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O desafio do nosso tempo é claro: impedir que a mentira viaje mais rápido do que a capacidade humana de reconhecer a verdade



Vivemos um tempo em que a circulação da mentira encontra terreno fértil. Pesquisas mostram que, em média, uma postagem verdadeira alcança cerca de 1.000 pessoas, enquanto uma fake news pode atingir de mil a 100 mil usuários em poucas horas. O falso é rápido, apelativo e encontra nas redes sociais o combustível perfeito para se espalhar.



Esse fenômeno se torna ainda mais preocupante diante do volume de informações geradas diariamente. Estima-se que, todos os dias, sejam produzidos 2,5 quintilhões de bytes de novos dados. Para visualizar esse número, é como se cada pessoa no planeta, cerca de 8 bilhões de indivíduos, gerasse aproximadamente 300 MB por dia em fotos, mensagens, áudios e interações digitais. Um oceano de dados em constante movimento, no qual separar o que é verdadeiro do que é manipulado se torna um desafio monumental.



Não por acaso, a preocupação com a desinformação cresce. De acordo com o Reuters Digital News Report de 2024, o Brasil está entre os países mais alarmados com o tema. Sete em cada dez brasileiros afirmam ter medo de não saber diferenciar uma notícia verdadeira de uma falsa. Esse sentimento reflete um cenário em que o excesso de dados convive com a lógica algorítmica que prioriza conteúdos capazes de gerar engajamento, e não necessariamente aqueles que são mais precisos.



O problema não é apenas tecnológico, mas também social e político. As fake news prosperam porque ativam emoções fortes como medo, indignação e esperança, e os algoritmos amplificam justamente aquilo que prende a atenção. O combate, portanto, exige mais do que checagem manual. É preciso investir em inteligência artificial aplicada ao Big Data, capaz de mapear redes coordenadas de desinformação e rastrear percursos virais em tempo real. Mas também é fundamental fortalecer a alfabetização midiática e digital, garantindo que o cidadão desenvolva senso crítico diante do que consome e compartilha.



Se a mentira digital já alcança velocidade máxima, a reação só será efetiva quando unirmos tecnologia, políticas públicas e consciência coletiva. A verdade precisa recuperar seu espaço de influência para que a democracia não seja soterrada pela avalanche de dados que todos os dias molda, distorce e reconstrói a realidade online.



O desafio do nosso tempo é claro: impedir que a mentira viaje mais rápido do que a capacidade humana de reconhecer a verdade.

A mentira digital viaja mais rápido que a verdade

O desafio do nosso tempo é claro: impedir que a mentira viaje mais rápido do que a capacidade humana de reconhecer a verdade

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Se não aprendermos a questionar o que consumimos no digital, seremos governados não por líderes, mas por códigos invisíveis



Estar conectado o tempo todo não significa estar bem informado. A hiperconexão cobra seu preço: vivemos anestesiados por notificações, presos em bolhas que reforçam apenas o que queremos ouvir. O excesso de informação não esclarece, ele confunde e quem domina os algoritmos, domina também a forma como enxergamos a realidade.



O Brasil não está apenas dividido, está algoritimizado. As redes sociais não entregam a realidade, mas sim versões editadas dela, moldadas por interesses, bolhas e narrativas que alimentam a polarização. Cada feed é um espelho distorcido, programado para reforçar certezas e eliminar dúvidas. Resultado: um país que já não debate ideias, mas defende algoritmos travestidos de verdade.



Na sociedade hiperconectada, compreender os mecanismos que alimentam a desinformação é essencial. Não se trata apenas de política ou comunicação: é uma questão de sobrevivência democrática.



Se não aprendermos a questionar o que consumimos no digital, seremos governados não por líderes, mas por códigos invisíveis. O maior risco não é a polarização em si, mas a nossa incapacidade de perceber que já não escolhemos o que vemos, apenas reagimos ao que nos mostram.

