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Não importa sua idade, quanto dinheiro você tem, onde estudou ou que curso você fez, uma coisa é verdade: você TEM um chefe! Não importa o nome que ele ou ela receba, pode ser diretor, líder, instrutora, CEO, (até o Estado pode ser considerado um chefe) ainda assim essa pessoa exercerá poder sobre você e, nesse processo, você com certeza será influenciado.
	Para falar a verdade, é justamente esse o papel do chefe: influenciar. O chefe existe porque, teoricamente, ele tem um maior conhecimento que você e te influenciará, compartilhando conhecimentos e experiências. Ou porque ela lidera melhor que você, e te influenciará no sentido de lidar com as pessoas, entender o ser humano.
	Acreditamos que, nas organizações de hoje, os chefes exercem o papel dos antigos mestres. Têm que estar preocupados não só com o desenvolvimento profissional de ser subordinados, mas, principalmente, com o lado pessoal desses indivíduos.
	Em plena Era do Conhecimento nada é mais valioso para uma organização do que seus Recursos Humanos. Por sinal, acreditamos que a própria idéia de RECURSOS Humanos seja ultrapassada. Recurso é algo limitado, enseja a existência de trade-offs. Seres humanos são ilimitados, logo não são recursos. Consideramos seres humanos como investimentos de terceiros, com ampla capacidade de gerarem dividendos.
(Mas isso é assunto para um outro texto. Vamos nos concentrar no assunto em pauta!).
	Apesar da necessidade de se trabalhar pessoas e do papel que o chefe tem no desenvolvimento de seu subordinado, é interessante notar como existem pessoas que não gostam de seus chefes.
	Alguns dizem que seus superiores são exigentes demais, que não compreendem suas dificuldades. Às vezes essas reclamações são justas, porém, na maioria das vezes, elas nascem do medo de reconhecer a própria incompetência e tentar melhorar.
	Outros julgam seus chefes instáveis demais. Segundo essas pessoas esses chefes precisariam de uma dose extra de PULSO FORTE e coragem. Novamente essas reclamações podem ser verdadeiras em determinadas situações. Em outras, porém, a dificuldade está no fato de que o subordinado não consegue vislumbrar a complexidade dos problemas que se apresentam, e acabar decidindo-se por seguir o caminho mais fácil e, na maioria das vezes, errado.
	Exemplos não faltam, mas o que queremos aqui não é apresentar um repositório de críticas destinadas aos chefes. Ao contrário, acreditamos que a relação superior-subordinado é muito importante para o desenvolvimento de ambos, especialmente para o subordinado.
	É comum, em biografias de pessoas de sucesso, a citação de superiores também de sucesso. Na maioria das vezes, os grandes cientistas tiveram grandes professores. Os líderes de hoje já foram liderados pelos líderes de ontem. É essa relação simbiótica entre lider-liderado que leva ao desenvolvimento e à superação dos desafios.
	Os ressentimentos existentes entre subordinados para com os seus superiores decorrem do fato de que são poucas as pessoas que aceitam essa relação hierarquizada como satisfatória. 
	As pessoas gostam de se relacionar de igual para igual, sem pretenções sem lero-lero. Poucas coisas na vida são tão boas como comer um pastel na feira ou tomar um chopp num bar com uma roda de amigos em volta. Porém, não são poucas as pessoas que se acostumam com o glamour de seus cargos e esquecem desses pequenos detalhes que fazem toda a diferença.
	Para um subordinado é muito bom sentir que seu superior é igual a ele. Pode ter um cargo melhor, ganhar mais, mas, em essência, são FARINHA DO MESMO SACO, são IGUAIS.
	Para o superior, um relação de igual para igual com seus subordinados potencializa resultados, gera confiança nas relações e torna mais leve o dia-a-dia.
	É uma relação tão importante essa, em que ambos os indivíduos tem tanto a aprender, porque desperdiçá-la? Deixar o tempo passar? Procuremos esquecer um pouco a madame do Zepelim e comecemos a entender a Geni.
	Ambos têm muito a aprender. Eu sei, eu já disse isso. Mas é que ainda estou aprendendo.

