Dono da Smart Fit aparece na capa da Forbes como um dos 10 melhores CEOs do Brasil

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Executivos escolhidos conduziram suas empresas “de forma diferenciada” e compartilham uma crença: o sucesso depende das pessoas
Edgard Corona, o dono da Smart Fit, estampou a capa da lista da Forbes Brasil dos 10 melhores CEOs do país de 2025. A escolha veio acompanhada de números que impressionam: 1.818 academias espalhadas por 15 países, 5,15 milhões de clientes atendidos apenas no primeiro semestre e faturamento de R$ 3,49 bilhões no período.
A revista deixou claro o critério da seleção. Os executivos escolhidos conduziram suas empresas “de forma diferenciada” e compartilham uma crença: o sucesso depende das pessoas.
De engenheiro químico a CEO do fitness
Corona passou 17 anos na empresa familiar do setor de agroenergia antes de buscar uma nova direção. A virada veio depois de um acidente de esqui em 1995, aos 39 anos. A fisioterapia que precisou fazer—3 a 4 horas por dia durante seis meses—abriu os olhos dele para as oportunidades no mercado de academias. Daí que surgiu a Bio Ritmo, uma marca de academias premium.
Mas foi em 2009 que ele apostou num modelo novo e criou a Smart Fit. A proposta era clara: democratizar o acesso a academias de qualidade com preços acessíveis. Funcionou. Hoje a rede está presente em quase toda a América Latina, com 1.459 unidades próprias.
Os números do primeiro semestre de 2025 mostram por que o dono da Smart Fit chegou à lista da Forbes. Foram 5,15 milhões de clientes suando nas academias: 2,3 milhões só no Brasil. Essa base gerou R$ 3,49 bilhões em receita e lucro líquido recorrente de R$ 330 milhões.
O que faz Corona se destacar
Tem CEO que faz a empresa crescer devagar. Corona não. A Smart Fit inaugurou 75 novas unidades só no primeiro semestre de 2025. O Brasil levou 33, México ficou com 8, e o resto foi para Colômbia, Chile e Guatemala.
Mesmo com esse tamanho todo, a empresa mantém a operação enxuta e os preços baixos. O modelo low-cost funciona porque atende uma demanda real: milhões de pessoas que querem treinar em academias modernas mas não podem pagar mensalidades altas.
Corona construiu um ecossistema que vai muito além da Smart Fit. O grupo reúne Bio Ritmo, Nation CT, studios premium como Velocity e Race Bootcamp. Tem ainda a TotalPass, plataforma que conecta mais de 20 mil academias em mil cidades brasileiras. Cada marca atende um perfil diferente de cliente.
Crescimento continua acelerado
A meta do dono da Smart Fit? Dobrar de tamanho nos próximos quatro ou cinco anos.
A empresa vai entrar na África. Marrocos já tem a primeira unidade da Smart Fit, inaugurada em Casablanca, com cinco contratos assinados para novas unidades na região. O país tem estabilidade econômica relativa, classe média crescendo e mercado fitness pouco desenvolvido.
Mas quando questionado sobre expandir para os Estados Unidos, Corona foi direto: não faz sentido. O mercado americano já tem penetração alta e concorrentes consolidados como Planet Fitness e LA Fitness. A estratégia dele é crescer onde o modelo funciona melhor — lugares com demanda reprimida e poucas opções de qualidade a preços acessíveis.
Mais que números
A lista da Forbes 2025 também incluiu Adriana Aroulho (SAP), Alberto Kuba (WEG), Diego Barreto (iFood) e Sergio Zimerman (Petz), entre outros. Cada um chegou lá por um caminho diferente.
Corona fez isso construindo algo que transformou a forma como brasileiros e latino-americanos pensam sobre academia. Tornou acessível o que antes era privilégio de poucos. E continua expandindo.
Os R$ 3,49 bilhões em receita semestral não vieram do acaso. Vieram de uma estratégia clara, execução consistente e entendimento profundo do mercado onde a Smart Fit atua. É isso que coloca um CEO na capa da Forbes.