A ditadura invisível dos algoritmos: entre a HiperConexão e a hiperManipulação

Algoritmos, bolhas e discursos radicais alimentam um ciclo de intolerância que ameaça a democracia



A polarização política no Brasil atingiu um nível alarmante. Como um veneno que se infiltra em cada conversa, ela tem transformado amigos em inimigos e dividido famílias inteiras. O fenômeno, que se intensificou nos últimos anos, não se restringe mais a debates políticos: ele permeia o cotidiano, criando um ambiente tóxico de hostilidade e intolerância.



Trabalhamos com análise de Big Data e, em todos os estudos que realizamos nos últimos seis anos, uma verdade é inegável: a polarização está mais forte do que nunca, alimentada pelo fluxo incessante das redes sociais e pela dinâmica das bolhas digitais. O que antes era um simples embate de ideias se transformou em uma guerra ideológica sem trégua, onde a emoção supera a razão, e a identidade política se sobrepõe às relações humanas.



O crescimento exponencial desse fenômeno a partir de 2018 foi amplificado de forma constante, manipulado pelos algoritmos das plataformas digitais. Do ponto de vista técnico, esses sistemas são programados para maximizar atenção e engajamento. Eles observam nossos cliques, curtidas e interações e, a partir disso, passam a recomendar mais conteúdos semelhantes, reforçando preferências já existentes. Esse processo cria o que chamamos de bolhas digitais: espaços em que vemos apenas aquilo que confirma nossas visões de mundo. À medida que a audiência aumenta, cresce também o compartilhamento, e a sensação de verdade é reforçada sem que analisemos outros pontos de vista. O resultado é um ambiente de validação constante, onde a pluralidade se perde e o debate democrático se transforma em eco.



O que agrava ainda mais esse quadro é o fato de que até mesmo espaços que deveriam ser dedicados à reflexão espiritual como as igrejas foram engolidos pela lógica da polarização. Em muitos púlpitos, a palavra que deveria unir passou a dividir. Sermões que antes falavam de fé e solidariedade hoje trazem contornos de campanha eleitoral, transformando altares em palanques e comunidades em trincheiras políticas. O sagrado se contamina com o mundano, e a espiritualidade cede lugar à disputa de narrativas.



Do ponto de vista filosófico, podemos dizer que vivemos o triunfo do ressentimento. Nietzsche já alertava para o perigo de uma sociedade dominada por paixões reativas, onde o valor do indivíduo é medido não pela criação de algo novo, mas pelo ódio ao outro. Em vez de pontes, construímos muros. Em vez de diálogo, colecionamos inimigos. A polarização social doentia não só destrói a política como envenena o tecido humano que sustenta a vida em comunidade.



Essas e outras questões sobre o impacto do digital na política brasileira são aprofundadas no meu livro “Brasil Digital nas Entrelinhas da Polarização Política: Uma Análise de Big Data de 2017 a 2024”, que já foi lançado e alcançou o reconhecimento de semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico. A obra mostra como a desinformação e a manipulação algorítmica moldaram o cenário político nos últimos anos, influenciando percepções e direcionando comportamentos. Mais do que uma análise técnica, é um alerta para os desafios que enfrentamos e para a necessidade urgente de reconstruir pontes no debate público.

A guerra invisível que separa famílias e move eleições

A política continua sendo o que sempre foi. A diferença é que agora tudo acontece em tempo real. E quem domina a atenção, domina o poder



Nicolau Maquiavel foi um dos primeiros a tratar a política como ela realmente é. Enquanto muitos idealizavam o poder, ele descreveu o funcionamento real do jogo político. Em O Príncipe, sua obra mais conhecida, ele apresentou um olhar cru sobre o poder, deixando claro que, para governar, é preciso mais do que boas intenções. Mais de 500 anos depois, suas ideias continuam vivas. A diferença é que, agora, o palco é digital e os príncipes usam redes sociais em vez de armaduras. Maquiavel enxergou o poder nu. Hoje, vestimos esse mesmo poder com filtros, likes e estratégias de engajamento.