A IMPORTÂNCIA DO CHEFE

Não importa sua idade, quanto dinheiro você tem, onde estudou ou que curso você fez, uma coisa é verdade: você TEM um chefe! Não importa o nome que ele ou ela receba, pode ser diretor, líder, instrutora, CEO, (até o Estado pode ser considerado um chefe) ainda assim essa pessoa exercerá poder sobre você e, [&hellip;]

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No final do ano passado foi assinada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Medida Provisória que irá regulamentar o funcionamento do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O fundo financiará a educação básica na rede pública a partir de 2007, tendo vigência de 14 anos, a partir da promulgação da Emenda Constitucional.

O FUNDEB irá abranger a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e Médio, e acredita-se que irá englobar um universo de 48,1 milhões de alunos, a partir do 4º ano de vigência do fundo. O total de recursos arrecadado pelo fundo será utilizado para pagar os salários dos profissionais do ensino e arcar com despesas de manutenção e desenvolvimento da Educação Básica pública.

Seguindo a rota do Bolsa-Família, o FUNDEB irá priorizar os Estados do Norte e Nordeste, historicamente as regiões mais carentes do Brasil. Esse viés passa a ser justificado quando observado de um ponto de vista sistêmico, que assevera a impossibilidade de um desenvolvimento sustentado do país enquanto houver regiões extremamente carentes e outras, predominantemente o Sul e o Sudeste, com alto nível de desenvolvimento.

O FUNDEB terá sua implantação total em quatro anos, de forma que no final do quarto ano o total de recursos distribuídos a educação chegue a R$ 55,8 bi. Desse montante, 60% será utilizado para pagar os professores e profissionais da Educação.

A importância do FUNDEB para o segundo mandato de Lula é devida a um amplo leque de razões. Uma delas é o fato de Lula ter reduzido os gastos com Educação em seu primeiro mandato, contrariando a política implantada por FHC, que havia criado o FUNDEF (Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental), o qual aumentou consideravelmente a somatório de recursos investidos no ensino.

Essa redução nos gastos com Educação em seu primeiro mandato também foi um dos principais fatores que influenciaram no recuo da 68ª para a 69ª posição do Brasil no ranking geral do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), acompanhado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

O IDH é a síntese de quatro indicadores: PIB per capita, expectativa de vida, taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade e taxa de matrícula bruta nos três níveis de ensino, e o FUNDEB poderá se tornar a chave para melhorar esse índice.

Por esses e por outros motivos o FUNDEB, conjuntamente com a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, já se tornou o ovo de Colombo do segundo mandato de Lula. Serão esses os dois principais pilares de sustentação de Lula durante seus quatro anos de governo e, se tudo correr bem, serão também eles os bastiões que poderão vir a sustentar a candidatura de seu sucessor.

Devido à essa importância política, é de se esperar que o governo aplique as medidas necessárias para a sua implantação com a maior diligência possível, o que, no fim das contas, irá ajudar muito no desenvolvimento da nação brasileira, já que outras providências com teor político mais cáustico, como a Reforma Tributária e da Previdência, já estão totalmente fora da agenda Lula.

Apesar da incapacidade de Lula em tomar decisões que venham a prejudicar sua imagem de amigo do povo, acredita-se que o FUNDEB poderá servir como o início de uma mudança do sistema de ensino público brasileiro para melhor. Não faltam exemplos de países que se alçaram a níveis de desenvolvimento altíssimos devido ao investimento no ensino básico.
Não há dúvida que somente um sistema de ensino que ofereça as crianças uma base sólida para seu desenvolvimento é a chave para a melhoria da situação econômica e social de qualquer país, ainda mais numa época em que o conhecimento se multiplica a uma velocidade e com um dinamismo nunca vistos.

Exemplos dessa necessidade podem ser vistos na Coréia do Sul e na Índia. Ambos são países que, há cinqüenta anos atrás encontravam totalmente destruídos e subdesenvolvidos e que, após anos de investimentos na educação básica, tornaram-se referências mundias na exportação de jovens profissionais extremamente competentes e ávidos por desafios. É esse o caminho que o Brasil precisa trilhar.

Quando o Bolsa-Família surgiu, acreditei que seria outro programa populista, com fins unicamente eleitoreiros. E assim foi. No entanto, com o FUNDEB complementando-o, acredito que Lula tem uma oportunidade de ouro de deixar seu nome positivamente registrado na História brasileira.

