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No decorrer de nossas vidas, encontramos pessoas as quais levaremos para sempre conosco como pessoas que realmente nos trouxeram alegrias, mas será que essas pessoas são as mesmas as quais devamos iniciar um negócio?

Quando vamos abrir um negócio, na maioria das vezes, precisamos de alguém para compartilhar conosco nossas dificuldades, sejam elas financeiras ou profissionais mesmo. No entanto, grande parte do fracasso de muitas empresas começa na base, na formação da sociedade (vejam bem, eu disse grande parte e não todo o motivo).
Para formação de uma sociedade, devemos sim ter como requisito mínimo, que a pessoa seja de nossa confiança, mas isso só não basta. Para iniciar uma sociedade o profissionalismo e a dedicação do sócio escolhido devem ser bem analisados. Lembra quando você fez os trabalhos de faculdade ou até mesmo de escola sozinho e colocou o nome dos seus amigos para compartilhar a nota? Embora a nota tenha sido boa, com a participação deles não seria melhor e mais fácil para você? Pois bem, o que te faz pensar que não farão igual na empresa? Esse é um detalhe mínimo, mas que muitos não param pra pensar.
Muitos até hoje, chamam para montar sociedade, pessoas pela simles afinidade. Acredito verdadeiramente que a amizade é mais importante que tudo, e é esse mais um motivo para não tomar a decisão por essa proximidade. Criar uma empresa do zero, trará muitas dificuldades e momentos dificeis, e caso a pessoa não compartilhe com você desse momento, podem ocorrer atritos que comprometerão a amizade, e pela amizade ser mais importante que a empresa que devemos medir o quanto vale a pena essa sociedade.
 Segue alguns requisitos que devem ser vistos e pensados antes de fazer uma sociedade:
1. Qual motivo de fazer sociedade com essa pessoa? O motivo escolhido é característica exclusiva dessa pessoa entre as demais pessoas que convivo e confio?
2. Essa pessoa costuma se doar aquilo que faz? Em outras palavras, ela é comprometida?
3. Esse meu futuro sócio, é aberto a críticas? Quando entramos em algum atrito no passado, resolvemos rápido e soubemos separar bem ou estreitou nossa relação como amigos?
4. As atitudes pessoais dessa pessoa, podem comprometer a boa imagem da minha empresa? Ela costuma ir contra os meus princípios?
5. Essa pessoa tem o mesmo motivo que eu para abrir essa empresa? Estamos alinhados quanto ao futuro dela?
6. Escolhi essa pessoa por que pensa como eu ou por que ao lado dela eu me desenvolvo mais?
7. Essa pessoa é ética? Já me deparei com situações aos quais ela prejudicou um terceiro e isso me desagradou?
8. Quando monta um time de futebol, você chama os melhores jogadores e nem sempre são os melhores amigos. Está montando a empresa para ganhar o campeonato, ou para curtir um &#8220;rachão&#8221; de fim de semana?
Essas poucas dicas, são para abrir a cabeça de quem pensa em constituir um negócio.
Gosto de pensar que as pessoas que passam por mim, já tiveram a oportunidade de ganhar minha confiança e que algumas delas perdem no passado e voltam a conquistar no futuro e por isso devemos sim analisar friamente caso a caso. 
Existem formas de ajudar as pessoas que amamos a melhorarem suas vidas, e se tornar sócio delas não é a única forma. Pode parecer e soar frio, mas a amizade é apenas um item em uma série de itens a serem analisados quando for constituir uma sociedade.
Não muito longe vemos uma empresa de grande sucesso (cujo filme ganhou 3 Oscars em 2011) fazer com que dois jovens percam sua amizade devido a diferença de pensamentos e embora minha pouca idade e experiência, já desejo evitar isso e fazer com que você evite também.

Amigos, futuros sócios ou não?!

Em nossas vidas passam diversas pessoas maravilhosas, ao qual gostaríamos de dividir nossas vidas, mas será que todas elas tem o perfil adequado para ser seu sócio e se arriscar com você em uma empreitada?

