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O Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional (EC) nº 87/15, resultante da PEC do Comércio Eletrônico, que altera pontos da Constituição Federal com o objetivo de corrigir distorções na arrecadação do ICMS sobre mercadorias e serviços vendidos a distância – internet ou telefone.
Nas regras anteriores, caberia ao estado de origem da mercadoria a integralidade do recolhimento do ICMS nas vendas a consumidores finais não contribuintes do imposto. Porém, com a EC 87/15, em tais casos, o ICMS será partilhado entre os estados de origem e destino até 2018, sendo que, a partir de 2019, toda a receita do imposto caberá ao estado de destino.
Em tese, quanto às vendas interestaduais destinadas a consumidores finais, a nova regra trará segurança jurídica para as empresas. No entanto, devemos aguardar as regulamentações estaduais para avaliar os reais efeitos da EC 87/15. Outro ponto é que, apesar do consenso político, alguns estados, sobretudo os da região Sudeste, perderão arrecadação, e certamente tentarão compensar esta perda com outras medidas fiscais. É o caso dos estados de Minas Gerais e São Paulo.
A discussão sobre a partilha do ICMS é antiga e foi acirrada em 2011 com o Protocolo ICMS 21 – que exigia, nas operações interestaduais por meios eletrônicos ou telemáticos, o recolhimento de parte do imposto em favor dos estados onde estão os consumidores finais dos produtos comprados. A norma, que gerou centenas de ações judiciais, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2014. 
O entendimento do STF certamente forçou a revisão da regra constitucional e valorizou o pacto federativo, instituindo o princípio do destino como regra na tributação do ICMS em operações interestaduais. É cedo para avaliarmos se a EC 87/15 cobriu todas as distorções a respeito da cobrança de ICMS sobre mercadorias e serviços vendidos a distância, mas certamente sua aprovação é um passo importante para reduzir a guerra fiscal no Brasil. 
Eduardo Arrieiro Elias é advogado especializado em Direito Tributário e sócio do escritório Andrade Silva Advogados

ICMS no comércio eletrônico: estados prejudicados compensarão perdas com outras medidas fiscais

Em tese, a nova regra trará segurança jurídica para as empresas. No entanto, devemos aguardar as regulamentações estaduais para avaliar os reais efeitos da EC 87/15

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Por Bruno Carone*



Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional tornou-se uma necessidade urgente. A saúde mental, outrora um tabu, agora ocupa um lugar central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. Neste contexto, as férias são entendidas como um dos pilares para a construção de ambientes de trabalho mais saudáveis e engajadores, produtivos e criativos.



Pesquisa realizada pelo&nbsp;Férias&nbsp;&amp; Co. para medir os índices de engajamento, satisfação, retenção, nível de bem-estar e a importância das&nbsp;férias&nbsp;para os colaboradores de empresas dos&nbsp;mais&nbsp;diversos segmentos, mostra que um dos resultados&nbsp;mais&nbsp;expressivos é que 92% dos entrevistados acreditam que os momentos de lazer e descanso podem beneficiar a saúde mental. Ao todo, o questionário obteve 586 respondentes com idades entre 18 e 54 anos, que ocupam cargos de analistas até diretores.



As&nbsp;férias&nbsp;têm sido cada vez&nbsp;mais&nbsp;valorizadas pelos colaboradores e o bem-estar tem se tornado um grande aliado para o sucesso sustentável das empresas. Os períodos de descanso permitem a desconexão das pressões diárias, reabastecimento das energias e retorno ao trabalho com novas perspectivas. Um tempo dedicado ao descanso ainda reduz o estresse, melhora o humor e aumenta a satisfação no ambiente profissional. Quando os colaboradores se sentem valorizados e cuidam da&nbsp;sua&nbsp;saúde mental, isso também reflete na qualidade das entregas.



Além do período de descanso, há ainda uma tendência cada vez&nbsp;mais&nbsp;comum no ambiente corporativo e que tem se mostrado positiva para a promoção da saúde mental: o workation, termo que tem ganhado popularidade entre profissionais das&nbsp;mais&nbsp;diversas áreas. A palavra é uma combinação de trabalho (work) e&nbsp;férias&nbsp;(vacation), e serve para descrever a prática de trabalhar remotamente enquanto se está em um local diferente, até mesmo em uma viagem.



