Em entrevista à Glamour, Reese Witherspoon destacou a urgência de inserir mais mulheres nesse setor decisivo para o futuro do trabalho e da sociedade Reese Witherspoon sempre usou sua visibilidade para defender maior participação feminina em áreas dominadas por homens, como o cinema e os negócios. Agora, a atriz e empresária voltou suas atenções para a inteligência artificial (IA). Em entrevista à Glamour, ela destacou a urgência de inserir mais mulheres nesse setor decisivo para o futuro do trabalho e da sociedade. Um alerta baseado em dados A preocupação de Witherspoon encontra respaldo em pesquisas recentes. Um levantamento de Harvard Business School, baseado em 18 estudos diferentes, identificou uma lacuna de 25% entre homens e mulheres no uso de ferramentas de IA. Exemplos: apenas 42% dos usuários de ChatGPT e Perplexity são mulheres, e só 27% baixaram o app do ChatGPT. Em áreas mais avançadas, a diferença é ainda maior: menos de um terço dos pesquisadores em IA são mulheres. Ver todos os stories 6 hábitos que sabotam seu crescimento O nordestino que ousou fazer o impossível O que está em jogo com a 'PEC da Blindagem' Uma verdade sobre suas assinaturas de streaming que você não vê Boninho, The Voice e a lição da reinvenção Essa exclusão tem consequências concretas. Um estudo de 2021 da Berkeley Haas analisou 133 sistemas de IA e concluiu que 44% apresentavam algum tipo de viés de gênero. Como explicou a pesquisadora Sola Mahfouz, 'quando a tecnologia é desenvolvida apenas de um ponto de vista, é como olhar para o mundo de forma parcial'. De espectadoras a protagonistas Para reduzir esse abismo, especialistas sugerem medidas institucionais, como monitorar vieses nos dados de treinamento e criar ambientes inclusivos de experimentação. Mas Witherspoon defende uma ação prática e imediata: que mais mulheres comecem a usar IA no dia a dia para desenvolver familiaridade, habilidades e voz ativa no debate. Ela mesma adota essa estratégia, utilizando ferramentas como Perplexity para pesquisas rápidas, Vetted.ai para recomendações de produtos e Simple AI como assistente virtual. Segundo ela, esses recursos ajudam a ganhar tempo e a experimentar novas formas de produtividade. Lições de líderes globais Nesse ponto, Witherspoon se alinha a nomes como Bill Gates, Tim Cook, Jensen Huang (Nvidia) e Greg Brockman (OpenAI), que já defenderam publicamente a importância de testar IA sem medo. Até o investidor Mark Cuban resumiu o espírito do momento: quem não estiver explorando a tecnologia, 'está ferrado'. Mas a diferença é que Witherspoon coloca o foco na representatividade. Sua mensagem é clara: mulheres precisam dominar a IA não apenas para manter relevância no mercado, mas para influenciar diretamente como essa tecnologia será desenvolvida e aplicada. Por que isso importa para os negócios Para empresas, apoiar a inserção de mulheres na IA não é apenas uma pauta de diversidade: é uma questão de inovação e competitividade. Equipes diversas tomam decisões mais equilibradas, evitam vieses e conseguem criar soluções que refletem melhor a complexidade do mercado e da sociedade.