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Uma das frases que mais ouvi na minha pequena vida profissional mesmo que não para mim foi: "ninguém é insubstituível". Eu acredito e não acredito nisso. Pessoas são substituíveis, mas talentos e habilidades não. Muitas vezes o custo de substituição é tão grande que o gestor se pergunta, vale a pena? Se fosse assim tão fácil o Santos não teria sofrido tanto com a saída do Neymar.
Essa frase não é mais tão valida para os dias de hoje, na verdade todo mundo é substituível em suas profissões, mas existem sim pessoas insubstituíveis em suas habilidades, e para um administrador, insubstituível é a pessoa que ao sair lhe dará prejuízo, ou seja, a saída dela está diretamente ligada a inviabilização do seu negócio ou simplesmente uma reestruturação tão complexa e desgastante que não vale a pena perder o funcionário.
Entendo que nenhuma empresa deve deixar chegar a esse ponto, mas elas chegam e é muito comum, como exemplo basta vermos o que foi a Apple após a primeira saída do Stevie Jobs que só voltou a ser uma empresa representativa com seu retorno. Ouso dizer que agora será um novo desafio para eles sem ele novamente.
Antes de tomar a atitude de dizer isso com certa arrogância ao seu colaborador - aliás nunca faça isso, o resultado é desmotivação imediata -, verifique de fato se ele é substituível, e não estou perguntando se a empresa vai viver sem ele, e sim, se você encontrará no mercado outra pessoa com as mesmas qualidades e pelo mesmo preço (é nessa hora que decidem por 2-3 pessoas pra fazer o serviço que um sozinho fazia).
Todo profissional pode entrar na sua empresa e fazer o que manda o manual do funcionário exemplar, mas são poucos que fazem aquele a mais que fará sua empresa ter um lucro inesperado, uma mudança de processo sensacional ou até mesmo formar certas parcerias que somente ele foi capaz de trazer, e por fim, lembre-se que um profissional engajado fará de tudo para crescer na empresa e essa motivação nem sempre surge com benefícios baratos oferecidos pelo RH como forma de retenção.
Não se avalia mais profissionais, pelo cargo somente. É necessário começar pelo cargo e seguir para as habilidades. Já vi ótimos profissionais irem para concorrentes, por que a empresa pensou "ele ganha muito para o cargo dele" e após sua saída, foi necessário colocar duas pessoas para fazer o que ele fazia, fora o transtorno de adaptação.
Empresas de serviço são as que mais sofrem com isso, um bom vendedor, um bom contador, um bom fabricante nessa era industrial, você acha no mercado, mas alguém que lhe sirva o cafézinho como o Zézinho lhe serviu a vida toda com aquela simpatia, ah esse você não acha. Isso por que ao prestar um serviço a pessoa vende as habilidades dela. Um médico pode ser ótimo ou péssimo para você, dependendo do que você esperava dele e com isso você julga todo um hospital, isso por que, o médico em si entrega à você um produto final. Não raro os grandes médicos abrem consultórios próprios e só atendem a particulares, não aceitando planos de saúde.
Quando digo que você é sim insubstituível, estou dizendo que podem colocar outro no seu lugar (afinal o chefe é quem manda), mas esse outro não é você, não trará os mesmos resultados que você, ele pode ser melhor ou pior, mas nunca será você! Verifique o que lhe torna diferente e potencialize essa habilidade, aqui vale a dica de que é melhor estudar para a matéria que já tira 10 nas provas, do que tentar melhorar uma nota 6, você sendo mais que 10 será difícil achar um que lhe substitua, mas de gente de 6 à 9 o mundo tá cheio.