O workation é um forte aliado na busca pela saúde mental das equipes, pois oferece flexibilidade, permitindo que os profissionais escolham onde trabalhar. Isso também reflete positivamente na atração e retenção de novos talentos, já que a possibilidade de trabalhar em um ambiente relaxante, como uma praia ou uma montanha, e estar&nbsp;mais&nbsp;próximo da família, inclusive nestas viagens, diminui o estresse e o esgotamento físico e mental. Além disso, um local diferente pode ajudar a quebrar a rotina e proporcionar novas experiências e perspectivas, que podem refletir até mesmo na carreira dos colaboradores.



As&nbsp;férias&nbsp;e o workation representam muito&nbsp;mais&nbsp;do que um simples período de descanso. São investimentos estratégicos que podem transformar a cultura organizacional, aumentar a produtividade e garantir a longevidade das empresas. Ao oferecer aos colaboradores a oportunidade de se desconectar, recarregar as energias e encontrar um novo propósito, as empresas estão investindo no seu maior ativo: as pessoas.



Neste cenário, é importante que o mundo corporativo tenha em mente que tais tendências não podem passar despercebidas, pois podem ser cruciais para as mudanças que determinam o futuro do trabalho. É preciso que líderes e gestores entendam que as ações tradicionais que acontecem há décadas não estão sendo&nbsp;mais&nbsp;suficientes para atender às demandas e expectativas dos colaboradores. A promoção de um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal é, portanto, um&nbsp;investimento&nbsp;vital que pode resultar em uma cultura corporativa&nbsp;mais&nbsp;positiva e produtiva.



*Bruno Carone é cofundador e CEO do Férias &amp; Co., a primeira empresa de benefícios de viagens do mundo, dedicada a promover o bem-estar e a satisfação dos colaboradores por meio de experiências de viagem personalizadas

Por que várias empresas estão bancando boas férias para seus colaboradores? Entenda movimento

Fazer negócios com o exterior ficou mais simples e a chegada da conta <a href="https://wise.com/br/business/?utm_source=administradores&amp;utm_medium=audio&amp;utm_campaign=Brazil+Launch_2024&amp;utm_content=Wise+Business">PJ da Wise</a> ao mercado nacional pode ser considerada um divisor de águas.



Empresas brasileiras que realizam transações internacionais enfrentam desafios comuns, como instabilidade cambial, taxas de conversão desfavoráveis e a complexidade de gerenciar múltiplas moedas. Pensando em simplificar esse processo e trazer economia, a Wise lançou no Brasil a conta PJ Wise Empresas, projetada para negócios que desejam operar globalmente com eficiência.



A Wise Empresas é a primeira e única conta PJ no país que permite gerenciar ganhos internacionais em múltiplas moedas, além de BRL, USD e EUR. Essa funcionalidade única permite que empresas recebam pagamentos como se fossem locais em mercados estrangeiros, convertendo valores apenas quando for mais vantajoso, garantindo maior controle sobre os ganhos e evitando perdas desnecessárias.



<h3 class="wp-block-heading">Funcionalidades que fazem a diferença</h3>



A conta PJ da Wise oferece uma gama de serviços voltados para empresas de todos os tamanhos:



<ul class="wp-block-list">
<li>Recebimentos em mais de 40 moedas: permite que os valores sejam convertidos conforme a conveniência da empresa.</li>



<li>Pagamentos internacionais em mais de 70 moedas: ideal para lidar com fornecedores globais.</li>



<li>Cartão de débito internacional: aceito em 150 países, com IOF reduzido de apenas 1,1% e taxas competitivas.</li>



<li>Saques instantâneos: acesso imediato aos fundos, disponível 24 horas por dia.</li>



<li>Suporte 24/7 em português: garantindo atendimento eficiente para resolver qualquer questão.</li>
</ul>



<h3 class="wp-block-heading">Benefícios econômicos e operacionais</h3>



A Wise Empresas não apenas elimina os altos custos associados às transações internacionais, mas também simplifica a gestão financeira global. Mais de 600.000 empresas ao redor do mundo já utilizam essa solução para agilizar suas operações e reduzir despesas. A conta centraliza todas as operações, oferecendo praticidade e transparência para os empreendedores.



<h3 class="wp-block-heading">Um mercado em ascensão</h3>



Com o aumento das micro e pequenas empresas que operam globalmente, soluções como a Wise Empresas se tornam indispensáveis. A instabilidade cambial é um dos maiores vilões dos negócios internacionais, e a Wise Empresas oferece um sistema robusto e confiável para evitar perdas financeiras.



