985 — no último ano da segunda gestão de Eliezer Batista à frente da Vale. O colégio, localizado ao lado da Desportiva Ferroviária, foi parte essencial da minha formação. À época, eu não imaginava que minha vida profissional se entrelaçaria tão profundamente com os incentivos fiscais e o desenvolvimento regional do Espírito Santo. Hoje, reconheço esse elo como simbólico e inspirador para minha atuação técnica junto às empresas capixabas.</p>

Do sonho ao planejamento: as lições atemporais de Mauá, Matarazzo, Simonsen e Eliezer Batista para a estratégia empresarial atual

<p><em>Empresas que incorporam boas práticas fiscais ao seu modelo de gestão minimizam riscos, otimizam recursos, preservam incentivos e fortalecem sua reputação institucional</em></p>



<p>No atual cenário de fiscalização ampliada e cruzamento automático de dados, <strong>adotar boas práticas fiscais</strong> não é apenas recomendável — <strong>é indispensável à sobrevivência e à competitividade empresarial</strong>.</p>



<p>No Espírito Santo, o cumprimento rigoroso do <strong>Regulamento do ICMS (Decreto nº 1.090-R/2002)</strong> tornou-se um dos principais critérios para permanência em regimes especiais e incentivos fiscais, como o Compete-ES, Invest-ES e FUNDAP.</p>



<p>Com a interoperabilidade crescente entre SEFAZ, Receita Federal e demais órgãos de controle, <strong>inconsistências técnicas — mesmo involuntárias — podem resultar em glosas de créditos, autuações e suspensão de benefícios</strong>.</p>



<p>Neste artigo, reúno as <strong>principais exigências fiscais e operacionais observadas pelo Fisco capixaba</strong>, bem como orientações práticas para garantir conformidade e blindagem preventiva.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O que o Fisco capixaba está observando?</h2>



<p>A fiscalização estadual passou a operar com <strong>critérios técnicos mais precisos</strong>, sustentados por auditorias eletrônicas e análise cruzada de dados em tempo real. Os principais pontos de atenção incluem:</p>



<p><strong>1. CFOP e CST incompatíveis com a realidade operacional</strong></p>



<p>Erros na codificação fiscal comprometem a escrituração e podem gerar <strong>glosas de créditos legítimos</strong>, mesmo que a operação tenha ocorrido corretamente.</p>



<p><strong>2. Descumprimento de obrigações acessórias</strong></p>



<p>Empresas com incentivos fiscais devem manter <strong>regularidade absoluta</strong> no cumprimento de relatórios mensais, recolhimentos complementares, controles das apurações de tributos, entre outros<strong>.</strong></p>



<p><strong>3. Escrituração incompleta ou negligente</strong></p>



<p>A omissão de notas fiscais — inclusive de <strong>remessas, devoluções ou bonificações</strong> — representa risco direto de autuação e pode ser caracterizada como tentativa de sonegação</p>



<p><strong>4. Estoques e movimentações incompatíveis com o SPED</strong></p>



<p>A SEFAZ cruza as informações constantes nas <strong>NF-e, SPED Fiscal e ECD</strong>, exigindo <strong>total coerência entre registros contábeis e operações fiscais.</strong></p>



<p><strong>5. Ausência de sinalização e licenciamento atualizado</strong></p>



<p>Mesmo empresas localizadas em <strong>complexos logísticos ou galpões compartilhados </strong>devem manter <strong>placas de identificação visíveis e proporcionais à atividade exercida</strong>, além de todas as licenças exigidas (municipais, ambientais, sanitárias, etc.). A ausência desses elementos pode ser interpretada como indício de operação irregular.</p>



<h2 class="wp-block-heading"> Boas práticas fiscais: as 9 recomendações essenciais</h2>



<p>Com base em mais de três décadas de atuação técnica, reunimos a seguir as principais <strong>ações estratégicas para mitigar riscos e reforçar a conformidade fiscal</strong>:</p>



<p><strong>1. Escrituração contábil técnica e tempestiva</strong></p>



<p>Mantenha a contabilidade em dia e com respaldo documental, incluindo o envio adequado da <strong>Escrituração Contábil Digital (ECD)</strong> — exigida também por auditorias estaduais.</p>