Você é insubstituível sim, acredite com moderação

Lembra de quando víamos aquela cena do burro correndo atrás da cenoura, que nunca vai alcançar, colocada na sua frente maldosamente pelo montador que só quer anda para frente? Então, isso acontece com você, quer ver?
Muito disso ainda existe hoje, com os executivos. Pense no seguinte, métodos de motivação hoje, como recompensar financeiramente uma venda, ainda são vistos como os únicos meios de "ser justo" com o comercial, nada fazem com a produção que trabalhou dobrado - ah fazem sim, dizem "eles estão ganhando hora extra".
 A pergunta é: Existe uma forma mais inteligente de motivar do que o dinheiro?
Resposta: Sim!
Parece difícil de acreditar, mas devemos começar por nós mesmos a entender o por que se valoriza tanto o dinheiro. Bom, eu acredito que se valoriza aquilo que não tem, por isso até o mais rico dos empresários trocaria sua fortuna por saúde quando está com um câncer incurável. Agente valoriza o que não tem!
Mas qual seria a forma de ter os mesmos resultados, sem colocar o fator financeiro como motivador?
Comece pagando um valor justo ao profissional. Se você vincula as vendas, ele venderá pelo dinheiro. O dia que ele estiver com seu "mês garantido" ele não sairá com tanto afinco às vendas do que o mês que ele precisa de dinheiro. Depois de um tempo, o cliente também comprará direto, sem esforço dele (à não ser de repassar a informação a empresa) e ele também não precisará sair mais para captar. Então como podemos dizer que esse método funciona, se funciona apenas uma vez?
No futuro, o conhecimento será algo de grande valor. Profissionais com conhecimento em suas áreas terão esse como fator de troca e como em qualquer profissão, sua valorização será maior, e ele será requisitado pelo mercado para treinar e crescer com a empresa e não precisará mais vender a alma para provar que é bom.
Pense, hoje o que você pode fazer pra motivar sua equipe? O que fará ele entender que vale mais do que o cliente, pois não raro ouve-se (principalmente no setor comercial) o seguinte: "deixa eu perder esse cliente pra ver se não me demitem".
Valorize seu profissional de qualquer área que for. Coloque metas e dê gratificações (não em dinheiro) que o faça evoluir em sua carreira, faça-o treinar toda equipe, valorize-o e o faça valorizar a empresa não pelo que paga e sim pelo que ele cresce como pessoa e profissional. Lógico que você precisa pagar bem além de tudo isso, mas quem disse que mudar a cultura é fácil?
Lembre-se, a medida que você coloca um valor na frente do seu funcionário para correr atrás (cenoura) o concorrente pode vir e jogar uma plantação inteira na frente dele (altos salários) e você se sentirá traído dizendo que "ele lhe trocou por centavos a mais". Mas afinal, quem deu a ele a educação de valorizar o dinheiro acima da empresa?
Espero que tenha despertado você para o que pode ser o próximo passo da gestão e lhe faça tomar decisões mais inteligentes do que os modelos apresentados a décadas atrás.

Gestão do burro e da cenoura? Você reconhece isso?