A famosa ideia de que os fins justificam os meios, embora nunca escrita dessa forma exata por ele, representa bem o pensamento maquiavélico. Hoje, vemos campanhas eleitorais que apelam para estratégias emocionais, fake news e manipulação de dados. A ética virou ferramenta de marketing. O que importa é vencer. E quem dita o ritmo não são os filósofos, mas os algoritmos. Na política digital, não vence quem fala mais alto, mas quem entende o silêncio do algoritmo.



Maquiavel também dizia que é mais seguro ser temido do que amado. Olhando ao redor, não faltam exemplos de líderes que preferem se impor pelo medo. Criam inimigos, falam para bolhas, alimentam conflitos e se fortalecem com a polarização. O medo é combustível. Ele movimenta multidões, principalmente quando se constrói uma ameaça comum.



Outro ponto central: o governante precisa parecer virtuoso, mesmo que não seja. A política da aparência, hoje, é regra. Perfis bem cuidados, vídeos emocionais, frases ensaiadas. O discurso é calculado. A imagem é moldada com precisão. Mas o bastidor, quase sempre, segue outra lógica. A diferença entre o que se diz e o que se faz é muitas vezes abissal. O príncipe do século XXI não conquista territórios. Ele conquista narrativas.



Maquiavel entendia que o apoio popular é volátil. E nunca foi tão instável quanto agora. A popularidade nas redes pode explodir de manhã e evaporar à tarde. As narrativas mudam rápido, o engajamento precisa ser constante e a disputa pela atenção é permanente. A fidelidade foi trocada pela viralização.



Ele também escreveu que quem engana sempre encontrará quem se deixe enganar. Essa frase poderia estar em qualquer debate sobre fake news. A desinformação virou uma arma poderosa. E há um público que prefere ser enganado, desde que a mentira reforce sua visão de mundo.



Maquiavel não foi um vilão. Foi um observador realista. E talvez por isso seja tão atual. O príncipe de hoje sabe que precisa controlar a narrativa, entender o sentimento da multidão e manter a própria imagem no jogo. A política mudou de forma, mas não de essência. Ainda é sobre poder, percepção e permanência.



A política continua sendo o que sempre foi. A diferença é que agora tudo acontece em tempo real. E quem domina a atenção, domina o poder.

Maquiavel e a política atual: o príncipe digital do século XXI

Como o diretor de IA Tiago Cardoso revelou a estratégia que transformou tecnologia em vantagem competitiva sistêmica – e por que seus concorrentes ainda estão correndo atrás



Tiago Cardoso é Diretor de Dados e IA/ML do iFood, com 15 anos de experiência em Inteligência Artificial. Mestre em IA pela UFMG, foi cofundador e Diretor de Tecnologia da Hekima, startup de IA adquirida pelo iFood em 2020.



Sua credibilidade vem de uma jornada única: construiu uma empresa de IA desde 2009, desenvolveu sistemas de inteligência artificial por mais de uma década e agora lidera a transformação tecnológica de uma das maiores operações de marketplace da América Latina. Ele não apenas implementa tecnologia; arquiteta como a IA se integra à estratégia de negócio, influenciando decisões que impactam milhões de usuários diariamente.



<h2 class="wp-block-heading">1. IA não é solução instantânea: a estratégia de 7 anos do iFood</h2>



Pergunta: Com tantas possibilidades estratégicas hoje, como o iFood utiliza a IA na gestão para decisões estratégicas?



Insight de Tiago: “É muito importante não comprar a IA como imediatismo. O iFood vem num processo de IA desde 2018, trabalhando com machine learning, entendendo o que é IA, o que é machine learning, o que são dados, o que são dashboards. Não é algo novo, mas algo que foi construído para tal.”