O Bolsa-Família irá continuar dando o peixe de cada dia ao povo brasileiro; porém o FUNDEB irá ensinar cada um a pescar por si só.






Educação no Brasil - Efeitos Lula

Quem me conhece sabe que apenas com muita dificuldade, e após uma boa meia-hora, consigo diferenciar um remédio para dor de barriga de um outro remédio para enxaqueca.

Por aí já é possível perceber que entendo absolutamente nada sobre doenças, tratamentos, corpo humano, órgãos, etc. No entanto, nesse texto, primeiro do ano, pretendo abordar uma doença comum em organizações, a egoqueca (ê) organizacional. Se você passa oito ou mais horas do seu dia em um escritório, anda de gravata para cima e para baixo, antes de usar o telefone residencial digita, por engano, um código para liberá-lo ou escreve mais de trinta e-mails por dia, cuidado. Você é um sério candidato a estar sofrendo de egoqueca organizacional.

Bom, antes de mais nada, tratemos de definir essa doença que mata, a cada ano, milhares de supervisores, gerentes, executivos, CEOs, VPs.

Definição

Egoqueca é um neologismo derivado da junção entre, obviamente, ego e queca. Ego, do latim, é o eu de qualquer indivíduo. É a conceitualização de si mesmo que faz com que cada pessoa sinta-se única e especial. Queca, até onde encontrei, é um sufixo derivado do inglês ache, cujo significado é doer.

As observações de Freud, no início do século XX, revelaram uma série interminável de conflitos e acordos psíquicos. A um instinto opunha-se o outro. Eram proibições sociais que bloqueavam pulsões biológicas e os modos de enfrentar situações freqüentemente chocavam-se uns com os outros.

Ele tentou ordenar este caos aparente propondo três componentes básicos estruturais da psique: o Id, o Ego e o Superego. Dessa forma, por definição, o Ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa e, por isso, tem a necessidade de reafirmar o Eu. O Ego se desenvolve a partir do Id, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sua própria identidade.

No entanto, quando a pessoa deixa se contagiar pela egoqueca organizacional o ego torna-se extremamente sensível e passa a reagir a realidade externa de forma a fechar-se em si mesmo, por amor próprio. A pessoa vitimada reconhece que é única e especial, mas, infelizmente, pára de perceber essa mesma individualização nas outras pessoas com que se relaciona.

Nesse texto, abordo as causas e efeitos ocasionados quando executivos, profissionais e empreendedores se contagiam pela egoqueca e o quão devastadores, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, são os efeitos causados por essa doença.

Causas

Cada vez mais, devido à demanda de trabalho e resultados criada com o surgimento da globalização dos mercados e das pessoas, os profissionais sentem a necessidade de se preparar melhor para o mercado e de se dedicar mais aos seus trabalhos.

Por isso, é comum ouvirmos atualmente comentários do tipo Fulano trabalha dezesseis horas por dia, Cicrano já está no seu terceiro mestrado, entre outros.

No entanto, a velocidade e a extensão das mudanças chegaram atualmente a um nível ao qual o ser humano não consegue acompanhar. Quem faz uma faculdade hoje provavelmente não irá utilizar o que aprendeu nela quando terminar o curso, porque grande parte dos conceitos já estarão desatualizados. Ou seja, a chave é saber colocar em prática o que se aprende o quanto antes, pois em um ou dois anos isso já estará desatualizado.

Porém, para algumas pessoas, esse ainda é um processo extremamente doloroso. Essas mudanças impõem a necessidade de uma constante desconstrução e reconstrução do conhecimento e nem todas as pessoas estão dispostas a passar por isso.

Destarte, muitas delas sentem a necessidade de se fechar em si mesmas, de modo a se precaverem do ambiente externo e, dessa forma, continuarem vivendo confortavelmente em berço esplêndido.

Conseqüências

Esse processo de fechar-se em si mesmo é o que chamo de egoqueca, pois faz com que a pessoa se transforme em alguém insensível ao mundo e aos outros.

Assim, aos poucos, as relações dessa pessoa passam a se tornar escassas, ela já não conversa com quem não conhece, passa a ser vítima dos hábitos e não experimenta fazer diferente, inovar, mudar, mesmo que sem propósito definido, por puro medo de se deixar vulnerável, de se arriscar.