Nos dias de hoje, tornamos verdade um ditado que diz “o cliente sempre tem razão”, mas será?
O cliente ter sempre razão no seu negócio, seja lá qual for, te coloca em uma situação extremamente de flexibilidade a qualquer preço. E agora com essa verdade “inserida” em sua cabeça os clientes estão cada dia mais exigentes, exigindo coisas que não precisam, não querem e fazem isso automaticamente.
Imagina se algumas marcas de luxo tomassem isso como verdade e resolvessem fazer como os clientes querem, viabilizando a compra parcelada a perder de vista. Será que aumentariam os clientes ou será que perderiam os atuais e desvalorizariam sua marca?
Se você trabalha no setor de serviço isso fica mais evidente. Contratos extremamente bem feitos como nas áreas de TI, são simplesmente ignorados ao final, mudando regras no caminho e ao invés de chamarmos isso de quebras de SLA, chamamos de flexibilidade por parte do cliente para com a empresa. Por que grandes empresas não se deixam “flexibilizar” e cobram multas enormes quando existe a quebra de contrato?
Um serviço bem feito e justificado, não permite que seja colocado preço, prazo ou questionamentos. Quando uma empresa abre as portas pra isso e se coloca (eu disse se coloca) em uma situação de menor barganha ela dá um tiro no próprio pé e ainda chama isso de ser flexível.
Já vi muitas empresas aceitarem que seus clientes paguem com um prazo de 30 dias, quando precisam do dinheiro de forma antecipada para executar o serviço e no fim, por falta de verba entregam com atraso, e o serviço sai abaixo do esperado. A desculpa é: “o mercado é assim, se eu não fizer, outro faz”. Porém em momentos de crise não aceita mais essa forma e como mágica “o mercado” se adapta. Lógico! Eles precisam do seu produto e o mercado é você também, então não crie tendências para o seu mercado.
As empresas tem que entender o valor do seu trabalho e verificar se o que o cliente quer condiz com o que ela espera do cliente. Definir quem é seu cliente é o primeiro passo para a empresa criar consistência e razão de gerir seu negócio da forma que gere. Alguns dizem "qualquer cliente é cliente", porém isso é uma verdade para empresas que não sabem o caminho que seguem. Uma empresa que tem foco no cliente, pode atingir clientes fora do foco, no entanto, ela direciona seu financeiro, marketing e sua qualidade ao cliente que ela determinou como alvo.
Poder de barganha não tem a relação direta com essa questão, estamos falando de criar a tendência. Você pode abrir uma empresa hoje e decidir que todo pagamento será parcelado, porém daqui um ano você decide mudar, veja o que acontecerá com seus clientes.
Saiba conquistar clientes pela qualidade do serviço que os clientes alvos esperam e eles pagarão o preço e como for para ter seu produto/serviço. Ser flexível é visualizar um ponto A e um B ao qual você pode se esticar sem estourar e não aceitar que te movam para qualquer ponto, pois assim você certamente arrebentará um dia.

O cliente nem sempre tem razão! Saiba disso como cliente e como gestor

Se você já tem uma marca no mercado, proteja enquanto ainda há tempo. E se está começando, não espere o problema bater à porta



Na última semana, recebi no escritório uma empresária do ramo de materiais de construção que viveu uma situação comum, mas extremamente desconfortável: ela descobriu que sua marca — nome e logotipo — estava sendo usada, de forma idêntica, por uma empresa de uma cidade vizinha.&nbsp;



A identidade visual era a mesma, as cores, a tipografia, o nome... tudo igual, como se tivessem feito um simples “copia-cola”.



A empresária em questão já atuava há vários anos no segmento de materiais de construção, consolidando sua presença no mercado com duas lojas físicas em cidades distintas. Seu percurso foi marcado por muito esforço, reconhecimento da comunidade local e um posicionamento que se torna cada vez mais expressivo diante dos concorrentes.



O cenário começou a mudar quando, inesperadamente, recebeu a ligação de um parente residente em outra cidade. Curioso, ele perguntou se ela estava expandindo os negócios para novas regiões, ao que prontamente respondeu que não havia planos de abertura de novas unidades.&nbsp;



Foi então que veio a surpresa: o parente relatou ter encontrado uma loja com fachada praticamente idêntica à da empresária — o logotipo, nome da marca e ramo de atuação eram os mesmos. Na prática, tratava-se de uma cópia fiel da identidade visual e do título do estabelecimento, instalada em uma cidade vizinha.



A primeira reação, claro, foi de indignação. Mas, como costumo dizer, em momentos como esse é necessário respirar fundo e agir com estratégia.&nbsp;



O primeiro passo foi verificar a situação jurídica da marca. Infelizmente, ela ainda não tinha o registro no INPI. E isso muda tudo.





Sem o registro, não há exclusividade garantida sobre o uso da marca. Mesmo que ela seja a primeira a usar o nome ou a identidade, a ausência de registro limita — e muito — as possibilidades de defesa imediata.&nbsp;



Felizmente, após uma análise técnica, identificamos que ainda era possível registrar a marca com segurança.&nbsp;



A partir daí, começamos também a mapear os concorrentes que estavam utilizando a marca indevidamente. E a descoberta foi ainda mais surpreendente: outras empresas, em cidades diferentes de outros estados do Brasil, também estavam utilizando o mesmo nome. Isso acendeu um alerta vermelho. O risco de perder o controle da marca era real. Por isso, estruturamos um plano de ação: protocolar o pedido de registro no INPI, elaborar notificações extrajudiciais e acompanhar os movimentos de outras empresas para resguardar a posição da cliente no mercado.