<p><strong>2. Validação rigorosa de documentos fiscais</strong></p>



<p>Revise todos os documentos emitidos e recebidos, com atenção especial aos <strong>códigos CFOP, CST</strong> e à tributação conforme <strong>NCM</strong>.</p>



<p><strong>3. Atualização cadastral e de licenças</strong></p>



<p>Certifique-se de que o <strong>CNAE corresponde à operação real</strong> da empresa e que todos os alvarás e licenças estão regulares.</p>



<p><strong>4. Comprovação documental da posse do imóvel</strong></p>



<p>Guarde contratos válidos de <strong>locação, comodato, arrendamento ou escritura pública</strong> para demonstrar legalmente o direito de uso do imóvel.</p>



<p><strong>5. Identificação física da empresa</strong></p>



<p>A sede operacional deve estar <strong>sinalizada de forma clara e visível</strong>, conforme exigência das autoridades fiscais — mesmo em operadores logísticos.</p>



<p><strong>6. Monitoramento de transportadores</strong></p>



<p>Caso o frete seja realizado por <strong>transportadora com inscrição estadual no ES</strong>, verifique o correto recolhimento do <strong>DUA do ICMS sobre o frete</strong>.</p>



<p><strong>7. Número de funcionários compatível com o incentivo e com a operação</strong></p>



<p>Incentivos fiscais estaduais exigem <strong>manutenção de número mínimo de empregados</strong>, conforme previsto no termo de enquadramento.</p>



<p><strong>8. Escrituração de todas as notas fiscais</strong></p>



<p>Lançar corretamente <strong>todas as NF-es</strong>, inclusive de <strong>remessa, bonificação e devolução</strong>, é obrigatório. A ausência desses lançamentos compromete a rastreabilidade e transparência fiscal.</p>



<p><strong>9. Organização documental para fiscalizações</strong></p>



<p>Mantenha arquivados <strong>extratos bancários, pedidos de compra, e-mails de negociação e comprovantes operacionais</strong>, que podem ser exigidos pelo Fisco.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conformidade fiscal não é custo: é estratégia de sustentação</h2>



<p>Empresas que incorporam boas práticas fiscais ao seu modelo de gestão <strong>minimizam riscos, otimizam recursos, preservam incentivos e fortalecem sua reputação institucional</strong>. Trata-se de um investimento direto na longevidade e sustentabilidade do negócio.</p>



<p><strong>A inteligência tributária começa pela conformidade técnica e pelo zelo diário com os detalhes.</strong> </p>

Boas práticas fiscais: como evitar riscos e garantir conformidade com o regulamento do ICMS/ES

<p><em>Aqueles que dominarem essa competência estarão à frente — não por saberem mais, mas por compreenderem melhor</em></p>



<p><em><strong>Por Olírica Cunha – Especialista em assessoria empresarial e tributária há mais de 30 anos</strong></em></p>



<p>Vivemos na era do data driven business. Planilhas, dashboards e relatórios gerenciais já não são privilégio de grandes corporações — estão ao alcance de praticamente todas as empresas. E, ainda assim, é comum observar organizações com acesso às mesmas informações chegando a decisões completamente distintas.</p>



<p>A diferença raramente está nos dados em si. Está, quase sempre, na forma como são interpretados.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A ilusão da objetividade total</h2>



<p>No mundo corporativo, é comum supor que números falam por si. Mas essa crença ignora um fator essencial: dados são objetivos, mas a leitura que fazemos deles nunca é neutra.</p>



<p>Uma planilha de custos apresenta valores exatos. Um relatório contábil, indicadores mensuráveis. No entanto, essas informações precisam ser contextualizadas, comparadas, analisadas sob múltiplas lentes. O próprio Peter Drucker resumiu bem:</p>



<p>“Dados são como matéria-prima. Seu valor real surge quando passam pelo crivo da experiência e do conhecimento.”</p>



<h2 class="wp-block-heading">O papel (subestimado) do contexto</h2>



<p>Considere o seguinte dado: a receita de uma empresa cresceu 15% no último trimestre. Um ótimo resultado? Depende.</p>