É também a egoqueca organizacional a maior responsável por grande parte das idiotices e erros cometidos nas empresas. Geralmente, executivos extremamente gabaritados, com grande conhecimento e experiência, cometem erros primários devido a ela. Por não deixarem-se ouvir e escutar as opiniões dos seus superiores, companheiros e subordinados acabam cometendo erros que os rookies não cometeriam.

Quanto mais formais se tornam as relações e quanto menos sensíveis somos aos outros maior é a necessidade de nos mantermos em um ambiente seguro, que possa reforçar nossa individualidade.

É em parte por isso que as relações de trabalho estão cada vez mais difíceis e a convivência organizacional têm se tornado um Festival de Hipocrisia. Cada um está tão fechado em si mesmo e preocupado em manter a cadeira que é difícil se abrir e reconhecer que o seu companheiro sabe mais que você sobre um determinado assunto e, assim, aprender com ele.

Conclusão

A egoqueca é um problema que afeta inúmeras pessoas, com quem nos relacionamos no nosso dia-a-dia, que amiúde não têm a mínima noção de que isso está acontecendo. É um infelicidade quando vemos pessoas com um bagagem imensa, com um sabedoria espetacular, que acabam fechando-se em si mesmas e, destarte, ficam presas aos seus próprios paradigmas e habitualidades.

Preste um pouco mais de atenção nas pessoas com quem você estiver conversando e perceba aquelas que sofrem da egoqueca e tente ajudá-las. Tente mostrar que uma nova forma de enfrentar a realidade é possível e que somente quando se sai da zona de conforto é que podemos aprender. 

Faça isso para ajudar alguém e ganhar um amigo. Agora, se você não encontrar ninguém com essa doença, sinto-lhe informar, mas você já está contagiado.

Egoqueca Organizacional

Um currículo pode até te colocar em uma empresa, mas são suas atitudes que te farão prosperar nela.
Max Gehringer

Com o passar do tempo tenho notado como o mercado de trabalho é injusto. Há milhares de pessoas graduadas, pós-graduadas, fluentes em idiomas, e com uma infinidade de outras habilidades, simplesmente desempregadas ou, pior, sub-empregadas, ganhando um terço do que esperavam. São pessoas que, após anos e anos de estudo, vêem-se aprisionadas na frente de um computador, desempenhando funções burocráticas que, no mais das vezes, não demonstram-se relevantes, apenas necessárias.

Essa observação tem me motivado a refletir o porquê desse fato existir. Como é possível que, por um lado, haja milhares de profissionais desempregados e descontentes e, por outro lado, existam muitos empresários e executivos reclamando da escassez de pessoas competentes para completar os quadros funcionais das empresas?

Através da observação empírica tendo a acreditar que há apenas uma resposta para essa questão, a qual não poderia ser mais paradoxal: o mercado não é injusto, ele é coerente. O fato é que a Era do Conhecimento tem imbecilizado as pessoas, na exata medida em que essas pessoas ainda raciocinam com a mentalidade típica da Revolução Industrial.

As faculdades e universidades atuais, sejam elas de renome ou não, sejam elas públicas ou privadas, sejam elas físicas ou virtuais, simplesmente não tem evoluído na velocidade que o mercado de trabalho necessita e, como decorrência, temos essa massa de pessoas decepcionadas com suas carreiras, desmotivadas para continuar tentando, enfim, infelizes com seus destinos.

Existe hoje uma realidade difícil de se aceitar, mas que, no entanto, tende a persistir por um bom tempo: o conhecimento técnico puro, a tecnocracia da década passada, perdeu sua relevância. Hoje há uma gama tão grande de conhecimento técnico disponível que se tornou impossível a um profissional dominar inteiramente a sua área.

Milhões de anos foram necessários aos homens para avançarem da Idade das Pedras para o surgimento da escrita; milhares de outros anos foram necessários para avançarmos da agricultura para a Revolução Comercial. Outras centenas foram necessárias para chegarmos à Revolução Industrial. Com apenas algumas décadas passadas alcançamos a Era do Conhecimento. No ritmo atual o nível de conhecimento disponível dobra a cada ano. Em 2.020 estará dobrando a cada 90 dias.