Esse caso me motivou a escrever esta coluna porque é exatamente isso que acontece com centenas de marcas todos os meses no Brasil.&nbsp;



E muitas vezes, a proteção só é procurada quando o problema já está posto. A verdade é que o registro da marca deveria ser um dos primeiros passos da construção de um negócio.&nbsp;



Não importa se você tem um pequeno comércio, uma clínica, uma loja online ou um perfil no Instagram: se você tem uma marca, ela é um ativo valioso. E ativos precisam ser protegidos.



Inspiração ou Cópia?



Aproveito também para fazer um alerta para quem está do outro lado dessa história: pessoas que, ao criar uma marca, saem procurando referências na internet, se “inspiram” demais em marcas já existentes ou que replicam identidades visuais de forma pouco ética.&nbsp;



Isso pode gerar uma série de problemas. A cópia de nome e logotipo pode configurar violação de direitos de marca.&nbsp;



Além do prejuízo jurídico, há também o risco de sua empresa ser obrigada a mudar de nome, perder redes sociais, domínio e credibilidade. Sem contar com a imagem negativa perante o mercado. Por isso, inspiração é uma coisa, cópia é outra completamente diferente.



Registrar a marca é mais do que uma formalidade. É uma estratégia de sobrevivência, de posicionamento e de crescimento. E, principalmente, é uma forma de proteger o que você está construindo com tanto esforço: uma empresa sólida, reconhecida e respeitada.



Se você já tem uma marca no mercado, proteja enquanto ainda há tempo. E se está começando, não espere o problema bater à porta.&nbsp;



Faça da proteção jurídica o primeiro passo, não o último.&nbsp;



Nos vemos na próxima.



Lívia F Silva

Copiaram minha marca. E agora?

Edu Camargo (Ex-Coordenador do MBA da Link School, Mentor e Investidor Anjo) revela como os líderes C-Level estão deixando bilhões em vantagem competitiva sobre a mesa — e como reconectar pessoas é a skill que mudará o jogo



Edu Camargo é uma figura proeminente no cenário de inovação. Ele é um mentor incansável que leva constantemente alunos para o Vale do Silício, o epicentro da tecnologia global. Tendo criado e coordenado o MBA da Link School, C-Level em diversas fintechs do Brasil e do mundo, investidor anjo, palestrante, professor, mentor e advisor, sua trajetória se desenha na intersecção vibrante entre mercado, empreendedorismo e tecnologia. Essa experiência multifacetada o coloca numa posição única para enxergar os gaps que a maioria dos líderes C-Level ainda não percebeu, oferecendo insights cruciais para a tomada de decisões estratégicas.



<h2 class="wp-block-heading">1. A revolução silenciosa dos dados privados: o ativo que ninguém está monetizando</h2>



Pergunta: Como as empresas podem realmente transformar a IA em uma fonte de vantagem competitiva sustentável, indo além do uso de ferramentas genéricas?



Insight de Edu: “O mundo é da IA, é pegar tudo que tem disponível e trazer para tomada de ação. A questão é como colocar o que é privado meu, para combinar com as informações gerais. A vantagem competitiva é o que não tem na internet.”



Complemento/Análise: A corrida pela inteligência artificial está em pleno vapor, mas muitos líderes C-Level ainda focam apenas em dados públicos ou ferramentas de IA de prateleira. O verdadeiro ouro, segundo Edu, reside na capacidade de integrar informações internas e proprietárias com o poder analítico da IA. Imagine combinar o histórico de interações com clientes, dados de vendas não estruturados e feedback direto da linha de frente com modelos de IA. Isso não só otimiza processos, mas cria um ciclo de feedback contínuo onde “todos que estão em contato com o cliente são ouvidos e essas informações entram no seu modelo, fazendo com que esse ciclo de feedback seja mais curto e confiável”. É a diferença entre ter um carro de corrida genérico e um veículo customizado para o seu terreno, garantindo uma performance inigualável e, consequentemente, bilhões em valor agregado.