<h3 class="wp-block-heading">A nova era da gestão financeira global</h3>



A Wise Empresas se posiciona como uma ferramenta indispensável para empresas que desejam expandir suas operações internacionais de forma segura, econômica e eficiente. Para empresários que buscam uma solução integrada, é o momento de adotar essa inovação e transformar o gerenciamento das finanças globais.



<a href="https://wise.com/br/business/?utm_source=administradores&amp;utm_medium=audio&amp;utm_campaign=Brazil+Launch_2024&amp;utm_content=Wise+Business">Abra sua conta Wise Empresas hoje</a> e comece a economizar enquanto expande seus negócios pelo mundo.

Wise Empresas: conta PJ chega ao mercado brasileiro como divisor de águas

A inclusão de pessoas com deficiência a partir da possibilidade de uma carreira com respeito às demandas individuais se torna um motor de transformação para a sociedade



Por Pedro Sampaio*



Muitas pessoas ainda têm a crença de que a oportunidade de emprego para pessoas com deficiência é tão somente uma atitude “generosa”, ancorada em uma lei que obriga as organizações a terem representatividade. Mas a verdade é que investir em pessoas e gerar oportunidades reais vai muito além disso. Desenvolver e oferecer caminhos e condições para a ascensão profissional de pessoas com deficiência traz um valor imensurável não apenas para nós, como também para toda a sociedade.



Iniciativas voltadas à absorção de pessoas com deficiências são mais que necessárias em um país com baixa empregabilidade dessas pessoas. Menos de 30% das pessoas com alguma deficiência tem alguma atividade profissional, de acordo com estudo do IBGE de 2022. E delas, mais da metade (55%) trabalha na informalidade.



Ter um emprego formal estimula o desenvolvimento da autonomia, proporcionando vidas mais independentes, dignas e de qualidade. Além disso, a expansão de oportunidades para pessoas com deficiência potencializa o conhecimento coletivo sobre a inclusão e sobre comportamentos respeitosos, essencial para que as pessoas convivam com as diferenças, combatendo preconceitos enraizados e vieses inconscientes que, aí sim, nos limitam de fato.



Quando desenvolvidos de forma estratégica, os treinamentos e programas de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ajudam a revelar habilidades muitas vezes inexploradas pela falta de estímulo, como a liderança, inteligência emocional, gestão, socialização, compromisso, entre outras. O x da questão é que para que essa pessoa alcance seu máximo potencial é imprescindível que as empresas compreendam e respeitem as individualidades, o tempo de aprendizagem de cada um e esteja disposta a oferecer as metodologias, as ferramentas e a acessibilidade necessária para que possam ter o ambiente adequado para exercer suas funções.



Neste compromisso de impulsionar a inclusão para além da cota, temos empresas como a Arcos Dorados, operadora da marca McDonald's na América Latina e Caribe, que além de reconhecida por ser uma das maiores empregadoras de jovens, tem uma estratégia socioambiental chamada Receita do Futuro, que orienta as decisões da companhia e tem a inclusão como um princípio e a diversidade como uma prioridade. Só no Brasil, a companhia conta com cerca de 2 mil pessoas colaboradoras com diferentes tipos e graus de deficiência, sendo sua grande maioria (72%) deficiência intelectual, o que é ainda mais raro de encontrar no mercado.



Todos nós, sem exceção, temos virtudes e pontos de desenvolvimento, alguns deles aparentes, outros nem tanto, alguns já identificados, outros não. Mas fato é que a inclusão de pessoas com deficiência a partir do trabalho remunerado adequado, do desenvolvimento, da possibilidade de uma carreira e com respeito às demandas individuais, se torna um verdadeiro motor de transformação para a sociedade.



* Pedro Sampaio é Analista de Diversidade &amp; Inclusão na Arcos Dorados, homem trans, autista e especialista na pauta LGBTQIAPN+ e PcD(s).

Inclusão transformadora: o valor do emprego para pessoas com deficiência

Mais do que um resgate para a Intel, o movimento indica que em mercados altamente competitivos, alianças estratégicas podem ser mais eficazes do que a reinvenção solitária



A <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Nvidia" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Nvidia</a> anunciou nesta quinta-feira (18) um aporte de US$ 5 bilhões na Intel, reforçando não apenas a posição da rival histórica, mas também inaugurando uma colaboração estratégica entre as duas gigantes da tecnologia. Pelo acordo, a <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/ceo-da-nvidia-preve-adocao-de-robos-humanoides-na-industria-nos-proximos-cinco-anos" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Nvidia</a> comprará ações da Intel a US$ 23,28 cada e as empresas vão desenvolver em conjunto chips personalizados para data centers — base da infraestrutura de inteligência artificial — além de novos produtos para computadores pessoais.