<p>• E se o mercado cresceu 25% no mesmo período?</p>



<p>• E se esse crescimento exigiu sacrificar margens?</p>



<p>• E se foi impulsionado por um produto com demanda sazonal e queda projetada?</p>



<p>• E se os impactos tributários desse aumento não foram avaliados?</p>



<p>Sem o devido contexto, até o dado mais preciso pode levar a uma decisão equivocada.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A interpretação como vantagem competitiva</h2>



<p>Em um ambiente empresarial cada vez mais analítico, o diferencial competitivo não está em acessar informações — mas em compreendê-las melhor do que os concorrentes.</p>



<p>Três pilares sustentam essa capacidade:</p>



<h3 class="wp-block-heading">1. Conhecimento técnico aprofundado</h3>



<p>Interpretar exige domínio do tema. No campo tributário, por exemplo, não basta entender o número bruto. É preciso conhecer legislação, jurisprudência, incentivos regionais e impactos econômicos de cada variável fiscal.</p>



<h3 class="wp-block-heading">2. Visão sistêmica</h3>



<p>Dados isolados contam histórias incompletas. Profissionais capacitados conectam variáveis, identificam causalidades, projetam cenários. Não enxergam apenas números, mas dinâmicas complexas.</p>



<h3 class="wp-block-heading">3. Experiência prática</h3>



<p>Nenhum software substitui o olhar experiente de quem vivenciou múltiplos ciclos econômicos, contextos regulatórios e desafios operacionais. A chamada “intuição analítica” nasce de anos de prática.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Evidências que sustentam essa visão</h2>



<p>A importância da interpretação qualificada dos dados vem sendo destacada por diversas instituições de renome global. Segundo estudos da McKinsey, organizações que utilizam analytics de forma estratégica têm até 19 vezes mais chances de obter lucro acima da média do setor. A Deloitte aponta que 49% dos executivos relatam melhorias significativas na tomada de decisões com o uso estruturado de dados, enquanto o MIT Sloan Management Review, em parceria com a SAS, demonstrou que empresas com práticas analíticas maduras são 5% mais produtivas e 6% mais lucrativas do que seus pares.</p>



<p>Essas pesquisas convergem em um ponto essencial: o diferencial competitivo não está apenas em ter acesso à informação, mas em saber interpretá-la com contexto, técnica e visão estratégica.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O exemplo dos incentivos fiscais</h2>



<p>No Espírito Santo, programas como o FUNDAP e o Invest Indústria oferecem oportunidades relevantes. Mas conhecer sua existência não garante bons resultados.</p>



<p>A diferença entre uma operação bem estruturada e uma fonte de passivo fiscal está na interpretação:</p>



<p>• Das nuances regulatórias e restrições operacionais;</p>



<p>• Da aderência real ao modelo de negócios;</p>



<p>• Das consequências no longo prazo para o planejamento tributário;</p>



<p>• Dos requisitos de conformidade documental.</p>



<p>Empresas que contam com uma assessoria especializada conseguem não apenas acessar incentivos — mas transformá-los em instrumentos estratégicos de crescimento.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Da informação à ação: como os dados se tornam estratégia</h2>



<p>O verdadeiro valor dos dados se revela quando eles geram decisões. Para isso, o processo interpretativo precisa passar por etapas bem definidas:</p>



<p><strong>1. Contextualizar:</strong> entender onde, como e por que o dado foi gerado</p>



<p><strong>2. Correlacionar:</strong> identificar conexões relevantes</p>



<p><strong>3. Projetar: </strong>construir cenários futuros a partir das tendências observadas</p>



<p><strong>4. Priorizar:</strong> definir o que é relevante diante dos objetivos da empresa</p>



<p><strong>5. Agir: </strong>transformar compreensão em ação concreta</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão: o futuro pertence a quem interpreta melhor</h2>



<p>Num mundo de algoritmos, inteligência artificial e automação, pode parecer que a análise humana está em segundo plano. Mas o oposto é verdadeiro: quanto mais dados temos, mais essencial se torna a capacidade humana de interpretá-los com profundidade, contexto e discernimento estratégico.</p>