<h2 class="wp-block-heading">2. O gap que todos estão ignorando: IA sem dados internos é só ruído</h2>



Pergunta: Por que, apesar de todo o hype em torno da IA, muitas empresas ainda falham em extrair valor real e estratégico de suas implementações?



Insight de Edu: “Olhamos para IA como forma de obter informações externas. Ainda usamos muito pouco a nossa informação dentro da IA para poder gerar conhecimento de valor.”



Complemento/Análise: A maioria das organizações adota a IA como um espelho para o mundo exterior, buscando tendências de mercado ou análises de concorrência. Contudo, o potencial transformador da IA está subutilizado quando não se volta para dentro. A falta de integração dos dados internos — aqueles que são únicos para cada negócio — impede a criação de insights verdadeiramente diferenciados. Edu alerta que “o processo seletivo hoje não testa de fato o quanto o candidato sabe usar IA”, evidenciando uma lacuna fundamental na compreensão e aplicação da tecnologia. Sem “dados claros e categorizados para poder tomar as decisões corretas”, as empresas correm o risco de basear estratégias em ruído, e não em inteligência acionável, perdendo a oportunidade de otimizar operações, personalizar experiências e inovar de forma disruptiva.



<h2 class="wp-block-heading">3. A skill que vai definir líderes em 2025: reconectar pessoas</h2>



Pergunta: Em um mundo cada vez mais digital e produtivo, qual é a competência mais crítica que os líderes C-Level precisam desenvolver para garantir a sustentabilidade e o engajamento de suas equipes?



Insight de Edu: “Aprendemos a ter relações remotas e as pessoas estão com carência de contato, cada vez mais vamos precisar da habilidade de se reconectar com as pessoas. O desafio vai ser olhar cada vez menos para os processos e mais das pessoas, de perto. As pessoas vão ser mais importantes que os processos novamente.”



Complemento/Análise: A pandemia acelerou a produtividade remota, mas deixou um rastro de desconexão humana. Edu aponta que, embora tenhamos nos tornado “ótimos em ser produtivos”, falhamos em “conectar mais com as pessoas”. A habilidade de reconectar-se genuinamente com a equipe, de entender suas necessidades e de flexibilizar a gestão (seja home office, híbrido ou presencial) será o diferencial do líder de sucesso. “O bom líder agora entende o momento, ele entende o que o time precisa de fato”. Esta não é apenas uma questão de bem-estar, mas de performance. Equipes engajadas e compreendidas são mais leais, inovadoras e produtivas. Ignorar essa necessidade humana em favor de processos rígidos é um erro estratégico que pode custar talentos e, em última instância, a capacidade de execução da empresa.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



Enquanto muitas empresas ainda tateiam no escuro com a IA, as gigantes da Fortune 500 já pavimentam o caminho. Empresas como Google, Amazon, Microsoft e Netflix não apenas “usam” a inteligência artificial; elas “são” a inteligência artificial, integrando seus vastos volumes de dados privados — desde padrões de busca e consumo até interações de suporte ao cliente — diretamente em seus modelos de IA. Isso permite uma personalização sem precedentes, otimização de cadeias de suprimentos e desenvolvimento de produtos que antecipam as necessidades dos usuários.



A diferença crucial reside em ir além das ferramentas genéricas de IA. Não basta comprar uma solução pronta; é preciso alimentar essa solução com o DNA exclusivo da sua organização. Metodologias como OKRs (Objectives and Key Results) e frameworks ágeis podem ser poderosas, mas só atingem seu potencial máximo quando informadas por insights gerados a partir de dados internos e uma liderança que prioriza a conexão humana. A maioria das empresas está cometendo o erro de buscar respostas externas quando as perguntas mais valiosas e as soluções mais disruptivas estão escondidas dentro de seus próprios muros e na capacidade de seus líderes de engajar e inspirar suas equipes.



