Nova política foi detalhada em um e-mail enviado pela diretora de pessoas Amy Coleman aos gestores da companhia Após divulgar resultados financeiros positivos em janeiro, a Microsoft surpreendeu ao anunciar a demissão imediata de funcionários considerados de baixo desempenho. A decisão, acompanhada de cartas diretas e o corte instantâneo de benefícios, levantou questionamentos — e agora ganha novos contornos com mudanças mais duras nas políticas de gestão de performance da empresa. Segundo o Business Insider, a nova política foi detalhada em um e-mail enviado pela diretora de pessoas Amy Coleman aos gestores da companhia. O objetivo declarado é aumentar a transparência e padronizar a forma como o desempenho dos colaboradores é avaliado e recompensado. A mudança inclui a adoção de métricas mais rígidas e novos treinamentos para líderes avaliarem seus times com mais critério. Quem não melhorar pode ser demitido — e vetado por dois anos Colaboradores que apresentarem desempenho insatisfatório serão colocados em um plano de melhoria com metas claras. Caso optem por não se engajar, a empresa poderá aplicar um processo de saída estruturado, o que também os tornará inelegíveis para recontratação por dois anos. Além disso, esses profissionais não poderão buscar transferência interna para outros cargos durante o período. A medida visa reduzir alegações de demissões injustas, padronizando procedimentos e reforçando a gestão por performance. No entanto, representa uma ruptura clara com o perfil de cultura mais descontraída que dominava o setor nos anos 2000, com benefícios extravagantes e foco em ambientes flexíveis. Meta também endurece, mas enfrenta reação negativa A Microsoft não é a única gigante tech a adotar práticas mais rigorosas. A Meta também iniciou um processo semelhante, com demissões de 'colaboradores de baixo desempenho'. O CEO Mark Zuckerberg chegou a afirmar que 2024 seria um 'ano intenso'. Mas a empresa enfrentou forte reação pública: ex-funcionários protestaram nas redes, afirmando que não eram, de fato, pouco produtivos. Houve até acusações de que pessoas que tiraram licença médica foram incluídas na lista de cortes. Essas práticas lembram o controverso modelo 'rank and yank', promovido pela GE nos anos 1980, que premiava os melhores e dispensava sistematicamente os piores. Críticos apontam que, apesar da tentativa de racionalizar decisões difíceis, políticas rígidas demais podem afetar negativamente a reputação das empresas em sites como Glassdoor — e afastar talentos. Para gestores atentos, o recado é claro: estabelecer critérios objetivos de desempenho é essencial. Mas conduzir esse processo com empatia pode ser o diferencial que define a atratividade de sua empresa no mercado.