A genialidade está na amplitude estratégica. Em vez de implementar IA pontualmente, eles mapearam todo o ecossistema: o que é realmente IA, o que é machine learning, o que são dashboards e o que é automação simples. Essa clareza conceitual evita o desperdício de recursos em “falsa IA” e gera dados verdadeiramente sinérgicos, levando a decisões mais robustas. A jornada de IA deve ser conduzida com uma amplitude alta, entendendo que a IA se integra no todo e que a clareza do que é cada aspecto do processo ajuda muito a ter dados mais sinérgicos e relevantes. O impacto é visível: mais de 600 agentes de IA já apoiam na ponta para entregar mais valor.



<h2 class="wp-block-heading">2. Foco inabalável em meio ao caos: a bússola estratégica do iFood</h2>



Pergunta: Quais os maiores desafios para manter foco e definição estratégica em meio a tantas oportunidades e expansões?



Insight de Tiago: “É fundamental entender os recursos e aonde colocar mais energia. O grande ponderamento para onde colocar mais energia é usar o direcionador do que vai melhorar a experiência do cliente.”



Tiago revela o filtro estratégico definitivo que permite ao iFood navegar entre comida, farmácia, supermercado, benefícios e futuras expansões sem perder o rumo: experiência do cliente como único direcionador de energia. Enquanto outras empresas se dispersam tentando capturar todas as oportunidades, o iFood usa um critério binário simples – “isso melhora a experiência do nosso cliente ou não?”. Ter esse norte direcionador ajuda a entender o que é o foco e onde dedicar a maior energia. O uso de metodologias que ajudem a manter o foco são essenciais para suportar essa visão do horizonte da experiência do cliente.



<h2 class="wp-block-heading">3. IA e estratégia: uma união inseparável para o futuro</h2>



Pergunta: Como você imagina o alinhamento entre estratégia e IA no futuro do iFood?



Insight de Tiago: “É algo já bem consolidado essa interligação da estratégia e da IA no iFood. É relevante que os executivos entendam mais da IA, dos estilos de IA que existem, como cada uma ajuda. Mas entendendo que a grande decisão é do gestor, e o mais importante é que a IA seja sempre ponderada para a experiência do cliente.”



Tiago revela a maturidade estratégica que separa empresas que “usam IA” de empresas que “são potencializadas por IA”: a consolidação já aconteceu. A genialidade está na capacitação executiva específica, pois não basta ter IA funcionando; os executivos precisam entender os diferentes tipos de IA e como cada um apoia decisões. Isso cria algo raro no mercado: liderança que pensa estrategicamente COM IA, não apenas SOBRE IA. O ponto crítico que a maioria erra: IA não toma decisões, mas amplifica a inteligência do gestor. Essa orientação para o futuro, vinda do próprio CEO, é imprescindível.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



O que Tiago demonstra no iFood espelha exatamente como Google, Intel, Adobe e LinkedIn construíram suas vantagens competitivas: IA como sistema nervoso da empresa, não como ferramenta isolada. Essas empresas não “adotaram” IA – elas se tornaram organizações orientadas por IA.



A diferença está na integração sistêmica. Enquanto a maioria das empresas implementa IA em silos, essas organizações de alto desempenho fazem da IA o tecido conectivo entre estratégia, operação e experiência do cliente. É exatamente isso que permite ao iFood manter liderança em múltiplas verticais enquanto expande agressivamente.



O modelo iFood prova que no Brasil também é possível construir essa maturidade estratégica de altíssimo nível. A questão não é tecnológica – é de visão de longo prazo e disciplina para construir capacidades antes que a urgência do mercado force decisões apressadas.



Pela minha experiência, é sempre fundamental alinhar isso com foco. Todo esse movimento de IA, o que ela pode fazer e alcançar, cases como o do iFood inspiram muito. Só que se as empresas não tiverem uma metodologia clara como OKR – algo que permita aos executivos, CEOs, C-levels e diretores entenderem o que é o foco de cada momento para saber dar cada passo – as empresas vão patinar em um universo muito amplo de coisas que acaba não chegando em lugar nenhum. É exatamente o que a maioria está fazendo: tentando um milhão de coisas com IA de forma muito ampla e, obviamente, não consegue construir aquilo que precisa.