<p>Aqueles que dominarem essa competência estarão à frente — não por saberem mais, mas por compreenderem melhor.</p>

A ciência da interpretação de dados

<p><em>O tarifaço ilustra que administrar vai muito além de organizar recursos internos. Exige visão ampla, capacidade de adaptação e liderança diante da incerteza</em></p>



<p>O recente “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros oferece um exemplo claro de como forças externas podem impactar profundamente o desempenho de uma organização, seja um país, uma empresa ou até mesmo um setor produtivo. Para os administradores, este episódio traz lições valiosas sobre gestão estratégica, negociação e resiliência.</p>



<p>Em primeiro lugar, evidencia-se a importância da <strong>análise do ambiente externo</strong>. Assim como na política internacional, no mundo corporativo as decisões raramente dependem apenas do que se controla internamente. Mudanças regulatórias, políticas econômicas e até decisões de concorrentes podem alterar o cenário de forma abrupta. Antecipar riscos e projetar cenários é, portanto, uma competência essencial para qualquer gestor.</p>



<p>Outro ponto fundamental é a <strong>capacidade de negociação e articulação</strong>. O Brasil, diante das tarifas, buscou canais diplomáticos, acionou instâncias multilaterais e procurou aliados na iniciativa privada norte-americana. Da mesma forma, empresas devem aprender a negociar não apenas em termos de preço, mas também de condições de mercado, regulamentações e relações de longo prazo. Construir redes de apoio pode ser a diferença entre o isolamento e a superação da crise.</p>





<p>A situação também reforça a necessidade da <strong>gestão de crises</strong>. Quando medidas inesperadas impactam o negócio, respostas rápidas, comunicação clara e estratégias de compensação tornam-se indispensáveis. Mais do que reagir, o administrador precisa inspirar confiança em colaboradores, clientes e parceiros, mostrando que há caminhos para mitigar os efeitos negativos.</p>



<p>Além disso, o episódio chama atenção para a importância da <strong>diversificação</strong>. O excesso de dependência de um único mercado ou cliente torna organizações vulneráveis a choques externos. Administradores devem pensar estrategicamente em diversificar sua base de clientes, fornecedores e canais, reduzindo riscos e garantindo maior resiliência.</p>



<p>Por fim, destaca-se o papel da <strong>comunicação institucional</strong>. O discurso de soberania adotado pelo Brasil demonstra como a narrativa e a forma de comunicar podem fortalecer a posição de negociação. No âmbito empresarial, gerir a imagem e a reputação é tão vital quanto gerir processos e recursos.</p>



<p>Em síntese, o tarifaço ilustra que administrar vai muito além de organizar recursos internos. Exige visão ampla, capacidade de adaptação e liderança diante da incerteza. Aos administradores, fica o recado: preparem-se para um mundo em que a estratégia não se limita às fronteiras da empresa, mas precisa dialogar constantemente com o ambiente global.</p>

Quando a política vira case de administração: lições do tarifaço

<p><em>Ser empresário não é simples, mas se você acredita no que está fazendo, sabe onde quer chegar e está disposto a caminhar utilizando os caminhos e ferramentas corretas, você certamente chegará lá</em></p>



<p>Como consultor de negócios encontramos diariamente empresas com grande potencial de crescimento, mas engessadas por seus donos que não conseguem enxergar o futuro para se tornarem verdadeiramente empresários.</p>



<p>Durante mais de 25 anos atuando em pequenas e médias empresas desenvolvemos uma escala de evolução para empresas deste segmento. São 3 estágios que necessariamente precisam ser alcançados para que o antigo sonho de sucesso e independência financeira se transformem em realidade.&nbsp;</p>



<p>Para desenvolver esta escala mapeamos mais de 150 empresas. Estrutura, modelo de negócio, grau de conhecimento de seus gestores, pontos fortes e pontos a evoluir, e principalmente a capacidade do empreendedor de se enxergar como um empresário de sucesso. <i><strong>Em 100% das analises o fator pessoal foi o maior responsável pelo insucesso das empresas</strong></i>. Os donos do negócio não conseguiram evoluir, levar sua operação a uma escala maior permanecendo no 2º estagio até serem engolidos pela concorrência. &nbsp;</p>



