Pesquisas da Harvard Business School mostram que ser firme garante mais resultados do que adotar uma postura excessivamente amigável Muita gente, ao negociar, acredita que demonstrar empatia e cordialidade vai abrir portas. É uma lógica que funciona bem em vendas, em relacionamentos de trabalho e até em liderança. Mas em negociações, a simpatia pode se transformar em fraqueza percebida — e acabar custando dinheiro. O estudo de Harvard Pesquisadores testaram duas abordagens em mensagens enviadas a vendedores de smartphones no Craigslist. Mensagem calorosa: cheia de elogios, emojis e apelos pessoais, pedindo desconto de 20%. Mensagem firme: direta, objetiva e condicionada a prazo ('aceite até amanhã ou sigo em frente'). O resultado? A mensagem dura recebeu mais rejeições imediatas, mas garantiu descontos maiores dos vendedores que aceitaram negociar. Em média, o comprador economizou 8% a mais do que na abordagem 'amigável'. Por que funciona A explicação está na clareza da proposta. A mensagem simpática convida à contraoferta. Já a firme estabelece valor de mercado e transmite convicção. Não é sobre ser rude, mas sobre deixar claro que você está preparado para fechar — ou desistir. A fórmula prática: 9 palavras mágicas Uma forma simples de aplicar isso é usar a frase:'Se você pode fazer (X), temos um acordo.' Exemplos: 'Se conseguir entregar até sexta pelo mesmo preço, temos um acordo.' 'Se topar fechar em dois anos de contrato, temos um acordo.' 'Se puder reduzir em 10%, temos um acordo.' Essa técnica reduz o desgaste, transmite confiança e corta rodadas desnecessárias de barganha. O recado final Negociar não precisa ser agressivo, mas precisa ser firme. Ser simpático pode ajudar na vida profissional em geral, mas na mesa de negociação, clareza e objetividade vencem.