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Se IA é o novo sistema nervoso dos negócios, sua empresa está construindo inteligência ou apenas comprando ferramentas?



Porque enquanto você decide, seus concorrentes mais espertos já estão 7 anos à frente.

O iFood não usa IA. Eles são IA

Peter Drucker, o pai da administração moderna, afirmou: "A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é um alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro." 



Ao promover um ambiente de trabalho no qual diferentes perspectivas, experiências e identidades são valorizadas, as empresas conseguem alcançar resultados expressivos, sobretudo na inovação, trabalho colaborativo e melhoria da reputação no mercado.



Peter Drucker, o pai da administração moderna, afirmou: "A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é um alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro."&nbsp;



Essa frase é de uma atualidade impressionante, tendo em vista as mudanças constantes vivenciadas hoje em dia.&nbsp;



Ora, uma empresa que não inova, não consegue alcançar a sustentabilidade do seu negócio. E é aqui que a diversidade e a inclusão aparecem como um caminho relevante, afinal, é na diversidade de pensamento que conseguimos estimular a criatividade, que, por sua vez, se traduz em novas soluções inovadoras mais completas e eficazes para os desafios do negócio.



Convém observar ainda que as empresas cujo investimento em diversidade e inclusão são consideráveis, não alcançam retornos financeiros apenas. No limite, empresas mais éticas e socialmente responsáveis têm a capacidade de fortalecer a sua imagem e reputação, elevando a atração de novos clientes e parcerias de valor.



Um ambiente de trabalho inclusivo, cuja valorização das diferenças acontece na prática, promove também um clima organizacional mais colaborativo e isso ocorre por uma simples razão: há um aumento perceptível na satisfação dos colaboradores e redução do turnover.&nbsp;



Um estudo realizado pela Harvard Business Review, no ano de 2016, apontou que os colaboradores de empresas com ações de diversidade são 17% mais dispostos e há uma tendência de diminuição de 50% nos conflitos entre as equipes.



Até aqui, temos demonstrado a importância da diversidade e inclusão como potencializadoras da inovação, colaboração e reputação.



Mas, o que dizer da diversidade de fachada – ou diversity washing, na expressão em inglês? Em termos gerais, dizem respeito a promessas de diversidade e de inclusão (étnica, regional, de gênero - e de outras minorias), e que não se traduzem em ações concretas para mudar a cultura das empresas.



Um observador atento a este cenário, tem percebido esse movimento de negação da efetividade das ações, limitando-se a ações pontuais de pouco ou nenhum alcance real.&nbsp;



Essa perspectiva limitante não pode prosperar, sob o peso dessas empresas ficarem relegadas a um papel de irrelevância!

Como a diversidade e inclusão fortalecem organizações

A manutenção não conhece fronteiras. Cada ação que fazemos localmente, quando bem estruturada, tem o potencial de ser um case global



A manutenção é, muitas vezes, vista como uma atividade silenciosa. Ela está ali todos os dias, no check-list da manhã, na preventiva programada, no chamado emergencial que exige resposta rápida. É o trabalho que garante que as luzes fiquem acesas, os equipamentos sigam rodando, e os clientes possam confiar na entrega do serviço ou produto.



Mas o que muitos ainda não percebem é que a manutenção do dia a dia também tem um papel internacional. Suas metodologias, boas práticas e inovações não se limitam às fronteiras de uma empresa ou de um país. Elas podem ser compartilhadas, replicadas e adaptadas para diferentes culturas e mercados, tornando-se um diferencial competitivo global.



<h2 class="wp-block-heading">A manutenção como linguagem universal</h2>



Quando trabalhei em projetos e vivenciei experiências fora do Brasil, percebi algo importante: a linguagem da manutenção é universal.