<h2 class="wp-block-heading">1º Estágio: O empreendedor</h2>



<p>É neste momento que tudo começa. Por necessidade, pela ilusão de mais liberdade, por acreditar no sucesso, começamos a empreender em determinado segmento, muitas vezes sem o devido conhecimento do que estamos fazendo. Neste estágio ainda não sabemos o que vai acontecer e nos entregamos de corpo e alma para transformar um sonho em realidade. Investimos tempo e dinheiro sem planejamento e sem uma simples analise do que estamos fazendo e se possuímos condições de evoluir.&nbsp;</p>



<p>Este estágio se caracteriza pela atuação do empreendedor. Ainda com receio de investir, assume a postura de tentar controlar tudo sozinho perdendo o foco e se transformando em apenas mais um deixando a figura do líder, empresário em segundo plano.</p>





<h2 class="wp-block-heading">2º Estagio: O dono do negocio</h2>



<p>Neste estagio as primeiras dificuldades já foram superadas e já nos sentimos donos do negócio, e <strong>esta é a grande armadilha</strong>. Como dono do negócio seu foco está apenas em vender e pagar contas. Você se esquece de se auto desenvolver e oferecer a sua equipe a capacitação necessária para que possam conduzi-lo ao <strong>3º estagio</strong>. Você não tem um planejamento estratégico pronto e alinhado, sua gestão financeira se limita a controlar receita e despesa, você tem medo de investir em talentos contratando pelo valor do salário e não pelo grau de conhecimento. <strong>Seu foco não é ganhar dinheiro, mas sobreviver</strong>. Não tem controle sobre indicadores básicos como estoque, clientes, peças vendidas, margens, lucratividade, custos fixos, não busca ajuda profissional com medo de ouvir opiniões contrarias as suas e por entender equivocadamente que é caro ter uma operação organizada e lucrativa, se apegando a recursos de terceiros para manter o equilíbrio da operação. Costumo dizer em nossas palestras e cursos que <i>este é o estagio em que brincamos de abrir e fechar a porta todos os dias</i>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">3º Estagio: O empresário</h2>



<p>Em primeiro lugar deixamos claro que não é fácil chegar a este estagio e talvez por isso, 1 a cada 5 empresa conseguem chegar.</p>



<p>Neste estágio você já aprendeu que <i><strong>não faz nenhum sentido ter um negocio e não ganhar dinheiro com ele</strong></i>. Já entendeu que todo o sacrifício feito precisa ter uma recompensa para que você possa usufruir junto com seus familiares momentos de alegria e descontração.</p>



<p>Neste estágio você não pensa só em vender, mas principalmente em ganhar dinheiro. Possui uma estrutura que atende as suas necessidades, controla e analisa resultados e utiliza seu precioso tempo para descobrir novas oportunidades. Já aprendeu que precisa estar cercado dos melhores e não dos mais baratos; já aprendeu que precisa ouvir sua equipe e entender as suas opiniões; já entendeu que opiniões de profissionais são mais importantes do que a fala de palpiteiros. Você chegou ao tão desejado mundo empresarial porque soube evoluir e quebrar barreiras pessoais.</p>



<p>Já não sei dizer quantas vezes ouvi a frase “ser empresário no Brasil não é fácil” e discordei.&nbsp;</p>



<p><strong>Ser empresário não é simples, mas se você acredita no que está fazendo, sabe onde quer chegar e está disposto a caminhar utilizando os caminhos e ferramentas corretas, você certamente chegará lá.&nbsp;</strong></p>



<p>Em qual estagio você está?</p>



<p>Sucesso!!</p>

Empreendedor, dono do negócio, empresário. Os 3 estágios do sucesso das Pequenas e Medias Empresas

<p><em>Presentear com educação é mais do que um gesto de carinho. É um investimento em quem a criança vai se tornar, e em quem nós, como sociedade, queremos ser</em></p>



<p>Você lembra qual foi o presente mais marcante da sua infância?</p>



<p>Pois é. Se você puxar pela memória, vai perceber que não foi necessariamente o mais caro ou o mais moderno. Foi o que trouxe junto uma experiência, uma descoberta, uma lembrança vivida com alguém.</p>