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Sua empresa está alimentando IA com conhecimento privado, ou ainda está correndo atrás de dados que todos têm?

Seus dados privados são sua melhor IA, e você não está usando

Ao olhar para o futuro, lembre-se de que o sucesso não é definido apenas pelos marcos conquistados, mas pela capacidade de reconhecer os esforços



À medida que o ano chega ao fim, muitos profissionais e líderes de negócios entram em um momento de reflexão. O encerramento de um ciclo sempre traz à tona uma análise profunda do que foi alcançado, das metas não atingidas e das expectativas para o futuro. Para o ambiente corporativo, essa é uma época de avaliar tanto os resultados tangíveis quanto o desenvolvimento humano das equipes. Ao invés de apenas olhar para métricas e números, é importante também refletir sobre o processo, as lições aprendidas e o crescimento emocional durante o ano. A psicologia positiva, com suas propostas sobre realização e bem-estar, oferece ferramentas poderosas para equilibrar essas dimensões e garantir um crescimento mais integral. Vamos explorar como os conceitos de "Realização" (Achievement) de Martin Seligman e "Bem-estar Emocional" (Emotional Well-being) de Tal Ben-Shahar podem ser aplicados ao mundo dos negócios, destacando a importância de celebrar conquistas e de nos permitirmos viver cada emoção de maneira autêntica.



<h2 class="wp-block-heading">A realização no mundo corporativo: Valorize o esforço e o processo </h2>



Martin Seligman, em seu livro Florescer, propõe o modelo PERMA, que se baseia em cinco pilares essenciais para o bem-estar: Prazer, Engajamento, Relacionamentos, Significado e Realização. A "Realização", que é a capacidade de conquistar metas e alcançar objetivos, é um dos componentes mais importantes desse modelo, mas muitas vezes fica restrita à medição de grandes marcos e resultados finais.



No contexto empresarial, o foco muitas vezes recai sobre os resultados financeiros, o crescimento do mercado ou a inovação de produtos. No entanto, Seligman nos lembra que a verdadeira realização vai além dos números e se estende ao esforço contínuo e à dedicação aplicada no processo. Ele afirma que "a realização é buscada por ela mesma, mesmo quando não produz emoção positiva ou senso de pertencimento". Em outras palavras, o simples fato de nos esforçarmos para atingir objetivos, aprender com os erros e manter a persistência deve ser celebrado como uma forma de sucesso em si.



No final do ano, esse conceito se torna crucial. Durante a retrospectiva, é fácil cair na tentação de apenas avaliar os resultados finais – as metas alcançadas, os contratos fechados ou os lançamentos de produtos bem-sucedidos. No entanto, a verdadeira realização empresarial também se encontra no processo: nas horas de trabalho duro, na adaptação às mudanças rápidas e na capacidade de enfrentar desafios com resiliência. Isso é especialmente relevante no setor de tecnologia, onde o ritmo acelerado exige esforços contínuos e flexibilidade.





A fórmula de Angela Lee Duckworth, mencionada por Seligman, de que "Realização = Habilidade x Esforço", nos lembra que o esforço investido em cada projeto é parte essencial do sucesso. As vitórias menores, como um novo aprendizado ou um ajuste estratégico, também merecem reconhecimento, pois são essas ações que constroem o sucesso duradouro.



<h2 class="wp-block-heading">A permissão para ser humano: Lidando com emoções no ambiente de trabalho </h2>



No universo corporativo, especialmente nas áreas de alta performance, é comum se esperar que os líderes e equipes mantenham um comportamento inabalável diante das adversidades. No entanto, Tal Ben-Shahar, em seu modelo SPIRE de bem-estar, nos lembra da importância de respeitar e integrar nossas emoções, tanto as positivas quanto as negativas, no processo de desenvolvimento profissional.