Um equipamento parado em Florianópolis ou em Toronto representa o mesmo: perda de produtividade, custo adicional e impacto no cliente.



Uma equipe bem treinada em São Paulo ou em Paris gera os mesmos efeitos: eficiência, confiança e continuidade dos negócios.



Um líder que inspira em qualquer parte do mundo terá como resultado equipes engajadas e resilientes.



É claro que cada país tem suas normas, legislações e particularidades culturais. Mas, no fundo, a essência da boa manutenção é a mesma: antecipar problemas, prolongar vida útil dos ativos e garantir confiabilidade operacional.





<h2 class="wp-block-heading">Do checklist ao dashboard: exportando boas práticas</h2>



Seja em uma loja de varejo, em um hospital, em um hotel ou em um aeroporto, o processo é similar: há rotinas que precisam ser seguidas, indicadores que precisam ser medidos e resultados que precisam ser entregues.



E o que vemos hoje é que tecnologias como:



CMMS globais (Computerized Maintenance Management Systems)



Sensores IoT conectados em tempo real



Dashboards que cruzam dados de múltiplas unidades



Inteligência Artificial para análise preditiva



estão permitindo que uma prática eficiente em uma loja no Brasil possa ser aplicada da mesma forma em uma operação no Canadá, na França ou no Japão.



A manutenção deixa, assim, de ser um processo isolado e passa a ser um modelo replicável, que pode sustentar estratégias de expansão global.



<h2 class="wp-block-heading">Experiência internacional: aprendizados que transformam</h2>



Minha vivência internacional me mostrou que, apesar das diferenças de idioma e cultura, os desafios são parecidos:



Garantir disponibilidade operacional em ambientes de alta demanda.



Formar equipes em contextos de alta rotatividade.



Equilibrar custos sem comprometer qualidade.



Responder rápido a crises, mantendo a confiança do cliente.



O que muda é a forma de se relacionar com o time, a valorização cultural do técnico e a maturidade tecnológica de cada país. Mas todos estão caminhando para o mesmo ponto: uma manutenção conectada, inteligente e globalizada.



<h2 class="wp-block-heading">A manutenção como diferencial competitivo internacional</h2>



Empresas que expandem para outros mercados já entenderam: a padronização e a excelência na manutenção são fatores estratégicos. Não adianta abrir uma nova loja ou fábrica fora do país sem garantir que o cliente tenha a mesma experiência de qualidade e confiabilidade.



Nesse sentido, a manutenção se torna:



Um pilar da marca, que protege a reputação da empresa.



Um espelho cultural, que mostra ao mundo como a organização cuida de seus ativos e de seus clientes.



Um diferencial competitivo, porque quem domina manutenção de excelência tem mais chances de se expandir de forma sustentável.



<h2 class="wp-block-heading">Reflexão final: do local ao global</h2>



A manutenção que realizamos hoje em nossas rotinas — seja uma inspeção de rotina, uma preventiva programada ou um plano estratégico de retrofit — pode ser o alicerce para algo muito maior.



Ao adotar boas práticas, usar tecnologia de ponta e formar equipes sólidas, não estamos apenas garantindo resultados no presente. Estamos criando um modelo que pode ser exportado, replicado e reconhecido internacionalmente.



👉 E é aí que está a chave: a manutenção do dia a dia é muito mais do que local. Ela é uma linguagem universal de cuidado, eficiência e confiabilidade. Uma linguagem que pode — e deve — ser internacionalizada.



🔑 Conclusão Final: A manutenção não conhece fronteiras. Cada ação que fazemos localmente, quando bem estruturada, tem o potencial de ser um case global. O mundo precisa de líderes em manutenção capazes de conectar rotinas locais a estratégias internacionais.

A mentira digital viaja mais rápido que a verdade

Alek Maracajá

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Empreendedorismo: como construir um legado, com Raquel Teixeira e Cleusa Maria | Café com ADM 461

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Alek Maracajá

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