Isso torna cada vez mais importante aos profissionais desenvolver competências que até então não eram consideradas relevantes. Dentre elas as que julgo ter maior importância são a capacidade de liderança, a sua estratégia de marketing pessoal, seus predicados como negociador, a eficácia de seu networking, sua oratória e, o mais importante, sua capacidade de estabelecer relacionamentos fortes, sinceros e duradouros.

Sobre esses itens enxergo ainda outro ponto muito relevante, porém também paradoxal: Muito tem se falado, estudado e escrito sobre os tópicos listados, mas poucos são os resultados práticos de todo o ar quente sobre o assunto.

O fato é que conhecimento tornou-se sinônimo de acúmulo enquanto que, em verdade, o real conhecimento significa competência para a ação. Muito profissionais tem acumulado conhecimento sobre liderança, negociação, oratória, e blá-blá-blá, mas são poucos os que conseguem colocar esse conhecimento em prática e, assim, tirar dele toda a potencialidade acumulada.

É por isso que há ainda essa massa de decepcionadas correndo a rat-race enquanto poucos conseguem alcançar os degraus mais altos na sua vida profissional. A grande diferença entre o primeiro grupo e o grupo dos vencedores é que esses últimos aprenderam as regras do jogo e passaram a usá-las como instrumento para a sua ascensão enquanto que os primeiros ainda estão nos bancos escolares decorando teorias.

Assim, se você quer alcançar seu real potencial pare de teorizar, desprenda-se da Revolução Industrial e mergulhe de cabeça na Era do Conhecimento. Entenda as regras do jogo e passe a jogar com elas. Talvez, no final, você não chegue exatamente onde inicialmente planejou, mas com certeza terá produzido efeitos significativos na sua vida.






ENTENDA AS REGRAS DO JOGO

Pequenas iniciativas, quando somadas, ganham proporções colossais — criando ambientes de trabalho saudáveis, equipes engajadas e empresas capazes de crescer com propósito



Os debates sobre saúde e bem-estar têm ganhado protagonismo nas agendas da sociedade, das organizações e da mídia. Canais digitais transformaram-se em ambiente de disseminação de práticas associadas ao equilíbrio psíquico, como técnicas de respiração e atividades de atenção plena. A popularização do tema aponta para o avanço expressivo de quadros relacionados ao estresse crônico. Diversos fatores contribuem para esse contexto, mas um, em especial, tem se mostrado recorrente nos diagnósticos contemporâneos: o impacto do trabalho na saúde mental dos indivíduos.



Uma pesquisa realizada pela Wellhub, plataforma de bem-estar corporativo, revelou que 47 % dos colaboradores identificam o estresse no trabalho como a principal causa do declínio da saúde mental. Se a rotina profissional tem, portanto, sua parcela de responsabilidade, cabe às empresas assumirem um papel proporcional. O mais interessante desse estudo — que ouviu mais de 5 mil colaboradores de nove países, entre maio e junho de 2024 — é constatar como o bem-estar integral se tornou prioridade: 88 % dos entrevistados consideram o apoio à qualidade de vida tão importante quanto o salário — algo impensável até pouco tempo atrás.



Hoje, os dois protagonistas desse enredo – empregadores e colaboradores – estão do mesmo lado. Afinal, não há empresa com saúde financeira sólida sem que seus profissionais estejam em equilíbrio físico, emocional e social. Vários estudos reforçam essa tese, que acompanhamos na prática, em nosso dia a dia: equipes felizes são até 30% mais produtivas, três vezes mais criativas e registram menos rotatividade. E cabe ao gestor a missão de “termômetro do humor”. Cerca de 70 % da percepção de felicidade no trabalho é atribuída ao gerente direto.



Embora a MRV seja uma empresa de grande porte, não abrimos mão do “olho no olho”. O presidente e executivos percorrem frequentemente obras, lojas e frentes de serviço para conversar com as equipes e observar de perto os desafios cotidianos. A escuta ativa, sem tantas formalidades, reduz distâncias hierárquicas e fortalece decisões mais humanas, alinhadas à realidade do negócio. É durante esses encontros que, muitas vezes, surgem demandas e ideias para futuros projetos.