<h2 class="wp-block-heading">A parceria</h2>



Segundo Jensen Huang, CEO da Nvidia, a aliança representa a fusão entre o ecossistema de CPUs da Intel e a pilha de computação acelerada da Nvidia, criando as bases para uma nova era da computação. O anúncio mexeu com os mercados: as ações da Intel dispararam 23% em seu maior salto em décadas, enquanto os papéis da Nvidia avançaram 2%.





<h2 class="wp-block-heading">O respiro para a Intel</h2>



A parceria chega em um momento crítico para a Intel, que perdeu relevância após não acompanhar a transição para a computação móvel e mais recentemente ficou para trás na corrida da inteligência artificial. A companhia acumulou quase US$ 19 bilhões em prejuízo em 2024, prevê cortes de até um quarto da sua força de trabalho até o fim de 2025 e recebeu no mês passado um aporte do governo dos Estados Unidos, que adquiriu 10% de participação para fortalecer a produção doméstica de semicondutores.



<h2 class="wp-block-heading">O cenário geopolítico</h2>



O acordo ocorre em meio a tensões crescentes com a China, que recentemente proibiu grandes empresas locais de comprar GPUs da Nvidia e impulsiona a Huawei como alternativa nacional em chips de IA. Nesse contexto, a aliança com a Intel reforça a posição da Nvidia como peça central no avanço da inteligência artificial, ao mesmo tempo em que devolve relevância à parceira norte-americana.



<h2 class="wp-block-heading">O impacto para o setor</h2>



Analistas já classificam a iniciativa como um “game changer” para a indústria. Mais do que um resgate para a Intel, o movimento indica que em mercados altamente competitivos, alianças estratégicas podem ser mais eficazes do que a reinvenção solitária.

Nvidia investe US$ 5 bilhões na Intel e firma aliança histórica para impulsionar IA

CEO Andy Jassy aposta em gestão mais enxuta para recuperar a agilidade de startup — e o movimento traz lições para pequenas e médias empresas



Poucos donos de pequenos negócios chegarão perto da escala da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Amazon" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Amazon</a>, com seus 1,5 milhão de funcionários e US$ 638 bilhões em receita. Ainda assim, a reestruturação conduzida pelo CEO Andy Jassy pode oferecer insights valiosos para empreendedores que enfrentam os desafios do crescimento.



Mais do que o fim do trabalho híbrido — que atraiu protestos e manchetes —, a principal mudança promovida por Jassy foi a redução de camadas de gestão e o aumento do número de subordinados diretos por líder. O objetivo: cortar custos, acelerar decisões e resgatar a agilidade típica de startups.



<h2 class="wp-block-heading">O risco da burocracia</h2>



“Burocracia é um anátema para startups e organizações empreendedoras”, disse Jassy em conferência da Amazon, em Seattle. “À medida que você cresce, é fácil acumular processos que atrasam decisões. É preciso lembrar das origens e valorizar a mentalidade ‘mão na massa’.”



Não é uma visão exclusiva da <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/o-metodo-de-gestao-que-fez-a-amazon-ser-a-amazon" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Amazon</a>. Meta, Microsoft, Google, Salesforce, Dell e UPS já adotaram práticas de achatamento hierárquico. Mas a gigante do e-commerce transformou isso em peça central da sua estratégia de retomada de inovação e eficiência.





<h2 class="wp-block-heading">Como funciona o modelo</h2>



Na prática, a Amazon reduziu cargos de gerência intermediária e aumentou em 15% a média de colaboradores por líder. Para identificar gargalos, criou ainda um canal interno chamado “no bureaucracy email alias”, que permite a funcionários denunciar regras ou processos desnecessários. Em um ano, foram recebidas 1,5 mil mensagens — resultando em 455 mudanças internas.