<p>E aqui está o ponto: no Brasil, ainda temos <strong>pouca cultura de presentear com educação</strong>. Presentear com algo que vai além do momento, que contribui para o desenvolvimento da criança e até para a sociedade.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A polêmica: brinquedos caros que não ensinam nada</h2>



<p>Vamos tocar numa ferida? Hoje, um dos brinquedos de alto valor mais procurados são os <strong>bebês reborn</strong>. Bonecos realistas que podem custar milhares de reais. E eu pergunto: o que esse brinquedo ensina? Ensina a criança a ser mãe antes da hora? A treinar os braços para carregar um bebê? Ou só reforça a ideia de que brincar precisa imitar a vida adulta sem nenhum desafio intelectual?</p>



<p>Não é uma crítica à diversão, cada família escolhe o que acha melhor. Mas vale a reflexão: estamos gastando muito em brinquedos que pouco acrescentam em termos de aprendizado. E veja, até nos vídeo games, tão criticados por muitos, existe algum nível de desafio: estratégias, reflexos, tomada de decisão. Se compararmos, <strong>dá até pra dizer que os jogos eletrônicos entregam mais desenvolvimento cognitivo do que alguns brinquedos tradicionais de alto custo.</strong></p>





<h2 class="wp-block-heading">O que um presente educativo pode mudar</h2>



<p>Agora imagine inverter essa lógica. No lugar de gastar com algo que será usado por um tempo curto, escolher um presente que abre espaço para aprender, experimentar, errar e tentar de novo. Um presente que convida a criança a usar a criatividade, explorar o raciocínio, se desafiar de forma divertida. E que, de quebra, aproxima pais e filhos em torno de uma experiência vivida juntos. Isso é o que chamamos de <strong>presente educativo</strong>.</p>



<p>Não é só um objeto. É um convite para construir memórias e habilidades que vão acompanhar a criança por toda a vida.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A força do “fazer junto”</h2>



<p>Aqui, talvez esteja o maior valor. Quando os pais se sentam com os filhos para montar, explorar, resolver problemas… não é só a criança que aprende.</p>



<p>A família se fortalece. A memória que fica não é do “presente em si”, mas do tempo junto: das risadas, da paciência, das tentativas. É isso que gera laços fortes, e que dá ao presente educativo um peso muito maior do que qualquer moda passageira.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Kits de robótica: um exemplo que transforma</h2>



<p>Pega os <strong>kits de robótica</strong> como exemplo. A criança abre a caixa, encontra peças, sensores, motores. Não é óbvio. É desafiador. Aí vem o momento mágico: pais e filhos montando juntos, quebrando a cabeça, testando, ajustando… até que o robozinho finalmente funciona.</p>



<p>Essa experiência traz de tudo: ciência, tecnologia, lógica, programação, criatividade. Mas traz também a sensação de conquista, a prova de que a criança pode construir algo com as próprias mãos. E esse aprendizado não acaba no dia seguinte. Ele fica.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Do individual ao coletivo</h2>



<p>Agora, pensa comigo: e se isso virasse cultura? Se em vez de gastar tanto com brinquedos que não agregam, começássemos a valorizar presentes que educam? O impacto seria enorme.</p>



<p>Teríamos crianças mais curiosas, mais criativas, mais preparadas para um futuro que exige pensamento crítico e inovação. E, no longo prazo, uma sociedade mais colaborativa, que entende o valor do conhecimento. Tudo isso pode começar na escolha de um presente.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão: o presente que transforma</h2>



<p>Na próxima vez que você pensar em dar um presente, olhe além da embalagem. Pergunte-se: esse presente vai só entreter por alguns dias, ou vai deixar algo de verdade? Porque o melhor presente não é o que a criança recebe e esquece. É o que ela vive junto com a família, aprende, guarda na memória e leva para a vida.</p>



<p>Presentear com educação é mais do que um gesto de carinho. É um investimento em quem a criança vai se tornar, e em quem nós, como sociedade, queremos ser.</p>

Holding de controle (pura): a avaliação de quotas exige laudo pericial?

Olírica Cunha

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Olírica Cunha

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