Tudo isso só tem valor se, de fato, for colocado em prática. Reunimos problemas e soluções em um grande pacote que chamamos de Ser Sangue Verde — um guarda-chuva com mais de 20 iniciativas voltadas ao bem-estar e à valorização dos colaboradores. O projeto abrange desde o acolhimento psicológico dentro do horário de trabalho até benefícios específicos, como condições facilitadas para aquisição de imóveis, acompanhamento e orientação às gestantes no pré e pós-parto, além da extensão da licença-paternidade. Um combo de cuidado que, no fim, beneficia os dois lados.



Mas será que isso basta para engajar um time? Ainda que represente muito, falta a cereja no bolo: a perspectiva de crescimento. Oferecer oportunidades para crescer na carreira — dentro ou fora da empresa — também é uma forma de promover bem-estar. Fazemos isso por meio de programas de capacitação contínua, desenvolvimento de lideranças, aceleração de carreira. Temos, inclusive, um núcleo de educação dedicado exclusivamente a fortalecer a autoestima intelectual de nossos colaboradores.



As pesquisas de satisfação são muito úteis para mensurar os resultados desses esforços, mas a cultura de acolhimento exige também uma escuta individualizada e empática por parte dos gestores. Em certos momentos, é preciso se afastar para enxergar a engrenagem completa em movimento. Só então percebemos que pequenas iniciativas, quando somadas, ganham proporções colossais — criando ambientes de trabalho saudáveis, equipes engajadas e empresas capazes de crescer com propósito.

Salário ou saúde mental? Por que hoje eles têm o mesmo valor

O STEAM está profundamente ligado à forma como crianças e jovens vão aprender, criar e se preparar para os desafios do século XXI



Você já ouviu falar em STEAM?



Esse termo vem aparecendo cada vez mais em discussões sobre educação, inovação e futuro do trabalho. Mas, ao contrário do que pode parecer, não se trata de uma moda passageira. O STEAM está profundamente ligado à forma como crianças e jovens vão aprender, criar e se preparar para os desafios do século XXI.



Antes de entrar no conceito em si, vale uma reflexão rápida: por muito tempo, a educação foi estruturada em conteúdos isolados. Matemática em um bloco, ciências em outro, artes num canto à parte. O resultado? Alunos que acumulam conhecimento, mas muitas vezes têm dificuldade em aplicá-lo fora da sala de aula.



O STEAM surge justamente para propor o contrário: unir áreas do conhecimento em torno da prática, da colaboração e da criatividade. Ao longo deste artigo, vamos entender melhor o que significa essa sigla, por que ela é tão importante, como funciona na prática e até mesmo a discussão que existe dentro da própria comunidade sobre a inclusão da letra A.



<h2 class="wp-block-heading">O que é STEAM?</h2>



O termo STEAM vem do inglês e reúne cinco grandes áreas do conhecimento:



Science (Ciência)



Technology (Tecnologia)



Engineering (Engenharia)



Arts (Artes)



Mathematics (Matemática)



Originalmente, falava-se apenas em STEM – sem o “A” de Arts. Esse movimento nasceu nos Estados Unidos, no início dos anos 2000, para reforçar a importância das ciências exatas e tecnológicas na formação de profissionais mais preparados para o mercado.



Com o tempo, no entanto, pesquisadores e educadores perceberam algo essencial: inovação não acontece só com técnica. A criatividade, a empatia e a visão crítica também são indispensáveis para criar soluções originais. Foi aí que surgiu o STEAM, trazendo o A de Artes para o centro da proposta.



E é importante destacar: aqui, Artes não se limita a pintura ou música. O termo abrange design, comunicação, criatividade aplicada, storytelling, senso estético e até mesmo a capacidade de imaginar futuros possíveis.



Em resumo: o STEAM não é apenas um conjunto de matérias. É uma abordagem interdisciplinar, em que os alunos aprendem a conectar lógica, técnica e criatividade para resolver problemas reais.





<h2 class="wp-block-heading">Por que o STEAM é importante?</h2>



Se você olhar para trás, vai perceber como o ensino tradicional tende a isolar disciplinas. O aluno estuda matemática em um horário, geografia em outro, ciências no dia seguinte, e raramente vê como tudo isso se conecta.



