Crises são inevitáveis. Mas com esse treinamento mental, você pode reagir com mais clareza e coragem quando o momento chegar Crises podem surgir de todos os lados: mudanças econômicas, transformações tecnológicas, decisões políticas — e, para líderes empresariais, cada uma pode colocar tudo em risco. Mas o que fazer para não congelar no momento mais crítico? Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio estudaram o treinamento das Forças Especiais dos EUA e descobriram lições valiosas para qualquer líder enfrentar situações de alta pressão. O inimigo: a espiral da autocrítica Segundo o professor Angus Fletcher, a hesitação diante de uma crise nasce, muitas vezes, da vergonha de erros passados. Esse 'flashback negativo' mina a confiança e leva à paralisia. Quanto mais indecisão, mais erros — e o ciclo continua. A técnica das Forças Especiais Para quebrar esse padrão, soldados são treinados a relembrar, com riqueza de detalhes, um momento em que agiram com coragem e eficácia. Ao escrever e visualizar cada etapa daquela memória positiva, eles criam um 'flashback protetor' para usar em situações futuras. Em testes com gestores corporativos, esse método reduziu a hesitação e aumentou a velocidade de resposta em cenários de alta pressão. A ciência por trás da coragem Pesquisadores como a neurocientista Wendy Suzuki e a psicóloga Meg Jay reforçam: reviver memórias positivas ajuda a combater a ansiedade e aumenta a resiliência. Ao lembrar-se de momentos de força, o cérebro fica mais preparado para enfrentar novos desafios. Como aplicar no dia a dia Prepare-se antes: escreva sobre uma situação difícil em que você agiu bem. Visualize os detalhes: reviva emoções, passos e decisões. Acesse essa memória na crise: quando o medo vier, use essa lembrança para recuperar a confiança. Crises são inevitáveis. Mas com esse treinamento mental, você pode reagir com mais clareza e coragem quando o momento chegar.