<h2 class="wp-block-heading">Lições para empreendedores</h2>



Embora donos de pequenas e médias empresas não precisem cortar dezenas de milhares de postos, como fez a Amazon desde 2022, podem se inspirar nos objetivos da estratégia:



<ul class="wp-block-list">
<li>Cortar desperdícios: menos camadas reduzem retrabalho e aceleram decisões.</li>



<li>Aumentar engajamento: equipes tendem a levar propostas mais completas e objetivas aos gestores, otimizando tempo.</li>



<li>Estimular inovação: com processos mais ágeis, ideias chegam mais rápido à execução.</li>



<li>Valorizar a essência empreendedora: manter a simplicidade e a clareza de startup mesmo após a escala.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">A mensagem de Jassy</h2>



“O time de liderança e eu odiamos burocracia”, disse Jassy em reunião geral da empresa. “Um dos motivos de eu ainda estar aqui é porque a Amazon nunca foi um lugar político ou excessivamente burocrático.”



Para empreendedores, fica a reflexão: conforme sua empresa cresce, você está adicionando agilidade ou camadas de lentidão?

O que empreendedores podem aprender com a “guerra à burocracia” da Amazon

Crise em torno do anúncio da empresa mostra como líderes devem estruturar processos de decisão quando o resultado é incerto



Em abril, o CEO da <a href="https://simple.wikipedia.org/wiki/Duolingo" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Duolingo</a>, Luis von Ahn, anunciou que a empresa seria <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/duolingo-se-declara-ai-first-mas-ceo-garante-tecnologia-nao-vai-substituir-pessoas" target="_blank" rel="noreferrer noopener">“AI-first”</a>. O movimento ousado colocou a edtech no centro das discussões sobre o futuro do trabalho e do aprendizado. Mas o que chamou mais atenção foi a reação imediata: críticas nas redes sociais, usuários abandonando o aplicativo e especialistas apontando falhas na comunicação.



A controvérsia, porém, revela um ponto central sobre liderança em tempos de incerteza: o processo de tomada de decisão é tão ou mais importante do que o resultado em si.



<h2 class="wp-block-heading">Entre o processo e o resultado</h2>



Pesquisas de Daniel Kahneman, prêmio Nobel de Economia, descrevem o chamado outcome bias — a tendência de julgar uma decisão pelo seu resultado, em vez de avaliar a lógica e o contexto que a originaram. Para líderes, especialmente em momentos de pressão, essa armadilha é perigosa.



Ao assumir riscos estratégicos, CEOs e fundadores raramente contam com um “manual de instruções”. A responsabilidade recai sobre sua capacidade de julgar antes do julgamento final: preparar-se para decidir de maneira íntegra, mesmo quando o futuro é incerto.





<h2 class="wp-block-heading">O framework “Judgment Before the Judgment”</h2>



Especialistas em governança e liderança defendem que líderes de alto nível criem espaços para refletir sobre três dimensões antes de decisões irreversíveis:



<ol class="wp-block-list">
<li>Perspectivas: incluir vozes divergentes e evitar “câmaras de eco”. Um estudo da McKinsey mostra que equipes com diversidade de visões reduzem erros estratégicos. Satya Nadella, da Microsoft, é exemplo ao convidar céticos para o debate quando decidiu apostar em nuvem.</li>



<li>Pressão: distinguir prazos reais de pressões autoimpostas ou externas. Eric Yuan, CEO do Zoom, priorizou segurança em vez de velocidade de expansão durante a pandemia, ao identificar que a urgência verdadeira era de confiança.</li>



<li>Integridade: alinhar decisões a valores organizacionais. O caso de Yvon Chouinard, fundador da Patagonia, que transferiu o controle da empresa para um fundo ambiental, mostra como escolhas alinhadas a propósito sustentam reputação e engajamento, mesmo quando envolvem sacrifícios financeiros.</li>
</ol>



<h2 class="wp-block-heading">O que revela o caso Duolingo</h2>



No episódio do Duolingo, faltou uma comunicação mais sensível às expectativas dos usuários, mas o movimento expôs o dilema enfrentado por qualquer líder: decidir sob pressão e incerteza. Segundo analistas, mais importante que o resultado imediato é ter clareza de que a decisão foi tomada de forma estruturada, transparente e defensável.



Para líderes e empreendedores, a principal lição é clara: em algum momento, cada organização enfrentará seu “momento Duolingo”. O desafio não será apenas fazer a escolha certa, mas ser capaz de sustentar o processo que levou até ela.

ICMS no comércio eletrônico: estados prejudicados compensarão perdas com outras medidas fiscais

Eduardo Arrieiro Elias (Administradores.com)

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

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