O problema é que a vida real não funciona assim. Resolver problemas exige múltiplos conhecimentos ao mesmo tempo. Pense, por exemplo, em alguém desenvolvendo um aplicativo de transporte: precisa de lógica de programação (tecnologia), entender de cálculos de rota (matemática), lidar com mobilidade urbana (ciência e engenharia) e ainda projetar uma interface agradável e acessível (artes).



É nesse ponto que o STEAM faz diferença. Ele propõe projetos em que o aluno precisa articular diferentes competências para chegar a uma solução. Assim, além de aprender o conteúdo, desenvolve habilidades essenciais para o século XXI, como:



Pensamento crítico: questionar, analisar e encontrar alternativas.



Colaboração: aprender a trabalhar em equipe e lidar com diferentes perspectivas.



Resolução de problemas: aplicar conhecimentos para encontrar respostas práticas.



Criatividade: pensar em soluções fora do óbvio, com originalidade.



Em vez de apenas decorar fórmulas ou conceitos, o aluno entende para quê aquilo serve. E isso muda completamente a forma como ele enxerga o aprendizado.



<h2 class="wp-block-heading">STEAM na prática</h2>



Mas como tudo isso acontece no dia a dia? A melhor forma de entender é olhando para projetos concretos.



Um exemplo clássico está na robótica educacional. Imagine um grupo de alunos recebendo o desafio de criar um robô capaz de desviar de obstáculos.



Eles vão precisar de matemática para calcular ângulos e distâncias.De ciência para compreender como sensores de movimento funcionam.De engenharia para montar a estrutura física do robô.De tecnologia para programar os comandos e fazer tudo acontecer.E de artes para pensar no design, na apresentação final e até no storytelling do projeto.



Outro caso interessante é quando o STEAM é aplicado em projetos sustentáveis. Estudantes podem, por exemplo, desenvolver uma maquete de cidade com energia limpa. Nesse processo, exploram conceitos de física, projetam estruturas em impressoras 3D, calculam custos e viabilidade, e ainda apresentam a solução de forma criativa para a comunidade escolar.



Perceba como o aprendizado deixa de ser abstrato e passa a ter propósito. O aluno não estuda “porque vai cair na prova”, mas porque precisa aplicar o conhecimento para alcançar um resultado concreto. Isso muda a relação dele com a escola e cria motivação genuína.



<h2 class="wp-block-heading">A comunidade STEAM</h2>



Outro aspecto fascinante do STEAM é que ele não é apenas um método de ensino, mas uma comunidade global.



Educadores, alunos, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas compartilham ideias, projetos e experiências em conferências, feiras e plataformas online. Há eventos internacionais de robótica, redes de escolas conectadas, projetos colaborativos entre países e até desafios globais que estimulam crianças a propor soluções para problemas reais da humanidade.



No Brasil, esse movimento vem crescendo também. Iniciativas de robótica educacional, clubes de programação, projetos maker em escolas e laboratórios de inovação estão se espalhando em diferentes regiões. Aos poucos, o termo STEAM começa a entrar no vocabulário de pais, professores e gestores educacionais.



Essa rede tem um efeito multiplicador: inspira mais pessoas, gera trocas riquíssimas e mantém viva a ideia de que aprender pode, e deve: ser criativo, desafiador e divertido.



<h2 class="wp-block-heading">STEM x STEAM: o debate</h2>



Apesar de todos os avanços, ainda existe debate na comunidade educacional sobre a inclusão do “A”.



Os defensores do STEM argumentam que o foco deve permanecer nas áreas técnicas e científicas, já que são elas que impulsionam diretamente a inovação tecnológica e a competitividade no mercado. Para alguns, adicionar Artes dilui a proposta original e tira o rigor científico.



Por outro lado, os apoiadores do STEAM defendem que sem criatividade não há inovação. Afinal, grandes descobertas tecnológicas nasceram de uma mistura entre lógica e imaginação. Além disso, a presença das Artes amplia o engajamento dos alunos e ajuda a desenvolver habilidades sociais e comunicativas, essenciais para qualquer carreira.



De fato, mais do que uma disputa de siglas, o que se vê é uma evolução. O STEM continua sendo extremamente relevante, mas o STEAM traz uma camada extra de completude. Ele reconhece que o futuro não será construído apenas por engenheiros ou cientistas, mas por equipes multidisciplinares capazes de unir técnica, design e propósito.