Em seu livro Seja Mais Feliz, Ben-Shahar desafia a ideia de que felicidade e sucesso estão exclusivamente ligados a resultados positivos e a ausência de emoções negativas. Ele argumenta que as emoções difíceis – como frustração, tristeza e ansiedade – são uma parte intrínseca da experiência humana e que aceitá-las é essencial para o nosso crescimento. No final do ano, quando a pressão para celebrar o sucesso e entrar no novo ciclo com otimismo é alta, a "permissão para ser humano" se torna um conceito fundamental.



No ambiente de negócios, isso pode ser traduzido na aceitação de que a jornada profissional não é feita apenas de vitórias, mas também de desafios e fracassos. Ao invés de sufocar ou ignorar emoções como a frustração de não ter atingido todas as metas ou a ansiedade sobre o futuro, devemos aprender a integrá-las de forma saudável. Isso fortalece a resiliência emocional de líderes e equipes, permitindo-lhes lidar melhor com os altos e baixos do setor empresarial.



Ben-Shahar enfatiza que a chave para lidar com as emoções é a aceitação ativa: "A permissão para ser humano trata de se deixar sentir toda e qualquer emoção, por mais dolorosa que possa ser." Quando líderes de negócios se permitem reconhecer e trabalhar com suas emoções – em vez de escondê-las ou negá-las – criam um ambiente mais autêntico e sustentável de crescimento, tanto pessoal quanto profissional.



<h2 class="wp-block-heading">A conexão entre realização e bem-estar </h2>



No fim de cada ciclo, é essencial não apenas celebrar os grandes marcos, mas também as pequenas vitórias, o esforço contínuo e o aprendizado adquirido. Essa abordagem holística contribui para o bem-estar emocional das equipes e para o desenvolvimento de uma cultura corporativa mais saudável.



A gratidão é um tema central nos dois modelos discutidos, de Seligman e Ben-Shahar, e tem um papel fundamental no fortalecimento dos relacionamentos profissionais. No final do ano, praticar a gratidão – seja por meio de feedbacks positivos, reconhecimentos formais ou até mesmo pequenos gestos de apreço – reforça o senso de pertencimento e valor dentro da organização. Ao reconhecermos os esforços de nossa equipe e as conquistas individuais, não só validamos o trabalho realizado, mas também nutrimos o bem-estar emocional dos colaboradores.



Além disso, essa prática de reconhecimento fortalece os laços de confiança e colaboração, essenciais para o sucesso contínuo de qualquer negócio. Como mostrado pelas pesquisas de Shelly Gable, a maneira como comemoramos as vitórias, tanto nossas quanto dos outros, cria um ciclo de positividade e reforça os relacionamentos no ambiente de trabalho.



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão: Abraçando a totalidade da experiência humana no mundo corporativo</h2>



O final de ano é, sem dúvida, um momento de reflexão, mas também de celebração – não apenas dos resultados finais, mas do esforço contínuo que levou até lá. Para os profissionais de negócios, a psicologia positiva oferece uma visão mais equilibrada de sucesso, onde tanto as conquistas quanto as dificuldades são parte de um processo de crescimento contínuo.



Celebre o esforço, reconheça as emoções de todo o percurso e permita-se aprender com as falhas, pois são essas experiências que realmente constroem um futuro sustentável e resiliente. A verdadeira realização no ambiente de negócios vem não só de alcançar metas, mas também de ser capaz de lidar com os desafios e aprender com cada etapa da jornada.



Portanto, ao olhar para o futuro, lembre-se de que o sucesso não é definido apenas pelos marcos conquistados, mas pela capacidade de reconhecer os esforços, celebrar as vitórias e lidar de maneira saudável com todas as emoções que fazem parte do caminho. Essa é a essência do bem-estar e a base para construir um futuro mais forte, humano e resiliente nas empresas.

Amigos, futuros sócios ou não?!

Raphael dos Santos

IA e Cibersegurança: como a Kaspersky está redefinindo o setor, com Roberto Rebouças

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