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



Ele nos mostra que ciências, matemática e tecnologia são indispensáveis, mas que só ganham vida quando conectadas à criatividade e à capacidade de imaginar o novo. É isso que prepara crianças e jovens para os desafios do futuro: aprender a pensar, a criar, a colaborar e a transformar ideias em soluções reais.



No fim, a grande mensagem é simples: STEAM é mais do que aprender matérias, é aprender a criar o futuro.



E você, já conhecia esse conceito? Acredita que a inclusão das Artes realmente torna o STEAM mais completo do que o STEM original?



Não deixe de comentar, vamos expandir essa discussão levando essa prática para mais gente e contribuindo com a educação no nosso páis.



<h2 class="wp-block-heading">Sobre o Autor:</h2>



Peterson Arruda



Engenheiro com sólida experiência em inteligência de mercado, expansão de redes e planejamento estratégico.



Empresário nos setores de certificação digital e educação tecnológica, liderando uma escola de robótica voltada ao desenvolvimento de competências em programação, eletrônica e raciocínio lógico para crianças e adolescentes.



Trajetória é marcada pelo compromisso que geram impacto de verdade, daqueles que crescem sem perder a essência e evoluem junto com as pessoas que fazem parte deles criando experiências e conexões inesquecíveis. Embora a matemática seja um campo natural e uma paixão, é no desenvolvimento humano que encontro seu propósito. Acredita no poder da educação, da tecnologia e de uma boa estratégia para transformar não só negócios, mas vidas inteiras.

De STEM a STEAM: como a criatividade se tornou parte essencial da inovação

Leitura e transformação. Por que ainda não virou?



Mais da metade da população brasileira —&nbsp;107 milhões de pessoas&nbsp;—&nbsp;não leu nem um trecho de livro nos últimos três meses. Não estamos falando de desistência pela metade ou de falta de tempo. Estamos falando de ausência total. E isso deveria nos assustar.



É comum dizer que o problema está no hábito, no acesso ou na educação. E todos esses pontos são verdadeiros. O acesso ainda não é pleno. A desigualdade pesa. Muitas famílias não têm livros em casa, e a escola nem sempre supre essa lacuna.



Mas a crise da leitura vai além da falta de livros. Ela também está na forma como ensinamos, ou não ensinamos,&nbsp;a ler com profundidade, com prazer, com sentido.



Mesmo entre os que leem, muitos não compreendem o que leem. Outros compreendem, mas não se conectam. Não são tocados. Não transformam nada.&nbsp;E isso também é sintoma de um sistema que falha com todos: com quem não lê, e com quem acha que está lendo.



A pesquisa&nbsp;Retratos da Leitura no Brasil&nbsp;aponta que&nbsp;36% dos não leitores dizem que não leem por dificuldade de entendimento. Mas também revela que, mesmo entre os leitores frequentes, a leitura está cada vez mais ligada à performance do que à reflexão.



Quantos livros você leu esse ano? Quantas resenhas postou? Quantos reels você salvou com “5 lições de tal livro”?



A leitura virou métrica. E a métrica virou fetiche. Lemos para mostrar que lemos. Para nos manter atualizados. Para não perder o fio da conversa nas redes. E quando esse é o objetivo, o livro deixa de ser convite à transformação e vira só mais uma entrega da semana.



Enquanto isso, a escola perdeu força. Os professores têm repertório limitado e pouca estrutura. As bibliotecas encolheram. As livrarias sumiram dos bairros. E o mercado editorial ainda fala mais com quem já é leitor do que com quem ainda não descobriu a leitura como refúgio ou ferramenta.



Nunca se leu tanto conteúdo. Mas será que tudo isso tem se transformado em conhecimento?



O desafio agora não é convencer as pessoas a lerem mais. É oferecer caminhos para que a leitura volte a ser experiência e não só tarefa. É garantir o direito de entender, gostar e continuar. É construir uma rede que forme leitores, mas também os mantenha conectados com o sentido mais essencial de um livro: transformar.



A boa leitura não ensina o que pensar. Ela ensina a pensar. E é isso que ainda pode mudar tudo.

A IMPORTÂNCIA DO CHEFE

Marcos

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

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